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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 288<br />

posto que solidamente fixado, havia caído sem que os pregos se<br />

aluíssem; e que o relógio parara na mesma hora. São observações<br />

muito significativas, estas, visto que o acaso também tem limites.<br />

Eis ainda um caso que merece atenção:<br />

“Tenho, <strong>de</strong> fonte insuspeita, um caso extraordinário e absolutamente<br />

autêntico. Meus pais tinham sido convocados à cabeceira<br />

<strong>de</strong> um vizinho agonizante. Lá se juntaram a outros a-<br />

migos, silenciosos e tristes, na expectação do <strong>de</strong>senlace. Súbito,<br />

o relógio <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>, longos anos parados, entrou a bater <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado,<br />

fazendo um barulho formidável, <strong>de</strong> ensur<strong>de</strong>cer,<br />

como se alguém ali estivesse a <strong>mal</strong>har uma bigorna. Os assistentes<br />

ergueram-se aterrados, a perguntarem-se o que podia ser<br />

aquilo... “Reparem bem” – houve quem dissesse, apontando<br />

para o moribundo que, pouco <strong>de</strong>pois, exalava o último suspiro.<br />

H. Faber<br />

Engenheiro agrônomo<br />

em Bissen (Luxemburgo.)”<br />

A juntar-se às observações anteriores, temos outra comunicação<br />

da mesma época (1899), assinalando fato não menos curioso,<br />

posto que subjetivo. Trata-se do Senhor Ferdinando Esteve, que me<br />

escrevia <strong>de</strong> Marselha, nestes termos:<br />

“Tinha eu 16 anos e estava passando minhas férias no povoado<br />

dos Gavots. Meu primo, recém-casado, alojou-me em<br />

casa da vizinha, que pensou obsequiar-me excepcionalmente,<br />

ce<strong>de</strong>ndo-me o quarto em que morrera o seu marido – um quarto<br />

amplo, <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> porta. Quem estivesse <strong>de</strong>itado no leito<br />

avistava o gran<strong>de</strong> saguão <strong>de</strong> on<strong>de</strong> partia a escada. Nesse leito<br />

me <strong>de</strong>itei sem fechar a janela, porque à noite <strong>de</strong> agosto estava<br />

quente. Adormeci logo, e profundamente, mas não tar<strong>de</strong>i a<br />

<strong>de</strong>spertar com um barulho infernal, barulho <strong>de</strong> panelas <strong>de</strong>rrubadas,<br />

louças quebradas, pratos a voarem e os cacos a tinirem

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