26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 275<br />

em toda a cida<strong>de</strong>. Essa pobre família ficou em situação assaz<br />

precária. A Senhora Menardi, criatura robusta e sadia, mostrase<br />

enervada e chora a cada instante; as crianças, principalmente<br />

a mais velha, estão apavoradas. Finalmente, no dia 14 <strong>de</strong><br />

maio, o jornal insere esta nota: O Duque dos Abruzzos veio visitar<br />

a casa e esteve uns <strong>de</strong>z minutos a interrogar uns e outros<br />

sobre os pormenores do feito, sobretudo as testemunhas oculares.<br />

Deu, assim, mais uma prova do seu amor à Ciência, a essa<br />

ciência que o levou aos cumes do Monte Santo-Elias e aos<br />

gelos do pólo ártico.”<br />

Resumindo: como sempre acontece, houve gran<strong>de</strong> alarido, toda<br />

a gente falou, comentou, procurou, mas nada <strong>de</strong>scobriu e muito<br />

menos explicou. Outra casa da mesma cida<strong>de</strong> provocou especial<br />

sindicância do professor Lombroso, que assim se expressa:<br />

“Em novembro <strong>de</strong> 1900 ouvi falar <strong>de</strong> movimentos singulares,<br />

inexplicáveis, na casa nº 6 da rua Bava, no porão que o taverneiro,<br />

ali resi<strong>de</strong>nte, Senhor Fumero, <strong>de</strong>stinava exclusivamente<br />

para <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> garrafas. Dizia-se que sempre que lá<br />

entrava alguém, as garrafas, vazias ou cheias estalavam, graças<br />

aos tais agentes ocultos. O padre, chamado a benzer o local,<br />

nada adiantou.<br />

A polícia acorreu a seu turno e... nada concluiu, dizendo,<br />

contudo e à socapa, ao pobre do Fumero, que era preciso acabar<br />

com aquilo. <strong>As</strong>sim, quando lá me apresentei sem <strong>de</strong>clinar<br />

meu nome, no dia 21 <strong>de</strong> novembro, fiquei muito surpreso<br />

quando me disseram que os fatos se haviam dado realmente,<br />

mas <strong>de</strong>pois da visita do professor Lombroso nada mais ocorrera,<br />

graças a Deus. Muito intrigado com essa <strong>de</strong>claração, <strong>de</strong> vez<br />

que jamais pusera ali os pés, <strong>de</strong>i-me a conhecer, no pressuposto<br />

<strong>de</strong> haver alguém abusado do meu nome para quaisquer fins<br />

que me cumpria averiguar <strong>de</strong>pois. O casal Fumero confessou-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!