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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 274<br />

do os primeiros distúrbios e aqui oferecemos ao leitor o que<br />

ela nos contou:<br />

“Eu estava assentada ali assim, junto da janela, e preparavame<br />

para costurar. Todos os pequenos me ro<strong>de</strong>avam, porque sua<br />

mamã tinha saído para comprar leite. De repente – seriam 4:30<br />

mais ou menos – vi tombar o velador. A primeira idéia que me<br />

veio foi a do vento. Reergui a mesinha e pus-me a trabalhar.<br />

Um instante, o velador torna a cair e <strong>de</strong> novo o aprumo. Mas, a<br />

coisa repetiu-se várias vezes... Impacientada, mas sempre convicta<br />

<strong>de</strong> que tudo fosse causado por alguma corrente <strong>de</strong> ar,<br />

transportei o velador para outro canto do quarto, on<strong>de</strong> ele não<br />

mais tombou. Somente, dali a pouco, com gran<strong>de</strong> espanto ouvi<br />

cair um vaso <strong>de</strong> porcelana que estava em cima do fogão e que<br />

ficou em frangalhos. Levantei-me logo para ver o que havia,<br />

mas eis que uma garrafa também se estilhaçou no assoalho.<br />

Diversos vizinhos acudiram, entre eles o porteiro Schiappa e o<br />

agente <strong>de</strong> polícia Andreis. A Senhora Menardi mandou chamar<br />

logo o marido e também um padre. O vigário Valimberto, da<br />

paróquia <strong>de</strong> Gormine, não tardou em chegar. O que com ele se<br />

passou nos foi contado pela vizinha Kreifemberg. Quando o<br />

padre chegou, achávamo-nos eu e outras pessoas no apartamento<br />

dos Menardi. Ele benzia os dois quartos e nós, genuflexos,<br />

acompanhávamos-lhe as preces. Algumas mulheres empunhavam<br />

galhos <strong>de</strong> oliveira, <strong>de</strong>sses que se distribuem no domingo<br />

<strong>de</strong> Ramos. Ao terminar a aspersão, o sacerdote colocou<br />

o copo d'água benta em cima da mesa, on<strong>de</strong> estava também<br />

uma pequena imagem da Virgem e eis que, <strong>de</strong> repente, a imagem<br />

cai ao chão, espatifando-se e o copo não tardou a imitá-la.<br />

Daí por diante o vandalismo não mais <strong>de</strong>u tréguas. Em toda a<br />

casa, <strong>de</strong> tudo o que era vidro apenas um espelho e uma garrafa<br />

ficaram incólumes. Tudo mais era caco, inclusive o lampião <strong>de</strong><br />

querosene. Ocioso acrescentar que <strong>de</strong> outra coisa não se fala

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