26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 264<br />

– Louvado seja Deus, se conseguir<strong>de</strong>s acabar com eles <strong>de</strong><br />

uma vez. Será possível? Bons feiticeiros os senhores?<br />

Atribuía-nos, assim, po<strong>de</strong>res que não temos. Nada obstante,<br />

para conseguir o objetivo, afirmamos, com toda a galhardia <strong>de</strong><br />

repórter, que talvez fosse possível acabar com o <strong>mal</strong>efícios.<br />

– Diga-nos por favor o que se passa...<br />

– Ah! meu caro senhor, os rebanhos morrem, as plantações<br />

<strong>de</strong>finham. Se aqui passásseis uma noite, morreríeis talvez <strong>de</strong><br />

medo. A barulheira noturna não nos <strong>de</strong>ixa pregar olho. Ali, ve<strong>de</strong>...<br />

– e apontava para a chaminé – as pedras chovem uma por<br />

uma, com fragor terrível. Dir-se-ia que o trovão se concentra<br />

nessa chaminé. Quando se aproxima a meia-noite, vemos <strong>de</strong>slizar<br />

formas brancas arrastando pesados fardos; as portas fechadas<br />

à chave abrem-se por si mesmas; os cavalos entram a<br />

correr no pátio, as vacas mugem como que terrificadas. É <strong>de</strong><br />

enlouquecer!<br />

E invocando as cenas <strong>de</strong> todas as noites, a locutora empali<strong>de</strong>ce,<br />

os traços fisionômicos se lhe alteram, dá-nos a faces do<br />

terror.”<br />

O visitante conversa no seu calão com o ren<strong>de</strong>iro, com a mulher,<br />

com os filhos, e chega a compreen<strong>de</strong>r através dos kr, kr e<br />

brusk, que se trata <strong>de</strong> uma terra cujo aluguel pagavam ao pároco e<br />

passaram a pagar ao Estado, após a separação da Igreja; e mais,<br />

que o falecido proprietário estava <strong>de</strong>scontente, por lhe faltarem à<br />

promessa <strong>de</strong> missas, etc.<br />

“Por toda parte, prossegue o narrador, encontro a superstição,<br />

uma crença nas velhas práticas da feitiçaria. Nenhuma explicação<br />

plausível e conforme com as nossas teorias psíquicas<br />

se vislumbra no conceito dos meus interlocutores. Dois ou três<br />

campônios falam um francês compreensível e a cada passo<br />

lhes ouvimos a palavra <strong>de</strong>mônio. Sobre isso, não haja dúvidas:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!