26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 263<br />

O Dr. Boucher tem absoluta razão. Esses laudos errôneos,<br />

con<strong>de</strong>nando agentes irresponsáveis, são frutos da ignorância dos<br />

juízes, no concernente a assuntos <strong>de</strong> psicologia. Uma herda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Pleiber-Christ, na Bretanha, <strong>de</strong>u muito que falar, em 1909.<br />

Em Le Matin <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> março <strong>de</strong>sse ano, lê-se o artigo <strong>de</strong>pois<br />

reproduzido nos Annales. Esta casa bretã é típica no gênero, com o<br />

seu enredo enxertado <strong>de</strong> visões imaginárias, sobre o fundo psíquico<br />

aqui estudado. Este episódio é <strong>de</strong> 1909. Quatro anos <strong>de</strong>pois, nesse<br />

mesmo distrito <strong>de</strong> Finisterre e cantão <strong>de</strong> Saint-Thegonnec, mas<br />

noutra herda<strong>de</strong> da comuna <strong>de</strong> Plouniour-Menez, verificaram-se<br />

fenômenos análogos, que muito impressionaram o público.<br />

A Vie Mysterieuse <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1913 publicou longo relatório<br />

a respeito, firmado por Jean Mettois, que lá passou um dia e<br />

uma noite. Desse relatório respigo o seguinte:<br />

“No pátio, quando entramos, as galinhas mariscavam airosas,<br />

indiferentes à tragédia do ambiente, e até os cavalos pareciam<br />

dar-nos as boas vindas, relinchando... É tudo calmaria e<br />

paz. A buzina do auto fonfonou repetidamente, roncava o motor.<br />

Nada, ninguém se move! Dir-se-ia estarmos não na granja<br />

do diabo e sim da Bela adormecida dos bosques. Nossa algazarra<br />

a ninguém perturbou, nem mesmo aos animais.<br />

Batemos, então, na porta e nada <strong>de</strong> resposta. Entramos na<br />

clássica peça <strong>de</strong> todas as <strong>casas</strong> bretãs, com o gran<strong>de</strong> fogão <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> pen<strong>de</strong> a grelha, a mesa enorme a atravancar o espaço.<br />

A essa mesa, assentada com a cabeça entre as mãos, uma<br />

mulher cinqüentona. Com a nossa entrada, parece <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong><br />

um sonho e diz em bretão: “bom dia”. É a proprietária da granja.<br />

Meu amigo fala o bretão como verda<strong>de</strong>iro celta e apressa-se<br />

a explicar o motivo da visita. Desejávamos apontamentos sobre<br />

os fenômenos correntes.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!