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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 262<br />

das, bodoques, etc. E ao <strong>de</strong>mais, nada disso foi lá encontrado<br />

nas rigorosas buscas e perquirições minuciosas.<br />

Tendo em vista os estragos e calculando a potência dos projéteis<br />

arremessados, uma e outros muitíssimo superiores à capacida<strong>de</strong><br />

humana, pessoal, tratei <strong>de</strong> examinar os respectivos<br />

moradores da casa e <strong>de</strong>vo <strong>de</strong>clarar que não me foi preciso fazer<br />

<strong>de</strong>moradas investigações para <strong>de</strong>scobrir o intermediário involuntário<br />

dos fenômenos: era a jovem criada <strong>de</strong> 20 anos, com<br />

todos os sintomas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio nervoso, que são o apanágio<br />

dos bons médiuns. Muitíssimo impressionável, acontecia-lhe –<br />

e isso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança – parar <strong>de</strong> súbito, ficar como que hipnotizada,<br />

privada <strong>de</strong> visão e audição. Despertavam-na com aspersões<br />

<strong>de</strong> água fria. Isso me levou a <strong>de</strong>nunciar sem vacilação, ao<br />

comissário e aos patrões, como sendo a causadora inconsciente<br />

e irresponsável dos distúrbios, e isso a <strong>de</strong>speito dos protestos<br />

gerais, <strong>de</strong> vez que o primeiro tinha suas vistas sobre um <strong>de</strong>terminado<br />

indivíduo, e os segundos, tendo em conta os bons serviços<br />

da criada, não admitiam fosse capaz <strong>de</strong> semelhantes feitos.<br />

Todavia, impressionado com a firmeza dos meus assertos,<br />

o magistrado não hesitou em pren<strong>de</strong>r a rapariga, logo que me<br />

ausentei. Confessando ter jogado, ela mesma, algumas pedras<br />

nas vidraças, negou, contudo, que houvesse quebrado mais que<br />

duas e afirmou, quanto às <strong>de</strong>mais, que tudo se passara como<br />

costumava dizer, isto é, que via arremessarem as pedras, mas<br />

nunca pô<strong>de</strong> saber <strong>de</strong> on<strong>de</strong> provinham. Naturalmente, esta última<br />

parte do <strong>de</strong>poimento não foi tomada em consi<strong>de</strong>ração e, para<br />

tranqüilida<strong>de</strong> geral, a pobre rapariga foi consi<strong>de</strong>rada autora<br />

única, consciente e responsável por todos os danos e prejuízos.”<br />

35<br />

35 V. Annales <strong>de</strong>s Sciences Psychiques, agosto <strong>de</strong> 1910.

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