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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 261<br />

A partir <strong>de</strong>ssa sexta-feira, o bombar<strong>de</strong>io cresceu, todas as<br />

noites, com pontualida<strong>de</strong> infalível e chegando a atingir a própria<br />

loja. O carpinteiro Fournier estava a experimentar um gorro<br />

quando longo prego lho perfurou entre as mãos. O que só<br />

restava a fazer era entregar o caso à polícia e foi o que fizeram.<br />

O comissário do distrito, Senhor Michelet, entrou em sindicâncias<br />

e chegou à presunção <strong>de</strong> haver <strong>de</strong>scoberto a misteriosa saraivada.<br />

Em seu relatório responsabiliza simplesmente a rapariga,<br />

<strong>de</strong> quem, afirma, obtivera a confissão.”<br />

Aqui temos um exemplo pitoresco dos erros freqüentemente<br />

cometidos no estudo <strong>de</strong>sses assuntos. Não é raro que um médium<br />

intermita, <strong>de</strong> forma sub-reptícia, alguma coisa <strong>de</strong> sua inteligência<br />

nas suas faculda<strong>de</strong>s reais. Esse enxerto não anula, entretanto, a<br />

realida<strong>de</strong> das ditas faculda<strong>de</strong>s. Isso o verifiquei eu mesmo, com<br />

Eusápia, Srta. Huet, etc., como se po<strong>de</strong>rá ver em <strong>As</strong> Forças Naturais<br />

Desconhecidas. A Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Estudos Psíquicos <strong>de</strong> Nancy<br />

publicou a esse respeito magnífico parecer do Dr. Boucher, que<br />

reduz esse caso <strong>de</strong> Saint-Nicolas-du-Port às suas verda<strong>de</strong>iras proporções<br />

e merecimento.<br />

“O que me impressionou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo – o escreve – foi a<br />

forma por que passavam os projéteis, varando os alvos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />

e <strong>de</strong> papelão, dispostos pelo comissário. O orifício era nítido,<br />

mais ou menos redondo, apenas raiado nas bordas quase<br />

sem estilhas, por comprovar que a força projetiva era <strong>de</strong> alta<br />

potência. Viam-se, assim, dois gran<strong>de</strong>s pregos encravados num<br />

vidro e os estilhaços <strong>de</strong>ste enterrados na pare<strong>de</strong>. Para explicar<br />

esses fatos pelos meios comuns, é forçoso admitir o concurso<br />

<strong>de</strong> instrumentos especiais: tira<strong>de</strong>iras, bodoques, aríetes, etc.<br />

Essa hipótese não teria escapado, certo, às autorida<strong>de</strong>s competentes.<br />

Houveram, porém, <strong>de</strong> as <strong>de</strong>sprezar, <strong>de</strong> vez que se tornariam<br />

praticamente impossíveis. De fato, ninguém arremessa<br />

pregos e pedras aos punhados, ou a granel, servindo-se <strong>de</strong> fun-

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