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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 253<br />

noite fui com meu avô – con<strong>de</strong>corado <strong>de</strong> Santa-Helena e mais<br />

o “pai” Votte, comandante <strong>de</strong> polícia assim alcunhado – verificar<br />

o que por lá se passava na dita granja. Lá estávamos havia<br />

duas horas sem nada ver e, quando resolvemos retirar-nos, disse<br />

o “pai” Votte a meu avô: “Vê lá, Torquato, a boa peça que<br />

nos pregaram...” Mal acabava <strong>de</strong> o dizer e os móveis e a louça<br />

entraram a dançar em toda a casa. Era assim um como sabá <strong>de</strong><br />

feiticeiros. O barrete <strong>de</strong> meu avô foi arremessado ao fogão,<br />

queimando-se, e eu próprio fui atirado <strong>de</strong> encontro à porta da<br />

rua. Nisso, ouvi meu avô iracundo dizer: “Tu que te mostras<br />

tão pimpão, se vens <strong>de</strong> Deus, fala... se do diabo, eu te esconjuro!”<br />

Esses fatos, como a pouco dizia, passaram-se em Manneville<br />

e os velhos moradores ainda os têm <strong>de</strong> lembrança.<br />

Não havia por lá encenação alguma, nem médium, nem<br />

prestidigitador e sim, apenas, simplórios campônios. Eis o que<br />

me julguei na obrigação <strong>de</strong> vos informar, ficando ao inteiro<br />

dispor, caso preciseis <strong>de</strong> mais amplos apontamentos.<br />

(Carta 1014).<br />

Saturnino Tinel<br />

Havre, rua Lefevreville, 7.”<br />

Tomando informações, verifiquei a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa narrativa.<br />

Eis agora outra mais recente. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1922, a Srta. Lasserre,<br />

proprietária em Cape, Port-Sainte-Marie, comunicou-me a<br />

ocorrência <strong>de</strong> uns tantos fenômenos na escola leiga das filhas <strong>de</strong><br />

... 31 a propósito da inquirição que sempre faço para instrução pessoal,<br />

a missivista aconselhava que me dirigisse diretamente à Srta.<br />

X. (professora jubilada) que, com outras colegas, testemunhara o<br />

feito. “Os distúrbios eram tão violentos – diz a narradora – que<br />

31 Julguei pru<strong>de</strong>nte omitir nomes, visto tratar-se <strong>de</strong> funcionárias remuneradas.

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