26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 243<br />

sonval. O Senhor Barrett exprimiu a sua conversão em termos<br />

precisos, que valem transcritos aqui:<br />

“Pensava eu que, em experiências e observações <strong>de</strong> homens<br />

<strong>de</strong> absoluta competência e integrida<strong>de</strong>, tais como Crookes e<br />

Morgan, não se cogitava <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> possível, mas po<strong>de</strong>ria haver<br />

ilusão, como se <strong>de</strong>u, a princípio, com a hipnose. Minhas pesquisas<br />

<strong>de</strong>struíram por completo a minha teoria. Foi em 1876.<br />

Um advogado inglês, <strong>de</strong> reconhecida honorabilida<strong>de</strong> – M. C. –<br />

tinha alugado para veraneio, em Kingston, Condado <strong>de</strong> Dublin,<br />

a casa <strong>de</strong> um amigo meu. Travando relações com M. C., fiquei<br />

surpreso quando me falou <strong>de</strong> manifestações em sua casa, não<br />

sendo ele espiritista, nem ninguém da sua família. Ficavam<br />

perplexos e aborrecidos quando pancadas e rumores outros se<br />

verificavam, aliás freqüentemente, em presença da filhinha<br />

Florrie, menina <strong>de</strong> 10 anos, inteligente e viva. A princípio supuseram<br />

fosse ela que lhes armava a partida, mas logo se convenceram<br />

<strong>de</strong> que isso não era possível. A mestra queixava-se<br />

<strong>de</strong> pancadas na sala <strong>de</strong> estudo e a professora <strong>de</strong> piano afirmava<br />

que o instrumento dava fortes estalos quando a menina o <strong>de</strong>dilhava.<br />

O casal M. C. me permitiu, <strong>de</strong> bom grado, um inquérito<br />

pessoal e lá me fui à sua residência, no dia seguinte, <strong>de</strong>pois do<br />

almoço às 10 horas da manhã ensolarada. <strong>As</strong>sentamo-nos em<br />

torno da gran<strong>de</strong> mesa <strong>de</strong> jantar, lisa, sem toalha, eu, o casal M.<br />

C. e a pequena Florrie. O transparente das janelas que davam<br />

para o gramado <strong>de</strong>ixava coar a luz <strong>de</strong> fora, <strong>de</strong> maneira que os<br />

pés e mãos <strong>de</strong> todos nós ficavam perfeitamente visíveis. Ouvimos<br />

logo um como arranhar da ma<strong>de</strong>ira, seguido <strong>de</strong> pancadas<br />

na mesa e no encosto das ca<strong>de</strong>iras. Eu tinha <strong>de</strong> vista os pés<br />

e mãos <strong>de</strong> Florrie e certifiquei-me <strong>de</strong> sua absoluta imobilida<strong>de</strong>.<br />

Agora eram marteladas no assoalho, como se estivessem a<br />

pregá-lo, e eu tinha a idéia <strong>de</strong> carpinteiros no pavimento supe-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!