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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 241<br />

ção não é única, há centenas <strong>de</strong>las, análogas. Repetirei mais uma<br />

vez, que, inconteste e aceito o fenômeno, seria ingênuo supor que a<br />

ciência contemporânea pu<strong>de</strong>sse explicá-lo. Entretanto, uma consi<strong>de</strong>ração<br />

dinâmica se nos impõe aqui. Todos os físicos e matemáticos<br />

conhecem a expressão mV2 e sabem que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento<br />

<strong>de</strong> um corpo se estima multiplicando a massa pelo quadrado<br />

da velocida<strong>de</strong>. Uma velocida<strong>de</strong> duplicada é quatro vezes mais<br />

potente; nove, se triplicada; e <strong>de</strong>zesseis, se quadruplicada. Quintuplicada,<br />

sê-lo-á vinte e cinco e assim por diante. Segundo essa<br />

fórmula, po<strong>de</strong>r-se-á obter o efeito mecânico <strong>de</strong>sejado, aumentando<br />

a velocida<strong>de</strong>. Não é a bala e sim a velocida<strong>de</strong> que mata. Atirai com<br />

a mão a bala ao peito <strong>de</strong> alguém e o choque <strong>mal</strong> se fará sentido,<br />

através da roupa. Lembro-me <strong>de</strong> que em 1886 ganhei uma aposta<br />

perfurando uma tábua <strong>de</strong> carvalho, com uma bala <strong>de</strong> queijo suíço.<br />

Era o epílogo da discussão travada a propósito <strong>de</strong> Força e Matéria.<br />

(Memórias, págs. 353-354). Certo número <strong>de</strong> ruídos e algazarras,<br />

assim como diversos efeitos e atitu<strong>de</strong>s do raio, po<strong>de</strong>r-se-iam explicar<br />

mediante essa fórmula.<br />

Todas as mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong>scobertas científicas induzem a admitir<br />

que a matéria é <strong>de</strong> natureza elétrica e que as forças <strong>de</strong> coesão molecular,<br />

que dão rigi<strong>de</strong>z aos corpos sólidos, são forças elétricas.<br />

Abstenhamo-nos, porém, <strong>de</strong> muita explicação, pois ninguém sabe o<br />

que seja verda<strong>de</strong>iramente a matéria. Um átomo radioativo encerra<br />

enorme quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia intra-atômica, capaz <strong>de</strong> arrasar uma<br />

cida<strong>de</strong>. Mas, ainda mesmo que não possamos explicar os fenômenos,<br />

temos o <strong>de</strong>ver científico <strong>de</strong> os admitir, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que rigorosamente<br />

observados. Nem todas essas histórias, mais ou menos estranhas,<br />

quase sempre incríveis, representam invencionices, imposturas,<br />

ilusões, erros, etc.<br />

Aqui, como em tudo, convém encarar o problema com largueza<br />

<strong>de</strong> vista, sem prevenções. A conclusão <strong>de</strong> todas essas experiências<br />

é que existe, em nós e em torno <strong>de</strong> nós, forças naturais <strong>de</strong>sco-

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