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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 23<br />

“Relendo pela nona vez teu último livro 1 ocorreu-me uma<br />

reminiscência que te quero contar hoje mesmo.<br />

Foi em janeiro <strong>de</strong> 1871, no último dia da guerra. Estava eu<br />

num posto da vanguarda, em Arcueil-Cachan, e acabávamos <strong>de</strong><br />

jantar. Aquele repasto reconfortara-nos a todos e estávamos até<br />

alegres, mais do que o permitiam as circunstâncias. Súbito,<br />

sinto timbrar-me no cérebro o musical queixume <strong>de</strong> acor<strong>de</strong>s<br />

dolorosos, dos quais fiz, mais tar<strong>de</strong>, o prelúdio do meu Requiem,<br />

ao mesmo tempo em que me assaltava o pressentimento <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>sgraça. Fiquei profundamente acabrunhado. Depois,<br />

soube que naquele momento exato morria Henrique Regnault,<br />

a quem me ligava a mais profunda amiza<strong>de</strong>. A notícia <strong>de</strong> sua<br />

morte causou-me tal impressão que me levou ao leito por três<br />

dias. Tive, assim, como vê, uma prova real da telepatia, antes<br />

que o vocábulo se inventasse. Razão tem tu em pensar que a<br />

ciência clássica ignora o ser humano e que todos temos o que<br />

apren<strong>de</strong>r.<br />

Camilo Saint-Saens.”<br />

Aqui, cabe apenas repetir o que já havíamos replicado ao ilustre<br />

amigo:<br />

“És o mais inspirado dos compositores, glória do Instituto,<br />

pensador contemporâneo dos mais profundos, mas não és lógico.<br />

E achava-o ilógico tanto mais quanto, por outro lado, me<br />

havia ele assinalado observações pessoais bastante característicos,<br />

que publiquei no tomo II <strong>de</strong> A Morte e o seu Mistério<br />

(págs. 35-36).<br />

1<br />

A Morte e seu Mistério, t. II.

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