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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 222<br />

Em saindo do teatro, apressei-me a conduzi-la ao nosso hotel<br />

– Hotel <strong>de</strong> Espanha – por sinal. Sempre taciturno, <strong>de</strong>itei-me<br />

e assim permaneci <strong>de</strong> olhos abertos, mudo, sem compreen<strong>de</strong>rme<br />

a mim mesmo. Isso <strong>de</strong>via ser 1 hora. De repente, ouço no<br />

quarto um estalido e logo a seguir um barulho infernal. Minha<br />

mulher, assustada, começou a gritar. Acendi a vela e vi que a<br />

porta <strong>de</strong> espelho do guarda-roupa estava aberta. Não havíamos,<br />

aliás, tocado nesse móvel, que estava vazio. Tranqüilizei a<br />

companheira, fechei a porta do guarda-roupa e tornei a <strong>de</strong>itarme,<br />

já então senhor <strong>de</strong> mim mesmo. De manhã recebemos telegrama<br />

chamando-nos a Marseillant (Hérault) e dizendo que<br />

minha irmã tinha falecido na véspera, às 10 horas da noite. Ela<br />

sabia que estávamos no Espanha. Ter-nos-ia, <strong>de</strong>starte, enviado<br />

o seu <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro pensamento? Será que não pudéssemos também<br />

recebê-lo senão ali no Hotel <strong>de</strong> Espanha? Não preciso a-<br />

firmar a verda<strong>de</strong> absoluta <strong>de</strong>ssa narrativa. Posteriormente, sofri<br />

outros infortúnios imensos e nada <strong>de</strong> extraordinário me foi dado<br />

observar. Os meus queridos mortos nunca mais se comunicaram<br />

comigo. Verão eles as minhas lágrimas, meus sofrimentos?<br />

Quanto o <strong>de</strong>sejaria...<br />

Queira aceitar, etc.<br />

Etienne Mimard.”<br />

Manifestação notável, muito digna <strong>de</strong> atenção. Invocam-se a-<br />

busivamente as coincidências fortuitas, mas o argumento não se me<br />

afigura plausível. A verda<strong>de</strong> é que existem forças psíquicas e forças<br />

físicas <strong>de</strong>sconhecidas. Não neguemos, não fechemos os olhos,<br />

antes observemos, verifiquemos e discutamos. Talvez possamos<br />

encontrar uma explicação. Porque esses ruídos coinci<strong>de</strong>ntes com o<br />

trespasse? Por absurdos que os consi<strong>de</strong>remos, eles não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong><br />

existir. Dar-se-ão antes, durante, ou <strong>de</strong>pois do <strong>de</strong>sprendimento?

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