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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 213<br />

Foi um alívio quando a filha da senhoria entrou com o chá.<br />

Ainda por duas noites, na mesma semana, o sonho se repetiu e<br />

tanta foi minha angústia que não vacilei em dizer à Srta. Wales:<br />

– Este quarto é <strong>mal</strong>-assombrado por esse homem e eu bem<br />

gostaria <strong>de</strong> saber a causa. Dar-se-á que o colégio <strong>de</strong> Peterhouse<br />

fique por aqui perto? Pergunto, porque, há 30 anos, esse homem<br />

freqüentava um colégio <strong>de</strong>sse nome. – Sim, a resposta foi<br />

afirmativa; o colégio não estava longe. Da última vez que sonhei,<br />

disse para comigo: não posso compreen<strong>de</strong>r a sua preferência<br />

por este quarto, a menos que o tivesse ocupado. Um inquérito<br />

nesse sentido afigurava-se-me difícil, senão impossível,<br />

ao fim <strong>de</strong> 28 anos. Nada obstante, perguntei à Srta. Hardrick<br />

quantos anos havia que sua mãe instalara a pensão. – Há<br />

17 anos, respon<strong>de</strong>u.<br />

– E antes, quem morava aqui? – Um casal que se mudou da<br />

cida<strong>de</strong> e que, acredito, já não existe. – E antes disso? <strong>As</strong>sim<br />

insistente, fiz ver que <strong>de</strong>sejava encontrar a pista <strong>de</strong> alguém que<br />

por ali andara, como aluno do Peterhouse. A resposta foi que,<br />

antes do aludido casal, a pensão fora <strong>de</strong> um tal Peck, que tinha<br />

agora farmácia em uma rua próxima. Dirigi-me ao farmacêutico<br />

e, a pretexto <strong>de</strong> comprar ácido bórico, perguntei-lhe se por<br />

acaso, há uns 30 anos, não residira no 35 da rua Trumpington.<br />

Sim – disse, e indaguei, então, se se lembrava <strong>de</strong> um aluno do<br />

Peterhouse, <strong>de</strong> nome tal. – Perfeitamente, por sinal que fora<br />

seu hóspe<strong>de</strong> 18 meses. Guardava do rapaz viva lembrança e<br />

logo me exibiu o seu retrato, ao lado <strong>de</strong> um cão bem meu conhecido,<br />

chamado Léo. O Senhor Peck também se lembrava<br />

<strong>de</strong>sse nome. Perguntei-lhe, ainda, qual o quarto do rapaz. – O<br />

maior, por cima da cozinha e que tem uma salinha ao lado,<br />

respon<strong>de</strong>u. Ora, é precisamente nesse quarto que eu durmo...<br />

Confesso que nunca, anteriormente, pusera os pés em Cambridge<br />

e não sabia nem tinha idéia do lugar on<strong>de</strong> estudara a

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