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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 212<br />

ça brutalmente torcida. Evi<strong>de</strong>nte que haviam lá ocultado um<br />

recém-nascido, bem dissimulado.”<br />

Acrescentemos a esse quadro trágico a confirmação do marido<br />

da narradora, e mais, que o Senhor Podmore encontrou, nos jornais<br />

da época, notícias concernentes ao <strong>de</strong>sabamento da casa e ao encontro<br />

do cadáver. De acentuar, também, que fora do quarto a<br />

Senhora Erlen nada sentia <strong>de</strong> extraordinário. Certo número <strong>de</strong><br />

casos levam a estabelecer uma como associação das moradias com<br />

os fenômenos nelas <strong>de</strong>senrolados. Em sua obra Seen and Unseen,<br />

Katherine Bates conta, por sua vez, curiosa observação pessoal,<br />

notificada à Socieda<strong>de</strong> Psíquica Inglesa e publicada no Journal<br />

(vol. VII, pág. 282). Ei-la em resumo:<br />

“Aos 18 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1896 cheguei a Cambridge e alojei-me<br />

na rua Trumpington, 35. Minha amiga, Srta. Wales, estava ausente<br />

e assim tive <strong>de</strong> passar a noite sozinha. Quando ela voltou<br />

no dia seguinte, contei-lhe a noite horrível que passei, assomada<br />

por sonhos persistentes com um homem que nunca mais vi,<br />

e do qual não tivera notícias, <strong>de</strong>pois que rompemos uma íntima<br />

e velha ligação. Via-o no sonho, junto <strong>de</strong> mim, a recriminarme<br />

por não o haver esposado e bolsando alusões irônicas às dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> vida que me teria poupado, se não o houvesse<br />

repelido. Acor<strong>de</strong>i e readormeci muitas vezes, e ele me ressurgia<br />

sempre com as mesmas palavras e atitu<strong>de</strong>s. Num intervalo<br />

<strong>de</strong> vigília, tive tão forte impressão da sua presença que cheguei<br />

a gritar: – “Vai-te, <strong>de</strong>ixa-me em paz; não guardo ressentimentos<br />

maus a teu respeito, mas tu te comprazes em atormentarme,<br />

assim provando que me não farias feliz se te esposasse.<br />

Em nome da Santíssima Trinda<strong>de</strong> or<strong>de</strong>no-te: – <strong>de</strong>ixa-me em<br />

paz.”<br />

Depois <strong>de</strong>ssa apóstrofe, pareceu-me que a influencia <strong>mal</strong>éfica<br />

se atenuava e consegui dormir um sono penoso e agitado.

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