26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 191<br />

sos, tal como se encontra em sua obra O Parque do Mistério, escrita<br />

em colaboração com a Senhora Rachil<strong>de</strong>, em 1923. Eu tenho a<br />

honra e o prazer <strong>de</strong> conhecer essa senhora há cerca <strong>de</strong> trinta anos, e<br />

sei que ela não quer admitir, <strong>de</strong> maneira alguma, a realida<strong>de</strong> dos<br />

fenômenos psíquicos, pela razão, certo respeitável, mas discutível,<br />

<strong>de</strong> haverem sido seus pais enganados pelos médiuns.<br />

O Senhor Homem Cristo, ao invés, como observador direto,<br />

foi levado a convencer-se cada vez mais da autenticida<strong>de</strong> e valor<br />

científico dos fenômenos. De ateu, tornou-se espiritualista convicto.<br />

Eis porque se torna interessante conhecer na íntegra o seu <strong>de</strong>poimento,<br />

extraído do citado livro. Preliminarmente, o amigo, que<br />

com ele foi passar uma noite, conta-lhe o seguinte:<br />

“Adormeci <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito fumar e verificar que não tinha<br />

mais fósforos. Despertei com uma sensação <strong>de</strong> clarida<strong>de</strong> através<br />

das pálpebras, tal como quando, <strong>de</strong> olhos fechados, recebemos<br />

a clarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma lâmpada muito forte, ou <strong>de</strong> um fogo<br />

muito vivo. Era como se visse antes <strong>de</strong> ver, e isso me impressionava<br />

tanto que abri, finalmente, os olhos e vi que as janelas,<br />

bem fechadas, conforme recomendaste, estavam abertas e o luar<br />

batia-me em cheio no rosto. Eu estava, ou pensava estar certo<br />

<strong>de</strong> haver tudo fechado e examinado antes <strong>de</strong> me <strong>de</strong>itar; que<br />

havia corrido todos os fechos, mas também podia ter-me enganado.<br />

Nesse caso, nada ouvindo <strong>de</strong> suspeito, e disposto a bem<br />

dormir, como aquela réstia <strong>de</strong> luar me incomodasse, fui até à<br />

janela, levantei a vidraça e prendi-a no gancho que <strong>de</strong>veria<br />

mantê-la acima da minha cabeça, pois eu precisava <strong>de</strong>bruçarme<br />

para colher as persianas abertas. Elas resistiram, e a verda<strong>de</strong><br />

é que não havia vento.<br />

No pavimento térreo po<strong>de</strong>ria dar-se tal coisa, operada por<br />

alguém que viesse do jardim. Lembrando-me, súbito, <strong>de</strong> quanto<br />

me havias dito, resmunguei baixinho para não acordar nin-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!