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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 187<br />

Capítulo VII<br />

A casa fantástica <strong>de</strong> Comeada, em Coimbra, Portugal<br />

Em Comenda, arrabal<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Portugal afamada<br />

por sua Universida<strong>de</strong> secular, ocorreram coisas fantásticas,<br />

que valem reproduzidas aqui.<br />

“No início <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1919 o Senhor Homem Cristo,<br />

primeiranista <strong>de</strong> Direito, foi expulso da Universida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>sobediência<br />

a pragmatismo religioso e tentativa <strong>de</strong> sedição à<br />

mão armada. Alugou, então, em Comenda, um sobrado <strong>de</strong> um<br />

só andar, ali se instalando com sua mulher e duas criadas. Essa<br />

senhora, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira noite, entrou a queixar-se que ouvia<br />

rumores estranhos. Oito dias <strong>de</strong>pois, um amigo, Senhor Gomes<br />

Pare<strong>de</strong>s, também universitário, indo a Comenda tratar <strong>de</strong> negócios,<br />

houve <strong>de</strong> pernoitar em casa do ex-colega. Depois <strong>de</strong><br />

muito palestrarem, até 1 hora da madrugada, foi cada qual para<br />

o seu quarto. Mal apagou a vela, o Senhor Pare<strong>de</strong>s ouviu pancadas<br />

na janela. Reacen<strong>de</strong>u a vela, ergueu-se, escancarou a janela<br />

e nada viu. Tornou a <strong>de</strong>itar-se, soprou a vela e eis que ouve<br />

passos junto <strong>de</strong> si e portas que se abrem e fecham por toda a<br />

casa. Reacen<strong>de</strong>u a luz e pôs-se a esquadrinhar <strong>de</strong>baixo da cama,<br />

dos móveis, etc. Ninguém! Nada! Extinta a luz, recomeçou<br />

o barulho.<br />

Não querendo incomodar ninguém, conformou-se com a situação<br />

e pela manhã perguntou ao Senhor Homem Cristo se<br />

algo havia notado. “Absolutamente nada – foi a resposta –. A-<br />

liás, não há que estranhar, porque eu durmo como um fra<strong>de</strong>.<br />

Mas, afinal, que po<strong>de</strong>ria eu escutar? Ladrões é coisa que aqui<br />

não há e tudo o mais, a meu ver, é pura fantasia.” Pare<strong>de</strong>s, que<br />

conhecia o positivismo do outro, não insistiu. Voltou para Co-

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