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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 185<br />

rindo perto <strong>de</strong>la uma pancada tão forte que quase a fez <strong>de</strong>smaiar.<br />

Meu caro amigo po<strong>de</strong>rá perguntar como pu<strong>de</strong> tolerar tal<br />

hóspe<strong>de</strong> tanto tempo... É <strong>de</strong> fato entranhável, visto que sou<br />

medrosa por índole, mas a verda<strong>de</strong> é que Coco não me causava<br />

pavor e eu até chegava a dirigir-lhe a palavra, a repreendê-lo e<br />

a pedir-lhe obséquios. Lembro-me <strong>de</strong> que uma noite, ao vestirme<br />

para ir ao teatro, disse à criada que esperava receber uma<br />

carta importante e que, se ela chegasse naquela mesma noite,<br />

pelo último correio, Coco teria a gentileza <strong>de</strong> me prevenir com<br />

duas pancadas no espelho em que me revia. Pois as duas pancadas<br />

soaram e a criada <strong>de</strong>ixou cair o frasco que tinha nas<br />

mãos, <strong>de</strong>itando a correr, espavorida. E a carta chegou, efetivamente.<br />

E <strong>de</strong>pois... Mas é tudo. Ao fim <strong>de</strong> um ano, regressei a<br />

Paris. Esperava que Coco me acompanhasse, mas tal não se<br />

<strong>de</strong>u.<br />

Não mais ouvi coisa alguma. Perdi a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atrair os<br />

Espíritos, em cuja existência não creio muito, apesar do que<br />

acabo <strong>de</strong> expor. Custa-me realmente acreditar que, ficando invisíveis<br />

a nós tantos seres queridos, seja permitida a manifestação<br />

<strong>de</strong> estranhos. Mas, daí nada concluo, porque nada sei e<br />

só me limito a contar uma história verda<strong>de</strong>ira.<br />

Manoel <strong>de</strong> Granford.”<br />

Que nome po<strong>de</strong>remos dar à causa <strong>de</strong>ssas manifestações? Discuti<br />

com a narradora a hipótese <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sdobramento inconsciente<br />

da personalida<strong>de</strong>, da exteriorização do seu próprio espírito, como<br />

aventava o nosso amigo A. <strong>de</strong> Rochas. Nenhuma hipótese, contudo,<br />

me pareceu pon<strong>de</strong>rável. A observação do seu irmão a isso se<br />

opunha, particularmente. Seria um espírito qualquer, um invisível<br />

audível? Alma <strong>de</strong> um morto? Em todo caso, é um espírito anônimo.<br />

E a nossa interpretação e idêntica à conclusão do caso anterior (do<br />

Professor Salières).

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