26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 177<br />

horas da madrugada, renovando todas as noites, durante duas<br />

semanas. Nada obstante, <strong>de</strong> manhã, ao levantar-me, tudo estava<br />

em or<strong>de</strong>m nos seus respectivos lugares, nada quebrado! A-<br />

penas uma vez, encontramos uma ca<strong>de</strong>ira tombada e um guardanapo<br />

que lhe ficara no encosto foi atirado a meio metro <strong>de</strong><br />

distância, mais ou menos. Ao ver tal coisa, estremeci pela primeira<br />

vez e fui empolgado por um temor absurdo, insensato.<br />

Porque ocultá-lo?<br />

Uma noite, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>itar-me, tomei um pouco d'água açucarada.<br />

A colherinha <strong>de</strong> que me servia ficou <strong>de</strong>ntro do copo,<br />

<strong>de</strong>baixo do qual <strong>de</strong>ixei um bilhete dobrado e assim redigido: –<br />

“Se são Espíritos os autores <strong>de</strong>sses fenômenos, peço-lhes que<br />

nos <strong>de</strong>ixem dormir tranqüilos.”<br />

Durante mais <strong>de</strong> 3 horas a colherinha bateu no copo com intervalos<br />

apenas <strong>de</strong> um minuto. Por duas vezes, creio, parecia<br />

que o copo rolava na mesa, sem cair no ladrilho da cozinha,<br />

on<strong>de</strong> fatalmente se quebraria. Ao levantar-me encontrei o copo,<br />

o bilhete e a colher no mesmo lugar em que os <strong>de</strong>ixara.<br />

Uma noite, três pancadas foram dadas na ma<strong>de</strong>ira da cama.<br />

Eram como bengaladas vibradas <strong>de</strong> cima, nas almofadas da cabeceira.<br />

Dessa feita, um amigo (T. L.) consentira em passar a<br />

noite comigo. Em face do que via, não se conteve que me não<br />

dissesse: “quer-me parecer que você dispõe <strong>de</strong> algum po<strong>de</strong>r satânico,<br />

com essa cara <strong>de</strong> santo, a engendrar esses sarambeques.”<br />

Adiante, ver-se-á o atestado que firmou. Outra noite foi L.<br />

N., um companheiro <strong>de</strong> infância, que se prestou a fazer-me<br />

companhia e do qual também transcrevo o <strong>de</strong>poimento. Incluo,<br />

igualmente, a <strong>de</strong>claração do Aba<strong>de</strong> Ruffat, que, ainda no ano<br />

passado, apesar dos seus 86 anos, dirigia a paróquia <strong>de</strong> Labasti<strong>de</strong>-Paumès.<br />

Além <strong>de</strong>sses, verão o testemunho do mano Vital.<br />

Esses <strong>de</strong>poentes aí estão, todos vivos. Uma noite, ouvi passos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!