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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 175<br />

satisfeito, confesso, por livrar-me dos alarmes noturnos, mas<br />

algo <strong>de</strong>sapontado por não lhe ter <strong>de</strong>scoberto a causa.”<br />

Esse assombramento, tanto quanto o do Calvados e o da<br />

Corrèze, não dão margem a quaisquer dúvidas.<br />

*<br />

Eis agora outro caso semelhante ao prece<strong>de</strong>nte. O Doutor Darieux<br />

obteve a sua <strong>de</strong>scrição em 1895 e <strong>de</strong>u-lhe publicida<strong>de</strong>, ainda<br />

esse ano, nos Annales <strong>de</strong>s Sciences Psychiques (pág. 76). Trata-se<br />

<strong>de</strong> observação cientificamente feita e minuciosamente <strong>de</strong>scrita.<br />

“Guar<strong>de</strong>i em segredo, por mais <strong>de</strong> 20 anos, os estranhos e<br />

inconcebíveis acontecimentos cuja <strong>de</strong>scrição hoje faço com a<br />

mais rigorosa minudência e exatidão.<br />

Em 1867 era eu professor público em Labasti<strong>de</strong>-Paumès<br />

(Haute-Garonne) e tinha então 20 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Minha residência<br />

ficava a uns 40 metros da igreja e era, nem mais nem<br />

menos, que o antigo presbitério, posto à minha disposição. A-<br />

inda muito arruinado em 1865, sofreu no ano seguinte gran<strong>de</strong>s<br />

reformas, justo para servir-me <strong>de</strong> moradia. Quando lá cheguei,<br />

a sua aparência era a <strong>de</strong> um prédio novo. O pavimento térreo,<br />

assaz baixo para ser habitado, servia-me simultaneamente <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>ga e dispensa, comunicando com o pavimento superior por<br />

ampla escada <strong>de</strong> carvalho. Junto <strong>de</strong>ssa escada havia duas portas,<br />

dando respectivamente para o exterior e para o pavimento<br />

térreo, que não tinha outra comunicação interior. O andar superior<br />

nunca o aproveitei, sempre estive no primeiro, em companhia<br />

<strong>de</strong> meu irmão Vital – hoje lente <strong>de</strong> matemáticas no liceu<br />

<strong>de</strong> Belfort – e <strong>de</strong> minha irmã Francisca. Esse pavimento<br />

dividia-se em quatro cômodos espaçosos: um servia-nos simultaneamente<br />

<strong>de</strong> cozinha e sala <strong>de</strong> jantar; cada um dos outros três<br />

servia <strong>de</strong> dormitório a mim, meu irmão e minha irmã.

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