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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 160<br />

A única resposta, no estado atual da Ciência, é que possuímos<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> fatos análogos, provando a sua realida<strong>de</strong>, o que<br />

não permite levá-los à conta <strong>de</strong> coincidência ou <strong>de</strong> acaso. Inexplicáveis,<br />

só pelo seu estudo comparativo po<strong>de</strong>r-se-á tirar conclusões.<br />

Não entrará em jogo, aí, a alma da falecida? Po<strong>de</strong>mos ensaiar a<br />

interpretação <strong>de</strong>ssas coincidências? Não seriam elas simbólicas?<br />

Que significam um relógio, uma pêndula, um mostrador? Evi<strong>de</strong>ntemente,<br />

um aparelho que me<strong>de</strong> o tempo.<br />

Ora, o tempo é o elemento essencial da vida e conduz à morte.<br />

Na força universal que tudo rege, há um princípio intelectual <strong>de</strong>sconhecido,<br />

associado a todos os acontecimentos, gran<strong>de</strong>s e pequenos:<br />

à evolução <strong>de</strong> um planeta, ao instinto <strong>de</strong> uma ave, <strong>de</strong> um<br />

inseto.<br />

A parada <strong>de</strong> um aparelho que me<strong>de</strong> o tempo não po<strong>de</strong>ria correspon<strong>de</strong>r<br />

à parada <strong>de</strong> uma vida? E não haveria um sentido, uma<br />

significação, antes que efeito qualquer <strong>de</strong> uma causa <strong>de</strong>sconhecida?<br />

Esses fatos materiais, associados a <strong>de</strong>funtos, são, certamente, incompreensíveis.<br />

Um relógio parado, que se põe a funcionar, um<br />

objeto que cai, e o acaso em função do cálculo das probabilida<strong>de</strong>s,<br />

não explicam essas coincidências. Há muito que publiquei 16 o caso<br />

da queda fragorosa <strong>de</strong> um aparelho <strong>de</strong> café, coincidindo com a hora<br />

do falecimento do dono da casa, na África. Nessa mesma carta, <strong>de</strong><br />

4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1899, constava outro inci<strong>de</strong>nte que não divulguei, o<br />

que ora faço. Ei-lo:<br />

“Meus avós tinham renunciado à vida do campo, instalando-se<br />

em La Rochelle.<br />

Um novo aparelho (serviço) <strong>de</strong> café tinha sido colocado a<br />

título ornamental do fogão, em lugar do antigo. Ora, 6 anos<br />

mais tar<strong>de</strong>, em 1841, meus avós escutaram o mesmo fragor na<br />

sua sala <strong>de</strong> espera. Subiram tão rápido quanto possível, encon-<br />

16 O Desconhecido, pág. 175.

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