26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 154<br />

coincidirem com falecimentos, e mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> toques <strong>de</strong><br />

campainha igualmente inexplicados, e ainda terei ocasião <strong>de</strong> voltar<br />

ao assunto.<br />

Não é raro cair um retrato à hora exata do traspasse do retratado.<br />

No tomo III <strong>de</strong> A Morte e o seu Mistério (págs. 347, 348),<br />

encontrará o leitor a narrativa <strong>de</strong> Alexandre Dumas, a propósito da<br />

queda <strong>de</strong> belo quadro, coinci<strong>de</strong>nte com um falecimento, bem como<br />

<strong>de</strong> outro retrato a óleo, em circunstâncias idênticas.<br />

Ora, ainda há pouco um fato análogo se verificou próximo <strong>de</strong><br />

mim. Durante o inverno <strong>de</strong> 1920-1921, por ocasião <strong>de</strong> minha estada<br />

em Monte Carlo, contaram-me um inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sse gênero,<br />

ocorrido no Bispado <strong>de</strong> Mônaco. Pu<strong>de</strong> fazer uma sindicância direta<br />

in loco e conhecer todos os pormenores, verbalmente contados<br />

pelas próprias testemunhas, aliás gentilíssimas em suas comunicações.<br />

Vejamos a curiosa história:<br />

“Monsenhor Beguinot, bispo <strong>de</strong> Nimes, faleceu no dia 3 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 1921 às 6 da manhã. Íntimo amigo <strong>de</strong> Monsenhor<br />

<strong>de</strong> Curei, bispo <strong>de</strong> Mônaco, falecido em 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1915,<br />

recebera e guardava, <strong>de</strong>ste, uma fotografia em penhor <strong>de</strong> carinhosa<br />

recordação. Era uma bela gravura finamente emoldurada<br />

e posta no salão do palácio episcopal, em frente do seu próprio<br />

retrato. Depois do falecimento <strong>de</strong> Monsenhor <strong>de</strong> Curei, o bispado<br />

<strong>de</strong> Mônaco foi preenchido por Monsenhor Vié (16 <strong>de</strong> a-<br />

gosto <strong>de</strong> 1916 a 10 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1918). A 3 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

1921, o palácio estava <strong>de</strong>serto e guardado pelo Cônego Perruchot,<br />

única pessoa que lá se encontrava. E o caso é que, atravessando<br />

o salão, na manhã daquele dia, o cônego viu o retrato<br />

por terra, o vidro quebrado, e teve logo a idéia <strong>de</strong> que o aci<strong>de</strong>nte<br />

inexplicável, não provindo do cor<strong>de</strong>l ou do gancho, po<strong>de</strong>ria<br />

significar qualquer mau prenúncio.<br />

Nesse mesmo dia, o Aba<strong>de</strong> Foccart, capelão do hospital, por<br />

lá passando, apanhou os <strong>de</strong>stroços do quadro, reconstituiu a te-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!