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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 14<br />

tência <strong>de</strong> almas, espíritos, seres intelectuais, espirituais, que não<br />

são meras funções do cérebro. A transmissão do pensamento, a<br />

visão à distância sem auxílio dos olhos e a previsão <strong>de</strong> acontecimentos<br />

futuros não nos dão os mesmos testemunhos?<br />

A transmissão do pensamento não oferece dúvidas, notadamente<br />

entre um magnetizador e o seu sujet. Disso po<strong>de</strong>ríamos citar<br />

aqui mil exemplos. Eis um, pouco sentimental, certamente, mas<br />

bem característico, citado pelo Dr. Bertrand, que é um experimentador<br />

dos mais competentes.<br />

“Um magnetizador assaz imbuído <strong>de</strong> idéias místicas tinha<br />

um sonâmbulo que, durante o transe, não via senão anjos e Espíritos<br />

<strong>de</strong> toda espécie, visões que serviam para robustecer cada<br />

vez mais a sua crença religiosa. Como citasse <strong>de</strong> contínuo<br />

os sonhos do seu sonâmbulo em apoio do seu credo, outro<br />

magnetizador, seu conhecido, se encarregou <strong>de</strong> o <strong>de</strong>siludir,<br />

<strong>de</strong>monstrando-lhe que o sonâmbulo não tinha as visões que a-<br />

legava, senão porque as guardava na própria mente. Propôs,<br />

então, para comprovar o seu asserto, que faria com que o sonâmbulo<br />

visse reunião <strong>de</strong> anjos à mesa e comendo um peru.<br />

<strong>As</strong>sim é que adormeceu o sonâmbulo e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> algum tempo,<br />

perguntou-lhe o que via <strong>de</strong> extraordinário. “Uma gran<strong>de</strong><br />

reunião <strong>de</strong> anjos” – foi a resposta. E que fazem eles? “Estão<br />

sentados à mesa, comendo...” Não pô<strong>de</strong>, porém, nomear as i-<br />

guarias.”<br />

Aí temos um exemplo <strong>de</strong> sugestão mental, como você bem sabe.<br />

A vonta<strong>de</strong> do magnetizador atua silenciosamente sobre o magnetizado.<br />

Certo, po<strong>de</strong>mos aqui dizer que se trata da ação <strong>de</strong> um<br />

cérebro sobre outro, mas não lhe parece que o cérebro não passa <strong>de</strong><br />

instrumento da vonta<strong>de</strong>? Por mim, jamais felicitaria o cérebro por<br />

pensar, assim como não felicitaria uma lente astronômica pelo fato<br />

<strong>de</strong> bem focar Saturno. Não lhe parece seja o cérebro órgão do

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