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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 129<br />

em Lour<strong>de</strong>s. O reverendo fra<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>u aos exorcismos e tudo<br />

cessou.”<br />

Confesso que todo leitor profano que jamais tivesse ouvido falar<br />

<strong>de</strong>sses fenômenos po<strong>de</strong>ria atribuir as <strong>de</strong>scrições aqui exaradas a<br />

cérebros <strong>de</strong> loucos, ou alucinados. Nada obstante, os fatos são<br />

reais. A idéia do sobrenatural domina em toda essa família e na<br />

sua roda. Para nós outros, porém, impõe-se uma apreciação puramente<br />

científica. Dos inúmeros atestados reclamados pelo Doutor<br />

Darieux, <strong>de</strong>stacarei ainda alguns documentos, como <strong>de</strong>clarações<br />

suplementares e substitutivos dos pormenores suprimidos nas<br />

<strong>de</strong>scrições prece<strong>de</strong>ntes, para ganhar espaço.<br />

Carta do Aba<strong>de</strong> D., velho preceptor do filho da Senhora X.,,<br />

atualmente exercendo um paroquiano na Normandia:<br />

“Testemunhei todos os fatos do castelo <strong>de</strong> T., a partir <strong>de</strong> 12<br />

<strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1875 até 30 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1876. Posso, assim,<br />

atestar que os fenômenos constantes do manuscrito prece<strong>de</strong>nte<br />

não po<strong>de</strong>m ser obra do homem. Todos esses ruídos foram ouvidos,<br />

não por uma e sim por muitas pessoas, e as pancadas e-<br />

ram tão fortes que po<strong>de</strong>riam ser ouvidas a 500 metros <strong>de</strong> distância.<br />

Não vos farei aqui um novo relato dos acontecimentos<br />

já <strong>de</strong> vós conhecidos. Fatos idênticos já se haviam passado no<br />

antigo castelo. Em toda essa embrulhada o Senhor X. tomou<br />

todas as possíveis precauções. Nem vejo como pu<strong>de</strong>sse ele, fisicamente<br />

falando, introduzir-se em meu quarto e <strong>de</strong>slocar objetos<br />

sem que eu o visse. Como trepar ao cimo da chaminé e <strong>de</strong><br />

lá <strong>de</strong>rramar água no quarto e cobrir-me <strong>de</strong> cinzas, ao <strong>de</strong>mais<br />

em pleno dia e dia enxuto? Meu discípulo presenciou o fato e<br />

ainda parecer-me vê-lo a fugir. E como explicar que a ca<strong>de</strong>la,<br />

bem amestrada, do Senhor X., não <strong>de</strong>sse qualquer sinal <strong>de</strong> inquietação?<br />

Como conceber que uma janela bem fechada pu<strong>de</strong>sse<br />

abrir-se automaticamente diante <strong>de</strong> nós? Os gritos que

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