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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 121<br />

copo emborcado. No gabinete, dois sapatos dispostos em forma<br />

<strong>de</strong> leque no peitoril da janela, e outros dois sobre um prato,<br />

perto da lamparina.<br />

Noite <strong>de</strong> 26 para segunda-feira 27 – Às 9 horas eu e Augusto<br />

nos vamos instalar no roupeiro, <strong>de</strong>ixando aberta a porta.<br />

Ouvimos uma série <strong>de</strong> pancadas, como se alguém estivesse<br />

passeando e batendo com a bengala no corredor, à nossa frente.<br />

A luz estava acesa. Pouco <strong>de</strong>pois, Amelina ouve passos<br />

<strong>de</strong>scendo à cozinha, on<strong>de</strong> logo se produziram estalidos secos,<br />

como se alguém lá estivesse a quebrar gravetos. Mas gravetos<br />

é o que lá não havia então. Nem gravetos, nem ninguém.<br />

Segunda-feira, 27 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro – Na tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse dia fomos<br />

todos a V... A cozinheira ficou só, com uma jornaleira, e ao<br />

regressarmos disse que tudo correra sem novida<strong>de</strong>. Fomos ao<br />

quarto do Senhor Aba<strong>de</strong> e lá encontramos os seus livros, uns<br />

cem talvez, espalhados no chão. Três volumes, apenas, ficaram<br />

<strong>de</strong> pé, cada qual na sua prateleira e, por sinal, que eram os Três<br />

Evangelhos. Outras obras religiosas tinham sido arremessadas<br />

ao chão e a vassoura posta em cima da estante.”<br />

Esse <strong>de</strong>poimento é assaz longo, evi<strong>de</strong>ntemente, mas nós conceituamos<br />

a sua varieda<strong>de</strong>. Ainda assim, eu o encurtei quanto pu<strong>de</strong>,<br />

mas <strong>de</strong> forma a não lhe tirar o valor intrínseco. Eis o seguimento:<br />

“Noite <strong>de</strong> terça 28, para quarta-feira, 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro –<br />

Três gran<strong>de</strong>s pancadas surdas no 2° andar, logo seguidas <strong>de</strong><br />

inúmeras outras, rápidas, que percutem ao longo do corredor.<br />

Imediatamente, três baques muito vivos na porta do Senhor<br />

Aba<strong>de</strong>, mais dois isolados e um chocalhar <strong>de</strong> ferragens. Depois,<br />

duas séries <strong>de</strong> três pancadas vivas, impacientes, terminando<br />

por um estrondo na porta do quarto ver<strong>de</strong>.<br />

Quarta-feira, 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro – À meia hora <strong>de</strong>pois da<br />

meia-noite fomos subitamente <strong>de</strong>spertados por quatro fortíssi-

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