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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 12<br />

me, mas não pu<strong>de</strong> reconciliar o sono. Às 11 da manhã fui à<br />

pensão, assomado <strong>de</strong> in<strong>de</strong>finível tristeza.<br />

Argüido pelos colegas, contei-lhes tim-tim por tim-tim o<br />

que aí passara, não – seja dito – sem ouvir algumas pilhérias.<br />

Às 2 dirigi-me para a Faculda<strong>de</strong>, no intuito <strong>de</strong> encontrar no estudo<br />

algum repouso.<br />

Deixando a aula às 4 horas, vi caminhar ao meu encontro<br />

uma mulher alta, trajando rigoroso luto, e logo reconheci minha<br />

irmã mais velha a perguntar-me aflito o que fizera <strong>de</strong> mim.<br />

Lacrimosa, comunicou-me a fatal ocorrência, que nada me faria<br />

prever, <strong>de</strong> vez que, ainda na manhã <strong>de</strong> 22, recebera <strong>de</strong> casa<br />

as melhores notícias.<br />

Entregando-lhe este <strong>de</strong>poimento, abstenho-me <strong>de</strong> emitir<br />

qualquer opinião a respeito e só me obrigo a garantir, sob palavra<br />

<strong>de</strong> honra, a sua absoluta autenticida<strong>de</strong>.<br />

Vinte anos são passados e a impressão que o fato me <strong>de</strong>ixou<br />

é sempre a mesma, emocional, profunda (sobretudo neste momento),<br />

e se os traços fisionômicos <strong>de</strong> Helena não me aparecem<br />

tão nítidos, o seu apelo é sempre o mesmo: plangente, repetido,<br />

<strong>de</strong>sesperado: “Que fazes, meu Luís? Vem, vem...”<br />

Luís Noell<br />

Farmacêutico, em Cette.”<br />

Tal a narração do fenômeno psíquico. Se você, meu caro amigo,<br />

não admite que o corpo da morta, 23 horas após o falecimento,<br />

seja o agente <strong>de</strong>ssa impressão e que haja, no feito, algo que não o<br />

organismo material – seja o transporte do espírito <strong>de</strong> Noell para a<br />

morta, durante o sono, seja que uma ação telepática tivesse nela, a<br />

morta, o seu ponto <strong>de</strong> emanação –, encontramo-nos diante <strong>de</strong> um<br />

fato pertinente aos domínios da alma, nunca ao corpo, induzindonos<br />

a crer que a alma existe pessoalmente e não é um efeito, uma

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