26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 114<br />

léficos, mas a família X. ignorava tais coisas quando ali passou<br />

a residir.”<br />

Damos, a seguir, extratos da agenda cotidiana. Esses apontamentos<br />

são um tanto extensos, mas oferecem gran<strong>de</strong> interesse, pois<br />

se trata <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iro processo <strong>de</strong> documentação verbal.<br />

“Estamos em outubro <strong>de</strong> 1875 – escreve o proprietário – e<br />

proponho-me anotar aqui, dia a dia, o que se houver passado<br />

em noite anterior. Devo frisar bem, aqui, que, quando os ruídos<br />

se produziam com o solo coberto <strong>de</strong> neve, nenhuma pegada<br />

se encontrava em torno do castelo. Ocultamente coloquei<br />

fios em todas as passagens e nunca os encontrei partidos. Neste<br />

momento, habitamos aqui 8 pessoas, a saber: eu, minha mulher<br />

e meu filho; o Senhor Aba<strong>de</strong> X., preceptor do menino; o<br />

cocheiro Emílio, o jardineiro Augusto, a criada Amelina e a<br />

cozinheira Celina. Todos os serviçais pernoitam em casa e nos<br />

merecem absoluta confiança.<br />

Quarta-feira, 13 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1875 – Tendo-nos dito o<br />

Senhor Aba<strong>de</strong> que a sua poltrona mudava <strong>de</strong> lugar, acompanhamo-lo,<br />

minha mulher e eu, ao seu quarto e nos certificamos<br />

atentamente do local <strong>de</strong> cada objeto. No lugar correspon<strong>de</strong>nte<br />

aos pés da poltrona tivemos o cuidado <strong>de</strong> colar papel gomado.<br />

Ao retirar-nos, recomen<strong>de</strong>i ao aba<strong>de</strong> que me chamasse tão logo<br />

notasse qualquer coisa. Às 9:45 ele ouviu na pare<strong>de</strong> uma série<br />

<strong>de</strong> pancadinhas, bastante fortes, contudo, para serem igualmente<br />

ouvidas por Amelina, que dorme no quarto fronteiro.<br />

Depois, ouviu no canto do quarto um ruído como se alguém<br />

<strong>de</strong>sse corda a um relógio; um castiçal <strong>de</strong>slocou-se estri<strong>de</strong>nte<br />

sobre o fogão e, por fim, acreditou ter visto a poltrona automover-se.<br />

Sem ousar erguer-se, tocou a campainha e eu logo<br />

acudi. Des<strong>de</strong> que entrei no quarto, percebi que a poltrona se arredara<br />

um metro, no mínimo, do primitivo local, tombando em

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!