26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 107<br />

Arnaldo Ferton, em Costumes da Borgonha, compartilha a o-<br />

pinião do Senhor Lang. Julga que os “fantasmas que perturbam o<br />

repouso dos humanos e criam noitadas sinistras” oferecem razão<br />

bastante para romper os contratos <strong>de</strong> locação. O Parlamento <strong>de</strong><br />

Granada perfilhou esse critério diversas vezes.<br />

Na Ida<strong>de</strong> Média, Le Loyer citou (a propósito <strong>de</strong> manifestações<br />

<strong>de</strong>fronte do Parlamento) <strong>casas</strong> nas quais “os espíritos apareciam ou<br />

produziam toda espécie <strong>de</strong> barulho, inquietando os moradores”.<br />

Referiu-se a Daniel e Nicolau Macquereau, que alugaram uma casa<br />

por contrato “e não tardou que ouvissem rumores e algazarra <strong>de</strong><br />

espíritos invisíveis, sem po<strong>de</strong>rem dormir ou repousar sequer”. O<br />

Parlamento anulou o contrato, admitindo que po<strong>de</strong>ria haver locais<br />

<strong>mal</strong>-assombrados por seres sobrenaturais.<br />

O Senhor Maxwell, advogado nos auditórios <strong>de</strong> Bordéus, encontrou,<br />

nos arquivos da Carta <strong>de</strong> Apelação <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong>, diversos<br />

julgados do século XVIII, concernentes à rescisão <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong><br />

aluguel por motivo <strong>de</strong> assombração. 10 A jurisprudência contemporânea<br />

também os conta, e assim é que o Journal <strong>de</strong>s Débats, <strong>de</strong> 18<br />

<strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1912, relata o seguinte:<br />

“O Senhor J. Denterlan<strong>de</strong>r possui em Chicago, South Dakley<br />

Avenue 3375, uma casa <strong>de</strong> apartamentos <strong>de</strong> aluguel. Os<br />

lançadores do imposto resolveram taxar o valioso móvel tomando<br />

por base o aluguel <strong>de</strong> 12.000 dólares. O Senhor Denterlan<strong>de</strong>r<br />

protestou, alegando que, ao invés <strong>de</strong> lucros, a casa só<br />

lhe dava aborrecimentos e trabalhos. Nem conseguia arrendála,<br />

porque era <strong>mal</strong>-assombrada. O caso é que lá falecera uma<br />

rapariga em condições misteriosas, possivelmente assassinadas;<br />

e, a partir <strong>de</strong>ssa data, os inquilinos passaram a ser perseguido<br />

por gritos e gemidos que os não <strong>de</strong>ixam dormir. Os ditos<br />

inquilinos vão-se, <strong>de</strong>sanimados, uns após outros. Pleiteava en-<br />

10 Os Fenômenos Psíquicos, pág. 260.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!