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Como podem ser analisados dados pareados de ... - IESC/UFRJ

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C ARLA JORGE MACHADO<br />

DO (a), os intervalos <strong>de</strong> confiança gerados foram maiores, o que reflete menor<br />

tamanho <strong>de</strong> amostra. Além disso, os resultados obtidos com base nesse mesmo<br />

banco <strong>de</strong> <strong>dados</strong> revelaram as razões <strong>de</strong> chance mais afastadas <strong>de</strong> um, ou seja, a<br />

partir do banco que levou em conta apenas os pareamentos unívocos e os não<strong>pareados</strong>,<br />

os tamanhos <strong>de</strong> efeito foram maiores, exceto para os grupos etários<br />

20 a 24 anos nos dois estados, e 30 a 34 anos no caso do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte.<br />

Cabe ainda ob<strong>ser</strong>var que os resultados que mais se assemelharam foram os<br />

referentes ao banco <strong>de</strong> <strong>dados</strong> para o qual foi feita a pon<strong>de</strong>ração segundo o<br />

grau <strong>de</strong> certeza dos melhores pares (b) e do resultado médio dos bancos <strong>de</strong><br />

<strong>dados</strong> para os quais foi feita a seleção aleatória das DNs (c).<br />

Finalmente, nota-se que os menores tamanhos <strong>de</strong> efeito (ou seja, razões <strong>de</strong><br />

chance mais próximas <strong>de</strong> um) foram obtidos quando da utilização do banco <strong>de</strong><br />

<strong>dados</strong> que incluiu todos os melhores pares, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente se a relação era<br />

ou não unívoca e sem pon<strong>de</strong>rar os pares <strong>de</strong> acordo com o grau <strong>de</strong> certeza (d).<br />

4. DISCUSSÃO<br />

Neste trabalho realizou-se um exercício empírico <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> bancos<br />

<strong>de</strong> <strong>dados</strong> formados <strong>de</strong> pares obtidos por meio probabilístico, na presença <strong>de</strong><br />

incerteza e a partir do conhecimento prévio <strong>de</strong> relação unívoca entre uma<br />

DO e uma DN. Os resultados quanto ao Estado <strong>de</strong> Santa Catarina parecem<br />

indicar que, inequivocamente, existe evidência <strong>de</strong> maior chance <strong>de</strong> óbito neonatal<br />

para recém-nascidos <strong>de</strong> mães <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s 10 a 14 anos e <strong>de</strong> mães sem informação<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, relativamente às mães <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 25 a 29 anos (grupo <strong>de</strong> referência). No<br />

caso do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, po<strong>de</strong>-se concluir o mesmo em relação ao grupo<br />

<strong>de</strong> recém-nascidos <strong>de</strong> 15 a 19 anos e <strong>de</strong> mães sem informação <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, relativamente<br />

ao grupo <strong>de</strong> referência <strong>de</strong> 25 a 29 anos. Esta conclusão proce<strong>de</strong>, uma vez<br />

que mesmo utilizando um banco <strong>de</strong> <strong>dados</strong> on<strong>de</strong> todos os melhores pares contribuíram<br />

igualmente para a análise ob<strong>ser</strong>vou-se tanto uma maior percentagem <strong>de</strong><br />

óbitos concentrados nestas ida<strong>de</strong>s mencionadas quanto uma maior chance <strong>de</strong><br />

óbito, relativamente à categoria <strong>de</strong> referência. De fato, cabe salientar que a<br />

distribuição dos óbitos neonatais neste banco <strong>de</strong> <strong>dados</strong> é enviesada, sendo este<br />

conjunto <strong>de</strong> óbitos o que explicitamente inclui pares falsos. Assim, no caso <strong>de</strong> o<br />

pesquisador ter gerado os quatro resultados, enten<strong>de</strong>-se que, mesmo na ausência<br />

<strong>de</strong> um padrão ouro que possa nos dizer se <strong>de</strong> fato chegou-se aos pares verda<strong>de</strong>iros,<br />

a obtenção <strong>de</strong> um mesmo resultado geral segundo diferentes métodos é capaz <strong>de</strong><br />

indicar a concentração <strong>de</strong> riscos.<br />

No caso <strong>de</strong> Santa Catarina, para as ida<strong>de</strong>s 15 a 19 anos, 35 a 39 anos e 40<br />

anos ou mais obteve-se maior chance <strong>de</strong> óbito relativamente às ida<strong>de</strong>s 25 a 29<br />

anos, quando foram utilizados o banco <strong>de</strong> <strong>dados</strong> composto apenas por pares unívocos,<br />

246 – CADERNOS SAÚDE COLETIVA, RIO DE JANEIRO, 14 (2): 233 - 250, 2006

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