Como podem ser analisados dados pareados de ... - IESC/UFRJ
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C ARLA JORGE MACHADO<br />
tal como tipo <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z, pois, em ambas as populações estudadas, mais <strong>de</strong> 98%<br />
<strong>de</strong> todos os nascimentos eram não-múltiplos.<br />
Cabe salientar que, segundo critério estabelecido para blocagem, 70 óbitos<br />
neonatais no caso <strong>de</strong> Santa Catarina e 86 no caso do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte não<br />
obtiveram concordância exata em data <strong>de</strong> nascimento com qualquer registro <strong>de</strong><br />
nascimento e foram excluídos da análise (7,2% e 9,8% do total <strong>de</strong> óbitos em cada<br />
estado, respectivamente).<br />
2.2. ANÁLISE DOS DADOS PAREADOS<br />
Neste estudo quatro procedimentos foram implementados na análise dos<br />
<strong>dados</strong> <strong>pareados</strong>, o que implica dizer que quatro bancos <strong>de</strong> <strong>dados</strong> foram gerados,<br />
<strong>de</strong> formas diferentes, e nestes diferentes bancos implementaram-se procedimentos<br />
<strong>de</strong> análise que divergiram entre si. Em primeiro lugar, utilizaram-se apenas pares<br />
que possuíam relação unívoca e que, além disso, possuíam o maior peso, os quais<br />
consi<strong>de</strong>rou-se <strong>ser</strong>em pares verda<strong>de</strong>iros. É importante frisar essas duas condições,<br />
pois po<strong>de</strong>ria haver casos no qual uma DO formava um par com uma DN com<br />
escore superior a um outro par formado para a mesma DO, mas com outra DN.<br />
Logo, <strong>ser</strong>ia selecionado como par correto o primeiro par. Também foram<br />
inutilizados os pares incertos, formados por aquelas DOs pareadas com mais <strong>de</strong><br />
uma DN. Pares para os quais verificou-se que uma mesma DN encontrava-se<br />
pareada com mais <strong>de</strong> uma DO também foram inutilizados. Assim, o arquivo final<br />
para análise consistiu dos pares com relação unívoca além das DNs que não se<br />
haviam envolvido em qualquer pareamento, mantendo-se a variável ida<strong>de</strong> da<br />
mãe advinda do banco <strong>de</strong> <strong>dados</strong> <strong>de</strong> nascidos vivos para análise.<br />
Em segundo lugar, foram utilizados todos os melhores pares na análise e cada<br />
par formado foi pon<strong>de</strong>rado. O critério para se <strong>de</strong>finir o melhor par foi baseado<br />
no maior escore geral <strong>de</strong> pareamento obtido tanto para uma DO quanto para<br />
uma DN. O peso dado a cada par procurou dimensionar a certeza <strong>de</strong> que o par<br />
era formado por uma DO e por uma DN que representavam o mesmo recémnascido.<br />
Assumiu-se que o grau <strong>de</strong> certeza estava inversamente relacionado ao<br />
número <strong>de</strong> DNs existentes para cada DO. As DOs que se ligavam a poucas DNs<br />
receberam pon<strong>de</strong>rações maiores na análise, refletindo a menor incerteza em<br />
relação àquele par, em relação aos pares formados por DOs que se ligavam a<br />
muitas DNs. O peso dado na análise dos <strong>dados</strong> correspon<strong>de</strong>u ao inverso do<br />
número <strong>de</strong> vezes que um óbito apareceu no arquivo pareado, variando <strong>de</strong> bem<br />
próximo <strong>de</strong> zero (pares formados por uma DO ligada a muitas DNs) a um (uma<br />
única DN ligada a uma DO). Após a obtenção do arquivo pareado, proce<strong>de</strong>u-se<br />
à junção <strong>de</strong>ste com o arquivo original <strong>de</strong> nascidos vivos e a cada DN a qual não<br />
tivesse sido pareada com qualquer DO (supostamente aquelas DNs pertencentes<br />
240 – CADERNOS SAÚDE COLETIVA, RIO DE JANEIRO, 14 (2): 233 - 250, 2006