fbio luiz de menezes montenegro - Sociedade Brasileira de Cirurgia ...

5.2.3 - Anatomia cirúrgica das glândulas paratireóides
Em relação aos aspectos anatômicos, a análise em 39 casos mostrou que foram
identificadas três paratireóides em um caso (uma paratireóide estimada pela
congelação, caracterizou-se como neoplasia benigna da tireóide, após estudo
histoquímico), quatro paratireóides em 33 casos e cinco glândulas em cinco casos. Em
termos de proporção obteve-se três paratireóides em 2,6 % dos casos, quatro em 84,6
% e cinco glândulas em 12,8%.
Em três situações essas glândulas supranumerárias foram identificadas durante
a operação (no timo, na bifurcação carotídea e outra junto à paratireóide inferior
esquerda). Em duas situações foram identificadas pelo patologista no tecido tímico
enviado para exame histopatológico. Em uma situação, um nódulo suspeito de tratar-se
de paratireóide supranumerária não evidenciou estrutura microscópica compatível.
Em relação à localização, as glândulas superiores mostraram-se sempre mais
constantes em sua posição, situadas na proximidade do nervo laríngeo recorrente, em
seu ponto de entrada na laringe.
As glândulas inferiores mostraram maior variabilidade de sua posição. Nos casos
em que foram localizadas quatro glândulas e com informação adequada (n=33) a
paratireóide inferior estava situada até 1,5 cm da chegada dos ramos da artéria
tireoidéia inferior em 30 casos (91%); no timo e distante mais de 2,0 cm da tireóide em
2 casos (6%) e na projeção do cruzamento do tronco da artéria tireoidéia inferior com a
artéria carótida comum em 1 caso (3%).
No caso em que foram demonstradas pela histologia apenas três paratireóides, a
glândula não caracterizada foi a paratireóide inferior esquerda.