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anterior Sumário próxima derivado de gnarus, que significa: conhecer, saber de algo”. Dessa forma, o termo vindo do Latim tem o sentido de levar ao conhecimento, contar algo ou dizer para alguém. Diante da definição da palavra narrar, é possível descrever o significado do termo narrativa como a arte de contar histórias, não necessariamente toda a história. Pode-se, ainda, colocar que os avanços tecnológicos apresentam oportunidades de experimentação em narrativas porque, conforme Castro e Freitas (2010, p. 4), “uma narrativa é posterior ao acontecimento, e pode ser transcrita pela palavra, por sistemas visuais e sonoros, pela literatura, teatro, cinema, televisão, jogos e outros”. Por mais que tenham sua sequência alterada, as relações dos personagens, o contexto e os conflitos continuam contextualizados e o espectador poderá interagir com as etapas fora de sequência, mas deverá passar por todas partes. 2 O suporte para a narrativa O suporte ou os meios que serão utilizados para veicular a narrativa podem trazer outras percepções com relação aos produtos audiovisuais. Alguns autores colocam que essas novas percepções são obtidas através de um meio que, inicialmente, não foi levado em consideração no momento da produção, como, por exemplo, um filme de cinema visualizado na tela do smartphone, ou a partida de futebol com transmissão HD e 3D que é feita em uma sessão em sala de cinema. Apóia-se, isso, ao conceito de Leone e Mourão (1987, p. 15), quando argumentam que: Se no decorrer do tempo o cinema consolidou suas originais possibilidades narrativas, a televisão, o vídeo e a multimídia absorveram esses conhecimentos e deles se valem para criar novas possibilidades e metodologias na construção dos discursos audiovisuais e dos discursos em hipertexto. Todas as mídias, debaixo do manto da edição, acabam se encontrando nas estruturas de dramatização, pois o trabalho de articulação produz o discurso com seus tempos e seus espaços. O meio para o qual se destina o produto audiovisual na sua produção tem características que levam o perfil de consumo do mesmo. Dessa forma, novas produções podem entregar um produto com características diferentes para cada mídia, tais como alguns sites, que são exibidos tanto em sua forma integral, mobile e para tablets. O conteúdo é exibido conforme uma série de características de leitura do perfil do usuário do meio. 3 As consequências dos diversos meios na narrativa A narrativa audiovisual tem avançado junto com a evolução dos meios e com novas tecnologias que surgem para facilitar o acesso ao audiovisual. Esse avanço contribui para que o modo como são contadas as histórias também tenham novas características, que são fundamentais para o consumo da mídia em novos dispositivos ou de novas formas de transmissão. Conforme as autoras Castro e Freitas (2010, p. 3), 88
anterior Sumário próxima Com o avanço dos meios digitais temos a oportunidade de desenvolver conteúdos com múltiplas narrativas, histórias paralelas e inter-relacionadas, que o homem busca há tempos na elaboração do próprio olhar, na construção de uma visão pessoal da história. Por consequência disso, o consumidor passa a ter acesso a novas formas de narrativa. Novas tecnologias possuem maneiras de consumo diferentes das mídias analógicas. Portanto, um roteiro de cinema pode ter uma evolução da sua trama de forma não linear, ou ainda pode ter um ritmo na narrativa mais rápido que o tradicional em certas cenas, o que propõe que um tipo de público de vídeos e internet pode assimilar de forma positiva, por ter a referência dessa linguagem no seu dia a dia. Contudo, vale ressaltar que conforme alguns estudos, como Azevedo (2006, p. 1), “a introdução das tecnologias digitais no audiovisual e os hibridismos dentre os setores desta área ainda estão em seu início e não há como saber com certeza o que virá pela frente”. Mas os novos recursos que são desenvolvidos e empregados em aparelhos, sinalizam caminhos que novos meios podem se adaptar a narrativas antigas, ou ainda pegar diversas características de meios tradicionais e digitais para a formação de novas fórmulas de contar histórias. Todos os avanços tecnológicos para o consumo dessas histórias não garantem o entendimento da narrativa em suportes multiplataformas. Atualmente, se o audiovisual é exibido na internet e tem seu conteúdo delimitado a um perfil de utilização dos sites de vídeo, esse conteúdo, supostamente, deverá estar subdimencionado, caso seja exibido no cinema. Essa diferença na quantidade de informação, na maneira como o conteúdo é exibido e o modo como o consumidor tem o contato com os meios diferentes é um desafio para a adequação de múltiplas linguagens para um produto que seja maleável a todos os meios de exibição. 4 Convergência de narrativas na produção audiovisual e TV digital Os novos meios digitais estão influenciando a produção de narrativas audiovisuais de meios mais antigos, tais como a televisão e o cinema. Essa influência fica mais evidente quando são comparados produtos audiovisuais produzidos antes da popularização dos sites de vídeo ou ainda na acessibilidade de câmeras de vídeos. Assim como aconteceu com a televisão que utilizou técnicas do cinema e do rádio no início da produção. Alguns anos mais tarde concretizou o desenvolvimento da sua linguagem própria e características de narrativa particulares, que, hoje, são reconhecidos por linguagem televisiva. Dessa mesma maneira estamos em um processo de implantação de um novo sistema de televisão, com recursos interativos, de alta definição de imagem e acessível em dispositivos móveis. Esse sistema, que possui incentivo do governo e que é originado de um sistema japonês que promete uma nova linguagem para a televisão graças a novos recursos, está passando por problemas, os quais vão desde linguagens mais novas até custos de sua implantação. “Contudo, não são 89
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derivado de gnarus, que significa: conhecer, saber de algo”. Dessa forma, o termo vindo do<br />
Latim tem o sentido de levar ao conhecimento, contar algo ou dizer para alguém.<br />
Diante da definição da palavra narrar, é p<strong>os</strong>sível descrever o significado do termo narrativa<br />
<strong>com</strong>o a arte de contar histórias, não necessariamente toda a história. Pode-se, ainda, colocar que<br />
<strong>os</strong> avanç<strong>os</strong> tecnológic<strong>os</strong> apresentam oportunidades de experimentação em narrativas porque,<br />
conforme Castro e Freitas (2010, p. 4), “uma narrativa é p<strong>os</strong>terior ao acontecimento, e pode ser<br />
transcrita pela palavra, por sistemas visuais e sonor<strong>os</strong>, pela literatura, teatro, cinema, televisão,<br />
jog<strong>os</strong> e outr<strong>os</strong>”. Por mais que tenham sua sequência alterada, as relações d<strong>os</strong> personagens, o<br />
contexto e <strong>os</strong> conflit<strong>os</strong> continuam contextualizad<strong>os</strong> e o espectador poderá interagir <strong>com</strong> as<br />
etapas fora de sequência, mas deverá passar por todas partes.<br />
2 O suporte para a narrativa<br />
O suporte ou <strong>os</strong> mei<strong>os</strong> que serão utilizad<strong>os</strong> para veicular a narrativa podem trazer outras<br />
percepções <strong>com</strong> relação a<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> audiovisuais. Alguns autores colocam que essas novas<br />
percepções são obtidas através de um meio que, inicialmente, não foi levado em consideração<br />
no momento da produção, <strong>com</strong>o, por exemplo, um filme de cinema visualizado na tela do<br />
smartphone, ou a partida de futebol <strong>com</strong> transmissão HD e 3D que é feita em uma sessão em sala<br />
de cinema. Apóia-se, isso, ao conceito de Leone e Mourão (1987, p. 15), quando argumentam que:<br />
Se no decorrer do tempo o cinema consolidou suas originais p<strong>os</strong>sibilidades narrativas, a televisão,<br />
o vídeo e a multimídia absorveram esses conheciment<strong>os</strong> e deles se valem para criar novas<br />
p<strong>os</strong>sibilidades e metodologias na construção d<strong>os</strong> discurs<strong>os</strong> audiovisuais e d<strong>os</strong> discurs<strong>os</strong> em<br />
hipertexto. Todas as mídias, debaixo do manto da edição, acabam se encontrando nas estruturas<br />
de dramatização, pois o trabalho de articulação produz o discurso <strong>com</strong> seus temp<strong>os</strong> e seus espaç<strong>os</strong>.<br />
O meio para o qual se destina o produto audiovisual na sua produção tem características que levam<br />
o perfil de consumo do mesmo. Dessa forma, novas produções podem entregar um produto <strong>com</strong><br />
características diferentes para cada mídia, tais <strong>com</strong>o alguns sites, que são exibid<strong>os</strong> tanto em sua<br />
forma integral, mobile e para tablets. O conteúdo é exibido conforme uma série de características<br />
de leitura do perfil do usuário do meio.<br />
3 As consequências d<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> na narrativa<br />
A narrativa audiovisual tem avançado junto <strong>com</strong> a evolução d<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> e <strong>com</strong> novas tecnologias<br />
que surgem para facilitar o acesso ao audiovisual. Esse avanço contribui para que o modo <strong>com</strong>o<br />
são contadas as histórias também tenham novas características, que são fundamentais para<br />
o consumo da mídia em nov<strong>os</strong> disp<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> ou de novas formas de transmissão. Conforme as<br />
autoras Castro e Freitas (2010, p. 3),<br />
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