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anterior<br />

Sumário<br />

próxima<br />

É questionável o quanto há de mudança ou permanência n<strong>os</strong> mod<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> quais <strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong> do<br />

presente e do passado, nas diversas culturas, aprendem, estudam ou se apropriam d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong><br />

culturais de seu tempo e sociedade. Quer me parecer que há algumas estruturas, pelo men<strong>os</strong> em<br />

níveis bastante fundamentais, que se fazem presente na aprendizagem humana desde n<strong>os</strong>s<strong>os</strong><br />

ancestrais mais remot<strong>os</strong> e que, justamente, n<strong>os</strong> diferencia d<strong>os</strong> demais animais. Mais que isso para<br />

n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> propósit<strong>os</strong>, esta diferença se encontra justamente no desenvolvimento da <strong>com</strong>unicação<br />

humana, inacessível em pleno a<strong>os</strong> demais animais.<br />

[…] Un primer haz de ideas viene sucitado por la noción de “universo semiótico” em que se desenvuelve<br />

todo el <strong>com</strong>portamiento animal. Con ello expressam<strong>os</strong> algo muy simple: que todo <strong>com</strong>portamiento<br />

puede considerarse <strong>com</strong>o regulado por lo que denominam<strong>os</strong> señales. [...] El universo de señales em<br />

que n<strong>os</strong> desenvolvem<strong>os</strong> l<strong>os</strong> human<strong>os</strong> es radicalmente distint<strong>os</strong> de aquel em que vivem l<strong>os</strong> animales.<br />

[…] Contribuyen a crear estad<strong>os</strong> representacionales de la mente; son ést<strong>os</strong> l<strong>os</strong> que regulan la acción<br />

que eventualmente se seguirá. Esta situación la <strong>com</strong>partim<strong>os</strong>, muy probablemente, l<strong>os</strong> human<strong>os</strong><br />

<strong>com</strong> – al men<strong>os</strong> – l<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> abtropoides. Lo que es genuino de nuestra especie es que las tales<br />

representaciones son simbólico-culturales 6 .<br />

Este conceito de “universo semiótico” vem colaborar na <strong>com</strong>preensão d<strong>os</strong> process<strong>os</strong> de regulação<br />

do <strong>com</strong>portamento humano, entre <strong>os</strong> quais se encontra <strong>os</strong> process<strong>os</strong> de ensino e aprendizagem<br />

escolares, pel<strong>os</strong> quais as representações simbólico culturais das coisas no mundo e da existência<br />

são reatualizad<strong>os</strong> a cada nova geração.<br />

Atualmente, entretanto, o universo semiótico em que se envolvem <strong>os</strong> jovens human<strong>os</strong> é pouco<br />

coincidente <strong>com</strong> aquele d<strong>os</strong> jovens human<strong>os</strong> de há milhares de an<strong>os</strong> passad<strong>os</strong>, e mesmo de<br />

há algumas gerações em divers<strong>os</strong> pont<strong>os</strong>. Há na atualidade uma profusão de artefat<strong>os</strong> e<br />

produt<strong>os</strong> culturais, em níveis de circulação global nunca vist<strong>os</strong>, cuja apropriação <strong>os</strong> human<strong>os</strong><br />

atuais anseiam, e que <strong>os</strong> educadores não podem simplesmente ignorar, devendo antes fazê-la<br />

operar em função de seus objetiv<strong>os</strong>. Isso vai ao encontro das prop<strong>os</strong>ições de Paulo Freire, sobre<br />

a “alfabetização” para “a leitura do mundo”.<br />

Sempre que tenho discutido a questão da alfabetização, tenho afirmado que é imp<strong>os</strong>sível pensarse<br />

na leitura da palavra sem reconhecer que ela é precedida pela leitura do mundo. […] Por isso é<br />

preciso primeiro constatar esta coisa óbvia: que o bicho gente, muito antes de desenhar e fazer a<br />

palavra escrita,falou, disse a palavra e, muito tempo antes de escrever, “leu” o mundo dele, “leu” a<br />

realidade dele. [...] 7<br />

O mundo que se dá a ler na atualidade está repleto de equipament<strong>os</strong> de informática e de<br />

element<strong>os</strong> da cybercultura. O process<strong>os</strong> educativ<strong>os</strong> que não levarem isso em conta, estão fadad<strong>os</strong><br />

ao fracasso, pela desmobilização e desinteresse d<strong>os</strong> educand<strong>os</strong>, assim <strong>com</strong>o vem se m<strong>os</strong>trando<br />

6<br />

PERINAT, Adolfo Maceres. Comunicación animal, <strong>com</strong>unicación humana. Madrid: Siglo Veintiuno, 1993. pp.<br />

182-183.<br />

7<br />

FREIRE, Paulo; FREIRE, Ana Maria Araújo (org.). Pedagogia d<strong>os</strong> sonh<strong>os</strong> p<strong>os</strong>síveis. São Paulo: UNESP, 2001. p. 136.<br />

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