Cemig, em 2008 - Economia - Terra
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Edição:<br />
SUPERINTENDÊNCIA<br />
DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL – CE<br />
Coordenação:<br />
SUPERINTENDÊNCIA<br />
DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – SE<br />
PRINCIPAIS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DA CEMIG<br />
Os dados financeiros (<strong>em</strong> R$) são consolidados segundo as normas contábeis brasileiras. Das d<strong>em</strong>ais informações, foram excluídas Gasmig,<br />
Infovias, TBE e Light, conforme metodologia da Global Reporting Initiative – GRI. 1<br />
Projeto Gráfico:<br />
18 COMUNICAÇÃO<br />
Descrições 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />
Dados Gerais<br />
Número de consumidores – <strong>em</strong> milhares 2 5.875 6.010 6.240 6.440 6.602<br />
Número de <strong>em</strong>pregados 10.668 10.271 10.658 10.818 10.422<br />
Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774<br />
Área de concessão – km 2 567.478 567.478 580.626 580.626 580.626<br />
FEC – número de interrupções (EU28) 6,58 6,78 6,43 6,39 6,53<br />
DEC – horas (EU29) 10,93 12,21 13,03 13,14 13,65<br />
Número de usinas <strong>em</strong> operação 52 54 56 57 58<br />
Número de subestações 434 440 444 453 6.579<br />
Capacidade instalada – MW (EU1) 3 5.949 6.113 6.523 6.566 460<br />
Linhas de transmissão – km (EU4) 4.856 4.892 4.897 4.957 4.957<br />
Linhas de subtransmissão – km (EU4) 16.086 16.040 16.376 16.376 16.539<br />
Linhas de distribuição – km (EU4)<br />
Urbana 83.527 84.585 85.479 85.815 87.086<br />
Rural 283.910 294.815 308.689 337.987 349.819<br />
Consultoria para<br />
elaboração do Relatório:<br />
KEY ASSOCIADOS<br />
Fotos:<br />
ANTÔNIO CARREIRO<br />
ACERVO CEMIG<br />
DÁRIO ZALIS<br />
EUGÊNIO PACCELLI<br />
FERNANDO MARTINS<br />
NITRO AGÊNCIA DE IMAGENS<br />
PERCIO LIMA<br />
ROGÉRIO REIS<br />
Informações Corporativas:<br />
COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG<br />
Av. Barbacena, 1.200<br />
Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131<br />
CNPJ: 17.155.730/0001-64<br />
Telefone: 116 ou 0800 7210 116<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A.<br />
Av. Barbacena, 1.200 – 17º andar – Ala A1<br />
Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131<br />
CNPJ n° 06.981.180/0001-16<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A.<br />
CNPJ n° 06.981.176/0001-58<br />
Av. Barbacena, 1.200 – 12º andar – Ala B1<br />
Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131<br />
www.c<strong>em</strong>ig.com.br<br />
GOVERNO DE MINAS GERAIS<br />
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE <strong>2008</strong><br />
RELATÓRIO DE<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
Dimensão Econômica<br />
Receita operacional – R$ milhões 9.748 11.703 13.431 15.790 16.488<br />
Lajida ou Ebitda – R$ milhões 2.480 3.058 3.222 4.073 4.099<br />
Lucro líquido (prejuízo) – R$ milhões 1.385 2.003 1.719 1.735 1.887<br />
Salários e benefícios dos <strong>em</strong>pregados 919 1.087 1.625 1.405 1.599<br />
Patrimônio líquido – R$ milhões 7.251 7.185 7.522 8.390 9.352<br />
Endividamento do patrimônio líquido – % 131,15 175,55 206,03 189,23 160,29<br />
Dimensão Ambiental<br />
Recursos aplicados <strong>em</strong> meio ambiente (1) 141,7 85,4 58,1 44,1 70,5<br />
Total de resíduos gerados – t métricas 2.193 3.418 3.971 5.063 7.599<br />
Resíduos reciclados, reutilizados ou dispostos – t métricas 1.716 3.145 3.518 4.685 6.845<br />
Consumo total de energia – GJ 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265<br />
Consumo total de água – m 3 335.921 274.064 292.060 350.913 423.590<br />
Alevinos para soltura – milhares 547 722 445 484 616<br />
Produção de mudas – milhares 415 190 392 350 416<br />
Emissões de CO 2<br />
– t métricas 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657<br />
Dimensão Social<br />
Média de horas de treinamento por <strong>em</strong>pregado (LA10) 53,46 49,03 59,34 50,73 71,25<br />
Total de recursos – R$ milhões (2) 3.941 5.920 6.448 7,268 7,797<br />
Taxa de freqüência – <strong>em</strong>pregados próprios (3) 0,754 0,534 0,370 0,485 0,434<br />
Taxa de freqüência – <strong>em</strong>pregados contratados (3) 2,236 1,906 2,168 1,342 0,937<br />
(1) (2)<br />
Somatório dos Recursos Aplicados <strong>em</strong> Meio Ambiente destinados à Operação e Manutenção e aos Novos Empreendimentos Somatório do Total Indicadores Sociais Externos e Total Indicadores Sociais Internos, para mais detalhes vide<br />
(3)<br />
Balanço Social Número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200.000 horas trabalhadas.<br />
1<br />
Para mais informações sobre a metodologia da GRI, favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org<br />
2<br />
O gráfi co com o número de consumidores por categoria está descrito no it<strong>em</strong> Mercado, página 30<br />
3<br />
Capacidade<br />
instalada por fonte encontra-se descrita no it<strong>em</strong> Emissões Atmosféricas, página 62.
RELATÓRIO DE<br />
SUSTENTABILIDADE
MENSAGEM DA<br />
ADMINISTRAÇÃO
A Organização das Nações Unidas – ONU elegeu <strong>2008</strong> como o “Ano<br />
Internacional do Planeta <strong>Terra</strong>”, direcionando as ações humanas <strong>em</strong><br />
favor da preservação ambiental, da conservação dos recursos naturais<br />
e da qualidade de vida. Assim, alinhada ao calendário global, a<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contribuiu para fomentar as discussões <strong>em</strong> busca de uma nova<br />
consciência, que considere <strong>em</strong> conjunto as questões econômicas,<br />
ambientais e sociais, com o envolvimento de clientes, <strong>em</strong>pregados,<br />
investidores e sociedade.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> auxiliou na promoção do S<strong>em</strong>inário Internacional de Sustentabilidade,<br />
que teve a participação de analistas de mercado e investidores;<br />
participou do 49º Encontro Anual do Banco Interamericano de<br />
Desenvolvimento – BID, <strong>em</strong> Miami, com um estande sobre energias<br />
renováveis e eficiência energética; coordenou o “III S<strong>em</strong>inário Brasileiro<br />
de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico<br />
– Cigré-Brasil”; realizou a S<strong>em</strong>ana do Meio Ambiente com o t<strong>em</strong>a<br />
“O Ano Internacional do Planeta <strong>Terra</strong> e a Eficiência Energética”;<br />
participou do S<strong>em</strong>inário Arquitetura Cont<strong>em</strong>porânea, com o t<strong>em</strong>a<br />
“Sustentabilidade na Arquitetura”; e com<strong>em</strong>orou o Natal com um<br />
estande t<strong>em</strong>ático sobre Sustentabilidade.<br />
A busca pela melhoria da sustentabilidade <strong>em</strong>presarial continuou<br />
como uma prioridade, reforçando a necessidade de se considerar o<br />
equilíbrio entre as dimensões econômica, ambiental e social, de forma<br />
integrada com a sua estratégia. Os <strong>em</strong>preendimentos da Companhia<br />
são conduzidos com a realização de uma análise adequada de seus<br />
impactos socioeconômicos e ambientais, considerando-se os anseios<br />
dos diversos públicos envolvidos, expressos por meio de diálogos e<br />
canais de comunicação disponíveis.<br />
Em <strong>2008</strong>, os investimentos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançaram R$1,4 bilhão.<br />
Desses, mais de R$500 milhões foram aplicados na ampliação da<br />
participação no capital da <strong>em</strong>presa TBE, formada por <strong>em</strong>presas transmissoras<br />
de energia, o que dobrou a participação da Companhia <strong>em</strong><br />
seu capital. Estão atualmente <strong>em</strong> construção as Usinas Hidrelétricas<br />
de Baguari (49% de participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>), Santo Antônio (10% de<br />
participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>), além da participação <strong>em</strong> pequenas centrais<br />
hidrelétricas. Outro investimento foi a aquisição de 49% da participação<br />
societária de três parques eólicos, com potência total de 100<br />
MW, no estado do Ceará, no valor de R$213 milhões, com início de<br />
atividades operacionais previstas para 2009. Esse investimento veio<br />
resgatar o pioneirismo da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, que, <strong>em</strong> 1994, construiu o primeiro<br />
parque eólico com geração comercial no Brasil, a usina do Morro do<br />
Camelinho, <strong>em</strong> Minas Gerais.<br />
Atualmente, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atende mais de 6,5 milhões de consumidores<br />
e conta com 10.442 <strong>em</strong>pregados. Em relação ao meio ambiente,<br />
destaca-se o Programa Peixe Vivo, impl<strong>em</strong>entado para buscar soluções<br />
que evit<strong>em</strong> e mitigu<strong>em</strong> impactos sobre a ictiofauna (peixes),<br />
além de ampliar os programas de conservação, com o envolvimento<br />
das comunidades, pescadores e universidades.<br />
A Companhia também desenvolve outros projetos de grande alcance<br />
socioeconômico, destacando-se o programa de universalização da<br />
energia elétrica “Luz para Todos”, que já beneficiou, desde o seu<br />
início, 855 mil consumidores. Além disso, foram investidos recursos<br />
<strong>em</strong> projetos sociais, culturais e educacionais. O Projeto Conviver, que<br />
orienta clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência energética,<br />
realizou <strong>em</strong> 2007/<strong>2008</strong> o atendimento a 18 comunidades,<br />
visitas e atendimento a 70 mil famílias com doações de lâmpadas<br />
compactas, recuperadores de calor e refrigeradores eficientes.<br />
Por nove anos consecutivos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi incluída no Índice Dow Jones<br />
de Sustentabilidade – DJSI World, além de ter sido selecionada<br />
para compor todas as quatro edições do Índice de Sustentabilidade<br />
Empresarial – ISE da Bovespa, desde 2005. Em <strong>2008</strong>, a Companhia<br />
foi incluída no The Global Dow Index – GDOW, com outras 149<br />
<strong>em</strong>presas consideradas líderes nos seus setores e voltadas para o<br />
futuro. Fechando o ano de <strong>2008</strong> com mais uma conquista, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro<br />
a Companhia e suas duas subsidiárias <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão<br />
S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. foram elevadas ao nível de<br />
“investment grade” na escala global pela agência de classificação de<br />
riscos Moody’s.<br />
Tais resultados só foram possíveis devido a um programa eficiente de<br />
gestão com metas e diretrizes sustentáveis. Sustentabilidade, para<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, é a busca de melhores condições de vida para a geração<br />
atual e para as gerações futuras. É a condução ética, transparente e<br />
rentável de seus negócios, respeitando o meio ambiente e atuando<br />
com responsabilidade social. Agindo dessa forma, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> gera valor<br />
para os seus acionistas, consumidores e para toda a sociedade, fortalecendo<br />
a rede social <strong>em</strong> prol da sustentabilidade.<br />
Diretoria Executiva<br />
3<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
CONSELHOS DE<br />
ADMINISTRAÇÃO, FISCAL<br />
E DIRETORIA
DIRETORIA*<br />
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />
MEMBROS EFETIVOS*<br />
PRESIDENTE<br />
Sérgio Alair Barroso<br />
DJALMA BASTOS DE MORAIS<br />
Diretor-Presidente<br />
ARLINDO PORTO NETO<br />
Diretor Vice-Presidente<br />
VICE-PRESIDENTE<br />
Djalma Bastos de Morais<br />
BERNARDO AFONSO<br />
SALOMÃO DE ALVARENGA<br />
Diretor Comercial<br />
FERNANDO HENRIQUE<br />
SCHÜFFNER NETO<br />
Diretor de Distribuição e Comercialização<br />
Eduardo Lery Vieira<br />
Alexandre Heringer Lisboa<br />
Antônio Adriano Silva<br />
Francelino Pereira dos Santos<br />
Maria Estela Kubitschek Lopes<br />
João Camilo Penna<br />
Wilton de Medeiros Daher<br />
Britaldo Pedrosa Soares<br />
Evandro Veiga Negrão de Lima<br />
Roberto Pinto Ferreira Mameri Abdenur<br />
André Araújo Filho<br />
Thomas Anthony Tribone<br />
CONSELHO FISCAL<br />
MEMBROS EFETIVOS*<br />
5<br />
PRESIDENTE<br />
Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond<br />
JOSÉ CARLOS DE MATTOS<br />
Diretor de Desenvolvimento<br />
de Novos Negócios<br />
Diretor de Gás (cumulativamente)<br />
LUIZ FERNANDO ROLLA<br />
Diretor de Finanças, Relações<br />
com Investidores e Controle<br />
de Participações<br />
Luiz Guaritá Neto<br />
Luiz Otávio Nunes West<br />
Thales de Souza Ramos Filho<br />
* Posição <strong>em</strong> 8 de abril de 2009.<br />
Obs.: o Conselho Fiscal é composto por 5 m<strong>em</strong>bros efetivos e 5 m<strong>em</strong>bros suplentes.<br />
Em <strong>2008</strong>, um m<strong>em</strong>bro efetivo renunciou ao cargo não tendo sido eleito, até 8 de<br />
abril de 2009, o novo m<strong>em</strong>bro. O respectivo suplente está participando das reuniões.<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
LUIZ HENRIQUE<br />
DE CASTRO CARVALHO<br />
Diretor de Geração e Transmissão<br />
MARCO ANTONIO<br />
RODRIGUES DA CUNHA<br />
Diretor de Gestão Empresarial
SUMÁRIO
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 3<br />
CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO,<br />
FISCAL E DIRETORIA 5<br />
PERFIL DA EMPRESA 9<br />
Empresas Controladas e Coligadas 11<br />
Mercado e Regulação Setorial 12<br />
Visão, Missão e Valores 12<br />
Principais Impactos, Riscos<br />
e Oportunidades 12<br />
DIMENSÃO ECONÔMICA<br />
Governança Corporativa 15<br />
Estratégia e Gestão 20<br />
Evolução do Mercado e Tarifas 28<br />
Resultados e sua Distribuição 35<br />
Investimentos 37<br />
Tecnologia e Inovação 42<br />
DIMENSÃO AMBIENTAL<br />
Comprometimento<br />
com o Meio Ambiente 45<br />
Gestão Ambiental 47<br />
Esforços para a Biodiversidade 57<br />
Emissões Atmosféricas 62<br />
Energias Alternativas 68<br />
DIMENSÃO SOCIAL<br />
Gestão do Capital Humano 73<br />
Relacionamento com Clientes e Consumidores 84<br />
Cidadania e Cultura 89<br />
Saúde, Segurança Ocupacional<br />
e B<strong>em</strong>-estar – SSO&BE 94<br />
Relacionamento com Fornecedores<br />
e Contratados 100<br />
PARTICIPAÇÕES 105<br />
RECONHECIMENTOS 115<br />
Balanço Social Consolidado 118<br />
SOBRE ESTE RELATÓRIO 119<br />
Estabelecimento dos Limites do Relatório 120<br />
Principais Mudanças <strong>em</strong> <strong>2008</strong> 120<br />
Índice de Conteúdo da GRI 121<br />
Anexo 1 125<br />
GLOSSÁRIO 129<br />
7<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
PERFIL DA<br />
EMPRESA
A Companhia Energética de Minas Gerais – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi<br />
fundada <strong>em</strong> 1952 por Juscelino Kubitschek de Oliveira,<br />
nessa época governador de Minas Gerais, e atua no setor<br />
brasileiro de energia, com destaque para a energia<br />
elétrica. Atualmente, atende mais de 6,5 milhões de<br />
consumidores, o que a torna a maior concessionária de<br />
distribuição de energia elétrica do Brasil.<br />
A propriedade de suas ações, <strong>em</strong> 31 de dez<strong>em</strong>bro de<br />
<strong>2008</strong>, se distribuía conforme ilustrado a seguir:<br />
CEMIG – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL – 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2008</strong><br />
Ações Ordinárias<br />
6%<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é hoje considerada líder mundial <strong>em</strong> sustenta-<br />
43%<br />
bilidade, tendo sido selecionada, pela nona vez consecutiva,<br />
para compor o Dow Jones Sustainability World<br />
51%<br />
Index (DJSI World) e, pelo quarto ano consecutivo,<br />
para compor o grupo de <strong>em</strong>presas listadas no Índice<br />
de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de<br />
São Paulo (ISE/Bovespa). Em nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, foi<br />
selecionada para compor a carteira do The Global Dow<br />
Ações Preferenciais<br />
2%<br />
Index – GDOW 4 com outras 149 <strong>em</strong>presas de 25 países,<br />
sendo uma das três <strong>em</strong>presas brasileiras a fazer parte<br />
desse índice internacional, e a única do setor elétrico da<br />
América Latina. A Companhia também foi considerada<br />
Gold Class no setor de Eletricidade pela publicação The<br />
30%<br />
68%<br />
9<br />
Sustainability Year Book 2009 5 .<br />
As ações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são listadas nos seguintes mercados<br />
de valores mobiliários:<br />
Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa<br />
(Nível 1 de Governança Corporativa):<br />
Ações Preferenciais – CMIG4;<br />
Ações Ordinárias – CMIG3.<br />
New York Stock Exchange – NYSE<br />
ADRs Nível 2 das Ações Preferenciais – CIG;<br />
ADRs Nível 2 das Ações Ordinárias – CIG.C.<br />
Madrid, Mercado de Valores Latino-americanos<br />
Latibex – XCMIG<br />
Ações Totais<br />
23%<br />
35%<br />
42%<br />
Setor Público Setor Privado Interno Setor Privado Externo<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
4 Para mais informações sobre o The Global Dow Index, acesse www.globaldow.com.<br />
5<br />
The Sustainability Yearbook é uma publicação do Sam Group e pode ser acessada por meio do link: http://www.<strong>em</strong>arsys.net/custloads/125736536/md_175445.pdf.
O sócio controlador, com 51,0% das ações ordinárias<br />
(ações com direito a voto), é o Governo do estado de<br />
Minas Gerais. Em 31 de dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, o valor de<br />
mercado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> era de R$14 bilhões (gráfico abaixo).<br />
VALOR DE MERCADO DA CEMIG EM 31 DE DEZEMBRO (R$ MILHÕES)<br />
14.335<br />
16.039<br />
16.084<br />
14.026<br />
9.951<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
10<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
EMPRESAS CONTROLADAS<br />
E COLIGADAS<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atua <strong>em</strong> diversos estados do Brasil na distribuição,<br />
geração, transmissão e comercialização de energia<br />
elétrica. O Grupo é controlado por uma holding, com<br />
suas duas subsidiárias: a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e a<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. Adicionalmente, possui<br />
participações <strong>em</strong> concessionárias de distribuição de<br />
energia (Light) e <strong>em</strong> diversas <strong>em</strong>presas de transmissão<br />
de energia elétrica, investimentos <strong>em</strong> distribuição de<br />
gás natural (Gasmig), transmissão de dados (Infovias),<br />
além de estar construindo duas seções de Linha de<br />
Transmissão nas Subestações – SEs Charrúa e Nueva<br />
T<strong>em</strong>uco, localizadas no Chile (organograma a seguir).<br />
EMPRESAS E CONSÓRCIOS DO GRUPO CEMIG (POSIÇÃO EM DEZEMBRO DE <strong>2008</strong>)<br />
Rio Minas Energia<br />
Participações S.A.<br />
Light S.A.<br />
Light Energia<br />
S.A.<br />
Lightger Ltda.<br />
Lighthidro Ltda.<br />
100%<br />
Itaocara<br />
Energia Ltda.<br />
Light Esco<br />
Prestação de<br />
Serviços Ltda.<br />
Instituto Light de<br />
Desenvolvimento<br />
Social e Urbano<br />
100%<br />
Light Serviços<br />
de Eletricidade<br />
S.A.<br />
25%<br />
52,1%<br />
100%<br />
100%<br />
100%<br />
100%<br />
100%<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Distribuição<br />
S.A.<br />
GT<br />
Consórcio<br />
PCH<br />
49%<br />
Lajes Light energ.<br />
51%<br />
Consórcio<br />
PCH<br />
Paracambi<br />
Consórcio<br />
UHE<br />
Itaocara<br />
EBL Companhia<br />
de Eficiência<br />
Energética S.A.<br />
100%<br />
GT<br />
49%<br />
Lightger<br />
51%<br />
GT<br />
49%<br />
Ita. energ.<br />
51%<br />
33%<br />
LIR Energy Ltd.<br />
100%<br />
Hidrelétrica<br />
Cachoeirão S.A. 49%<br />
Guanhães<br />
Energia S.A.<br />
Madeira<br />
Energia S.A.<br />
Santo Antônio<br />
Energia S.A.<br />
Hidrelétrica<br />
Pipoca S.A.<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Baguari S.A.<br />
Baguari<br />
Energia<br />
S.A.<br />
Consórcio<br />
UHE Baguari<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />
e Transmissão<br />
S.A. 100%<br />
49%<br />
10%<br />
100%<br />
49%<br />
100%<br />
69,39%<br />
49%<br />
Consórcio<br />
da UHE<br />
Aimorés<br />
Consórcio<br />
AHE Funil<br />
Consórcio<br />
da UHE<br />
Igarapava<br />
Consórcio<br />
AHE Porto<br />
Estrela<br />
Consórcio<br />
AHE<br />
Queimado<br />
49%<br />
49%<br />
14,5%<br />
33,33%<br />
82,5%<br />
Usina Térmica<br />
Ipatinga S.A. 100%<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> PCH<br />
S.A.<br />
Horizontes<br />
Energia S.A.<br />
Sá Carvalho<br />
S.A.<br />
Rosal Energia<br />
S.A. 100%<br />
Central<br />
Termelétrica<br />
de Co-geração<br />
S.A. 100%<br />
Central<br />
Hidrelétrica<br />
Pai Joaquim<br />
S.A.<br />
100%<br />
100%<br />
100%<br />
Usina<br />
Termelétrica<br />
Barreiro S.A. 100%<br />
100%<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Capim Branco<br />
Energia S.A. 100%<br />
Consórcio<br />
Capim Branco<br />
Energia 21,5%<br />
Cia. Transleste de<br />
Transmissão<br />
Cia. Transirapé de<br />
Transmissão 24,5%<br />
Cia. de<br />
Transmissão<br />
Centroeste<br />
de Minas<br />
Cia. Transudeste<br />
de Transmissão<br />
Transchile<br />
Charrúa<br />
Transmisión S.A.<br />
Empresa<br />
Catarinense de<br />
Transmissão de<br />
Energia S.A.<br />
Empresa<br />
Paraense de<br />
Transmissão<br />
de Energia<br />
S.A.<br />
25%<br />
51%<br />
24%<br />
49%<br />
7,49%<br />
Empresa<br />
Regional de<br />
Transmissão de<br />
Energia S.A. 18,35%<br />
CV<br />
25%<br />
CT<br />
19,25%<br />
Empresa Norte<br />
de Transmissão<br />
de Energia S.A.<br />
18,35%<br />
Cia. de Gás de<br />
Minas Gerais<br />
55,2%<br />
Efficientia S.A.<br />
100%<br />
Axxiom Soluções<br />
Tecnológicas S.A. 49%<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Trading<br />
S.A.<br />
Centro de Gestão<br />
Estratégica<br />
de Tecnologia 100%<br />
Empresa<br />
de Infovias<br />
S.A.<br />
100%<br />
100%<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Serviços<br />
S.A. 100%<br />
STC – Sist<strong>em</strong>a de<br />
Transmissão<br />
Catarinense<br />
S.A. 80%<br />
Lumitrans<br />
Companhia<br />
Transmissora de<br />
Energia Elétrica 80%<br />
11<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Empresas de Transmissão<br />
Empresas de Distribuição<br />
Empresas de Geração<br />
Consórcios de Geração<br />
Operações Financeiras<br />
S<strong>em</strong> Fins Lucrativos<br />
Distribuição de Gás<br />
Telecomunicações<br />
Comercialização<br />
Holding<br />
Serviços<br />
Empresa<br />
Amazonense CV<br />
de Transmissão 25%<br />
de Energia CT<br />
S.A. 17,17%<br />
Empresa<br />
Brasileira de<br />
Transmissão<br />
de Energia<br />
S.A.<br />
GT<br />
49%<br />
EATE<br />
51%<br />
49 EMPRESAS • 10 CONSÓRCIOS
12<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. é a maior concessionária de<br />
distribuição de energia elétrica do Brasil <strong>em</strong> número de<br />
consumidores, que já ultrapassam 6,5 milhões. Abrangendo<br />
96,7% do território do estado de Minas Gerais, a<br />
área de concessão da Companhia chega a 567.478 km 2 .<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é o terceiro maior grupo de transmissão e o terceiro<br />
maior grupo de geração de energia elétrica do Brasil.<br />
MERCADO E REGULAÇÃO SETORIAL<br />
O setor elétrico nacional é formado pelos segmentos<br />
de geração, transmissão e distribuição, atividades de<br />
concessão pública que operam de maneira interligada,<br />
constituindo o Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional – SIN.<br />
O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e<br />
parte das regiões Centro-Oeste e Norte. As d<strong>em</strong>ais localidades<br />
das regiões Centro-Oeste e Norte não estão<br />
interligadas ao SIN e constitu<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as isolados. Os<br />
segmentos de comercialização e mercado livre completam<br />
o setor, que é regulamentado e supervisionado<br />
pelas seguintes instituições 6 :<br />
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE;<br />
Ministério de Minas e Energia – MME;<br />
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE;<br />
Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel;<br />
Operador Nacional do Sist<strong>em</strong>a Elétrico – ONS;<br />
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;<br />
Empresa de Pesquisa Energética – EPE.<br />
Exist<strong>em</strong> no mercado dois ambientes de contratação de<br />
energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR e<br />
Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o segmento<br />
no qual se realizam as operações de compra e<br />
venda de energia elétrica precedidas de licitação. O ACL<br />
é o segmento no qual se realizam operações de compra<br />
e venda de energia elétrica, objeto de contratos livr<strong>em</strong>ente<br />
negociados 7 .<br />
VISÃO, MISSÃO E VALORES<br />
Visão: “A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> será a melhor <strong>em</strong>presa de energia<br />
do Brasil”.<br />
Missão: “Atuar no setor de energia com rentabilidade,<br />
qualidade e responsabilidade social”.<br />
Valores: “Integridade, ética, riqueza, responsabilidade<br />
social, entusiasmo no trabalho, espírito <strong>em</strong>preendedor”.<br />
Em seus quase 57 anos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> trabalhando <strong>em</strong> nome<br />
desses objetivos, o que torna seu negócio economicamente<br />
viável, socialmente justo e ambientalmente correto 8 .<br />
PRINCIPAIS IMPACTOS,<br />
RISCOS E OPORTUNIDADES<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> considera que a produção de energia elétrica,<br />
sua transmissão e distribuição representam uma importante<br />
contribuição ao desenvolvimento e à melhoria da<br />
qualidade de vida da sociedade.<br />
Devido à magnitude de seus <strong>em</strong>preendimentos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
mobiliza uma grande quantidade de recursos monetários,<br />
humanos e naturais e, portanto, adota posturas<br />
que asseguram o cuidado necessário com os impactos<br />
resultantes desses <strong>em</strong>preendimentos. Nesse sentido, a<br />
Companhia desenvolve análises detalhadas com o objetivo<br />
de quantificar os impactos e minimizá-los, além de<br />
realizar consultas às partes interessadas por meio de<br />
pesquisas e de negociações.<br />
Do ponto de vista econômico-financeiro, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está<br />
crescendo de forma equilibrada nos três segmentos:<br />
6<br />
Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1.<br />
7<br />
Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1.<br />
8<br />
Detalhes sobre Visão, Missão e Valores estão disponíveis na internet: http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/institucional/missao.asp.
geração, transmissão e distribuição de eletricidade.<br />
Além disso, considera que a minimização dos impactos<br />
socioambientais reduz os riscos econômico-financeiros<br />
e possibilita uma convivência mais harmoniosa com o<br />
meio ambiente e a sociedade.<br />
Em dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, a <strong>em</strong>presa de classificação de<br />
riscos Moody’s América Latina elevou o rating corporativo<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e<br />
Transmissão S.A., na escala global, de Ba2 para Baa3<br />
<strong>em</strong> moeda local, e na escala nacional, de Aa3.br para<br />
Aa1.br. Ao elevar o rating da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para o nível Baa3,<br />
a Moody’s colocou a Companhia e suas duas subsidiárias<br />
no nível de “investment grade 9 ” na escala global.<br />
9<br />
Grau de investimento: classificação que indica que o título da Companhia t<strong>em</strong> um risco relativamente baixo de inadimplência. Esta classificação é concedida por<br />
agências independentes de ratings, tal como a Moody´s.<br />
13<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
DIMENSÃO<br />
ECONÔMICA
GOVERNANÇA CORPORATIVA<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pauta o relacionamento com as partes interessadas<br />
pelos princípios: transparência, eqüidade<br />
e prestação de contas. Para total clareza quanto à<br />
condução dos negócios, são b<strong>em</strong> definidos no Estatuto<br />
Social 10 os papéis e responsabilidades das Ass<strong>em</strong>bléias<br />
Gerais, do Conselho de Administração, do Conselho<br />
Fiscal e da Diretoria Executiva na formulação, aprovação,<br />
supervisão e execução de políticas, diretrizes e<br />
<strong>em</strong>preendimentos da Companhia. A Companhia busca<br />
o desenvolvimento sustentável pela associação equilibrada<br />
dos aspectos econômico-financeiros, ambientais<br />
e sociais <strong>em</strong> seus <strong>em</strong>preendimentos.<br />
Desde 2001, as ações preferenciais e ordinárias da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> estão listadas no Nível 1 de Governança Corporativa<br />
da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),<br />
garantindo aos acionistas melhorias na prestação de<br />
informações e maior dispersão acionária. Por ter American<br />
Depositary Receipts – ADRs listados na Bolsa de<br />
Nova York – NYSE, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> também está sujeita à<br />
regulamentação da Securities and Exchange Commission<br />
– SEC e ao Manual de Companhias Listadas na<br />
Bolsa de Valores de Nova York. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui, também,<br />
ações preferenciais (XCMIG) listadas na Bolsa de<br />
Madri – Latibex desde 2002.<br />
A estrutura de Governança Corporativa da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> a<br />
seguinte composição:<br />
Ass<strong>em</strong>bléias Gerais<br />
As Ass<strong>em</strong>bléias Gerais Ordinárias (AGOs) ocorr<strong>em</strong> até<br />
o final do mês de abril de cada ano, conforme legislação<br />
vigente. Já as Ass<strong>em</strong>bléias Gerais Extraordinárias<br />
pod<strong>em</strong> ocorrer ao longo do ano, quantas vezes se fizer<strong>em</strong><br />
necessárias. As ass<strong>em</strong>bléias são convocadas com<br />
antecedência mínima de 15 dias, por meio de avisos<br />
publicados <strong>em</strong> jornais de grande circulação no Brasil.<br />
Pod<strong>em</strong> participar das ass<strong>em</strong>bléias todos os acionistas<br />
que detenham ações ordinárias ou preferenciais, pessoalmente<br />
ou representados por seus procuradores. Apenas<br />
as ações ordinárias da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> dão direito a voto.<br />
Em <strong>2008</strong>, além da Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária realizada<br />
<strong>em</strong> 25/4/08, foram realizadas três Ass<strong>em</strong>bléias<br />
Gerais Extraordinárias <strong>em</strong> 13/6/<strong>2008</strong>,<br />
24/7/<strong>2008</strong>, 8/8/<strong>2008</strong> e 1º/9/<strong>2008</strong> (Ass<strong>em</strong>bléia<br />
iniciada <strong>em</strong> 8/8/<strong>2008</strong> e finalizada <strong>em</strong> 1º/9/<strong>2008</strong>).<br />
Administração<br />
A Administração da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é constituída pelo Conselho<br />
de Administração e pela Diretoria Executiva.<br />
Conselho de Administração<br />
O Conselho de Administração reuniu-se 24 vezes durante<br />
o exercício de <strong>2008</strong>, incluindo reuniões extraordinárias<br />
para análise e aprovação de planejamento estratégico,<br />
projetos de expansão, aquisições de novos ativos, entre<br />
outros assuntos. O mandato dos conselheiros é de três<br />
anos e expira na Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária de 2009.<br />
Dos 14 m<strong>em</strong>bros do Conselho de Administração, oito<br />
são eleitos pelo acionista estado de Minas Gerais, cinco<br />
pela acionista Southern Electric Brasil Participações<br />
Ltda. – SEB e um pelos acionistas minoritários detentores<br />
de ações preferenciais. Dentre os conselheiros, sete<br />
são independentes, segundo a definição do “Código das<br />
Melhores Práticas de Governança Corporativa” do Insti-<br />
15<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
10<br />
O Estatuto Social da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está disponível por meio do link: http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/static/ptb/estatutosocial.asp.
16<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
tuto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC. No<br />
início de cada reunião, os Conselheiros são convidados<br />
a se manifestar<strong>em</strong> caso haja conflito de interesse com<br />
as matérias a ser<strong>em</strong> deliberadas.<br />
O Conselho de Administração é multidisciplinar, integrado<br />
por m<strong>em</strong>bros com formações diversas (administração<br />
de <strong>em</strong>presas, engenharia, advocacia e<br />
outras) e vasta experiência na gestão de negócios.<br />
A r<strong>em</strong>uneração dos conselheiros é fixada <strong>em</strong> 20% da<br />
média recebida pelos diretores e não inclui opção de<br />
compra de ações.<br />
As atividades do Conselho de Administração são subsidiadas<br />
pelos seguintes comitês 11 , que analisam e<br />
discut<strong>em</strong> previamente as matérias pertinentes.<br />
Comitê de Apoio ao Conselho de Administração;<br />
Comitê de Governança;<br />
Comitê de Recursos Humanos;<br />
Comitê de Estratégia;<br />
Comitê Financeiro;<br />
Comitê de Auditoria e Riscos.<br />
Sugestões ou recomendações pod<strong>em</strong> ser enviadas ao<br />
Conselho de Administração por meio dos canais indicados<br />
<strong>em</strong> sua página de Relações com Investidores 12 .<br />
Diretoria Executiva<br />
A Diretoria Executiva é composta por oito m<strong>em</strong>bros 13<br />
que, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, se reuniram 54 vezes. Suas responsabilidades<br />
e atribuições inclu<strong>em</strong> a gestão dos negócios<br />
da Companhia, atendendo ao Plano Diretor, Plano Plurianual<br />
e Estratégico e Orçamento Anual. Sua r<strong>em</strong>uneração<br />
é estabelecida anualmente pela AGO e não inclui<br />
opção de compra de ações.<br />
Conselho Fiscal<br />
O Conselho Fiscal t<strong>em</strong> caráter permanente e estatutário<br />
e é composto por cinco m<strong>em</strong>bros efetivos e<br />
respectivos suplentes 14 , eleitos anualmente pela AGO,<br />
sendo um pelos acionistas minoritários detentores das<br />
ações preferenciais; um pelos acionistas minoritários<br />
titulares de ações ordinárias e três pelo acionista majoritário.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram realizadas 10 reuniões do<br />
Conselho Fiscal. Além das funções definidas na legislação<br />
brasileira, o Conselho Fiscal exerce as funções<br />
do Comitê de Auditoria*.<br />
Princípios Éticos e Código<br />
de Conduta Profissional<br />
Para disciplinar os comportamentos, atuação e decisões<br />
profissionais, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adota a Declaração de Princípios<br />
Éticos e Código de Conduta Profissional 15 , que define os<br />
valores, princípios e responsabilidades a ser<strong>em</strong> seguidos<br />
por seus colaboradores, gerentes e administradores,<br />
b<strong>em</strong> como contratados e prestadores de serviços. O<br />
cumprimento dos valores, princípios e responsabilidades<br />
é monitorado pela Comissão de Ética da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, que:<br />
é composta por gerentes da Companhia, sendo a ferramenta<br />
de encaminhamento de denúncias sobre práticas<br />
contrárias ao interesse da Companhia e de seus acionistas,<br />
tais como: (I) fraudes financeiras, inclusive adulteração,<br />
falsificação ou supressão de documentos financeiros,<br />
fiscais e contábeis; (II) apropriação indevida de bens<br />
e recursos; (III) recebimento de vantagens indevidas por<br />
dirigentes e <strong>em</strong>pregados; (IV) contratações irregulares;<br />
avalia e delibera sobre as denúncias recebidas pelo Canal<br />
de Denúncia Anônima, Ouvidoria da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> ou e-mail<br />
da Comissão de Ética;<br />
instaura procedimentos para apurações relativas aos<br />
11<br />
Mais detalhes disponíveis <strong>em</strong> http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/static/ptb/nossas_praticas.asp#e | 12 http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/|<br />
13<br />
Para mais detalhes acerca das atribuições das Diretorias da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, favor verificar o Estatuto, disponível <strong>em</strong> http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/estatic/ptb/<br />
estatutosocial.asp | 14 A composição do Conselho Fiscal da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pode ser vista no it<strong>em</strong>: “Conselhos de Administração, Fiscal e Diretoria” | 15 Disponível na internet,<br />
no site http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/ptb/s-8-ptb.html. | * Obs.: conforme isenção permitida pelo Exchange Act, regra 10-3 regulamentada pela publicação da SEC,<br />
release 82-1234, segundo a qual o Conselho Fiscal pode figurar como alternativa ao Comitê de Auditoria.
descumprimentos da “Declaração de Princípios Éticos e<br />
Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>;<br />
avalia necessidades de revisão da “Declaração de Princípios<br />
Éticos e Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Por sua natureza jurídica de sociedade de economia<br />
mista, a Companhia também se submete ao<br />
Código de Conduta Ética do Servidor Público e da<br />
Alta Administração do estado de Minas Gerais.<br />
Auditoria Independente<br />
Os auditores independentes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são trocados a cada<br />
cinco anos. Atualmente, a auditoria das D<strong>em</strong>onstrações<br />
Financeiras é realizada pela KPMG Auditores Independentes,<br />
selecionada por meio de processo de licitação pública.<br />
17<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Relacionamento com as Partes Interessadas<br />
O relacionamento da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com as partes interessadas considera as seguintes orientações:<br />
Partes Interessadas Política de Relacionamento Canal de Relacionamento<br />
Autoridades governamentais<br />
e do setor<br />
elétrico<br />
Atender aos princípios legais regulamentados<br />
pela Agência Nacional de Energia Elétrica –<br />
Aneel.<br />
Superintendência de Relacionamento Institucional e Assuntos<br />
Regulatórios.<br />
Investidores<br />
Obedecer às determinações e regulamentos<br />
das Bolsas de Valores nacionais, internacionais<br />
e da legislação correspondente.<br />
Página da internet de Relações com Investidores http://<br />
c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br e Diretoria de Finanças, Relações<br />
com Investidores e Controle de Participações; Relatório Anual,<br />
Carta ao Acionista, reuniões, conference-calls e alertas por<br />
e-mail.<br />
Clientes<br />
e consumidores<br />
Orientar-se pela regulamentação setorial estabelecida<br />
pela Aneel e por meio da “Política<br />
da Qualidade” e da “Declaração de Princípios<br />
Éticos e Código de Conduta Profissional” da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Internet www.c<strong>em</strong>ig.com.br, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Agência Virtual http://<br />
agenciavirtual.c<strong>em</strong>ig.com.br / <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Atende, telefones 116<br />
ou 0800-721-0116 ou e-mail atendimento@c<strong>em</strong>ig.com.br,<br />
Ouvidoria, pelo telefone: (31) 3506-3838 ou pelo e-mail<br />
ouvidoria@c<strong>em</strong>ig.com.br, “Dicas de Segurança e <strong>Economia</strong><br />
de Energia”, disponível na internet http://www.c<strong>em</strong>ig.<br />
com.br/noticias/dicas.asp.<br />
18<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Comunidade científica<br />
Fornecedores<br />
e prestadores<br />
de serviços<br />
Desenvolver e participar de projetos de cooperação<br />
com o objetivo de fomentar a criação de<br />
Centros de Excelência Tecnológicos, por meio<br />
de convênios e parcerias com universidades e<br />
instituições de pesquisa.<br />
Utilizar critérios para cadastramento, seleção<br />
e procedimentos licitatórios para fornecedores<br />
de materiais e serviços, os quais<br />
estão disponíveis na página da internet<br />
www.c<strong>em</strong>ig.com.br, it<strong>em</strong> Portal de Compras<br />
e obedec<strong>em</strong> à Lei Federal número 8.666, de<br />
21 de junho de 1993.<br />
Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas,<br />
Projetos de pesquisa, participação <strong>em</strong> s<strong>em</strong>inários e congressos.<br />
Portal de compras http://compras.c<strong>em</strong>ig.com.br/publico/<br />
e Superintendência de Material e Serviços.<br />
Público interno<br />
(colaboradores)<br />
Orientar-se pela “Política de Recursos Humanos”<br />
e pela “Declaração de Princípios Éticos<br />
e Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
além de atender à legislação trabalhista.<br />
Intranet Portal de RH, RH Interativa, RH Informa, Programa<br />
RH no Campo, Pesquisa de Satisfação, Canal de Denúncia<br />
Anônima, Comissão de Ética, Página “Recursos Humanos” na<br />
internet http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/institucional/rh.asp.<br />
Sociedade<br />
e comunidades<br />
Orientar-se pela “Declaração de Princípios Éticos<br />
e Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
que encontra-se disponível, <strong>em</strong> três idiomas –<br />
português, inglês e espanhol – na página da<br />
internet http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/areas<br />
/noticias.asp?area=cod_eti&language=ptb,<br />
pelos Contratos de Concessão e pela legislação.<br />
Pagina da internet www.c<strong>em</strong>ig.com.br, ouvidoria, na internet<br />
“Pesquisa Escolar” http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/<br />
pesquisa_escolar/index.asp, Relatório Anual, Relatório de<br />
Sustentabilidade, Ouvidoria pelo telefone: (31) 3506-3838<br />
ou pelo e-mail ouvidoria@c<strong>em</strong>ig.com.br, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Atende<br />
telefones 116 ou 0800-721-0116 ou e-mail atendimento@<br />
c<strong>em</strong>ig.com.br.
Controles Internos e<br />
Lei Sarbanes-Oxley (SOX)<br />
Seguindo as orientações da SEC, órgão regulador e<br />
fiscalizador do mercado de capitais norte-americano, e<br />
com base nos critérios do Public Company Accounting<br />
Oversight Board – PCAOB, do Committee of Sponsoring<br />
Organizations of the Treadway Commission (Coso)<br />
e do Control Objectives for Information and Related<br />
Technology (Cobit), a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> cumpre um papel adicional<br />
ao dos auditores independentes, monitorando os<br />
riscos, documentando e testando a efetividade de seus<br />
controles, inclusive aqueles que são suportados pela<br />
tecnologia da informação.<br />
Além de atender à SOX, as atividades relacionadas<br />
à Certificação dos Controles Internos contribu<strong>em</strong> para<br />
a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos,<br />
controle e governança corporativa.<br />
Desde o exercício de 2006, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> obtém, anualmente,<br />
a Certificação dos Controles Internos para mitigação<br />
dos riscos associados à elaboração e divulgação<br />
das D<strong>em</strong>onstrações Financeiras <strong>em</strong>itida por auditores<br />
independentes, conforme pareceres <strong>em</strong>itidos de acordo<br />
com a seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley e normas<br />
do PCAOB, que integram os relatórios anuais segundo<br />
o formulário 20-F arquivados na SEC.<br />
Políticas Internas<br />
Entre as políticas internas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, destacam-se:<br />
Política<br />
Ambiental<br />
Qualidade<br />
Divulgação<br />
Descrição<br />
Publicada <strong>em</strong> 1990, contém os princípios que orientam as atividades da Companhia <strong>em</strong> relação à proteção do<br />
meio ambiente.<br />
Diretrizes para o fornecimento de produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes e aos requisitos<br />
da qualidade.<br />
Aprovada <strong>em</strong> 2002 pelo Conselho de Administração, t<strong>em</strong> como objetivos básicos assegurar o pleno acesso do<br />
público a todas as informações divulgadas pela Companhia e tratar de forma transparente e clara todos os<br />
assuntos de interesse do público e do investidor.<br />
19<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Dividendos<br />
Expressa no Estatuto Social, estabelece os critérios de distribuição e pagamento de dividendos aos acionistas,<br />
as garantias mínimas para ações preferenciais e os dividendos mínimos assegurados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Recursos Humanos<br />
Busca nortear as relações de trabalho, com o objetivo de assegurar a disponibilidade de pessoas qualificadas,<br />
saudáveis e seguras, motivadas e satisfeitas que agregu<strong>em</strong> valor aos negócios da Companhia.<br />
Segurança, Saúde<br />
e B<strong>em</strong>-estar<br />
Define critérios para que a Companhia alcance a segurança, saúde e b<strong>em</strong>-estar dos seus <strong>em</strong>pregados próprios,<br />
contratados, de <strong>em</strong>presas contratadas, b<strong>em</strong> como da comunidade, direta ou indiretamente afetada por seu<br />
sist<strong>em</strong>a operacional.<br />
Segurança da<br />
Informação<br />
Define um conjunto de normas e instruções baseado na NBR ISO/IEC 17.799, que visa reduzir e administrar<br />
os riscos relacionados à segurança e à proteção da informação.
20<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
ESTRATÉGIA E GESTÃO<br />
A estratégia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atende ao Plano Diretor vigente<br />
de 2005 a 2035, o qual estabelece as bases para o<br />
planejamento estratégico da Companhia.<br />
Para isso, foca-se <strong>em</strong> ampliar a área de atuação (energia<br />
elétrica e gás) <strong>em</strong> todo o território brasileiro, respeitando<br />
os limites estabelecidos na regulação setorial,<br />
além de iniciar os primeiros investimentos <strong>em</strong> projetos<br />
internacionais. Além disso, a Companhia busca a geração<br />
de valor para seus acionistas e a comunidade do<br />
entorno, por meio de uma política de dividendos, estabelecida<br />
no Estatuto Social; responsabilidade social e<br />
ambiental; lucratividade dos negócios; gestão integrada<br />
de riscos; gerenciamento do des<strong>em</strong>penho de suas<br />
atividades operacionais e gestão do capital humano.<br />
Outra atividade importante é o aprimoramento da gestão<br />
da estratégia corporativa. No ano de <strong>2008</strong>, des-
21<br />
ECONÔMICA<br />
tacam-se a consolidação de um processo contínuo de<br />
planejamento e gestão da estratégia, além da criação<br />
do Plano de Comunicação da Estratégia, que objetiva<br />
tornar a estratégia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conhecida por todos os<br />
seus colaboradores, estimulando assim seu envolvimento<br />
com a entrega dos resultados.<br />
Com relação à gestão da marca <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, a Companhia<br />
conta com um painel de indicadores integrado ao Balanced<br />
Scorecard – BSC, além de um processo interno<br />
de gestão. Em 2007, a marca <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (incluindo todas<br />
as <strong>em</strong>presas do Grupo) foi estimada pela Brand Finance<br />
entre R$792 e R$890 milhões. Já <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, uma nova<br />
avaliação resultou <strong>em</strong> um valor entre R$1,1 e R$1,3<br />
bilhão. Pela importância do t<strong>em</strong>a, ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi<br />
criado um grupo de trabalho formado por representantes<br />
de todas as diretorias, responsável pela gestão da<br />
marca e reputação da Companhia e pelo alinhamento<br />
interno dos projetos de fortalecimento da marca com os<br />
públicos de relacionamento.<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Comitês Internos<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma estrutura de comitês internos que garante a tomada de decisões estratégicas a partir de<br />
critérios técnicos e multidisciplinares, dentre os quais destacam-se:<br />
22<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Nome do Comitê<br />
Comitê de Planejamento<br />
Estratégico<br />
Comitê de Priorização do<br />
Orçamento<br />
Comissão de Ética<br />
Comitê de Controle e Gestão<br />
Comitê de Gerenciamento de<br />
Riscos Corporativos<br />
Comitê de Gerenciamento de<br />
Risco de Energia<br />
Comitê de Gerenciamento de<br />
Risco Financeiro<br />
Comitê de Segurança da<br />
Informação<br />
Comitê de Negociação<br />
Sindical<br />
Comitê de Gestão Estratégica<br />
de Tecnologia<br />
Comitê de Normalização de<br />
Equipamentos e Materiais<br />
Comitê de Acompanhamento<br />
do Programa de Adequação<br />
Ambiental<br />
Características<br />
Promove a interação entre as diversas áreas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com o intuito de viabilizar o Plano Plurianual e<br />
Estratégico da Companhia. É constituído por todos os superintendentes da Companhia.<br />
Assessora a Diretoria Executiva nas deliberações e gerenciamento de projetos de investimento. É constituído<br />
por cinco representantes da Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e Controle de<br />
Participações, dois representantes da Diretoria de Novos Negócios e um representante de cada uma das<br />
d<strong>em</strong>ais diretorias.<br />
Coordena as ações da Companhia <strong>em</strong> relação à gestão da “Declaração de Princípios Éticos e Código de<br />
Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Promove o compartilhamento das melhores práticas, uniformização de procedimentos de controle interno<br />
e gestão, análise e avaliação dos orçamentos e dos resultados dos diversos negócios da Companhia.<br />
Coordena o funcionamento do processo de gerenciamento de riscos corporativos.<br />
Propõe políticas e procedimentos com o objetivo de minimizar os riscos nas contratações de compra e<br />
venda de energia.<br />
Impl<strong>em</strong>enta diretrizes para controlar o risco financeiro de operações que possam comprometer a liquidez<br />
e a rentabilidade da Companhia.<br />
Define políticas e ações visando à Segurança da Informação.<br />
Coordena as atividades de representação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas negociações com as entidades sindicais.<br />
Visa consolidar o processo de gerenciamento da tecnologia na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e o desenvolvimento das atividades<br />
correlatas.<br />
Estabelece os critérios e os procedimentos para a normalização técnica interna e externa de métodos,<br />
processos, padrões, materiais e equipamentos.<br />
Acompanha e promove as ações para adequação da Companhia à legislação ambiental constantes do<br />
Programa Corporativo de Adequação Ambiental.
Gestão de Materiais,<br />
Serviços e Informática<br />
Apesar da redução do seu quadro de pessoal e aumento<br />
da d<strong>em</strong>anda por seus clientes, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> conseguindo<br />
melhorar seus prazos de atendimento e reduzir os custos<br />
de aquisições de materiais e serviços. Esse resultado positivo<br />
é fruto de melhoria nos processos, principalmente<br />
pela inclusão da licitação por pregão eletrônico e estabelecimento<br />
de contratos de fornecimento “guarda-chuva”.<br />
Foi aprovado, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o projeto de locação e gestão<br />
de veículos de carga e de passageiros, que promoverá<br />
a substituição, no primeiro s<strong>em</strong>estre de 2009, de<br />
1.193 veículos com idade média superior a 10 anos.<br />
Além disso, a aplicação de novas tecnologias na logística,<br />
como automação do Centro de Distribuição de<br />
Material – CDM Jatobá, traz vantagens como redução<br />
de custos e aumento na eficiência dos processos.<br />
Baseada no princípio de ecoeficiência, a Companhia<br />
obteve um ganho R$27,87 milhões com recuperação<br />
de materiais/equipamentos por meio de reaplicação.<br />
Todo o material recuperado é 100% analisado e ensaiado<br />
após o processo de recuperação, dando assim<br />
maior confiabilidade quanto à sua qualidade e segurança.<br />
Ainda nesse contexto, por meio de reformas <strong>em</strong><br />
instalações específicas da Sede (sanitários, copas e<br />
vestiários), a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atingiu uma redução no consumo<br />
de água de 2.000 m³ <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, redução estimada <strong>em</strong><br />
6.000 m³/ano a partir de 2009.<br />
Na esfera de sist<strong>em</strong>as, a Companhia está impl<strong>em</strong>entando<br />
o Projeto GEOMAP, com o objetivo de mapear<br />
detalhadamente áreas invadidas e passíveis de invasão<br />
nas faixas de segurança de linhas de transmissão,<br />
o que permitirá uma gestão corretiva e preventiva de<br />
tais invasões.<br />
Também <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, iniciou-se a impl<strong>em</strong>entação de melhorias<br />
no novo portal de compras, que deverão ser<br />
concluídas <strong>em</strong> 2009 e buscam imprimir agilidade e<br />
ganhos nos processos de negócios.<br />
Ainda na esfera de sist<strong>em</strong>as, o SAP contribui fort<strong>em</strong>ente<br />
para a eficiência dos processos internos da Companhia,<br />
possibilitando a impl<strong>em</strong>entação da Consolidação<br />
Contábil das <strong>em</strong>presas do Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nos princípios<br />
contábeis brasileiros, considerando a nova Lei das<br />
S.A. e o Novo Mercado da BM&FBOVESPA e a utilização<br />
dos princípios contábeis do International Financial<br />
Reporting Standards – IFRS. O SAP está atualmente<br />
sendo avaliado para redesenho de alguns processos, o<br />
que deverá ser concluído <strong>em</strong> 2009.<br />
Gestão de Riscos<br />
Os riscos inerentes às atividades <strong>em</strong>presariais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
são avaliados por sua probabilidade de ocorrência e por<br />
seu impacto nos diversos negócios da cadeia de valor.<br />
A Companhia atua sobre os riscos: (I) diminuindo seu<br />
impacto e/ou sua probabilidade mediante o refinamento<br />
dos controles; (II) impl<strong>em</strong>entando planos de<br />
ação; (III) transferindo-os por meio de contratação de<br />
seguros de patrimônio; (IV) aceitando-os (devido à<br />
efetividade do ambiente de controles e ao nível permitido<br />
de exposição financeira) ou; (V) evitando-os,<br />
saindo do negócio.<br />
A implantação da gestão de riscos corporativos ocorreu<br />
<strong>em</strong> 2003 e v<strong>em</strong> sendo continuamente aprimorada.<br />
23<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
24<br />
DIMENSÃO<br />
A gestão é feita por processos e está alinhada ao Plano<br />
Diretor e ao planejamento estratégico, sendo gerenciada<br />
de forma descentralizada pelos gestores de riscos e<br />
monitorada de forma centralizada pelo Comitê de Gerenciamento<br />
de Riscos Corporativos.<br />
Em <strong>2008</strong>, teve início a terceira revisão da matriz de<br />
riscos corporativos, permitindo a avaliação da magnitude<br />
e a agregação das ameaças mais contundentes,<br />
prioritariamente discutidas no âmbito do Comitê de Gerenciamento<br />
de Riscos Corporativos. A Companhia também<br />
está aprimorando sua “Matriz de fatores de riscos<br />
sob a ótica dos stakeholders”, com o refinamento dos<br />
fatores de risco.<br />
Com relação às Mudanças Climáticas, a Companhia<br />
identificou as principais fragilidades frente ao t<strong>em</strong>a e<br />
t<strong>em</strong> adotado uma gestão dos riscos associados que envolve<br />
ações como:<br />
contabilização das <strong>em</strong>issões geradas anualmente e<br />
comunicação das medidas e ações tomadas para contribuir<br />
para a redução de <strong>em</strong>issão de Gases de Efeito<br />
Estufa – GEE, de forma a minimizar os efeitos que<br />
novas legislações nacionais ou internacionais mais<br />
restritivas possam representar para a Companhia;<br />
as previsões de alterações climáticas indicadas no relatório<br />
realizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças<br />
Climáticas (IPCC) pod<strong>em</strong> afetar as atividades da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, considerando que a maior parte da energia gerada<br />
pela Companhia provém de hidrelétricas (cerca de 97%).<br />
A Companhia mantém um acompanhamento constante<br />
das alterações climáticas, o qual está relacionado ao planejamento<br />
da geração de energia elétrica, e também a<br />
t<strong>em</strong>pestades e eventos climáticos que possam causar danos<br />
às redes de distribuição e transmissão da Companhia;<br />
manutenção <strong>em</strong> operação de extensa rede de monitoramento<br />
hidrometeorológico, que até o momento não<br />
identificou evidências de alterações hidrológicas correlacionadas<br />
com as alterações no clima;<br />
monitoramento, reparação e diminuição de danos na<br />
transmissão e distribuição de energia elétrica, atividades<br />
cujos riscos pod<strong>em</strong> ser ampliados <strong>em</strong> virtude de<br />
alterações climáticas 16 .<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
16<br />
Mais detalhes sobre as ações da Companhia com relação à gestão dos riscos associados às mudanças climáticas pod<strong>em</strong> ser encontrados no Relatório<br />
CDP – Carbon Disclosure Projetct da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.
Gestão do Endividamento<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> administra e minimiza os riscos atrelados ao<br />
seu endividamento reduzindo sua exposição a moedas<br />
estrangeiras e gerenciando seu prazo de maturação.<br />
Com essa postura, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os resultados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
não sofreram impactos significativos decorrentes da<br />
acentuada desvalorização do real frente ao dólar, já<br />
que boa parte da parcela indexada ao dólar estava<br />
protegida, <strong>em</strong> contrato, por operações de troca de indexadores<br />
(swap) e havia, também, uma proteção natural<br />
proporcionada por contratos de venda de energia<br />
indexados ao dólar.<br />
PRINCIPAIS INDEXADORES DA DÍVIDA – 31/12/<strong>2008</strong><br />
70%<br />
6% 1%1%6%<br />
4%<br />
5%<br />
6%<br />
1%<br />
74%<br />
3% 1% 6%<br />
4%<br />
5%<br />
6%<br />
1%<br />
Dívida Original<br />
CDI Dólar Yen Tr RGR/Finel URTJ IGPM IPCA Outros<br />
Dívida com Efeito de Swaps<br />
25<br />
A despeito da utilidade do hedge e considerando o<br />
gerenciamento de risco financeiro da Companhia, a<br />
Administração busca fazer a gestão da dívida com foco<br />
no alongamento do seu prazo, na limitação do endividamento<br />
aos níveis preconizados pelo Estatuto Social,<br />
na redução do custo da dívida e na preservação da<br />
capacidade de pagamento.<br />
A Moody’s América Latina, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>,<br />
elevou o rating corporativo da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição e<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão, na escala global, de<br />
Ba2 para Baa3 <strong>em</strong> moeda local, e na escala nacional,<br />
de Aa3.br para Aa1.br, ou seja, a Companhia apresenta<br />
menor risco a investidores e credores. Elevar o<br />
rating da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para o nível Baa3 significa posicionar<br />
a Companhia e suas duas subsidiárias no nível de<br />
“investment grade” na escala global.<br />
Sist<strong>em</strong>as de Gestão<br />
Os sist<strong>em</strong>as de gestão com os quais a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> trabalha<br />
são: Sist<strong>em</strong>as de Gestão da Qualidade – SGQ (NBR ISO<br />
9001:2000), Ambiental – SGA (NBR ISO 14001:2004<br />
e Sist<strong>em</strong>a Interno – SGA Nível 1) e de Saúde e Segurança<br />
– SGS (conforme a especificação OHSAS 18001).<br />
Em <strong>2008</strong>, o foco no programa de certificações corporativas<br />
continuou intensivo. Durante o ano, 21 novos<br />
processos obtiveram a certificação <strong>em</strong> um ou mais<br />
Sist<strong>em</strong>as de Gestão Qualidade, Ambiental e Saúde e<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Segurança (SGQ, SGA, SGA Interno e SGS), abrangendo<br />
as seguintes gerências e <strong>em</strong>preendimento:<br />
Transmissão – OHSAS 18001: uma gerência;<br />
Geração – NBR ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS<br />
18001: uma gerência e Usina de Igarapé;<br />
Distribuição – NBR ISO 14001 e OHSAS 18001:<br />
Gerência de Manutenção da Distribuição Centro;<br />
Gerências de Relacionamento Comercial e Serviços<br />
de Curvelo e de Ipatinga;<br />
Gerência de Planejamento e Expansão Norte.<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> promoveu 35 treinamentos<br />
voltados para a implantação ou manutenção dos<br />
Sist<strong>em</strong>as de Gestão, que atenderam cerca de 800<br />
participantes, totalizando 482 horas de treinamento.<br />
Foram realizadas também 128 auditorias<br />
externas, sendo 40% delas referentes à manutenção<br />
do sist<strong>em</strong>a.<br />
NÚMERO DE EMPREGADOS TRABALHANDO COM SISTEMAS DE GESTÃO<br />
Sist<strong>em</strong>as 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />
SGQ 3.812 3.909 4.296 6.052 6.993<br />
SGA 1.024 1.084 1.694 2.056 2.307<br />
SGS 27 27 785 926 1.473<br />
26<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> faz parte do grupo de trabalho para a criação<br />
da ISO – 26000 – Responsabilidade Social, a convite<br />
da International Organization for Standardization<br />
(ISO), do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade<br />
Social e da Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas (ABNT). Pela primeira vez, a coordenação<br />
mundial de um trabalho da ISO é liderada <strong>em</strong> conjunto<br />
por dois países, nesse caso por Brasil e Suécia, o que<br />
torna essa participação ainda mais relevante.<br />
Gestão de Clientes<br />
Por meio do “Projeto Evolução” a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> implantou, <strong>em</strong><br />
maio de <strong>2008</strong>, seu novo Sist<strong>em</strong>a de Gestão de Clientes,<br />
que substituiu alguns dos principais sist<strong>em</strong>as de informação<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, relacionados aos seguintes processos:<br />
medição;<br />
faturamento;<br />
<strong>em</strong>issão e impressão de notas fiscais de energia;<br />
arrecadação e cobrança;<br />
atendimento e relacionamento comercial.<br />
Os principais benefícios do Sist<strong>em</strong>a são:<br />
para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
maior qualidade dos dados cadastrais dos clientes,<br />
controle e segurança dos processos de faturamento,<br />
arrecadação e atendimento;<br />
maior integração e substituição de diversos sist<strong>em</strong>as;<br />
atualização tecnológica e substituição do mainframe;<br />
maior aderência aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley – SOX.<br />
para o Cliente<br />
registro do histórico de todos os contatos, proporcionando<br />
agilidade no atendimento e melhoria na qualidade<br />
das informações;<br />
maior interação entre os diversos canais de comunicação<br />
com o cliente: e-mail, telefone, mensagens na conta de energia,<br />
etc., além de ampliação dos serviços disponibilizados;
geração de um protocolo único de atendimento<br />
por serviço;<br />
nova conta de energia, com melhor visualização<br />
das informações;<br />
novo sist<strong>em</strong>a de gestão de leitura de medidores,<br />
com impressão simultânea da conta de energia.<br />
Com relação à gestão do relacionamento comercial com<br />
os clientes corporativos, geradores e distribuidores que<br />
acessam o sist<strong>em</strong>a de distribuição da Companhia, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
mantém uma estrutura diferenciada de forma a respeitar<br />
a particularidade deste mercado. Faz parte também<br />
do escopo deste atendimento atuar, <strong>em</strong> cooperação<br />
com os órgãos de desenvolvimento do estado (Secretaria<br />
de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas<br />
Gerais – Sede, Instituto de Desenvolvimento Integrado<br />
de Minas Gerais – Indi, Banco de Desenvolvimento de<br />
Minas Gerais – BDMG e Companhia de Desenvolvimento<br />
Econômico de Minas Gerais – Cod<strong>em</strong>ig), para promover<br />
o desenvolvimento socioeconômico e alavancar o crescimento<br />
de seu mercado, utilizando de sua capilaridade<br />
nas diversas regiões do estado.<br />
27<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
EVOLUÇÃO DO MERCADO E TARIFAS<br />
Mercado<br />
O mercado consolidado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> compreende o<br />
mercado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A., <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />
e Transmissão S.A., e das <strong>em</strong>presas controladas/coligadas<br />
Horizontes, Ipatinga, Sá Carvalho, Barreiro,<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> PCH, Rosal e Cachoeirão, eliminando-se as<br />
transações entre essas companhias. Esse mercado<br />
corresponde às vendas de energia realizadas para<br />
os consumidores cativos e livres (dentro e fora do<br />
estado), a comercialização de energia para outros<br />
agentes do setor elétrico, as vendas de energia no<br />
Curto Prazo (CCEE) e as operações no Mecanismo<br />
de Realocação de Energia – MRE.<br />
A venda de energia para consumidores finais e no atacado<br />
totalizou 54,1 TWh no ano de <strong>2008</strong>, com um<br />
acréscimo de 2,4% <strong>em</strong> relação ao ano anterior, apesar<br />
de os impactos da crise financeira internacional<br />
ter<strong>em</strong> afetado o mercado a partir de outubro de <strong>2008</strong>.<br />
ENERGIA ELÉTRICA FATURADA POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO<br />
28<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Discriminação<br />
2007 <strong>2008</strong> Variação<br />
MWh (%) MWh (%) (%)<br />
Total (1) 52.833.879 100,0 54.102.455 100,0 2,4<br />
Venda a consumidores finais 40.078.821 75,9 42.939.935 81,3 7,1<br />
Residencial 6.812.662 12,9 7.163.793 13,6 5,2<br />
Convencional 5.051.448 9,6 5.263.888 10,0 4,2<br />
Baixa Renda 1.761.214 3,3 1.899.905 3,6 7,9<br />
Industrial 24.183.469 45,8 26.212.267 49,6 8,4<br />
Cativo 4.830.462 9,1 5.562.687 10,5 15,2<br />
Livres 19.353.007 36,6 20.649.580 39,1 6,7<br />
Comercial 4.110.503 7,8 4.422.932 8,4 7,6<br />
Cativo 4.078.425 7,7 4.390.742 8,3 7,7<br />
Livres 32.078 0,1 32.189 0,1 0,3<br />
Rural 2.200.198 4,2 2.295.897 4,3 4,3<br />
Outras (2) 2.771.989 5,2 2.845.046 5,4 2,6<br />
Vendas no atacado 12.755.058 24,1 11.162.520 21,1 (12,5)<br />
Vendas no ACR (leilão) 6.483.318 12,3 7.650.983 14,5 18,0<br />
Vendas o ACL (comercializadores) 6.271.740 11,9 3.511.537 6,6 (44,0)<br />
(1)<br />
Não inclui mercado da Light.<br />
(2)<br />
Inclui poder público, iluminação pública, serviço público e consumo próprio.
Na venda a consumidores finais, a energia faturada<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong> totalizou 42,9 TWh, volume 7,1%<br />
superior ao valor verificado <strong>em</strong> 2007. O comportamento<br />
das principais classes de consumo está detalhado<br />
a seguir:<br />
Residencial – Crescimento de 5,2% no volume<br />
de energia faturada <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com acréscimo de<br />
211.610 consumidores. O consumo médio por consumidor<br />
cresceu 2,1% <strong>em</strong> relação a 2007. Esse<br />
des<strong>em</strong>penho pode ser explicado pelo aumento no<br />
número de consumidores faturados e pela influência<br />
positiva da conjuntura socioeconômica, verificada<br />
até outubro de <strong>2008</strong>.<br />
Industrial – Com participação de 61,0% nas<br />
vendas a consumidores finais, registrou um crescimento<br />
de 8,4% se comparado o ano de <strong>2008</strong><br />
<strong>em</strong> relação a 2007. Esse crescimento deveu-se ao<br />
aumento de 15,2% no fornecimento de energia<br />
aos clientes cativos e parcialmente livres (clientes<br />
híbridos); vendas para clientes livres, que apresentaram<br />
aumento de 6,7% explicado pelo crescimento<br />
da atividade industrial até outubro de <strong>2008</strong> e<br />
pelo esforço despendido pelas equipes comerciais,<br />
ao aproveitar oportunidades para formalização de<br />
novos negócios no ambiente de livre contratação,<br />
inclusive fora do estado.<br />
Comercial – Seu des<strong>em</strong>penho explica-se pela variação<br />
positiva de 7,7% no mercado cativo, cujo resultado<br />
deveu-se à conjuntura econômica favorável,<br />
especialmente até outubro de <strong>2008</strong>.<br />
Rural – Crescimento de 4,3% no consumo faturado devido<br />
ao bom des<strong>em</strong>penho da atividade agropecuária no<br />
estado, evidenciado no resultado do PIB do agronegócio,<br />
com crescimento de 15% até nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>.<br />
Com relação às vendas no atacado, a parcela de<br />
venda às <strong>em</strong>presas comercializadoras de energia<br />
apresentou redução de 44,0%, face à decisão estratégica<br />
<strong>em</strong>presarial de direcionamento da energia<br />
para negociações com clientes livres. O aumento<br />
de 18,0% nos volumes negociados no ACR (CCEAR)<br />
deveu-se ao início de vigência de contratos com entrega<br />
a partir de <strong>2008</strong> e também da venda no Leilão<br />
de Ajuste. O montante de energia transportada, referente<br />
aos contratos de acesso às redes de distribuição<br />
por clientes livres e outras concessionárias,<br />
apresentou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> um decréscimo de 0,7% comparado<br />
a 2007. Os fatores que contribuíram para<br />
essa redução foram a redução do consumo a partir<br />
de outubro de <strong>2008</strong>; alto preço da energia elétrica<br />
no mercado de curto prazo (PLD) no 1º trimestre<br />
de <strong>2008</strong>, levando as indústrias eletrointensivas a<br />
paralisar e/ou diminuir a produção.<br />
29<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
ENERGIA FATURADA DE TRANSPORTE POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO<br />
Discriminação<br />
2007 <strong>2008</strong> Variação<br />
MWh (%) MWh (%) (%)<br />
Total 17.539.285 100,0 17.410.734 100,0 (0,7)<br />
Industrial 17.255.062 98,4 17.186.137 98,0 (0,4)<br />
Comercial 56.762 0,3 95.446 0,5 68,15<br />
Concessionárias 227.461 1,3 129.151 0,7 (43,2)
Foram faturados 6,6 milhões de consumidores <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro<br />
de <strong>2008</strong>, correspondendo a uma variação de<br />
2,5% <strong>em</strong> relação a 2007. O maior acréscimo de consumidores<br />
ocorreu na Classe Residencial, com incr<strong>em</strong>ento<br />
de 4,1%. Além do crescimento vegetativo, houve a<br />
reclassificação de consumidores da Classe Rural para<br />
esta Classe. Foram ligadas 10 mil novas unidades<br />
consumidoras por meio do Programa Luz Para Todos,<br />
perfazendo 190 mil ligações desde sua implantação,<br />
ocorrida <strong>em</strong> 2004.<br />
A tabela a seguir apresenta o número de consumidores<br />
faturados por classe de consumo:<br />
30<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
CONSUMIDORES FATURADOS POR CLASSE – CEMIG CONSOLIDADO<br />
Classe<br />
Dez<strong>em</strong>bro/2007 Dez<strong>em</strong>bro/<strong>2008</strong> Variação<br />
Unidade (%) Unidade (%) Acréscimo (%)<br />
TOTAL 6.440.259 12,2 6.602.213 12,5 161.954 2,5<br />
Residencial 5.188.604 9,8 5.400.214 10,2 211.610 4,1<br />
Industrial 73.600 0,1 74.489 0,1 889 1,2<br />
Cativo 73.452 0,1 74.344 0,1 892 1,2<br />
Livres 148 0,0 145 0,0 (3) (2,0)<br />
Comercial 560.913 1,1 578.021 1,1 17.108 3,1<br />
Cativo 560.909 1,1 578.017 1,1 17.108 3,1<br />
Livres 4 0,0 4 0,0 0 0,0<br />
Rural 554.269 1,0 482.952 0,9 (1.317) (12,9)<br />
Outras (1) 62.826 0,1 66.537 0,1 3.711 5,9<br />
Vendas no atacado 47 0,0 46 0,0 (1) (2,1)<br />
(1)<br />
Inclui poder público, iluminação pública, serviço público e consumo próprio.<br />
Balanço de Energia Elétrica<br />
Os recursos consolidados de energia, que compreend<strong>em</strong><br />
a soma da energia produzida e comprada, totalizaram<br />
68.318 GWh. Desse montante, a geração do Grupo<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> representou 48,4%; as compras compulsórias<br />
de Itaipu e do Proinfa, 13,8%; as compras no ACR<br />
Dos recursos disponíveis, 65,7% foram repassados a<br />
consumidores finais, sendo 32,6% para atendimento<br />
ao mercado cativo e 33,1% direcionados para o mercado<br />
livre. Além disso, 10,6% foram transacionados na<br />
CCEE e no MRE, e 11,8%, negociados no ACR (venda<br />
às distribuidoras).<br />
(CCEAR), 18,2%; e as transações na CCEE e no MRE,<br />
16,3%. Além disso, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contou com recebimentos<br />
da ord<strong>em</strong> de 2.850 GWh de contratos bilaterais e outros<br />
recebimentos, o que representa 4,5% dos recursos<br />
totais, e que supriram cargas ligadas diretamente<br />
na malha de distribuição.<br />
Por meio do Balanço de Energia Elétrica, verifica-se que<br />
8,5% do total de recursos, equivalentes a 5.790 GWh, refer<strong>em</strong>-se<br />
a perdas de energia. Desse montante, 5.411 GWh<br />
são relativos às perdas na malha de distribuição, e<br />
378 GWh às perdas na rede básica.
Como as usinas do Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pertenc<strong>em</strong> ao MRE e<br />
sua operação é coordenada pelo Operador Nacional do<br />
Sist<strong>em</strong>a Elétrico – ONS, o montante de Geração Própria<br />
é o resultado da decisão estratégica definida pelo<br />
ONS para o atendimento ao mercado do sist<strong>em</strong>a. Assim,<br />
por conta da estratégia de recuperação dos níveis dos<br />
reservatórios do sist<strong>em</strong>a, a geração física das usinas<br />
hidrelétricas foi reduzida.<br />
Com relação aos contratos de compra e venda de energia,<br />
no ano de <strong>2008</strong> houve acréscimo na venda de energia<br />
no Ambiente de Contratação Regulado – ACR, com o<br />
início de atendimento ao contrato de CCEAR proveniente<br />
do 2º leilão de energia existente do Ministério de Minas<br />
e Energia – MME, realizado <strong>em</strong> 2005.<br />
Uma alteração significativa <strong>em</strong> <strong>2008</strong> aconteceu também<br />
na energia recebida da UHE Itaipu. Por meio da<br />
resolução Aneel nº 218, de 11 de abril de 2006, as<br />
cotas-parte da UHE Itaipu a ser<strong>em</strong> utilizadas no ano de<br />
<strong>2008</strong> foram atualizadas, e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuidora teve<br />
a sua cota-parte reduzida de 17,29% do ano de 2007<br />
para 13,59% para o ano de <strong>2008</strong>, da energia disponibilizada<br />
pela Itaipu Binacional para o sist<strong>em</strong>a brasileiro.<br />
A figura a seguir apresenta o Balanço de Energia Elétrica<br />
Consolidado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Esse balanço não cont<strong>em</strong>pla<br />
informações do consórcio RME/Light.<br />
BALANÇO DE ENERGIA ELÉTRICA – <strong>2008</strong> – MERCADO CEMIG CONSOLIDADO<br />
Recursos Totais – 68.318 GWh<br />
Energia Produzida 33.541<br />
Geração Própria 31.769<br />
Energia Autoprodução 1.062<br />
Energia Empresas Coligadas 1.316<br />
Perdas Geração RB (4) (606)<br />
Energia Comprada 34.777<br />
Itaipu 9.021<br />
CCEAR (1) 12.428<br />
CCEE (2) 8.860<br />
MRE (3) 2.294<br />
Contratos Bilaterais 1.245<br />
Recebimento na RD (4) 394<br />
Proinfa (5) 386<br />
Co-geração 149<br />
Requisitos Totais – 68.318 GWh<br />
Energia Total<br />
62.528 GWh<br />
Perdas<br />
(RD + RB)<br />
5.790 GWh<br />
Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> D no Mercado C ativo<br />
22.258 GWh<br />
Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT no Mercado Livre<br />
22.609 GWh<br />
Repasse a autoprodutores<br />
982 GWh<br />
Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Holding na CCEE<br />
(6)<br />
6.850 GWh<br />
Vendas das <strong>em</strong>presas coligadas<br />
(7)<br />
1.392 GWh<br />
Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Holding ao MRE<br />
(8)<br />
391 GWh<br />
Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT às Distribuidoras<br />
(9)<br />
8.046 GWh<br />
31<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
(1)<br />
Contratos de comercialização de energia no ambiente regulado<br />
(2)<br />
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (3) Mecanismo de Realocação de Energia (4) RD – Rede de Distribuição Própria<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e RB – Rede Básica de Transmissão<br />
(5)<br />
Programa de incentivo às fontes alternativas de energia<br />
(6)<br />
Liquidação das Energias de Curto Prazo<br />
(7)<br />
Contratos Bilaterais – Sá Carvalho,<br />
Horizontes, Pai Joaquim, Rosal, UTE Barreiro e Ipatinga<br />
(8)<br />
Vendas MRE – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, Sá Carvalho, Rosal, Capim Branco e Consórcio Igarapava<br />
(9)<br />
Venda no Ambiente de Contratação Regulado (ACR).<br />
Qualidade da Energia<br />
O sist<strong>em</strong>a de distribuição, representado pelas linhas,<br />
redes e subestações de distribuição, está sujeito a interrupções.<br />
Essas interrupções têm orig<strong>em</strong> na atuação<br />
de agentes externos e internos ao sist<strong>em</strong>a elétrico, tais<br />
como fenômenos naturais, interferências do meio am-
iente, falhas, atuação dos equipamentos de proteção e<br />
necessidades operacionais. A qualidade de fornecimento<br />
de energia é medida por meio de dois indicadores: DEC<br />
(Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora)<br />
e FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção<br />
por Unidade Consumidora), que são monitorados pela<br />
Companhia e pela Agência Nacional de Energia Elétrica<br />
– Aneel. Os indicadores de continuidade DEC e FEC<br />
apurados <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram 13,65h e 6,53 interrupções,<br />
respectivamente. O indicador de DEC ultrapassou a meta<br />
da Aneel 17 <strong>em</strong> 3,0%. Já o indicador de FEC apresentou<br />
uma melhoria de 33,5% <strong>em</strong> relação à meta Aneel.<br />
INDICADORES DEC E FEC<br />
12,21<br />
13,03<br />
13,14<br />
13,65<br />
6,78<br />
6,46<br />
6,39<br />
6,53<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
DEC Apurado<br />
FEC Apurado<br />
32<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
No ano de <strong>2008</strong>, foram registradas 302.089 interrupções<br />
sustentadas 18 . Dessas, 51% foram acidentais<br />
com orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> causas externas ao sist<strong>em</strong>a (fenômenos<br />
naturais e meio ambiente), 36% acidentais de orig<strong>em</strong><br />
interna (falhas de equipamentos, falha humana, erros<br />
de manobra, etc.) – totalizando 87% de interrupções<br />
acidentais, e 13% programadas. As interrupções programadas,<br />
cujo objetivo é a manutenção e adequação do<br />
sist<strong>em</strong>a aos padrões de qualidade definidos pela Aneel,<br />
<strong>em</strong> geral são precedidas de avisos, de forma a minimizar<br />
o impacto do desligamento ao consumidor.<br />
Tarifas<br />
As tarifas de energia elétrica da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição são<br />
reajustadas anualmente e revisadas a cada cinco anos.<br />
A metodologia para esses reajustes e revisões é definida<br />
pela Aneel e foi objeto de Audiência Pública no ano de <strong>2008</strong>.<br />
Em abril de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição passou pela sua<br />
segunda revisão tarifária. As novas tarifas entraram <strong>em</strong><br />
vigor a partir do dia 8 de abril de <strong>2008</strong>, quando foi<br />
publicada a Resolução Homologatória nº 626/<strong>2008</strong>. A<br />
Nota Técnica nº 092/<strong>2008</strong>-SRE/Aneel e seus anexos<br />
fornec<strong>em</strong> informações mais detalhadas sobre os valores<br />
reconhecidos pela Aneel.<br />
As tarifas vigentes até 7 de abril de <strong>2008</strong> foram reajustadas<br />
<strong>em</strong> -7,14%, sendo -18,09% relativos ao índice<br />
de reposicionamento tarifário, e 10,95% relativos aos<br />
componentes financeiros externos à revisão tarifária<br />
periódica. O efeito médio da revisão foi de -12,24% e<br />
está sendo aplicado de forma diferenciada por classe de<br />
consumo. O efeito na fatura dos consumidores de baixa<br />
tensão foi de -17,11%, enquanto as tarifas dos consumidores<br />
de alta tensão variaram de -13,85% a -7,97%.<br />
17<br />
As metas da Aneel para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, eram DEC 13,24 e FEC 9,84<br />
18<br />
Interrupção sustentada é aquela que dura mais de 3 minutos.
33<br />
Para a definição dos valores considerados na composição<br />
das tarifas, a Aneel fez o levantamento da base<br />
de ativos a ser r<strong>em</strong>unerada e dos custos com base na<br />
<strong>em</strong>presa de referência, a definição do custo médio de<br />
capital, além de outros custos da concessionária. Esse<br />
percentual foi provisório e poderá ainda ser alterado <strong>em</strong><br />
função da aprovação da nova metodologia definida na<br />
Resolução nº 388/<strong>2008</strong> e será corrigido no reajuste<br />
tarifário anual de 2009.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição possuía, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, cerca<br />
de 2,36 milhões de consumidores classificados como residencial<br />
baixa renda. Esses consumidores são beneficiados<br />
pela tarifa subsidiada de baixa renda 19 . Para os consumidores<br />
com consumo até 30 kWh mensais, o benefício resulta<br />
num desconto aproximado de 59%; 48% para o consumo<br />
entre 80 kWh e 90 kWh; 47% para a faixa até 100 kWh;<br />
e 35% de desconto para consumo até 180 kWh. Os consumidores<br />
que consom<strong>em</strong> até 90 kWh por mês também são<br />
beneficiados com a isenção do ICMS.<br />
Em 27 de junho de <strong>2008</strong>, data do reajuste anual das<br />
receitas permitidas das concessionárias de transmissão,<br />
a Aneel publicou os valores das receitas permitidas<br />
reajustados 20 , com vigência a partir de 1º de julho de<br />
<strong>2008</strong> até 30 de junho de 2009 para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />
e Transmissão.<br />
A receita anual total da transmissora sofreu um reajuste<br />
de 8,09%.<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
19<br />
Para receber o benefício, o consumidor deve se enquadrar <strong>em</strong> todos os critérios seguintes: pertencer à Classe Residencial atendida por circuito monofásico; ter consumo médio<br />
mensal entre 80 e 220 kWh; ser titular de apenas uma unidade consumidora; ter cadastramento no NIS – Número de Inscrição Social – ou autodeclaração; Cadastro de Pessoa<br />
Física – CPF e Identidade – RG (ou outro documento de identificação oficial com foto) cadastrados e ser pessoa física responsável pelo domicílio. Para receber o Número de<br />
Identificação Social (NIS), as famílias dev<strong>em</strong> se cadastrar na prefeitura e possuir renda per capita inferior a R$120,00.<br />
20<br />
Por meio da Resolução Homologatória nº 670, de 24 de junho <strong>2008</strong>.
34<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Gerenciamento pelo Lado<br />
da D<strong>em</strong>anda – GLD<br />
O consumo de energia elétrica exige um volume grande<br />
de investimentos para ser atendido. O comportamento<br />
do consumo ao longo do dia não é constante, podendo<br />
se concentrar <strong>em</strong> alguns momentos do dia e alguns dias<br />
da s<strong>em</strong>ana. A curva de carga do consumo é a expressão<br />
gráfica deste comportamento e, caso ocorra uma concentração<br />
do consumo <strong>em</strong> alguns momentos, o sist<strong>em</strong>a<br />
elétrico t<strong>em</strong> que ser todo dimensionado para atender a<br />
este momento. Isto acarretaria uma redução da eficiência<br />
do investimento e um desperdício de recursos. O gerenciamento<br />
da curva de carga visa evitar este desperdício.<br />
A curva de carga do consumo da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, considerando<br />
os seus mais de 6,5 milhões de consumidores, t<strong>em</strong><br />
como característica o pico máximo aos sábados. Este<br />
fato deve-se à elevada participação dos consumidores<br />
industriais no seu mercado e pela introdução da<br />
Tarifação Horo-Sazonal – THS, que induzia a redução<br />
de consumo desta classe nos horários de pico de dias<br />
úteis por meio da aplicação de tarifas diferenciadas<br />
de consumo de energia elétrica e de d<strong>em</strong>anda de<br />
potência de acordo com as horas de utilização do dia<br />
e dos períodos do ano.<br />
A Tarifação Horo-Sazonal, criada <strong>em</strong> fevereiro de 1998,<br />
deslocou a ponta s<strong>em</strong>anal da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para os sábados,<br />
originalmente dia livre de horário de ponta, que passaram<br />
a registrar d<strong>em</strong>anda 10% superior às d<strong>em</strong>andas<br />
máximas de dias úteis.
Desde o início da aplicação da THS, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> promoveu<br />
a alocação do horário de ponta de seus consumidores<br />
industriais de forma escalonada, utilizando toda a faixa<br />
de horário permitida, para se evitar a coincidência da<br />
saída e retorno dos blocos de carga desligados durante<br />
o horário de ponta. Atualmente, na área de atuação<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, há uma redução contratual superior a 1.290<br />
MW no horário de ponta provocada pela THS. Este valor<br />
elevado de carga industrial sendo desligada chegou a<br />
provocar a ocorrência de cargas mínimas entre 17 e<br />
18 horas, principalmente durante o horário de verão.<br />
Desde 1992, com o objetivo de reduzir a d<strong>em</strong>anda máxima<br />
s<strong>em</strong>anal aos sábados e equalizar a ponta s<strong>em</strong>anal,<br />
foi oferecida a alguns consumidores industriais de consumo<br />
intensivo a opção de adotar<strong>em</strong> o sábado como dia<br />
de modulação <strong>em</strong> troca por outro dia da s<strong>em</strong>ana. Esta<br />
atuação permitiu a redução do pico da d<strong>em</strong>anda máxima<br />
desde então. Em <strong>2008</strong>, estavam nesta situação 24<br />
consumidores industriais que totalizaram uma redução<br />
de 665 MW no sist<strong>em</strong>a da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
O Brasil possui estações climáticas pouco definidas na<br />
região Sudeste, onde se localiza o estado de Minas Gerais<br />
e a área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Nesta região, a<br />
estação chuvosa começa <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro e prolonga-se<br />
até março do ano seguinte, compreendendo parte da<br />
primavera e quase todo o verão. Nesse período, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, a d<strong>em</strong>anda máxima verificada do sist<strong>em</strong>a da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi de 6.932 MWh/h. Por outro lado, a estação<br />
seca é verificada entre os meses de abril e outubro, período<br />
no qual acontec<strong>em</strong> as maiores d<strong>em</strong>andas do sist<strong>em</strong>a.<br />
Em <strong>2008</strong>, foi verificada uma d<strong>em</strong>anda máxima de<br />
7.521 MWh/h, recorde histórico e anual de d<strong>em</strong>anda<br />
horária. Considerando que a carga reduzida de 665 MW<br />
permaneceu constante durante o ano de <strong>2008</strong>, t<strong>em</strong>os<br />
as seguintes reduções percentuais:<br />
REDUÇÃO DA DEMANDA OBTIDA POR MEIO<br />
DE PROGRAMAS DE GLD – CEMIG <strong>2008</strong><br />
Verão Inverno<br />
D<strong>em</strong>anda máxima da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – MWh/h 6.932 7.571<br />
Total reduzido – MWh/h 665 665<br />
% 9,6 8,8<br />
RESULTADOS E SUA DISTRIBUIÇÃO<br />
Resultados Econômico-financeiros<br />
Em <strong>2008</strong>, o lucro líquido consolidado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançou<br />
R$1.887 milhões, o que representa um aumento<br />
de 8,3% se comparado aos R$1.743 milhões do exercício<br />
de 2007. Esse resultado é fruto da eficiência<br />
do Plano Diretor da Companhia e da estratégia a ele<br />
ligada que, focando a sustentabilidade no longo prazo,<br />
confere solidez à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e reafirma sua liderança<br />
no cenário nacional.<br />
Mesmo com a deterioração das condições econômicas<br />
mundiais no segundo s<strong>em</strong>estre de <strong>2008</strong>, a<br />
Companhia manteve seu planejamento econômicofinanceiro,<br />
incluindo investimentos, amortizações de<br />
dívida e pagamento de dividendos a seus acionistas.<br />
Dessa forma, a Companhia continua sua trajetória de<br />
crescimento equilibrado <strong>em</strong> todos os setores. S<strong>em</strong>pre<br />
pautada pela excelência operacional, mitiga riscos e<br />
aproveita todas as sinergias que a integração de seus<br />
negócios possibilita, agregando valor aos seus negócios<br />
e construindo um relacionamento de confiança<br />
com seus stakeholders.<br />
35<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
A contribuição comparativa das <strong>em</strong>presas do Grupo para o lucro líquido consolidado está d<strong>em</strong>onstrada no quadro abaixo:<br />
2007 Participação (%) <strong>2008</strong> Participação (%)<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Controladora (175) -10,0 (189) -10,0<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. 774 44,4 709 37,6<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. 752 43,1 986 52,2<br />
Gasmig 46 2,6 47 2,5<br />
Rio Minas Energia (Light) 148 8,5 129 6,8<br />
Outras 198 11,4 205 10,9<br />
Lucro Líquido Consolidado 1.743 100,0 1.887 100,0<br />
Uma análise extensiva dos resultados econômico-financeiros pode ser acessada pelo website de Relações com<br />
Investidores da Companhia, por meio do link: http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/ptb/s-13-ptb.html.<br />
Distribuição do Valor Agregado<br />
O Valor Econômico Gerado 21 pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> chegou,<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a R$17,5 bilhões, representando um<br />
aumento de 2,7 % <strong>em</strong> relação a 2007 (tabela a<br />
seguir). Embora a Receita Bruta tenha crescido<br />
5%, uma queda de 15% das receitas financeiras<br />
reduziu o efeito desse crescimento sobre o Valor<br />
Econômico Gerado.<br />
36<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
Valor econômico direto gerado<br />
Receitas (1) 14.712 16.996 17.502<br />
Valor econômico distribuído<br />
Custos operacionais (2) 3.614 4.663 5.021<br />
Salários e benefícios de <strong>em</strong>pregados (3) 1.625 1.405 1.599<br />
Pagamentos para provedores de capital (4) 2.815 2.600 2.287<br />
Pagamentos ao Governo (5) 5.667 7.029 7.012<br />
Investimentos na comunidade 54 45 45<br />
Valor econômico acumulado (6) 937 1.254 1.538<br />
Obs.: a distribuíção do Valor Agregado de 2007 foi recalculada devido à reapresentação dos dados contábeis relativos àquele exercício. Notas relativas a <strong>2008</strong>:<br />
(1)<br />
Inclui Receita Bruta + PDD + Prejuízo com Alienação de Ativos + Receita Financeira<br />
(2)<br />
Inclui Insumos Adquiridos de Terceiros (-) Prejuízo com Alienação<br />
de Ativos<br />
(3)<br />
Inclui Custeio Administrativo da Forluz<br />
(4)<br />
Inclui a despesa financeira, os dividendos pagos e participação de minoritários<br />
(5)<br />
Inclui Impostos<br />
Taxas e Contribuições e Imposto Retido<br />
(6)<br />
Todos os anos inclu<strong>em</strong> o Lucro Retido, Depreciação e IR Diferido. Obs.: dados apurados segundo metodologia da<br />
GRI – indicador EC1. Para mais detalhes, ver protocolos da GRI (dimensão econômica EC1) <strong>em</strong> www.globalreporting.org.<br />
Nos últimos três anos, observa-se uma manutenção da<br />
participação percentual dos Pagamentos ao Governo,<br />
<strong>em</strong> torno de 40%, uma gradual elevação dos Custos<br />
Operacionais, que passaram de 25% para 29%,<br />
e no Valor Econômico Acumulado, que passou de 6%<br />
para 9% <strong>em</strong> detrimento dos Salários e Benefícios<br />
de Empregados e dos Pagamentos para Provedores<br />
de Capital.<br />
21<br />
O Valor Econômico Gerado é composto por: Receita Bruta + Provisão par Devedores Duvidosos (PDD) + Prejuízo com a Alienação de Ativos + Receita Financeira.
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2006/<strong>2008</strong><br />
6%<br />
7%<br />
9%<br />
39%<br />
41%<br />
40%<br />
19%<br />
11%<br />
25%<br />
15%<br />
8%<br />
27%<br />
13%<br />
9%<br />
29%<br />
2006 2007<br />
<strong>2008</strong><br />
Valor Econômico Acumulado Pagamentos ao Governo Pagamentos a Provedores de Capital Salários e Benefícios de Empregados Custos Operacionais<br />
INVESTIMENTOS<br />
Foi organizado, no final dos anos 1990, o Comitê<br />
de Priorização do Orçamento, que v<strong>em</strong> atuando na<br />
o retorno mínimo exigido pelo Conselho de Administração<br />
seja atendido.<br />
análise dos projetos de expansão constantes do plano<br />
qüinqüenal de negócios, recomendando à Diretoria<br />
Executiva a execução desses projetos e garantindo que<br />
Os principais investimentos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, líquidos de alienação<br />
de participação societária, foram como segue:<br />
2007 <strong>2008</strong> Var. %<br />
Geração 279 206 (26,2)<br />
Distribuição 861 883 2,6<br />
Transmissão 78 105 34,6<br />
Venda da Way TV (49) - -<br />
Gás e Outros 16 159 893,8<br />
Total 1.185 1.353 14,2<br />
37<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
38<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Geração<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, suas subsidiárias integrais e suas coligadas<br />
possu<strong>em</strong> 58 usinas, sendo 53 hidrelétricas, quatro termelétricas<br />
e uma eólica, com uma capacidade instalada<br />
total de 6.579 MW.<br />
Investimentos <strong>em</strong> Geração<br />
Revitalização do parque gerador da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> realizando amplo programa de revitalização<br />
de suas usinas. O objetivo é restabelecer a vida útil<br />
das plantas, estimada <strong>em</strong> 30 anos pós-revitalização.<br />
O projeto de revitalização inclui a atualização tecnológica<br />
dos sist<strong>em</strong>as de regulação, excitação e proteção,<br />
além das reformas dos geradores e turbinas. A revitalização<br />
das plantas de geração possibilita, além do restabelecimento<br />
da vida útil, aumento da confiabilidade<br />
Empreendimentos<br />
Potência<br />
operativa, maior eficiência da proteção física e elétrica<br />
e melhor resposta às oscilações do sist<strong>em</strong>a.<br />
Em <strong>2008</strong>, foi concluída a revitalização da Usina de Jaguara.<br />
Até 2011 está prevista a conclusão do processo<br />
de revitalização das Usinas de Três Marias, Volta Grande<br />
e Salto Grande. O investimento total previsto das revitalizações<br />
é de R$36 milhões até 2011.<br />
No período de 2009 a 2013, estão previstas as revitalizações<br />
de 4 unidades geradoras da Usina de Volta<br />
Grande e 6 unidades geradoras da Usina de São Simão,<br />
com investimentos previstos de R$46 milhões e R$58<br />
milhões, respectivamente.<br />
Expansão da Geração de Energia Elétrica<br />
Os principais <strong>em</strong>preendimentos com início de operação a<br />
partir de <strong>2008</strong> e <strong>em</strong> construção estão d<strong>em</strong>onstrados abaixo:<br />
Participação<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> %<br />
Investido<br />
até <strong>2008</strong><br />
R$ milhões<br />
Início previsto<br />
da operação<br />
Usina de Baguari 140 MW 34,0 140 2º s<strong>em</strong>/2009<br />
PCHs Dores de Guanhães, Senhora do<br />
Porto, Fortuna II e Jacaré<br />
44 MW 49,0 10 2º s<strong>em</strong>/2009<br />
Usina de Santo Antônio 3.150 MW 10,0 - 1º s<strong>em</strong>/2012<br />
PCH Pipoca 20 MW 49,0 4 1º s<strong>em</strong>/2010
–<br />
–<br />
–<br />
Transmissão<br />
A rede de transmissão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é composta por 4.957<br />
km de linhas de transmissão de extra-alta tensão,<br />
11.676 estruturas b<strong>em</strong> como 37 subestações com total<br />
de 94 transformadores e capacidade de transformação<br />
de 15.506 MVA. A seguir, destacamos os principais investimentos<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />
Aumento da participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na TBE<br />
(Transmissoras Brasileiras de Energia)<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adquiriu, junto com a Alupar Investimentos<br />
S.A., na proporção de 95% e 5%, respectivamente, as<br />
ações que a Brookfield detinha do capital votante das<br />
seguintes <strong>em</strong>presas:<br />
Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A.<br />
EATE (17,16%)<br />
Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A.<br />
ETEP (19,26%)<br />
Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A.<br />
ENTE (18,35%)<br />
–<br />
–<br />
–<br />
–<br />
–<br />
Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A.<br />
ERTE (18,35%)<br />
Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.<br />
ECTE (7,49%)<br />
Sist<strong>em</strong>a de Transmissão Catarinense S.A.<br />
STC (13,51%)<br />
Companhia Transmissora de Energia Elétrica<br />
Lumitrans (13,51%)<br />
Empresa Brasileira de Transmissão de Energia S.A.<br />
EBTE (57,11%)<br />
A conclusão da operação e a efetiva aquisição das<br />
ações pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> estão sujeitas à aprovação da transferência<br />
das ações das <strong>em</strong>presas acima citadas pela<br />
Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, pelo<br />
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />
– BNDES e outros órgãos financiadores.<br />
Investimentos <strong>em</strong> Linhas de Transmissão (LT) – R$ mil<br />
Os principais <strong>em</strong>preendimentos <strong>em</strong> construção estão<br />
d<strong>em</strong>onstrados abaixo:<br />
39<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Empreendimentos<br />
Participação<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> %<br />
Investido<br />
até <strong>2008</strong><br />
R$ milhões<br />
Início previsto<br />
da operação<br />
LT Furnas – Pimenta 51,0 7 2º s<strong>em</strong>/2009<br />
LT Charrúa – Nueva T<strong>em</strong>uco 49,0 34 1º s<strong>em</strong>/2009<br />
LT EBTE 49,0 7 1º s<strong>em</strong>/2010
40<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Distribuição<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. investiu na expansão<br />
do seu sist<strong>em</strong>a elétrico de alta, média e baixa<br />
tensão o montante de R$601,8 milhões. Dentre os programas<br />
executados, destacam-se os seguintes:<br />
Programa Luz para Todos – Universalização<br />
do acesso e uso da energia elétrica<br />
Para a universalização do acesso e uso da energia elétrica,<br />
o Governo Federal instituiu, <strong>em</strong> 2003, o programa<br />
denominado “Luz para Todos”. O mercado atendido<br />
pelo Programa, além dos produtores e estabelecimentos<br />
rurais, abrange as populações atingidas por barragens,<br />
escolas municipais e estaduais, poços de abastecimento<br />
d’água comunitários, assentamentos rurais, comunidades<br />
r<strong>em</strong>anescentes de quilombos e minorias raciais.<br />
Na primeira fase do Programa (finda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), foram<br />
ligadas cerca de 190 mil propriedades rurais, beneficiando<br />
uma população de aproximadamente 855 mil<br />
pessoas. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> executou ligações nos 774 municípios<br />
da sua área de concessão, o que coloca a Companhia<br />
<strong>em</strong> posição de grande destaque na execução do Programa,<br />
entre as concessionárias brasileiras.<br />
Entre meados de 2004 e dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, foram<br />
construídos quase 65 mil km de redes e instalados 116<br />
mil transformadores e 491 mil postes. Além disso, cerca<br />
de 1.700 painéis fotovoltaicos foram instalados <strong>em</strong> lugares<br />
onde não foi possível construir redes convencionais.<br />
Para execução da segunda fase do Programa a partir de<br />
<strong>2008</strong>, foi celebrado com a Eletrobrás um contrato de<br />
financiamento para atendimento a 55 mil beneficiários,<br />
até o final de 2010. Vinte mil ligações serão executadas<br />
via <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, aproveitando-se de projetos e materiais<br />
r<strong>em</strong>anescentes da primeira etapa e 35 mil ligações via<br />
<strong>em</strong>preitada integral.<br />
Projetos de Melhoria da Iluminação Pública – ReLuz<br />
O Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente<br />
– ReLuz, é um programa do Governo Federal, de financiamento<br />
para as prefeituras por meio das concessionárias,<br />
e engloba projetos de melhoria, extensão e<br />
obras especiais de iluminação pública, com previsão de<br />
duração até 2010.<br />
Desde a implantação do Programa ReLuz, <strong>em</strong> 2001, a<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição já realizou a modernização de 215<br />
mil pontos de iluminação pública, <strong>em</strong> 290 municípios,<br />
com investimentos de cerca de R$60 milhões.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram realizados projetos <strong>em</strong> Belo Horizonte,<br />
substituindo as luminárias e lâmpadas a vapor de mercúrio<br />
por conjuntos a vapor de sódio <strong>em</strong> cerca de 20 mil<br />
pontos 22 , com investimentos de R$7 milhões.<br />
Projeto Cresc<strong>em</strong>inas<br />
O Projeto Cresc<strong>em</strong>inas, caracterizado também como um<br />
dos Projetos Estruturadores do Governo do estado, t<strong>em</strong><br />
como principal objetivo a ampliação da disponibilidade<br />
de infra-estrutura de distribuição de energia elétrica<br />
para atendimento ao crescimento do mercado no estado<br />
de Minas Gerais.<br />
Destacam-se no Projeto, as obras de reforço <strong>em</strong> subestações,<br />
linhas e redes de distribuição, compreendendo<br />
um conjunto de 687 km de linhas de distribuição,<br />
11 novas subestações, 101 obras de ampliações <strong>em</strong><br />
22<br />
Para mais detalhes, ver o it<strong>em</strong> Eficiência e Conservação Energética, página 65 do capítulo Dimensão Ambiental.
diversas subestações existentes, 2.052 km de novas<br />
redes de distribuição e melhorias e reforços <strong>em</strong> 2.750<br />
km de redes de média tensão. O conjunto de obras<br />
beneficiará aproximadamente 241 municípios (34%<br />
do total do estado), uma população aproximada de<br />
4 milhões e cerca de 1,1 milhão de consumidores <strong>em</strong><br />
todo o estado.<br />
Estão previstos investimentos da ord<strong>em</strong> de R$759 milhões<br />
para o período 2006 a 2010, sendo que desse<br />
montante já foram completados investimentos de<br />
R$312,6 milhões.<br />
Destacam-se <strong>em</strong> <strong>2008</strong> investimentos da ord<strong>em</strong> de<br />
R$120 milhões <strong>em</strong> linhas de distribuição e subestações<br />
(SE), a energização da SE Igarapé 2, na região<br />
Central, e a conclusão das obras da SE Araçuaí 2,<br />
na região Leste.<br />
Programa de Eletrificação Urbana – Clarear<br />
O Programa Clarear constitui-se de obras de ligação, extensão,<br />
modificação e reforço de rede de distribuição de<br />
média e baixa tensão para atendimento a consumidores<br />
situados <strong>em</strong> área urbana, continuando a manter anualmente<br />
a área urbana da concessão <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> universalizada.<br />
No ano de <strong>2008</strong>, foram atendidos 188.070 consumidores<br />
<strong>em</strong> área urbana com investimentos de R$87 milhões,<br />
com a instalação de 9.467 postes e extensão de<br />
350 km de redes ao sist<strong>em</strong>a elétrico de distribuição.<br />
Planos de Expansão de Alta Tensão<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição realizou no ano de <strong>2008</strong> investimentos<br />
da ord<strong>em</strong> de R$36 milhões <strong>em</strong> expansão da subtransmissão,<br />
além do Projeto Cresc<strong>em</strong>inas, sendo que, deste<br />
montante, R$15 milhões foram investidos <strong>em</strong> linhas de<br />
distribuição de alta tensão e o restante <strong>em</strong> subestações.<br />
41<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
42<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> continuou a estabelecer parcerias e intercâmbios<br />
com universidades, centros de pesquisa e <strong>em</strong>presas.<br />
Tais parcerias visam o desenvolvimento conjunto de<br />
projetos que envolvam desde a pesquisa de tecnologias<br />
de ponta, na forma de protótipos, passando por convênios<br />
para licenciamentos das tecnologias desenvolvidas<br />
até o estabelecimento de centros de excelência tecnológica<br />
para realização de pesquisa básica e aplicada.<br />
Destacam-se, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />
a impl<strong>em</strong>entação de acordo para a construção de quatro<br />
protótipos de veículos movidos exclusivamente a energia<br />
elétrica, o que contribui para as iniciativas mundiais de<br />
aplicação de tecnologias limpas <strong>em</strong> meios de transporte;<br />
a avaliação de negócios sobre a tecnologia de Veículos<br />
Aéreos Não Tripulados – VANT;<br />
o estabelecimento das condições para o pagamento de<br />
royalties à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pela Nansen, decorrentes da comercialização<br />
do medidor fiscal de energia ativa (kWh).<br />
No âmbito dos programas de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel 23 , o portfolio de projetos é composto<br />
por metodologias, softwares, dispositivos e equipamentos<br />
necessários à operação da Companhia, além de pesquisa<br />
de alternativas energéticas. Os valores aportados nos<br />
23<br />
Para mais detalhes, ver itens Estações Ambientais e Pesquisas, página 57, e Energias Alternativas, página 68.
43<br />
projetos, de 2002 a <strong>2008</strong>, alcançam mais de R$81 milhões.<br />
Atualmente, estão <strong>em</strong> andamento 95 projetos, nos<br />
quais foram investidos R$7,2 milhões ao longo de <strong>2008</strong>.<br />
Foi realizado, por meio de consultoria externa, o<br />
levantamento e análise das diversas tecnologias <strong>em</strong> uso<br />
ou <strong>em</strong> desenvolvimento pela Companhia e elaborado<br />
o benchmarking para cada uma. Desse modo, foram estabelecidos<br />
os distanciamentos tecnológicos (gaps) da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas tecnologias de interesse e que servirão como<br />
subsídio à elaboração do Plano Estratégico de Tecnologia.<br />
Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram criados fóruns tecnológicos<br />
permanentes, compostos por especialistas das várias<br />
áreas da Companhia. Esses profissionais deverão atuar<br />
<strong>em</strong> conjunto para a consecução do Plano Estratégico<br />
de Investimentos <strong>em</strong> P&D, b<strong>em</strong> como para a contínua<br />
atualização do mapeamento tecnológico realizado.<br />
O Escritório de Marcas e Patentes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atuou,<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com o Instituto Nacional de Propriedade<br />
Industrial – INPI no registro e acompanhamento de<br />
9 cartas patentes, 44 pedidos de privilégio sobre invenções,<br />
54 marcas e 21 programas de computador.<br />
Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, dois novos pedidos de patente foram<br />
protocolados no INPI, sendo um deles o pedido de<br />
proteção internacional.<br />
ECONÔMICA<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
DIMENSÃO<br />
AMBIENTAL
COMPROMETIMENTO COM O<br />
MEIO AMBIENTE<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma Política Ambiental, publicada desde<br />
1990, da qual constam sete princípios que orientam<br />
as atividades e direcionam os esforços relacionados à<br />
proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável<br />
(http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/meio_ambiente/<br />
infor.asp). Tais princípios são traduzidos <strong>em</strong> ações que<br />
buscam imprimir nos <strong>em</strong>pregados e parceiros a conscientização<br />
para a questão ambiental.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atua <strong>em</strong> seus negócios com foco na responsabilidade<br />
socioambiental, buscando novas soluções<br />
e tecnologias que integr<strong>em</strong> a geração, transmissão e<br />
distribuição de energia elétrica à conservação do meio<br />
ambiente, minimizando os impactos decorrentes de<br />
suas atividades na sociedade. Mais informações sobre<br />
os programas ambientais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pod<strong>em</strong> ser obtidas<br />
no website http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/meio_ambiente/meioambiente.asp.<br />
Relacionamento com a Sociedade<br />
O relacionamento com a sociedade compreende a participação<br />
<strong>em</strong> Conselhos e Comitês de Meio Ambiente e de<br />
Recursos Hídricos, a realização de programas ambientais<br />
e reuniões com órgãos e organizações ambientais,<br />
a participação <strong>em</strong> atividades e s<strong>em</strong>inários e a disponibilização<br />
de informações sobre o meio ambiente.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> patrocinou o S<strong>em</strong>inário Internacional de Sustentabilidade<br />
realizado pelo Instituto Brasileiro de Relações<br />
com Investidores – Ibri e pela Associação dos<br />
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de<br />
Capitais – Apimec-MG, que contou com a presença de<br />
analistas especializados <strong>em</strong> sustentabilidade da Suíça,<br />
da Al<strong>em</strong>anha e do Brasil.<br />
Em parceria com o Cigré-Brasil, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou o III<br />
S<strong>em</strong>inário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade<br />
Social no Setor Elétrico. O evento teve o objetivo<br />
de reunir <strong>em</strong>presas do setor elétrico e lançar discussões<br />
sobre a d<strong>em</strong>anda e oferta de energia, as dificuldades<br />
nas operações de geração e transmissão de energia, e a<br />
necessidade de as <strong>em</strong>presas assumir<strong>em</strong> as responsabilidades<br />
socioambientais.<br />
Com o t<strong>em</strong>a “Sustentabilidade na Arquitetura”, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
participou do S<strong>em</strong>inário Arquitetura Cont<strong>em</strong>porânea,<br />
dentro da programação da Casa Cor Minas Gerais <strong>2008</strong>,<br />
levando conceitos ecológicos, ambientais e de utilização<br />
racional de energia elétrica para um projeto de uma<br />
residência montada na Casa Cor.<br />
Pelo segundo ano consecutivo, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou decoração<br />
de Natal no Edifício-Sede da Companhia voltada<br />
para o t<strong>em</strong>a Sustentabilidade. Foi montado um estande<br />
t<strong>em</strong>ático <strong>em</strong> que o Papai Noel conversava com um pinheiro<br />
falante sobre consumo, biodiversidade e meio<br />
ambiente, divulgando para as crianças conceitos sobre<br />
a preservação da vida no planeta.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participou do 49º Encontro Anual do Banco Interamericano<br />
de Desenvolvimento – BID, <strong>em</strong> Miami, no<br />
mês de abril de <strong>2008</strong>, sendo convidada a montar, no local<br />
do evento, um estande para apresentar as iniciativas<br />
da Companhia <strong>em</strong> termos de energia renovável, fontes<br />
alternativas, eficiência energética e sustentabilidade.<br />
45<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Anualmente, a Abradee realiza pesquisa para medir a<br />
satisfação dos consumidores com as <strong>em</strong>presas. Dentre<br />
os atributos avaliados, destaca-se a preocupação da <strong>em</strong>presa<br />
com o meio ambiente. Nesse atributo, a avaliação<br />
dos consumidores <strong>em</strong> relação à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi de 86,8 pontos,<br />
muito próximo da <strong>em</strong>presa melhor avaliada, que<br />
obteve 87,5 pontos, e b<strong>em</strong> superior à pontuação média<br />
das companhias da região Sudeste, de 80,8 pontos.<br />
EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO DO ATRIBUTO ‘‘EMPRESA PREOCUPADA COM A PRESERVAÇÃO<br />
DO MEIO AMBIENTE’’ NOS ANOS DE 2004 A <strong>2008</strong> (0 A 100 PONTOS)<br />
80,7<br />
85,6<br />
86,2<br />
92,3<br />
86,8<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
46<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Educação Ambiental<br />
Desde 2001, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> parceria com a Fundação Biodiversitas,<br />
desenvolve o Programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> de Educação<br />
Ambiental nas Escolas – O <strong>Terra</strong> da Gente (para mais detalhes,<br />
consultar http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/meio_ambiente/terra_gente/index.htm),<br />
que já cont<strong>em</strong>plou até<br />
<strong>2008</strong>, numa primeira etapa, 364 escolas da região do<br />
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o que corresponde<br />
a 87,7% das escolas da região com alunos do 2º ciclo<br />
do Ensino Fundamental. Mais de 130 mil alunos receberam<br />
materiais pedagógicos especialmente elaborados<br />
para o Programa e mais de 7,8 mil professores foram<br />
treinados nessa etapa. A segunda etapa do Programa,<br />
agora direcionado para a região do Campo das Vertentes<br />
e do Sul de Minas, espera atingir 247 mil alunos de<br />
774 escolas, localizadas <strong>em</strong> 235 municípios da região.<br />
O Programa de Educação Ambiental desenvolvido nas Estações<br />
ambientais e usinas recebeu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 18.127<br />
alunos de diferentes escolas da capital e interior. Durante<br />
essas visitas, foram transmitidas informações sobre<br />
geração de energia e sua relação com o meio ambiente,<br />
b<strong>em</strong> como mensagens sobre o desenvolvimento sustentável<br />
e a necessidade de conservação dos ecossist<strong>em</strong>as.<br />
A edição de <strong>2008</strong> da S<strong>em</strong>ana do Meio Ambiente teve<br />
como t<strong>em</strong>a “O Ano Internacional do Planeta <strong>Terra</strong> e a<br />
Eficiência Energética”. A Organização das Nações Unidas<br />
– ONU elegeu <strong>2008</strong> como o “Ano Internacional<br />
do Planeta <strong>Terra</strong>”, direcionando as ações humanas <strong>em</strong><br />
favor da preservação ambiental, da conservação dos<br />
recursos naturais e da qualidade de vida. Assim, alinhado<br />
com o calendário global, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou seu<br />
evento enfatizando o conceito da <strong>Terra</strong> como a fonte<br />
vital para as necessidades diárias dos seres vivos, para<br />
os alicerces da sociedade e das economias globais, alertando<br />
s<strong>em</strong>pre para o cuidado com os recursos naturais.
Esse evento foi realizado no período de 16 a 27 de<br />
junho de <strong>2008</strong> e contou com a participação de mais de<br />
4.000 estudantes do Ensino Fundamental de 40 escolas<br />
da rede pública, estadual e municipal de Belo Horizonte.<br />
GESTÃO AMBIENTAL<br />
Recursos e Programas<br />
Em <strong>2008</strong>, o valor aplicado <strong>em</strong> meio ambiente foi de<br />
R$70,5 milhões, sendo R$28,3 milhões <strong>em</strong> cuidados e<br />
ações ambientais relacionadas à implantação de novos<br />
<strong>em</strong>preendimentos e R$42,2 milhões na operação e manutenção<br />
de instalações e na realização de estudos e<br />
monitoramentos. Desse total, foram investidos R$476<br />
mil <strong>em</strong> projetos de pesquisa relacionados ao meio ambiente.<br />
A elevação dos recursos aplicados na operação<br />
e manutenção das instalações da Companhia deve-se<br />
à melhoria nos processos de adequação ambiental das<br />
instalações, b<strong>em</strong> como no monitoramento dos programas<br />
ambientais impl<strong>em</strong>entados.<br />
A implantação de novos <strong>em</strong>preendimentos motivou um<br />
aumento significativo de investimentos <strong>em</strong> relação ao<br />
ano anterior, devido principalmente às obras de implantação<br />
das Usinas Hidrelétricas de Baguari e de Santo<br />
Antônio e da Pequena Central Hidrelétrica Cachoeirão.<br />
MEIO AMBIENTE – IMPLANTAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS (R$ MILHÕES)<br />
121,8<br />
47<br />
2004<br />
61,3<br />
2005<br />
38,1<br />
2006<br />
7,3<br />
2007<br />
28,3<br />
<strong>2008</strong><br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
MEIO AMBIENTE – OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (R$ MILHÕES)<br />
42,2<br />
36,8<br />
19,9<br />
24,1<br />
20,0<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong>
48<br />
Com relação aos programas de geração de energia elétrica,<br />
houve avanços na metodologia de segurança de barragens<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com o atendimento integral dos requisitos<br />
de monitoramento das estruturas civis inseridos no Plano<br />
de Segurança de Barragens. Foram elaborados os Planos<br />
de Ação Emergenciais preliminares para o caso de ruptura<br />
de barragens, contendo os fluxogramas de comunicação,<br />
os responsáveis pelas ações de resposta, a forma<br />
de detecção da <strong>em</strong>ergência e o nível de alerta, além de<br />
iniciada a elaboração dos mapas de inundação a jusante.<br />
Foram executadas mais de 100 obras de manutenção de<br />
barragens, de adequação da infra-estrutura de geração e de<br />
adequação ambiental, com ênfase nas obras de reavaliação<br />
e restabelecimento das condições de segurança estrutural<br />
e funcional de barragens e estruturas civis associadas.<br />
Na operação e manutenção de linhas de transmissão, foram<br />
adotadas ações preventivas e corretivas constantes<br />
<strong>em</strong> áreas degradadas por processos erosivos. Em <strong>2008</strong>,<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> manteve o convênio de cooperação com o Instituto<br />
Estadual de Florestas – IEF para apoio ao combate<br />
a incêndios florestais no estado de Minas Gerais.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> recebeu, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, a primeira<br />
Subestação – SE móvel do mundo, cuja finalidade é<br />
atender <strong>em</strong>ergências e manutenções programadas nas<br />
subestações convencionais, agilizando a prestação de<br />
serviços e o atendimento a áreas afetadas pela subestação<br />
defeituosa. A SE móvel é totalmente isolada a<br />
óleo vegetal e t<strong>em</strong> potência de 15 MVA, suficiente para<br />
atender a uma população de aproximadamente 50 mil<br />
habitantes. Ao contrário do óleo mineral isolante, o óleo<br />
vegetal é biodegradável, portanto, sua utilização reduz<br />
significativamente os possíveis impactos ambientais decorrentes<br />
de eventuais vazamentos. Além disso, traz<br />
vantagens técnicas como a redução do risco de incêndio<br />
e o aumento da vida útil do equipamento.<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Na distribuição de energia elétrica, destaca-se o desenvolvimento<br />
de Rede de Distribuição Aérea Isolada<br />
Monofásica – RDIM, uma alternativa que está sendo<br />
adotada pela Companhia para locais densamente arborizados<br />
e com cargas de baixa tensão monofásicas. A<br />
RDIM impede a ocorrência de desligamentos acidentais,<br />
seja por interferência de árvores, descargas atmosféricas<br />
ou animais, permitindo o deslocamento dos animais<br />
pelo cabo entre um poste e outro, s<strong>em</strong> se acidentar<strong>em</strong><br />
com choque elétrico.<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adquiriu para o Programa Luz Para<br />
Todos 5.743 transformadores monofásicos com potências<br />
variando entre 5 kVA e 15 kVA, padronizados com<br />
núcleo de metal amorfo. Esses equipamentos proporcionam<br />
uma redução de até 80% das perdas <strong>em</strong> vazio,<br />
aumentando a eficiência e gerando uma economia anual<br />
de energia calculada <strong>em</strong> 280 MWh, o suficiente para<br />
atender 300 consumidores de baixa renda por um ano.<br />
O banco de dados do Projeto Verde Minas, que consolida<br />
o georreferenciamento das unidades de conservação<br />
localizadas no estado de Minas Gerais, continua<br />
sendo atualizado. Em <strong>2008</strong>, o Instituto Estadual de<br />
Florestas – IEF, órgão ambiental responsável pela<br />
identificação dessas unidades, forneceu à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> os<br />
mapas georreferenciados de novas áreas ambientais<br />
para inclusão no Projeto.<br />
Recursos Hídricos<br />
A estratégia usada pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na gestão dos recursos hídricos<br />
no ano de <strong>2008</strong> foi de manutenção e ampliação de sua<br />
participação nos Conselhos Estadual e Nacional de Recursos<br />
Hídricos e nos Comitês de Bacias Hidrográficas – CBHs<br />
onde a Companhia possui aproveitamento hidrelétrico.<br />
Ao longo do ano de <strong>2008</strong>, foram pagos pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
R$131,4 milhões referentes a Compensação Financeira<br />
pela Utilização de Recursos Hídricos para a Geração de<br />
Energia Hidroelétrica – CFURH, o equivalente a 6,75%<br />
do valor da energia produzida. Desse montante,<br />
R$14,6 milhões (parcela de 0,75% dos 6,75%) foram<br />
destinados exclusivamente à impl<strong>em</strong>entação da Política<br />
Nacional de Recursos Hídricos, ao custeio do Sist<strong>em</strong>a<br />
Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e à preservação,<br />
recuperação e manutenção dos recursos hídricos,<br />
conforme a Lei Federal nº 9.984, de julho de 2000.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> continuou com as ações do Plano de Comunicação<br />
nas comunidades das áreas de influência de seus<br />
reservatórios e com os veículos de comunicação locais,<br />
objetivando apresentar o funcionamento das usinas e a<br />
operação dos reservatórios, principalmente no período<br />
chuvoso, dessa forma criando uma parceria <strong>em</strong>presa-população-imprensa<br />
para troca de informações e atuação<br />
durante eventos críticos.<br />
A Companhia, com o objetivo de manter a população informada,<br />
disponibiliza para a imprensa falada e escrita as<br />
informações atualizadas sobre os reservatórios, sobre o<br />
nível dos rios e quantidade de chuva <strong>em</strong> pontos de controle.<br />
Desde 2003, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> realizando atividades preventivas<br />
contra a presença do mexilhão dourado <strong>em</strong><br />
suas usinas e também promovendo encontros com as<br />
comunidades situadas no entorno dos reservatórios.<br />
Esse molusco afeta a qualidade da água, competindo<br />
por alimentos com algumas espécies de peixes, o que<br />
atinge diretamente a vida da comunidade e o trabalho<br />
dos pescadores. Em <strong>2008</strong>, foram realizados três encontros,<br />
com o objetivo de discutir com a população as<br />
formas de infestação pelo mexilhão dourado nos rios<br />
e reservatórios.<br />
49<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
50<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Novos Empreendimentos<br />
Hidrelétricos<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, participante do consórcio UHE Baguari, <strong>em</strong><br />
parceria com o Grupo Neoenergia e Furnas Centrais<br />
Elétricas, t<strong>em</strong> dado prosseguimento à construção da<br />
Usina Hidrelétrica de Baguari, de 140 MW no município<br />
de Governador Valadares. Estão <strong>em</strong> andamento<br />
as ações ambientais necessárias à implantação do <strong>em</strong>preendimento,<br />
<strong>em</strong> atendimento às exigências do Plano<br />
de Controle Ambiental e o cronograma ambiental. A<br />
obtenção da Licença de Operação da usina está prevista<br />
para 2009.<br />
Foram concluídas as obras de implantação pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
<strong>em</strong> parceria com a Santa Maria Energética, da primeira<br />
usina construída por meio do Programa Minas PCH 24 , a<br />
pequena Central Hidrelétrica – PCH Cachoeirão, localizada<br />
nos municípios de Pocrane e Alvarenga, no Leste<br />
mineiro. Com 27 MW de potência, a PCH obteve a Licença<br />
de Operação com a conclusão dos projetos ambientais<br />
previstos no Plano de Controle Ambiental relativos<br />
à esta etapa do licenciamento ambiental.<br />
24<br />
Para mais detalhes, ver o it<strong>em</strong> Gás e Pequenas Centrais Hidrelétricas, página 68.<br />
Por meio do consórcio Madeira Energia, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está<br />
participando da construção da Usina Hidrelétrica de<br />
Santo Antônio, de 3.150 MW, que será erguida no Rio<br />
Madeira, no estado de Rondônia. As ações socioambientais<br />
necessárias à implantação dessa usina compreenderam,<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, programas de conservação da<br />
flora, resgate da fauna, programas de monitoramento<br />
da ictiofauna, ações de comunicação e programas sociais,<br />
entre outros. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa desse <strong>em</strong>preendimento<br />
com a parcela de 10%, sendo o início da<br />
operação da usina previsto para 2012.<br />
Licenciamento Ambiental<br />
O licenciamento ambiental é conduzido de forma a<br />
assegurar a análise adequada de todos os estudos e<br />
relatórios desenvolvidos e o pronto atendimento aos<br />
órgãos competentes pela questão ambiental. Destaca-se<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a realização de reuniões com as Superintendências<br />
Ambientais Regionais do estado de<br />
Minas Gerais (Suprams) das nove Regionais, com o<br />
objetivo de esclarecer e identificar informações necessárias<br />
para conclusão do Licenciamento Corretivo
nas instalações da Geração e Transmissão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
regularizando os <strong>em</strong>preendimentos de acordo com o<br />
requisito legal.<br />
Em <strong>2008</strong>, a área da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> responsável pelo licenciamento<br />
ambiental da geração e transmissão foi certificada<br />
na ISO 9001:2000 (Sist<strong>em</strong>a de Gestão da Qualidade)<br />
no escopo de Serviço de Licenciamento de Geração<br />
e Transmissão e Consultorias Ambientais <strong>em</strong> Empreendimentos<br />
e Instalações.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> obteve as seguintes licenças ambientais <strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />
licença de operação corretiva (<strong>em</strong>preendimentos<br />
construídos antes da legislação ambiental de<br />
1986) – PCHs Joasal, Paciência e Gafanhoto, Sist<strong>em</strong>a<br />
de Transmissão Leste;<br />
licença de operação da PCH Cachoeirão, que entrou <strong>em</strong><br />
operação no final de <strong>2008</strong>;<br />
autorização ambiental de funcionamento da Usina Eólica<br />
do Morro do Camelinho e de Descarga de Fundo de<br />
todas as PCHs.<br />
Gestão de Materiais e Resíduos<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma área certificada <strong>em</strong> conformidade<br />
com o Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental e da Qualidade, que<br />
é responsável pela triag<strong>em</strong>, separação do material para<br />
reutilização, reaproveitamento, alienação e destinação<br />
final. Em <strong>2008</strong>, foram reciclados ou alienados 6.845<br />
toneladas de materiais e equipamentos, 32% a mais<br />
do que <strong>em</strong> 2007. Dentre os materiais reciclados estão<br />
isoladores de porcelana e lâmpadas. Foram alienados<br />
transformadores, sucatas metálicas de medidores, reatores,<br />
cabos, fios, pneus e baterias. Ressalta-se que os arr<strong>em</strong>atantes<br />
desses materiais e equipamentos atend<strong>em</strong> à<br />
habilitação cadastral da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, conforme requisitos ambientais<br />
e de segurança baseados na legislação vigente.<br />
Além disso, foram tratados e reutilizados, pela própria<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, 130 mil litros de óleo mineral isolante retirados<br />
dos equipamentos elétricos.<br />
Receberam destinação final adequada 754 toneladas de<br />
resíduos, 100% a mais que <strong>em</strong> 2007. A elevação desse<br />
número se deve, principalmente, à substituição de apro-<br />
51<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
52<br />
DIMENSÃO<br />
ximadamente 40% do isolamento térmico da caldeira da<br />
Usina Térmica de Igarapé, o que gerou um maior volume<br />
de resíduos, como lã de vidro, fulig<strong>em</strong>, plástico, sucatas<br />
de alumínio e de ferro.<br />
Foram incineradas 57 toneladas de pequenos equipamentos<br />
contaminados com ascarel, óleo isolante composto por<br />
Bifenila Policlorada (PCB). A legislação brasileira proíbe<br />
comercialização de PCBs desde 1981 e, apesar de permitir<br />
sua utilização <strong>em</strong> equipamentos que ainda estejam <strong>em</strong> operação,<br />
na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> todos os equipamentos de grande porte,<br />
com data de fabricação anterior a 1981, foram retirados<br />
do sist<strong>em</strong>a e encaminhados para incineração <strong>em</strong> 2001. Os<br />
pequenos equipamentos estão sendo identificados, retirados<br />
e encaminhados para incineração.<br />
Foram co-processadas 507 toneladas de resíduos impregnados<br />
e/ou contaminados com óleo (luvas, estopas<br />
e serrag<strong>em</strong>) e 19,2 toneladas de óleo mineral isolante<br />
impróprio para utilização <strong>em</strong> equipamentos elétricos.<br />
As lâmpadas fluorescentes de suas instalações e de<br />
iluminação pública provenientes da área de concessão<br />
da Companhia são recolhidas e encaminhadas para descontaminação<br />
e reciclag<strong>em</strong>. Em <strong>2008</strong>, cerca de 300<br />
mil lâmpadas usadas e 5,4 toneladas de lâmpadas<br />
quebradas foram descontaminadas e recicladas. Foram<br />
encaminhadas também para a reciclag<strong>em</strong> mais de 157<br />
mil lâmpadas incandescentes provenientes da troca do<br />
tipo de iluminação no contexto do Programa Luz para<br />
Todos, que leva eletricidade às comunidades carentes<br />
do estado de Minas Gerais.<br />
No gráfico a seguir, constam os totais de materiais reciclados<br />
ou reutilizados e os resíduos que receberam destinação<br />
final (co-processamento, incineração e aterro licenciado).<br />
TOTAL DE MATERIAIS RECICLADOS OU REUTILIZADOS E DE RESÍDUOS ENCAMINHADOS<br />
PARA DESTINAÇÃO FINAL – 2004/<strong>2008</strong> (TONELADAS)<br />
754<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
477<br />
273<br />
3.145<br />
453<br />
3.518<br />
378<br />
4.685<br />
6.845<br />
1.716<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
Materiais reciclados ou reutilizados<br />
Destinação final adequada de resíduos<br />
O aumento da quantidade de materiais reciclados ou<br />
reutilizados é reflexo da evolução na gestão e no processo<br />
de triag<strong>em</strong> dos materiais ocorrida nos últimos<br />
anos. Considera-se que a alienação é parte do processo<br />
de destinação final de resíduos e/ou materiais e gera<br />
receita, destacando-se que 6.571 das 6.845 toneladas<br />
de materiais foram alienadas, proporcionando uma receita<br />
de R$10,1 milhões para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.
A operacionalização da Impressão Corporativa na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
nos escritórios do Edifício-Sede e Prédio Itambé, ambos<br />
situados <strong>em</strong> Belo Horizonte, possibilitou a padronização<br />
dos serviços de impressão (cópia, fax e digitalização),<br />
por meio da instalação de 76 impressoras com recurso<br />
de impressão frente e verso, possibilitando assim a redução<br />
do consumo de papel <strong>em</strong> 51,8%, no ano de <strong>2008</strong><br />
e, também, a logística de retorno de 98% dos tonners de<br />
impressão para destinação adequada pelo fornecedor.<br />
A campanha de Coleta Seletiva nas maiores instalações<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, localizadas na Região Metropolitana de Belo<br />
Horizonte, proporcionou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> o recolhimento de<br />
cerca de 109 toneladas de material reciclável, sendo 63<br />
toneladas de papel, 31 toneladas de papelão e 15 toneladas<br />
de plástico. Todo esse material foi repassado para<br />
a Organização Não-Governamental – ONG, Associação<br />
dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis<br />
de Belo Horizonte – Asmare.<br />
Consumo de Água<br />
A busca pela redução do consumo de água nas instalações<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está orientada nas áreas por meio de<br />
campanhas de conscientização e acompanhamento de<br />
indicadores.<br />
Visando maior eficiência e redução do consumo de água,<br />
ocorreu a reforma dos 70 banheiros do Edifício-Sede da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com a instalação de 536 peças (incluindo sensores<br />
automáticos e de presenças) que proporcionaram uma<br />
economia de aproximadamente 2.000 m³ de água num<br />
período de três meses (set<strong>em</strong>bro a dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>).<br />
CONSUMO TOTAL DE ÁGUA 2004/<strong>2008</strong> (M 3 )<br />
53<br />
335.921<br />
274.064<br />
292.060<br />
350.913<br />
423.590<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
O gráfico acima exibe o consumo total de água das áreas<br />
operacionais e administrativas ligadas à geração proveniente<br />
de usinas hidrelétricas, transmissão e distribuição<br />
de energia elétrica. O consumo total de água utilizada no<br />
processo industrial nas usinas térmicas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (Igarapé,<br />
Barreiro e Ipatinga) foi de 1.078.370 m 3 <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
Consumo de Energia<br />
O consumo de energia na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> resulta do consumo<br />
total de energia elétrica nas instalações industriais<br />
e escritórios e dos combustíveis utilizados <strong>em</strong> sua<br />
frota de veículos e aeronaves e na Usina Térmica<br />
de Igarapé.
CONSUMO TOTAL DE ENERGIA (GIGAJOULE – GJ) NOS ANOS DE 2004 A <strong>2008</strong><br />
2004 2005 (4) 2006 (4) 2007 <strong>2008</strong><br />
Energia Elétrica (1) 196.826 115.239 121.315 172.295 166.266<br />
Combustíveis (2) 366.250 326.109 301.135 279.978 281.999<br />
Igarapé (3) 256.000 177.000 1.282.800 2.370.000 2.450.000<br />
Total 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265<br />
(1)<br />
Consumo próprio das instalações e escritórios.<br />
(2)<br />
Gasolina, óleo diesel e querosene de aviação da frota da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
(3)<br />
Óleo combustível utilizado na Usina<br />
Térmica de Igarapé.<br />
(4)<br />
Os dados de 2005 e 2006 de consumo de energia elétrica não inclu<strong>em</strong> o consumo das instalações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT.<br />
54<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Ao se avaliar o período 2004/<strong>2008</strong>, ocorreu uma redução<br />
no consumo de energia elétrica de 15,5%, resultado<br />
principalmente da conscientização dos <strong>em</strong>pregados e<br />
dos projetos de efiencientização energética.<br />
A consolidação do Controle Total de Frota – CTF está permitindo<br />
a gestão do processo de abastecimento dos veículos<br />
da Companhia, obtendo-se no período 2004/<strong>2008</strong><br />
uma redução no consumo de combustíveis de 23%.<br />
Além disso, a Política de Renovação e Adequação da<br />
Frota de Veículos adotada pela Companhia estabelece<br />
um teto de cinco anos para a idade média da frota. Em<br />
<strong>2008</strong>, foi aprovado o projeto de locação e gestão de<br />
veículos de carga e de passageiros, totalizando 1.193<br />
veículos a ser<strong>em</strong> substituídos <strong>em</strong> 2009.<br />
A Usina Térmica (UTE) de Igarapé, colocada <strong>em</strong> operação<br />
para atendimento às contingências no sist<strong>em</strong>a<br />
elétrico interligado e, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, para exportação de<br />
energia para Argentina e Uruguai, mais uma vez foi<br />
a principal consumidora de energia na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, sendo<br />
responsável por 84,5% da energia consumida. Com capacidade<br />
instalada de 131 MW, utiliza como insumo<br />
energético óleo combustível e funcionou por 2.985 horas<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui duas usinas térmicas que<br />
utilizam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases<br />
residuais gerados nos processos industriais siderúrgicos.<br />
São elas a Usina Térmica Ipatinga (40 MW) e a Usina<br />
Térmica do Barreiro (12,9 MW), <strong>em</strong> parceria com<br />
duas siderúrgicas integradas, respectivamente, Usinas<br />
Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas e Siderúrgica<br />
Vallourec&Mannessman. Em <strong>2008</strong>, elas consumiram,<br />
juntas, 6.644.967 GJ de insumos energéticos.<br />
Entretanto, essa energia não é contabilizada no cálculo<br />
do Consumo Total de Energia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, pois os combustíveis<br />
utilizados – os gases residuais de processos<br />
industriais – geram energia elétrica para utilização nas<br />
próprias plantas industriais.<br />
Convivência com a<br />
Arborização Urbana<br />
A queda de árvores sobre redes elétricas é a segunda<br />
maior causa de interrupções acidentais da distribuição<br />
de energia, sendo que na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> esses números atingiram<br />
aproximadamente 26 mil ocorrências <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
Diante desse fato, é necessário aprimorar as técnicas<br />
de manejo de árvores urbanas, b<strong>em</strong> como estimular o<br />
plantio de espécies adequadas próximo à rede elétrica.<br />
Para promover uma convivência harmoniosa entre as redes<br />
de distribuição e a arborização urbana, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> rea-
liza podas direcionais, consideradas a técnica mais adequada<br />
para ser utilizada próxima às redes de distribuição<br />
aéreas, e ministra cursos de arboricultura e poda de árvores<br />
para diversas prefeituras do estado de Minas Gerais.<br />
Com o objetivo de estimular o plantio de espécies<br />
apropriadas às condições urbanas, tanto do ponto<br />
de vista ambiental e paisagístico quanto técnico, a<br />
Companhia forneceu às prefeituras 26 mil mudas e<br />
300 kg de s<strong>em</strong>entes adequadas ao plantio próximo a<br />
redes de distribuição.<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> promoveu o II S<strong>em</strong>inário de Manejo<br />
de Arborização Urbana junto a Sist<strong>em</strong>as Elétricos, <strong>em</strong><br />
parceria com a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana<br />
– SBAU e com a International Society of Arboriculture<br />
– ISA. O evento, que contou com a participação de<br />
especialistas nacionais e internacionais, representantes<br />
de prefeituras e de concessionárias de energia elétrica<br />
de todo o país, teve como objetivo discutir e aprimorar<br />
as técnicas de manutenção de árvores junto a redes de<br />
distribuição de eletricidade, a partir do intercâmbio de<br />
informações entre os profissionais dessa área, além de<br />
estreitar o relacionamento entre prefeituras e concessionárias<br />
de energia elétrica.<br />
A Companhia adotou, desde março de 1999, a Rede<br />
de Distribuição Protegida – RDP como seu novo padrão<br />
mínimo de atendimento urbano <strong>em</strong> substituição definitiva<br />
às redes convencionais nuas, tornando-se a primeira<br />
Concessionária do Brasil a adotar a RDP como padrão<br />
mínimo de atendimento urbano.<br />
Atualmente, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui 5.750 km de redes protegidas<br />
e isoladas no sist<strong>em</strong>a primário, representando 17,8% do<br />
total de redes urbanas primárias. Em relação às redes ur-<br />
55<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
56<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
banas secundárias, 23.955 km são de redes isoladas, representando<br />
43,8% do total de redes urbanas secundárias.<br />
Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental<br />
Na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, as áreas pod<strong>em</strong> se certificar <strong>em</strong> Sist<strong>em</strong>a de<br />
Gestão Ambiental – SGA, conforme a Norma NBR ISO<br />
14001:2004, ou adotar um Sist<strong>em</strong>a de Gestão Interno<br />
denominado SGA Nível 1, desenvolvido considerando-se<br />
os princípios e requisitos da Norma NBR ISO 14001.<br />
Possu<strong>em</strong> certificação conforme a NBR ISO 14001:2004<br />
as Usinas Hidrelétricas de Nova Ponte, Itutinga, São<br />
Simão, Miranda e Rosal, a Estação Ambiental de Galheiro,<br />
a Gerência de Usinas do Oeste e a Gerência de<br />
Segurança de Barragens.<br />
São certificadas <strong>em</strong> SGA Nível 1 as seguintes áreas:<br />
geração: UHEs de Camargos, Três Marias, Volta Grande,<br />
Jaguara, Emborcação, Salto Grande e a UTE de Igarapé;<br />
transmissão: Gerências de Operação e Manutenção da<br />
Transmissão do Leste, do Sudeste e do Triângulo;<br />
distribuição: Planejamento, Expansão, Operação e Manutenção<br />
do Norte, Sul e Oeste; Relacionamento Comercial<br />
e Serviços de Ipatinga, João Monlevade, Pouso<br />
Alegre, Montes Claros, Divinópolis e Uberlândia;<br />
materiais, logística e serviços – Logística e Armazenamento<br />
(Centros de Distribuição de Material Jatobá e Centro de<br />
Distribuição Avançado de Igarapé) e a área de Qualidade<br />
de Material e de Fornecedores.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram certificadas conforme a NBR ISO<br />
14001:2004 a Usina Hidrelétrica de Irapé e a Gerência<br />
das Usinas do Leste com o escopo: gestão de operação,<br />
manutenção e administração das usinas da região Leste.<br />
Na área de distribuição de energia elétrica, receberam certificação<br />
conforme NBR ISO 14001:2004 as seguintes áreas:<br />
Gerência de Manutenção da Distribuição Centro, com<br />
o escopo: execução de manutenção de 28 subestações;<br />
Gerências de Relacionamento Comercial e Serviços de<br />
Curvelo e de Ipatinga, abrangendo 11 municípios, com<br />
o escopo: atendimento a clientes <strong>em</strong> agência e por agentes;<br />
ligação de unidades consumidoras; restauração da<br />
iluminação pública; restabelecimento de energia; corte<br />
e religação; manutenção do sist<strong>em</strong>a elétrico <strong>em</strong> redes<br />
de distribuição por meio das atividades de linha viva e<br />
inspeção de rede; construção de redes de distribuição;<br />
Gerência de Planejamento e Expansão Norte, abrangendo<br />
116 municípios, com o escopo: expansão, mapeamento<br />
e cadastro; planejamento do sist<strong>em</strong>a elétrico de<br />
distribuição e gestão econômico-financeira.<br />
Na área de materiais e logística, foi certificado <strong>em</strong> SGA<br />
Nível 1 o Centro de Distribuição Avançado localizado no<br />
município de Governador Valadares.<br />
Com as certificações obtidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a capacidade<br />
instalada de geração de energia certificada nos Sist<strong>em</strong>as<br />
de Gestão Ambiental passou de 5.407 MW para<br />
5.767 MW, o que representa 89% da capacidade instalada<br />
de geração da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. No que se refere às Linhas<br />
de Transmissão acima de 230 kV, atualmente 63% do<br />
parque da Companhia está certificado.<br />
Um aspecto relevante é que todas as unidades da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com interferências no meio ambiente, independent<strong>em</strong>ente<br />
da implantação de um Sist<strong>em</strong>a de Gestão<br />
Ambiental, dev<strong>em</strong> atender a um conjunto de diretrizes<br />
dos “Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental”,
patamar inicial do Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
estabelecido para o controle e a proteção do meio<br />
ambiente, incluindo a avaliação de seus impactos e planos<br />
de ação para correção das questões identificadas.<br />
ESFORÇOS PARA A BIODIVERSIDADE<br />
Estações Ambientais e Pesquisas<br />
As estações ambientais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são áreas utilizadas<br />
para a realização de estudos sobre a fauna e a flora,<br />
atividades de educação ambiental e visitas programadas.<br />
Essas estações ambientais possu<strong>em</strong> mais de 4.000<br />
hectares de áreas protegidas estando distribuídas nas<br />
Reservas Ambientais de Galheiro e de Jacob (ambas Reservas<br />
Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs), de<br />
Volta Grande, de Peti (criada <strong>em</strong> 1983), de Itutinga,<br />
de Machado Mineiro e a área protegida de Taquaril.<br />
Em relação à fauna, na Estação Ambiental de Peti<br />
desenvolve-se, <strong>em</strong> parceria com Instituto Brasileiro do<br />
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –<br />
Ibama, o Projeto Asas – Área de Soltura de Animais<br />
Silvestres, recebendo, recuperando e reintroduzindo<br />
animais provenientes de apreensões realizadas pela<br />
Polícia de Meio Ambiente e Ibama. Em <strong>2008</strong>, foram<br />
recebidos 581 animais de 61 espécies diferentes, a<br />
ex<strong>em</strong>plo do jacu, canário-chapinha, pintassilgo, coleiro,<br />
azulão, trinca-ferro, bigodinho, sabiá-laranjeira, curió,<br />
sabiá-poca, pássaro-preto, arara canindé, canário-daterra,<br />
papa-capim, tiziu, irerê, pato-do-mato, ananaí,<br />
sabiá-barranco, dentre outras. Além dos animais recebidos<br />
nesta estação ambiental, reproduziu também, por<br />
meio do Projeto Profauna, animais das espécies irerê,<br />
pato-selvag<strong>em</strong>, cutia, ananaí, mutum-do-sudeste. Ao<br />
todo, foram liberados 377 animais nas estações ambientais<br />
da Companhia.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> desenvolvendo diversos projetos na área<br />
ambiental dentro do Programa de Pesquisa e Desenvol-<br />
57<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
58<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
vimento P&D, gerenciados pela Agência Nacional de<br />
Energia Elétrica – Aneel, com universidades e instituições<br />
de pesquisas.<br />
Com recursos provenientes do programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel,<br />
seis projetos de P&D relativos a meio ambiente estão<br />
<strong>em</strong> andamento nas áreas de ictiofauna, limnologia e<br />
aspectos ambientais afetos à operação de usinas, sist<strong>em</strong>as<br />
de transposição de peixes e recursos hídricos.<br />
Iniciado <strong>em</strong> 2004, por meio de convênio entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
e Fundação Zoobotânica, o Programa de Monitoramento<br />
do Lobo-Guará visa à preservação do maior canídeo da<br />
América Latina. Por esse programa desenvolveu-se um<br />
Projeto de pesquisa sobre a ecologia do lobo-guará, utilizando<br />
tecnologia de tel<strong>em</strong>etria via satélite na Estação<br />
Ambiental de Galheiro.<br />
Como resultados do Projeto foram identificados 15 lobos<br />
na Estação Ambiental de Galheiro, sendo que quatro<br />
foram monitorados no período de 2004 a <strong>2008</strong> utilizando<br />
a metodologia de Radiotel<strong>em</strong>etria, permitindo<br />
assim estudar o comportamento desses animais, tais<br />
como: alimentação, reprodução e ocupação na Reserva.<br />
Ainda no âmbito do Programa, estão previstas atividades<br />
voltadas para a divulgação do Projeto para a<br />
sociedade, o envolvimento dos proprietários rurais e a<br />
educação ambiental.<br />
Programa para a Ictiofauna (peixes)<br />
Visando assegurar conhecimento e melhoria das práticas<br />
de manejo da ictiofauna das bacias do baixo e médio<br />
rio Grande, rio Araguari e rio Paranaíba, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> iniciou<br />
a contratação das obras do “Centro de Excelência <strong>em</strong><br />
Ictiologia de Volta Grande”, a ser implantado <strong>em</strong> 2010.<br />
Esse Centro t<strong>em</strong> como meta ser referência nacional <strong>em</strong><br />
gestão de recursos pesqueiros, desenvolvendo e transferindo<br />
tecnologia na área para d<strong>em</strong>ais concessionárias de<br />
energia e centros de pesquisa. Pretende-se, com isso,<br />
que os riscos ambientais para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> associados aos<br />
impactos envolvendo peixes se reduzam nos próximos<br />
anos, à medida que formas de manejo mais efetivas<br />
sejam desenvolvidas pelo Centro.<br />
Com o objetivo de repovoar e manter a biodiversidade dos<br />
reservatórios da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e dos rios de Minas Gerais, foram<br />
realizados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com a participação de alunos e representantes<br />
de diversos setores da sociedade, 114 peixamentos<br />
<strong>em</strong> mais de 47 municípios do estado de Minas Gerais.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> produziu e foram soltos cerca de 616 mil alevinos<br />
de diferentes espécies de peixes nativas das bacias<br />
dos rios Grande, Paranaíba e Pardo. Para garantir<br />
essa produção de alevinos e criar oportunidades para<br />
a geração de renda, um sist<strong>em</strong>a de parceria entre a<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e produtores rurais prevê assistência técnica e<br />
fornecimento de larvas por parte da Companhia, que<br />
recebe o equivalente a 50% dos peixes produzidos nos<br />
tanques das fazendas. Em <strong>2008</strong>, a parceria garantiu a<br />
destinação para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> de 234 mil alevinos.<br />
Além dos alevinos produzidos pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, seja <strong>em</strong> suas<br />
estações ambientais ou da parceria com produtores<br />
rurais, foram produzidos e soltos na bacia do rio São<br />
Francisco outros 36.100 alevinos por meio do convênio<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do<br />
São Francisco e Parnaíba – Codevasf, na Estação de<br />
Hidrobiologia e Piscicultura da Usina de Três Marias,<br />
pertencente à Codevasf.
PRODUÇÃO DE ALEVINOS PARA SOLTURA NAS ESTAÇÕES DA CEMIG – 2004/<strong>2008</strong> (MILHARES)<br />
547<br />
719<br />
445<br />
484<br />
616<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
Destaque também para o trabalho realizado com a reprodução<br />
do Jaú (Paulicea lutkeni), espécie ameaçada<br />
de extinção e de valor comercial significativo para os<br />
pescadores. O cultivo e o manejo de populações do Jaú<br />
<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as de cultivo s<strong>em</strong>i-intensivo e outros sist<strong>em</strong>as<br />
artificiais ainda são pouco conhecidos. Em parceria com<br />
universidades, estão sendo desenvolvidos estudos sobre a<br />
história de vida inicial, alevinag<strong>em</strong> e hábito alimentar do<br />
Jaú, que permitirão compreender vários aspectos de sua<br />
biologia, dentre os quais destacam-se os desenvolvimentos<br />
<strong>em</strong>brionários e larval, aspectos de seu crescimento<br />
e mortalidade e as inter-relações na cadeia alimentar.<br />
59<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
60<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Programa Peixe Vivo<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> lançou, desde 2007, o Programa Peixe Vivo<br />
(http://www.portalpeixevivo.com.br/), com o compromisso<br />
de aumentar esforços na busca e implantação<br />
de soluções para evitar/mitigar impactos sobre a ictiofauna<br />
e ampliar os programas de conservação de peixes,<br />
<strong>em</strong> parceria com as comunidades, pescadores e universidades.<br />
Esse programa conta com uma equipe composta<br />
de profissionais das áreas de biologia, engenharia<br />
e comunicação social. A junção dessas áreas permite<br />
desenvolver medidas mais eficientes para prevenção<br />
e mitigação de impactos causados ao meio ambiente<br />
por construções e operação de usinas hidrelétricas.<br />
O Programa realiza, por meio de uma equipe especializada,<br />
o monitoramento sist<strong>em</strong>ático da ictiofauna<br />
a jusante das usinas, <strong>em</strong> procedimentos programados<br />
que possam fornecer risco para a ictiofauna. As informações<br />
geradas nesses monitoramentos subsidiam<br />
as programações das operações nas usinas para que<br />
sejam realizadas com maior segurança ambiental, ou<br />
seja, menos impacto para a ictiofauna.<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou um intenso trabalho de relacionamento<br />
com as comunidades situadas nas bacias<br />
hidrográficas onde a Companhia t<strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos,<br />
no âmbito do Programa Peixe Vivo. O objetivo<br />
foi estabelecer canais de comunicação e envolver os<br />
públicos locais, pesquisadores, órgãos ambientais e<br />
autoridades no desenvolvimento de parcerias, visando<br />
à preservação e melhoria da ictiofauna da região.<br />
Diversas atividades foram desenvolvidas no ano de<br />
<strong>2008</strong> junto com a comunidade, por meio do Programa<br />
Peixe Vivo, dentre elas:<br />
Projetos:<br />
Linha Viva – Criado para ser um contato direto com<br />
a operação da usina para comunicar as alterações<br />
do nível do rio aos ribeirinhos e receber informações<br />
sobre movimentação de cardumes, auxiliando no planejamento<br />
operativo, e d<strong>em</strong>ais d<strong>em</strong>andas;<br />
Tecendo a Rede – Criado para que o público conheça a<br />
usina interagindo com as atividades do Programa Peixe<br />
Vivo. O diferencial deste Projeto é que um representante<br />
do grupo de visitantes passa a ser o orientador<br />
do grupo de visitas seguinte, e assim sucessivamente,<br />
constituindo uma rede de contatos e informações.<br />
Eventos:<br />
peixamentos inéditos nos rios Jequitinhonha e Paraíba<br />
do Sul, além da soltura nas bacias dos rios São Francisco,<br />
Paranaíba, Pardo e Grande;<br />
realização de concursos específicos para crianças,<br />
que receberam material informativo e lúdico, como o<br />
livro virtual Peixinho Dourado;<br />
reedição de duas publicações – os guias de peixes do<br />
rio São Francisco e rio Grande e uma edição especial<br />
da Revista Ação Ambiental, de responsabilidade da<br />
Universidade Federal de Viçosa;<br />
veiculação de um programa de rádio, s<strong>em</strong>analmente,<br />
com 30 edições inéditas <strong>em</strong> rádios da área de abrangência<br />
da Usina de Três Marias;<br />
uma barqueata que reuniu moradores, pescadores e ambientalistas<br />
para a coleta de lixo no rio São Francisco,<br />
onde foram retiradas <strong>em</strong> torno de cinco toneladas de lixo .
S<strong>em</strong>entes e Mudas<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui dois viveiros florestais localizados nas<br />
Estações Ambientais de Itutinga e de Volta Grande e<br />
um laboratório de s<strong>em</strong>entes. A existência desses viveiros<br />
decorre da necessidade de suprir a d<strong>em</strong>anda dos<br />
programas ambientais desenvolvidos pela Companhia.<br />
A produção de mudas é programada <strong>em</strong> função da d<strong>em</strong>anda<br />
própria e de prefeituras, ONGs, órgãos públicos<br />
e instituições de meio ambiente, para utilização <strong>em</strong><br />
programas de proteção ao meio ambiente. Em <strong>2008</strong>, a<br />
produção de mudas aumentou 19% comparativamente a<br />
2007, sendo produzidas 416 mil mudas.<br />
61<br />
PRODUÇÃO DE MUDAS – 2004/<strong>2008</strong> (MILHARES)<br />
415<br />
392<br />
350<br />
416<br />
190<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
Foram coletados, <strong>em</strong> várias regiões do estado de Minas<br />
Gerais, 1.000 kg de s<strong>em</strong>entes de um total de 230<br />
espécies florestais nativas, que foram beneficiadas e<br />
com as quais foram realizados testes de germinação<br />
no Laboratório de S<strong>em</strong>entes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Essas s<strong>em</strong>entes<br />
foram destinadas aos Viveiros Florestais da Companhia<br />
e ao intercâmbio com outras instituições.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram recompostos 48 hectares de matas<br />
ciliares nas margens dos reservatórios da Companhia,<br />
<strong>em</strong> parceria com os produtores rurais interessados.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS<br />
Conforme tabela a seguir, a energia gerada pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é proveniente, basicamente, de fontes renováveis sendo que,<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 98,1% da geração originou-se de fonte hidráulica.<br />
PARQUE GERADOR DA CEMIG EM <strong>2008</strong><br />
Fonte<br />
Capacidade Instalada<br />
Geração – <strong>2008</strong><br />
%<br />
MW<br />
MWh<br />
%<br />
Total <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 6.572 100 33.412.535 100<br />
Hidráulica 6.387 97,2 32.777.313 98,1<br />
Térmica – óleo combustível 131 2,0 204.999 0,6<br />
Térmica – gases de processos (1) 53 0,8 430.186 1,3<br />
Eólica 1 - 37 -<br />
(1)<br />
As UTEs Barreiro e Ipatinga utilizam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases residuais gerados nos processos industriais siderúrgicos.<br />
Obs.: a geração líquida reflete a geração na barra da usina, enquanto no balanço de energia é considerada a geração no centro de gravidade. Para refletir a<br />
geração efetiva no centro de gravidade, é necessário considerar a aplicação das perdas da rede básica.<br />
62<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Portanto, as <strong>em</strong>issões de Gases de Efeito Estufa – GEE<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Escopo 1 resultam de uma usina térmica a<br />
óleo combustível, da frota de veículos e aeronaves da<br />
25<br />
Companhia, e de <strong>em</strong>issões de SF 6<br />
provenientes de<br />
equipamentos instalados <strong>em</strong> redes de distribuição elétrica<br />
e <strong>em</strong> subestações.<br />
As <strong>em</strong>issões de GEE aumentaram devido às <strong>em</strong>issões da<br />
usina térmica a óleo combustível, que representaram 89%<br />
das <strong>em</strong>issões totais. A UTE Igarapé, com capacidade instalada<br />
de 131 MW, opera para atendimento das contingências<br />
do Sist<strong>em</strong>a Elétrico Interligado Brasileiro e, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, operou por 2.985 horas, sendo que parte dessa<br />
operação foi destinada à venda de energia para a Argentina<br />
e Uruguai. As <strong>em</strong>issões de CO 2<br />
26<br />
provenientes da UTE<br />
Igarapé totalizaram 184.571 toneladas de CO 2<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
As <strong>em</strong>issões de CO 2<br />
provenientes da frota de veículos e<br />
aeronaves mantiveram praticamente o valor de 2007,<br />
totalizando 19.368 toneladas de CO 2<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, apresentando<br />
uma redução acumulada de 20% no período<br />
2004/<strong>2008</strong>.<br />
Em <strong>2008</strong>, o total de <strong>em</strong>issões de CO 2<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> representou<br />
207.657 toneladas, e o valor de intensidade de <strong>em</strong>issões<br />
foi igual a 6,21 kgCO 2<br />
eq/MWh, considerado muito<br />
abaixo da média das <strong>em</strong>presas com base na geração<br />
térmica. Se comparada a uma <strong>em</strong>presa fictícia do setor<br />
elétrico, constituída <strong>em</strong> partes iguais de usinas a carvão<br />
mineral, gás natural e óleo combustível, a intensidade<br />
de <strong>em</strong>issão de CO 2<br />
, dessa seria de 750 kgCO 2<br />
/MWh 27 28 .<br />
As <strong>em</strong>issões de GEE Escopo 2 na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são provenientes<br />
exclusivamente do consumo de energia<br />
elétrica utilizada <strong>em</strong> suas instalações industriais e<br />
escritórios, proveniente do Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional<br />
(SIN) 29 . A elevação das <strong>em</strong>issões <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />
foi <strong>em</strong> decorrência da elevação do fator de <strong>em</strong>issão,<br />
que passou de 0,0293 ton CO 2<br />
/MWh <strong>em</strong> 2007 para<br />
0,0484 ton CO 2<br />
/MWh <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
25<br />
Hexafluoreto de enxofre: gás utilizado <strong>em</strong> equipamentos da indústria de eletricidade 26 Gás carbônico ou dióxido de carbono<br />
27<br />
Fatores de <strong>em</strong>issão por energético, <strong>em</strong> kgCO 2<br />
/<br />
TJ: gás natural (56.100 kgCO 2<br />
/TJ); óleo combustível (73.300 kgCO 2<br />
/TJ); carvão mineral (98.300 kgCO 2<br />
/TJ) Fonte de referência: 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse<br />
Gas Inventories<br />
28<br />
Considerou-se nos cálculos o rendimento médio para geração de energia elétrica: gás natural (40%); óleo combustível (35%); carvão mineral (35%).<br />
29<br />
A <strong>em</strong>issão dos gases de efeito estufa nesta atividade é dada por fatores de <strong>em</strong>issão desenvolvidos pelo coeficiente de uso dos combustíveis fósseis na produção de energia elétrica do<br />
“grid” nacional do sist<strong>em</strong>a elétrico nacional interligado (SIN), principalmente pela atividade das usinas termoelétricas. Para os fatores de <strong>em</strong>issão Escopo 2, foram utilizados os dados<br />
fornecidos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e <strong>2008</strong>. Para os anos de 2004 e 2005, foi utilizado para os fatores de <strong>em</strong>issão do ano de 2006.
Na Tabela abaixo encontram-se as <strong>em</strong>issões atmosféricas de dióxido de carbono equivalente (CO 2<br />
), dióxido de enxofre<br />
(SO 2<br />
) e óxido de nitrogênio (NO X<br />
) da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, no período 2004/<strong>2008</strong>.<br />
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DE CO 2<br />
, SO 2<br />
E NO X<br />
Ano 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />
Emissões diretas de Gases de Efeito Estufa – GEE<br />
Escopo 1 (toneladas equivalentes de CO 2<br />
) (1) (2) 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657<br />
Emissões indiretas de Gases de Efeito Estufa – GEE<br />
Escopo 2 (toneladas equivalentes de CO 2<br />
) (3) 1.766 1.034 1.088 1.402 2.235<br />
Emissões de SO 2<br />
(toneladas) 48,5 32,3 241,1 1431,2 1382,4<br />
Emissões de NOx (toneladas) 34,8 30,1 81,1 607,4 422,4<br />
(1)<br />
A conversão e padronização de unidades para toneladas CO 2<br />
eq. foram feitos com base na metodologia proposta pelo GHG Protocol<br />
(2)<br />
Para os limites do inventário, foram consideradas<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Companhia Energética de Minas Gerais S.A., <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. Os fatores de <strong>em</strong>issão de combustíveis foram atualizados para<br />
todos os anos do inventário para fi ns comparativos. Foram utilizados os seguintes fatores de <strong>em</strong>issão: Gasolina (22% – 25% de etanol): 2,17 kg de CO 2<br />
/L, Diesel: 2,68 kg/L; fonte<br />
de referência: US EPA: Inventory of US GHG Emissions and Sinks: 1990 – 2005 Querosene de aviação: 3150 kg CO 2<br />
/t; fonte: IPCC, 2006.<br />
(3)<br />
Os fatores de <strong>em</strong>issão para Escopo 2<br />
foram utilizados do Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e <strong>2008</strong>. Para os anos de 2004 e 2005, foram utilizados o fator de <strong>em</strong>issão do ano de 2006.<br />
As <strong>em</strong>issões de dióxido de enxofre (SO 2<br />
) e óxido de<br />
nitrogênio (NO X<br />
) 30 são provenientes da queima de combustíveis<br />
por usinas térmicas. Em <strong>2008</strong>, essas <strong>em</strong>issões<br />
foram inferiores a 2007, justificado, principalmente,<br />
pelo aumento da eficiência energética da Usina Térmica<br />
de Igarapé, que reduziu o consumo específico de óleo<br />
combustível utilizado na usina (tonelada de óleo/MWh<br />
gerado) e, <strong>em</strong> conseqüência, as <strong>em</strong>issões específicas de<br />
CO 2<br />
, SO 2<br />
e NO X<br />
. A UTE Igarapé foi responsável por 65% e<br />
71% das <strong>em</strong>issões totais de SO 2<br />
, e NO X<br />
, respectivamente.<br />
30<br />
O SO 2<br />
e NO X<br />
são gases causadores de chuva ácida.<br />
Inserida no contexto de oportunidades relacionadas a<br />
mudanças climáticas e alinhada com os esforços mundiais<br />
de redução dos Gases de Efeito Estufa, encontra-se<br />
<strong>em</strong> operação a Usina Térmica do Barreiro – UTE Barreiro,<br />
com a produção de energia elétrica a partir de gases de<br />
processo industrial de uma siderúrgica. Embora seja detentora<br />
de 100% dos ativos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> cedeu os créditos<br />
de carbono auferidos por esse projeto para a <strong>em</strong>presa<br />
siderúrgica Vallourec&Mannessman, que é a fornecedora<br />
do combustível usado na usina (gases de processos).<br />
63<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
64<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
A UTE Barreiro possui seu projeto aprovado no Mecanismo<br />
de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo<br />
de Kyoto, já registrado no Comitê Executivo do UNFCCC<br />
– United Nations Framework Convention on Climate<br />
Change (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre<br />
Mudanças Climáticas), e já obteve os CERs – Certified<br />
Emission Reductions (Certificados de Redução de Emissões<br />
– CREs) por meio do projeto registrado na UNFCCC<br />
sob o nome Project 0143 – UTE Barreiro S.A. Renewable<br />
Electricity Generation Project (Projeto UTE Barreiro de<br />
Geração de Energia a partir de Fonte Renovável). Para<br />
mais detalhes, favor acessar: http://cdm.unfccc.int/<br />
projects/DB/DNV-CUK1134505349.88/view.html 31 .<br />
Em <strong>2008</strong>, a Efficientia, <strong>em</strong>presa de serviços pertencente<br />
à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> que atua na área de soluções energéticas,<br />
iniciou o desenvolvimento de um projeto de obtenção de<br />
créditos de carbono dentro do ambiente do MDL. Tratase<br />
de um projeto de co-geração de energia que utiliza<br />
gás de alto-forno. O projeto já possui seu documento<br />
de concepção publicado na página de internet da UN-<br />
FCCC http://cdm.unfccc.int/projects/validation/DB/<br />
EZW11ESY15ECD7DZWI09D9AV533UF1/view.html e<br />
está atualmente <strong>em</strong> fase de validação por uma Entidade<br />
Operacional Designada (EOD).<br />
Cabe destacar, no âmbito das Pequenas Centrais Hidrelétricas,<br />
que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e seus sócios nas SPEs – Sociedades<br />
de Propósito Específico Privadas – assinaram<br />
com a Carbotrader, <strong>em</strong>presa especializada no setor,<br />
contratos para o desenvolvimento de projetos de MDL<br />
– para as PCHs Cachoeirão (27 MW), Dores de Guanhães<br />
(12 MW), Senhora do Porto (14 MW), Fortuna<br />
II (9 MW) e Jacaré (9 MW). Os projetos estão <strong>em</strong><br />
fase final de elaboração do Documento de Concepção<br />
do Projeto (DCP).<br />
Além disso, as medidas adotadas pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para contribuir<br />
para a redução das <strong>em</strong>issões de gases de efeito<br />
estufa compreend<strong>em</strong> ainda programas de eficiência e<br />
conservação energética, energia solar, pequenas centrais<br />
hidrelétricas e pesquisa de energias alternativas.<br />
Foram identificados e inventariados todos os projetos<br />
implantados, <strong>em</strong> desenvolvimento e <strong>em</strong> estágio de estudos,<br />
que pod<strong>em</strong> participar do MDL e que, ao mesmo<br />
t<strong>em</strong>po, representam potenciais geradores de créditos<br />
de carbono para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e suas <strong>em</strong>presas coligadas.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma metodologia que permite a avaliação<br />
prévia de viabilidade técnico-econômica de um<br />
novo <strong>em</strong>preendimento da Companhia, considerando-se<br />
a elegibilidade e a quantificação das <strong>em</strong>issões evitadas<br />
com base nas metodologias aprovadas pelo IPCC de potenciais<br />
projetos de MDL. Pretende-se possibilitar que as<br />
diversas áreas da Companhia, assim como suas subsidiárias<br />
e coligadas possam, no momento da concepção<br />
de um novo projeto, adotar uma avaliação que leve <strong>em</strong><br />
consideração o MDL <strong>em</strong> suas análises de viabilidade e<br />
tomada de decisão.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa de fóruns e grupos de trabalho, entre<br />
os quais o fórum de Mudanças Climáticas do Estado de<br />
Minas Gerais e a Câmara Técnica de Energia e Mudanças<br />
do Clima – CTClima do Conselho Empresarial Brasileiro<br />
para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> respondeu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, ao questionário do Carbon<br />
Disclosure Project 6, relatório global formulado mundial-<br />
31<br />
Para mais informações sobre MDL, UNFCCC e assuntos relacionados a mudanças climáticas, acesse www.unfccc.int, www.ipcc.ch e www.mct.gov.br.
32<br />
Considerou-se o fator de <strong>em</strong>issão brasileiro de 0,0484 ton C0 2<br />
eq./MWh.<br />
mente por investidores institucionais com o objetivo de<br />
apurar e divulgar informações das <strong>em</strong>presas sobre suas<br />
políticas de mudanças climáticas e estratégias para reduzir<br />
riscos ambientais <strong>em</strong> seus processos. As respostas<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, disponíveis <strong>em</strong> português e inglês, pod<strong>em</strong> ser<br />
encontradas no seguinte endereço: http://v2.c<strong>em</strong>ig.<br />
infoinvest.com.br/ptb/3800/CDP6_c<strong>em</strong>ig_port.pdf.<br />
Eficiência e Conservação Energética<br />
Os recursos destinados a projetos de eficiência energética<br />
representaram, no ano de <strong>2008</strong>, R$23,5 milhões e<br />
refer<strong>em</strong>-se ao Programa de Eficiência Energética – PEE<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel. Proporcionaram redução no consumo de<br />
energia de 56.278 MWh/ano e redução na d<strong>em</strong>anda de<br />
ponta de 12,8 MW. Com esses programas, conseguiu-se<br />
uma redução na <strong>em</strong>issão de gases de efeito estufa de<br />
2.723 ton CO 2<br />
eq. 32 de forma indireta, uma vez que os<br />
programas foram realizados <strong>em</strong> instalações de terceiros.<br />
A energia que foi economizada é capaz de abastecer<br />
aproximadamente 39 mil residências com consumo<br />
médio de 120 kWh/mês.<br />
Um dos projetos do Programa que teve continuidade<br />
neste ano foi o “Aquecimento de Água com Energia Solar<br />
<strong>em</strong> Conjuntos Habitacionais”, por meio da parceria<br />
iniciada <strong>em</strong> 2002 entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e a Companhia Habitacional<br />
do Estado de Minas Gerais – Cohab e a Secretaria<br />
de Estado do Desenvolvimento Regional e Política<br />
Pública – Sedru. Neste ano, foram instalados 1.098<br />
coletores solares de pequeno porte <strong>em</strong> 7 cidades do estado<br />
de Minas Gerais, que proporcionaram uma redução<br />
no consumo de energia de 812 MWh/ano e de d<strong>em</strong>anda<br />
de 549 kW, com investimentos de R$2,5 milhões.<br />
Foram realizados 30 diagnósticos energéticos <strong>em</strong> hospitais<br />
de grande porte, o que resultou <strong>em</strong> um potencial de<br />
instalação total de 5.000 m 2 <strong>em</strong> placas coletoras. Esses<br />
sist<strong>em</strong>as serão impl<strong>em</strong>entados nos próximos dois anos<br />
65<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
66<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
e proporcionarão uma redução no consumo de energia<br />
de 3.000 MWh/ano e de d<strong>em</strong>anda de 2.200 kW, com<br />
investimentos de R$8,7 milhões.<br />
O Projeto Conviver, iniciado <strong>em</strong> 2006, para orientar<br />
os clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência<br />
energética está voltado para as comunidades populares<br />
da Região Metropolitana de Belo Horizonte e conta com<br />
o trabalho de agentes de relacionamento comunitário.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram doados 2.000 refrigeradores e 2.000<br />
kits recuperadores de calor para chuveiro elétrico. Essas<br />
ações proporcionaram economia de 2.156 MWh/ano no<br />
consumo e redução 900 kW na d<strong>em</strong>anda de energia,<br />
com investimentos de R$6,7 milhões. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou<br />
toda a logística das doações (recebimento, custeio, armazenamento,<br />
registro fiscal/contábil e distribuição).<br />
Outro projeto do Programa de Eficiência Energética (PEE)<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel é o “<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas Escolas – Procel”, que<br />
é um programa de educação ambiental utilizado como<br />
canal de comunicação para levar aos professores e alunos<br />
dos Ensinos Fundamental e Médio as questões de<br />
combate ao desperdício de energia elétrica, proteção ao<br />
meio ambiente e segurança no manuseio com energia.<br />
São disponibilizados gratuitamente os materiais didáticos/pedagógicos<br />
para as escolas cont<strong>em</strong>pladas.<br />
Em <strong>2008</strong>, todos os levantamentos e aquisições foram<br />
realizados, e até 2011 serão capacitados 9 mil professores,<br />
que treinarão 700 mil alunos de 1.000 escolas,<br />
com investimentos previstos de R$4,5 milhões.<br />
O Programa Integração Eficiente Sustentável – IES,<br />
que t<strong>em</strong> como objetivo propagar os conceitos de edu-
cação sustentável, com o foco na capacitação, difusão<br />
da cultura da eficiência e integração sustentável, v<strong>em</strong><br />
atuando como uma agência na estruturação de núcleos<br />
de integração nas comunidades regionais. Está impl<strong>em</strong>entando<br />
três iniciativas: Projeto Roteiro da Eficiência<br />
(Formação de Multiplicadores <strong>em</strong> Hotéis Fazenda);<br />
Projeto Comunidade Eficiente (Ensino e Distribuição de<br />
Equipamentos <strong>em</strong> Comunidades Rurais); Projeto Ensine<br />
(Ensino Sustentável e Integração de Núcleos de Eficiência,<br />
para escolas rurais).<br />
Para a impl<strong>em</strong>entação dos projetos de eficiência energética<br />
no setor rural, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conta com sua unidade denominada<br />
Fazenda Energética, localizada <strong>em</strong> Uberaba,<br />
no Triângulo Mineiro. Em <strong>2008</strong>, a Fazenda Energética<br />
promoveu 13 eventos visando à conscientização sobre a<br />
importância do uso eficiente da energia <strong>em</strong> prol do desenvolvimento<br />
sustentável, onde participaram 569 pessoas.<br />
Destaca-se também o projeto de substituição dos sist<strong>em</strong>as<br />
de irrigação do Distrito de Irrigação de Jaíba (DIJ),<br />
no Norte de Minas, onde serão instalados 1.044 sist<strong>em</strong>as,<br />
dos quais 89 já foram substituídos <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />
mediante um investimento total de R$13,7 milhões,<br />
com recursos do Programa de Eficiência Energética<br />
(PEE) da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Aneel. Os novos sist<strong>em</strong>as de irrigação<br />
são totalmente automatizados e mais eficientes,<br />
proporcionando uma economia de energia de até 55%<br />
e da água utilizada na irrigação de até 45%, gerando<br />
ainda redução no valor da fatura mensal, que engloba<br />
água e luz.<br />
Esta iniciativa proporcionará uma economia de quase 9<br />
mil MWh no consumo e redução de mais de 2,7 mil kW<br />
na d<strong>em</strong>anda de energia, e representa uma inovação entre<br />
os programas de eficiência energética voltados para<br />
a população de baixa renda realizados <strong>em</strong> todo o país,<br />
pois irá atender colonos de áreas irrigadas coletivas,<br />
que depend<strong>em</strong> da agricultura para geração de renda.<br />
No Projeto de Melhoria da Iluminação Pública – ReLuz,<br />
financiado pela Eletrobrás, <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram realizados<br />
<strong>em</strong> Belo Horizonte projetos de substituição de luminárias<br />
e lâmpadas a vapor de mercúrio por conjuntos a vapor<br />
de sódio, com investimentos de R$7 milhões. Foram<br />
substituídos cerca de 20 mil pontos, com redução anual<br />
de 700 kW de d<strong>em</strong>anda e 3.000 MWh de energia.<br />
Desde a implantação do Programa ReLuz, <strong>em</strong> 2001, a<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> já realizou a modernização de 215 mil pontos de<br />
iluminação pública <strong>em</strong> 290 municípios, com investimentos<br />
de cerca de R$60 milhões, levando a uma redução<br />
anual de 6.700 kW de d<strong>em</strong>anda e 29.000 MWh no<br />
consumo de energia.<br />
A Efficientia S.A., <strong>em</strong>presa de serviços pertencente à<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, atuando na área de soluções energéticas, realiza<br />
projetos de eficiência energética <strong>em</strong> indústrias,<br />
órgãos públicos e <strong>em</strong>presas. A Efficientia foi certificada,<br />
no ano de 2006, conforme a NBR ISO 9001:2004,<br />
sendo a primeira <strong>em</strong>presa brasileira de Esco – Energy<br />
Service Company (Empresa de Serviços <strong>em</strong> Energia) a<br />
ser certificada. Dentre os trabalhos desenvolvidos <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, destaca-se a impl<strong>em</strong>entação de uma planta de<br />
co-geração com capacidade de geração total de 6 MW,<br />
que utiliza o gás residual de alto-forno de uma usina<br />
siderúrgica. A energia total gerada pela planta será de<br />
37.000 MWh/ano.<br />
67<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
68<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Além disso, a Efficientia finalizou a implantação de<br />
cinco projetos de eficiência energética nas áreas de<br />
iluminação, refrigeração e modernização de plantas<br />
industriais, economizando mais de 3 mil MWh/ano de<br />
energia elétrica.<br />
A economia de energia gerada por estes projetos ultrapassou<br />
os 40 mil MWh/ano, o que corresponde ao<br />
consumo anual de 29,8 mil residências com consumo<br />
médio de 120 kWh/mês e representa uma redução de<br />
<strong>em</strong>issões anual de aproximadamente 2 mil toneladas<br />
equivalentes de CO 2<br />
.<br />
Gás e Pequenas<br />
Centrais Hidrelétricas<br />
A Gasmig é uma <strong>em</strong>presa pertencente à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e à<br />
Gaspetro, <strong>em</strong>presa da Petrobras, e t<strong>em</strong> como objetivo<br />
potencializar os benefícios do uso do gás natural. Por<br />
meio do fornecimento de gás natural para indústrias e<br />
veículos automotores, a Gasmig proporciona a substituição<br />
de combustíveis mais poluentes pelo gás natural.<br />
O Programa Minas PCH, promovido pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, t<strong>em</strong><br />
como objetivo ampliar o parque gerador da Companhia<br />
por meio da implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas<br />
(PCHs) no estado de Minas Gerais, visando<br />
desenvolver projetos de geração, alavancando assim<br />
o desenvolvimento de mercados regionais no estado.<br />
A implantação e exploração das PCHs se faz por Sociedades<br />
de Propósito Específico – SPEs privadas, tendo<br />
como acionistas <strong>em</strong>presas autorizadas pela Aneel, investidores<br />
e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (com participação de até 49%). A<br />
comercialização da energia é feita por meio de contrato<br />
de venda que será firmado entre a SPE e o consumidor.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> criou <strong>em</strong> Itajubá um Núcleo de Excelência <strong>em</strong><br />
PCHs e v<strong>em</strong> trabalhando para ampliar o número dessas<br />
usinas com o auxílio do Programa Minas PCH, que pretende<br />
adicionar ao parque gerador mineiro 400 MW nos<br />
próximos anos. Assim, a Companhia já está construindo<br />
seis PCHs, perfazendo um total de 91 MW e investimentos<br />
da ord<strong>em</strong> de R$380 milhões. Encontram-se <strong>em</strong> fase<br />
de estudos de engenharia e estruturação de negócio<br />
mais 20 PCHs, com potência total instalada de 304 MW.<br />
ENERGIAS ALTERNATIVAS<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> investido <strong>em</strong> projetos de utilização de<br />
fontes de energia renováveis, com destaque para biomassa,<br />
pequenas centrais hidrelétricas, energia solar e<br />
geração eólio-elétrica. Adicionalmente, t<strong>em</strong> investido<br />
<strong>em</strong> projetos de uso racional da energia, co-geração e<br />
geração distribuída.<br />
Biomassa<br />
No âmbito do Programa Mineiro de Incentivo ao Desenvolvimento<br />
do Setor Sucroalcooleiro, foram firmados<br />
protocolos de intenções com as usinas de açúcar e álcool<br />
que pretend<strong>em</strong> se instalar <strong>em</strong> Minas Gerais, sendo<br />
signatários o estado de Minas Gerais, a Secretaria de<br />
Estado de Desenvolvimento Econômico – Sede, o Banco<br />
de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, o Instituto<br />
de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais – Indi<br />
e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
No final de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> tinha celebrado parcerias<br />
com 8 <strong>em</strong>presas, sendo 2 pela celebração de m<strong>em</strong>orando<br />
de entendimentos e 6 por meio de acordos de<br />
confidencialidade.
Além disso, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pesquisa, <strong>em</strong> parceria com universidades<br />
e centros de pesquisa, a viabilização de projetos<br />
de geração de energia utilizando a biomassa. Um<br />
marco importante foi o desenvolvimento e construção,<br />
com tecnologia nacional, do primeiro motor Stirling acoplado<br />
diretamente a uma fornalha para queima de cavacos<br />
de madeira. Essa instalação experimental permite<br />
a geração de 9 kW de energia elétrica com a queima<br />
direta de biomassa. Os projetos continuam com a d<strong>em</strong>onstração<br />
das tecnologias de microturbinas, co-geração<br />
com chiller de absorção e gaseificação de biomassa.<br />
Energia Solar<br />
Os trabalhos pioneiros da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na área de energia<br />
solar, tanto <strong>em</strong> sua forma fotovoltaica quanto sob a<br />
forma solar térmica, utilizando coletores planos e concentradores<br />
solares, t<strong>em</strong> ajudado a criar alternativas de<br />
oferta de energia e de aumento de eficiência para consumidores<br />
no estado de Minas Gerais. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, entre<br />
2006 e 2007, instalou energia fotovoltaica <strong>em</strong> 1.667<br />
residências para atender ao Programa Luz para Todos.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram substituídos 250 desses sist<strong>em</strong>as por<br />
novas unidades. Foram também instalados e interligados<br />
à rede quatro geradores de 3 kWp de potência, sendo<br />
um deles na PUC/MG, <strong>em</strong> Belo Horizonte, e outro na<br />
Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (EFAP) <strong>em</strong> Sete Lagoas. O sist<strong>em</strong>a fotovoltaico<br />
de microgeração distribuída da Efap está alimentando o<br />
Núcleo de Energia Solar Fotovoltaica, com previsão de<br />
geração <strong>em</strong> torno de 6 MWh/ano.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> continua investindo <strong>em</strong> projetos de P&D para<br />
purificação do silício metalúrgico existente <strong>em</strong> Minas<br />
Gerais e desenvolvimento de células fotovoltaicas de<br />
baixo custo. Outra iniciativa da Companhia refere-se à<br />
pesquisa e experimentações relativas ao uso de energia<br />
solar térmica para produção de energia elétrica por<br />
meio de termelétricas solares, utilizando concentradores<br />
cilíndrico-parabólicos, e para aquecimento de água<br />
de forma centralizada, utilizando coletores solares planos<br />
(calor distrital para comunidades de baixa renda).<br />
Energia Eólica<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi a primeira companhia do país a operar usinas<br />
eólicas, com a construção da Usina Morro do Camelinho,<br />
<strong>em</strong> 1994, que também foi a primeira a fornecer<br />
energia para o sist<strong>em</strong>a elétrico nacional.<br />
69<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
70<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Foi efetuado levantamento do potencial eólio-elétrico<br />
de alguns sítios promissores no estado de Minas Gerais<br />
e iniciado um projeto de pesquisa e desenvolvimento de<br />
geradores eólio-elétricos de pequeno porte adaptados a<br />
instalações <strong>em</strong> regiões montanhosas, com potencial de<br />
atendimento a localidades r<strong>em</strong>otas.<br />
Em fevereiro de 2009, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adquiriu 49% de participação<br />
societária <strong>em</strong> três parques eólicos de propriedade<br />
da Energimp S.A. localizados no Ceará: Central Eólica<br />
Praias de Parajuru (28,8 MW), no município de Beberibe<br />
(a 110 km de Fortaleza), Central Eólica Praia<br />
do Morgado (28,8 MW) e Central Eólica Volta do Rio<br />
(42,0 MW), ambas no município de Acaraú (a cerca de<br />
250 km de Fortaleza), totalizando 99,6 MW de potência<br />
instalada. O investimento será de R$213 milhões.<br />
A conclusão da operação e a efetiva aquisição das ações<br />
pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> estarão sujeitas à aprovação da Agência Nacional<br />
de Energia Elétrica – Aneel, da Caixa Econômica Federal<br />
e da Eletrobrás. Além disso, a operação será notificada<br />
ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade.<br />
Resíduos Sólidos<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> buscando viabilizar oportunidades de geração<br />
de energia a partir de resíduos sólidos urbanos.<br />
Para isso, foi iniciada a elaboração de um estudo técnico<br />
sobre as principais tecnologias comerciais e dos<br />
fornecedores, com levantamento das características<br />
gerais, aplicação da tecnologia e custos de referência<br />
para a implantação de usinas para geração de energia<br />
a partir de resíduos, incluindo exploração de aterros<br />
sanitários e geração de energia a partir de resíduos de<br />
poda de árvores.<br />
Biodiesel<br />
A Companhia v<strong>em</strong> trabalhando, junto com outros órgãos<br />
do estado e centros de pesquisas, para a consolidação<br />
da tecnologia de produção do biodiesel <strong>em</strong> Minas Gerais,<br />
com a utilização da identificação das vocações<br />
regionais para a cultura de oleaginosas, da construção<br />
de uma planta-piloto de pequeno porte para produção<br />
experimental desse combustível e também da implantação<br />
de infra-estrutura laboratorial <strong>em</strong> órgão de pesquisa<br />
do estado para qualificar e certificar esse combustível e,<br />
dessa forma, contribuir para a sua inserção no mercado<br />
nacional. Encontra-se <strong>em</strong> funcionamento o Laboratório<br />
de Biocombustível da Fundação Centro Tecnológico de<br />
Minas Gerais (Cetec), com capacidade de produção de<br />
1.000 litros/dia de biodiesel. Em <strong>2008</strong>, deu-se continuidade<br />
ao projeto, com utilização do biodiesel produzido<br />
no laboratório para a geração de energia elétrica,<br />
de forma experimental, <strong>em</strong> um grupo motor gerador e<br />
<strong>em</strong> uma microturbina.<br />
Hidrogênio<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conta com um laboratório experimental para<br />
produção de hidrogênio via eletrólise e por reforma de<br />
etanol, que <strong>em</strong> <strong>2008</strong> operou de forma integrada e produzindo<br />
um gás com pureza de 99,9%. Os principais desafios<br />
para viabilizar esse energético são a diminuição<br />
dos custos de produção, o armazenamento e o transporte<br />
desse combustível. O hidrogênio será utilizado<br />
inicialmente como combustível para teste das células a<br />
combustível, para suprir d<strong>em</strong>andas internas e também<br />
como el<strong>em</strong>ento químico para purificação do silício, a ser<br />
utilizado <strong>em</strong> projeto de P&D para desenvolvimento de<br />
células fotovoltaicas, que se encontra <strong>em</strong> andamento.
Células a Combustível<br />
Atenta às oportunidades que pod<strong>em</strong> advir dessa tecnologia,<br />
a Empresa desenvolve, desde 2000, projetos de<br />
P&D <strong>em</strong> t<strong>em</strong>as ligados a células de baixa t<strong>em</strong>peratura<br />
(PEM) e de alta t<strong>em</strong>peratura (SOFC). No tocante à célula<br />
PEM, encontra-se <strong>em</strong> andamento projeto de P&D para<br />
desenvolvimento de nanotubos de carbono, m<strong>em</strong>branas<br />
poliméricas e aplicação de técnicas de DLC (Diamondlike<br />
Carbon) visando redução de custos e dependência<br />
externa de componentes. Quanto à célula SOFC, foi realizada<br />
adequação do laboratório de pilhas a combustível<br />
e foram realizados, durante o ano, os primeiros testes<br />
com os protótipos denominados PA e PB, projetados e<br />
construídos com tecnologia totalmente nacional. Após<br />
análise dos resultados obtidos com os ensaios nos protótipos,<br />
será realizada a montag<strong>em</strong> e testes do protótipo<br />
de pilha a combustível de 50 W. Foi iniciado também<br />
o desenvolvimento de um sist<strong>em</strong>a integrado de geração<br />
de energia a partir da gaseificação de biomassa por<br />
acionamento de células combustíveis SOFC.<br />
Veículo Elétrico<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> parceria com Itaipu Binacional e Fiat Automóveis,<br />
está desenvolvendo um projeto de pesquisa e de<br />
estudo de viabilidade técnica e econômica da utilização<br />
de veículos movidos a energia elétrica. No final de <strong>2008</strong>,<br />
foram recebidos quatro veículos elétricos Palio Weekend.<br />
A Companhia vai testar os protótipos <strong>em</strong> sua frota, visando<br />
avaliar aspectos operativos e de manutenção e desenvolvimento<br />
de tecnologia nacional.<br />
71<br />
AMBIENTAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
DIMENSÃO<br />
SOCIAL
Alinhadas com a Missão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, as questões relacionadas<br />
à responsabilidade social faz<strong>em</strong> parte de seu<br />
cotidiano e são tratadas de forma estratégica na Organização.<br />
Desta forma, este t<strong>em</strong>a engloba ações internas<br />
relacionados às pessoas, que são um dos principais<br />
agentes de mudanças para os desafios e necessidades<br />
estratégicas enfrentados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, por meio de sua<br />
Política de Recursos Humanos, mas também trata de<br />
questões externas por meio de seus projetos sociais relacionados<br />
a cidadania e cultura e do excelente relacionamento<br />
com o mercado, clientes e seus fornecedores e<br />
prestadores de serviços.<br />
GESTÃO DO CAPITAL HUMANO<br />
O Alinhamento Estratégico do Capital Humano da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
implantado desde 2005, visa promover a gestão estratégica<br />
das competências, a valorização dos <strong>em</strong>pregados<br />
e seu comprometimento com os resultados da Companhia<br />
de forma a promover um ambiente que fortaleça<br />
o elevado des<strong>em</strong>penho das pessoas e da Organização.<br />
O passo seguinte foi a implantação do Sist<strong>em</strong>a de<br />
Gestão Estratégica do Capital Humano, cujo objetivo<br />
é alinhar o modelo de gestão de recursos humanos à<br />
estratégia organizacional, incorporando visão de longo<br />
prazo e focalizando ações que agregu<strong>em</strong> valor aos<br />
negócios e favoreçam uma gestão integrada. Nele, a<br />
Gestão do Des<strong>em</strong>penho é o elo entre a estratégia da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e os diversos processos de gestão de pessoas,<br />
d<strong>em</strong>onstrando como as diretrizes estratégicas são aplicadas<br />
na Companhia.<br />
O Processo de Gestão do Des<strong>em</strong>penho envolve todos<br />
os <strong>em</strong>pregados e visa ao desenvolvimento das<br />
competências estratégicas que levam à melhoria de<br />
resultados, por meio de estabelecimento de metas<br />
e acordos individuais e de equipes relacionados às<br />
diretrizes <strong>em</strong>presariais.<br />
Esse processo encontra-se também implantado desde<br />
2005, pautado primeiramente <strong>em</strong> dois tipos de competências<br />
estratégicas: competências essenciais e competências<br />
de liderança. Em 2006, <strong>em</strong> condição experimental,<br />
foi incluído um terceiro tipo de competência,<br />
vinculada às atividades da Organização e diretamente<br />
relacionada com a cadeia de valor do negócio – as competências<br />
técnicas.<br />
Em dez<strong>em</strong>bro de 2007, foi realizado o terceiro ciclo de<br />
avaliação de des<strong>em</strong>penho, e os resultados dessas avaliações<br />
serviram, assim como nos anos anteriores, de<br />
base para as alterações salariais individuais, mediante<br />
progressões horizontais e verticais, conforme previsto<br />
no Acordo Coletivo Específico para Implantação do Plano<br />
de Cargos e R<strong>em</strong>uneração na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Nos três primeiros ciclos da Gestão de Des<strong>em</strong>penho,<br />
5.736 <strong>em</strong>pregados foram cont<strong>em</strong>plados com alterações<br />
individuais de salário, seja por progressão horizontal ou<br />
vertical, sendo que a cada ciclo são cont<strong>em</strong>plados, aproximadamente,<br />
20% dos <strong>em</strong>pregados, totalizando 55%<br />
do quadro total de <strong>em</strong>pregados nos três ciclos. Para o<br />
quarto ciclo, previsto para abril de 2009, de Gestão do<br />
Des<strong>em</strong>penho, está prevista a compl<strong>em</strong>entação dos fatores<br />
de avaliação, incluindo as competências técnicas,<br />
que darão maior assertividade para o endereçamento<br />
das ações de desenvolvimento, aumentando a efetividade<br />
da Gestão do Des<strong>em</strong>penho.<br />
73<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
74<br />
DIMENSÃO<br />
Diversidade do Quadro<br />
de Empregados<br />
Dos 10.422 <strong>em</strong>pregados da Companhia, 7.135 são<br />
brancos, 419 são negros, 2.824 são mulatos, 29 são<br />
orientais e 14 são índios. Dos <strong>em</strong>pregados que ocupam<br />
cargos de gerência/supervisão, 208 são brancos, 25<br />
mulatos e 2 orientais.<br />
As mulheres representam 13,6% do total de <strong>em</strong>pregados<br />
efetivos – várias ocupando cargos de gerência,<br />
cargos-chave e, inclusive, cargos que até então eram<br />
ocupados exclusivamente por homens – como os cargos<br />
de eletricista, operador de usinas e técnico de operação<br />
do sist<strong>em</strong>a.<br />
Destaca-se também que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> cumpre rigorosamente<br />
a Lei Estadual nº 11.867 de 28/07/1995, e destina<br />
10% das vagas oferecidas <strong>em</strong> concurso público para<br />
pessoas portadoras de deficiência física. Atualmente, a<br />
Companhia t<strong>em</strong> <strong>em</strong> seu quadro 52 portadores de deficiência<br />
física e, durante o ano de <strong>2008</strong>, 23 <strong>em</strong>pregados<br />
foram readaptados.<br />
Atração e Retenção de Talentos<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> busca atrair e reter seus talentos por meio<br />
da aplicação da política de gestão do capital humano,<br />
que considera diversas ações, incluindo: programa de<br />
treinamento para todos os <strong>em</strong>pregados, programa de<br />
progressão profissional, programa de saúde e de seguro,<br />
programa de r<strong>em</strong>uneração baseado <strong>em</strong> des<strong>em</strong>penho<br />
– competências e resultados, plano de aposentadoria,<br />
administrado pela Fundação Forluminas de Seguridade<br />
Social – Forluz.<br />
Além destes programas, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> como prática os<br />
processos de mobilidade, seleção interna e recrutamento<br />
externo, alocando profissionais com devidas competências,<br />
conforme requerido nos perfis de cargos, com<br />
o objetivo de atender às necessidades da Organização.<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Não há como negar que a migração entre carreiras de<br />
naturezas diferentes apresenta dificuldades para a Companhia<br />
e <strong>em</strong>pregados, visto que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é considerada,<br />
para efeitos de admissão de pessoal, <strong>em</strong>presa pública<br />
sujeita à legislação estadual. Para minimizar essa dificuldade,<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> utilizou a ferramenta de Mobilidade<br />
Interna entre carreiras, a partir de critérios preestabelecidos,<br />
visando adequar a necessidade <strong>em</strong>presarial<br />
com os interesses e as potencialidades individuais. Os<br />
enquadramentos decorrentes dessas movimentações,<br />
realizados <strong>em</strong> fevereiro de <strong>2008</strong>, totalizaram aproximadamente<br />
240 mobilidades.<br />
Após a realização do processo de mobilidade e, a partir<br />
de d<strong>em</strong>andas advindas das diversas áreas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
foi realizada uma análise sobre a real necessidade de<br />
preenchimento de cargos por meio de seleção interna. O<br />
processo de seleção interna visa proporcionar a promoção<br />
dos <strong>em</strong>pregados efetivos da Companhia aos cargos<br />
de acordo com seu Plano de Carreiras, com base nas<br />
qualificações, experiências e potencialidades d<strong>em</strong>onstradas.<br />
Em <strong>2008</strong>, das 106 vagas oferecidas, 101 vagas<br />
foram preenchidas.<br />
Em nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, com o processo de Seleção Interna,<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi uma das ganhadoras do Prêmio Ser Humano<br />
<strong>2008</strong>, promovido pela Associação Brasileira de Recursos<br />
Humanos, seccional Minas Gerais, já que o processo foi considerado<br />
uma das melhores práticas <strong>em</strong> gestão de pessoas.<br />
Em função do resultado do processo de mobilidade, das<br />
práticas de seleção interna e da legislação eleitoral, não<br />
houve a realização de Concurso Externo neste ano e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
encerrou o ano de <strong>2008</strong> com 10.422 <strong>em</strong>pregados.<br />
NÚMERO DE EMPREGADOS* EMPREGADOS POR EMPRESA <strong>2008</strong><br />
75<br />
11.468<br />
11.302<br />
10.668 10.271<br />
10.658<br />
10.818<br />
10.422<br />
CEMIG CONTROLADORA<br />
225<br />
CEMIG GERAÇÃO E<br />
TRANSMISSÃO S.A.<br />
2.166<br />
CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A.<br />
8.031<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
2002<br />
2003<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
*<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Controladora, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A.<br />
R<strong>em</strong>uneração e Recompensa<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conta com um Plano de Cargos e R<strong>em</strong>uneração –<br />
PCR que considera a importância e a complexidade relativas<br />
aos resultados esperados do cargo, os conhecimentos técnicos,<br />
as habilidades, a intensidade e a complexidade do<br />
processo analítico requeridas pelo cargo. Desde 1974 e no<br />
máximo a cada dois anos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realiza pesquisa de r<strong>em</strong>uneração<br />
nas principais <strong>em</strong>presas do setor elétrico e de
76<br />
outros setores, nos mercados nacional e regional, ajustando<br />
sua tabela salarial <strong>em</strong> relação às práticas de mercado.<br />
A média de salários praticados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é 12% acima<br />
da mediana praticada pelo mercado de <strong>em</strong>presas equivalentes<br />
e, atualmente, a Companhia t<strong>em</strong> cerca de 90%<br />
de seus <strong>em</strong>pregados r<strong>em</strong>unerados acima da mediana de<br />
mercado. Além disso, são concedidas gratificação especial<br />
e participação nos resultados.<br />
A Companhia oferece também gratificação de função,<br />
incidente sobre o salário-base, para superintendentes,<br />
gerentes e supervisores, além de salários diferenciados<br />
decorrentes do exercício de funções de maior complexidade<br />
e responsabilidade.<br />
As práticas e políticas salariais segu<strong>em</strong> as diretrizes<br />
contidas no Plano de Cargos e R<strong>em</strong>uneração – PCR e<br />
são aplicadas a todos os <strong>em</strong>pregados independent<strong>em</strong>ente<br />
de orientação sexual, idade, sexo, cor ou raça.<br />
Relações Trabalhistas e Sindicais<br />
Os acordos coletivos de trabalho abrang<strong>em</strong> 100% dos <strong>em</strong>pregados<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e são assinados pelo menos uma vez por ano<br />
com os sindicatos que representam as categorias envolvidas.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma gerência especialmente constituída<br />
para tratar das relações trabalhistas e sindicais, voltada<br />
para permitir um relacionamento direto, disponível e<br />
permanente com as entidades sindicais que representam<br />
os seus <strong>em</strong>pregados. Como forma de garantir a melhoria<br />
deste processo e atender às expectativas de seus<br />
clientes, desde 2007 todos os processos de Relações<br />
Sindicais possu<strong>em</strong> um Sist<strong>em</strong>a de Gestão da Qualidade<br />
certificado na NBR ISO 9001:2000.<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
No ano de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> renovou o Acordo Coletivo<br />
Específico para a realização de reuniões setoriais nas<br />
Instalações da Companhia, acordo este que trata de<br />
assuntos diretamente relacionados à organização sindical.<br />
Foi celebrado, ainda, o Acordo Coletivo de Trabalho<br />
<strong>2008</strong>/2009, cont<strong>em</strong>plando benefícios, deveres<br />
e direitos que regulamentam as relações de trabalho<br />
na Companhia.<br />
Benefícios<br />
De acordo com a legislação brasileira, os planos de aposentadoria<br />
e pensão dev<strong>em</strong> ser geridos por entidades<br />
independentes que administram os fundos garantidores<br />
de maneira segregada dos recursos da Companhia. Dessa<br />
forma, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> patrocina a Fundação Forluminas de<br />
Seguridade Social – Forluz, entidade s<strong>em</strong> fins lucrativos,<br />
que t<strong>em</strong> como objetivo melhorar a qualidade de<br />
vida dos seus participantes, por meio do pagamento de<br />
compl<strong>em</strong>entação de aposentadorias e pensão e, também,<br />
da administração de programas na área da saúde.<br />
A Forluz foi o primeiro dos grandes fundos de pensão<br />
brasileiros a modernizar a estrutura de seus planos previdenciários,<br />
buscando, ao mesmo t<strong>em</strong>po, minimizar<br />
riscos para suas patrocinadoras e assegurar benefícios<br />
adequados a seus participantes. Em 1997, foram criados<br />
dois outros planos: o Plano Misto e o Plano Saldado. O<br />
Plano Misto é o que, conforme a regulamentação brasileira,<br />
denomina-se contribuição variável, modalidade<br />
conhecida internacionalmente como plano híbrido. Na<br />
fase de capitalização, t<strong>em</strong> característica de contribuição<br />
definida, porém, transforma-se <strong>em</strong> benefício definido<br />
na fase de fruição. Além disso, oferece cobertura para<br />
os eventos de invalidez e morte na forma de benefício<br />
77<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
78<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
definido. O Plano Saldado é um plano de benefício definido<br />
no qual o valor do benefício a ser pago encontra-se<br />
já quitado (vested), não havendo novas contribuições.<br />
Os planos de previdência da Forluz são mantidos por<br />
contribuições da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e suas subsidiárias e de seus<br />
<strong>em</strong>pregados. O percentual médio mensal de contribuição<br />
por parte da Companhia, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi de 8,82%<br />
sobre a folha de pagamento de salários, sendo paritária<br />
à contribuição do <strong>em</strong>pregado.<br />
A Forluz acompanha sist<strong>em</strong>aticamente seus planos de<br />
benefícios com o objetivo de mantê-los equilibrados atuarialmente<br />
e adequados ao mercado. São realizadas,<br />
por <strong>em</strong>presa independente, avaliações atuariais completas<br />
a cada ano e, internamente, avaliações mensais.<br />
Além dos planos de aposentadoria compl<strong>em</strong>entar administrados<br />
pela Forluz, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contribui compulsoriamente<br />
para a previdência social mantida pelo Governo<br />
Federal, um sist<strong>em</strong>a de benefício definido, limitado a<br />
um valor máximo, financiado no regime de repartição<br />
(pay-as-you-go). Em <strong>2008</strong>, a contribuição representou<br />
26,61% da folha de pagamento da Empresa Companhia<br />
Energética de Minas Gerais – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e 27,81% das<br />
<strong>em</strong>presas <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Distribuição S.A.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contribui para um plano de saúde e um plano<br />
odontológico para os <strong>em</strong>pregados, aposentados e dependentes,<br />
administrados pela Forluz. Trata-se de planos<br />
com coberturas amplas, superiores aos oferecidos<br />
no mercado, com um custo menor para os <strong>em</strong>pregados.<br />
A Companhia mantém ainda, de modo independente aos<br />
planos oferecidos pela Forluz, o pagamento de parte do<br />
prêmio de seguro de vida para seus <strong>em</strong>pregados ativos<br />
e para os aposentados.<br />
Gestão do Clima Organizacional<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, ciente de que a obtenção de alto des<strong>em</strong>penho<br />
está intimamente ligada a um ambiente saudável e estimulador,<br />
busca permanent<strong>em</strong>ente fazer uma gestão<br />
de seu ambiente interno. Mais do que isso, estabeleceu<br />
como um dos el<strong>em</strong>entos de sua Visão “Ser uma das<br />
melhores <strong>em</strong>presas para trabalhar”.<br />
Para alcançar esse objetivo, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> utiliza diversos<br />
instrumentos e ferramentas para gerir o clima organizacional,<br />
buscando:<br />
identificar e compreender os aspectos que têm contribuído<br />
para a satisfação das pessoas na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, b<strong>em</strong> como<br />
aqueles que têm gerado insatisfação;<br />
identificar as prováveis diferenças e convergências culturais<br />
existentes entre as áreas da Companhia e viabilizar<br />
alternativas para maior sinergia organizacional;<br />
promover uma gestão inteligente, construindo e mantendo<br />
um ambiente que estimule e engaje as pessoas a<br />
alcançar<strong>em</strong> des<strong>em</strong>penhos superiores.<br />
Entre as ferramentas utilizadas, destaca-se a Pesquisa<br />
de Clima Organizacional, realizada bianualmente,<br />
com consultoria externa. Essa pesquisa avalia aspectos<br />
fundamentais para se criar um ambiente estimulante e<br />
desafiador, incluindo: grau de engajamento dos <strong>em</strong>pregados,<br />
a percepção desses quanto à gestão estratégica<br />
e a reputação externa da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, o respeito com que ela<br />
trata seus <strong>em</strong>pregados, o nível de autonomia e treinamento<br />
que esses receb<strong>em</strong> para realizar seu trabalho,<br />
entre outros. A Pesquisa é utilizada como input para o<br />
planejamento de ações de melhoria <strong>em</strong> toda a Compa-
nhia, por meio de Planos de Ação Corporativos e das<br />
áreas (gerências e superintendências). Após a construção<br />
dos planos de ações, inicia-se a fase de implantação<br />
e monitoramento das ações, cujos resultados são divulgados<br />
e acompanhados por todos os <strong>em</strong>pregados por<br />
meio de boletins e mensagens eletrônicas.<br />
Em <strong>2008</strong>, após a divulgação dos resultados a todos<br />
os <strong>em</strong>pregados, foram realizados 111 workshops para<br />
a elaboração dos Planos de Ação. Nesses workshops,<br />
os <strong>em</strong>pregados tiveram a oportunidade de definir ações<br />
de melhoria para sua gerência e/ou superintendência.<br />
A última pesquisa, realizada <strong>em</strong> agosto de 2007, teve a<br />
participação voluntária de 85% dos <strong>em</strong>pregados – índice<br />
extr<strong>em</strong>amente significativo quando comparado ao mercado.<br />
Em relação às últimas pesquisas, o resultado apresenta<br />
tendência favorável, passando de 59% para 62%.<br />
Comunicação como<br />
Ferramenta Estratégica<br />
A comunicação interna torna-se ferramenta indispensável<br />
e, por esta razão, várias ações de comunicação<br />
são impl<strong>em</strong>entadas, buscando garantir que todos os<br />
<strong>em</strong>pregados recebam um nível apropriado de informação,<br />
por intermédio dos meios de comunicação que lhe<br />
são familiares e aos quais tenham facilidade de acesso.<br />
A comunicação face a face facilita a construção de uma<br />
base de confiança e credibilidade e t<strong>em</strong> sido observada<br />
por meio do Programa RH no Campo, <strong>em</strong> que todo o<br />
corpo gerencial da RH visita as diversas áreas da Companhia,<br />
com o objetivo de intensificar o relacionamento<br />
com os <strong>em</strong>pregados, buscando informar, esclarecer dúvidas<br />
e colher críticas e sugestões sobre a Organização.<br />
No ano de <strong>2008</strong>, foram realizadas cinco Reuniões-Plenárias,<br />
com participação de 600 <strong>em</strong>pregados. 79<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
80<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
A veiculação de informações por meio de portais é outro<br />
recurso amplamente utilizado na atualidade, como<br />
forma de proporcionar ao <strong>em</strong>pregado informações sobre<br />
decisões, ações, dados e fatos concernentes a RH e à<br />
Companhia, que sejam de interesse dos <strong>em</strong>pregados e<br />
estratégicos para a Organização.<br />
Assim, a cada dia, mais informações são publicadas no<br />
portal da RH na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>Net, incluindo: informações sobre<br />
o Serviços Especializados <strong>em</strong> Engenharia de Segurança<br />
e Medicina do Trabalho, Relações Sindicais, Provimento,<br />
Plano de Cargos e R<strong>em</strong>uneração, Gestão do Clima,<br />
Gestão Sucessória.<br />
Além disso, <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram distribuídas, a todos os<br />
<strong>em</strong>pregados, cartilhas com conteúdo relacionado a assuntos<br />
corporativos de RH, tais como Benefícios, Plano<br />
de Cargos e R<strong>em</strong>uneração e Gestão de Des<strong>em</strong>penho.<br />
Outro veículo de comunicação utilizado é o RH Informa,<br />
que t<strong>em</strong> se mostrado um instrumento de repasse ágil e<br />
de grande alcance para informações de caráter corporativo,<br />
além de orientações e campanhas gerais. Ainda<br />
que tenha caráter pontual, tiv<strong>em</strong>os como resultado 30<br />
publicações <strong>em</strong> 2006, 44 <strong>em</strong> 2007 e 53 <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
Já o RH Interativa é um espaço criado para que os<br />
<strong>em</strong>pregados possam fazer perguntas, buscar informações,<br />
fazer críticas e também dar idéias e sugestões de<br />
melhoria nos processos, ferramentas, políticas e práticas<br />
de RH. Em <strong>2008</strong>, foram enviadas 628 perguntas,<br />
com um percentual de resposta de 67%, sendo que as<br />
d<strong>em</strong>ais respostas serão enviadas após a conclusão da<br />
fase de estudo e análise e serão respondidas <strong>em</strong> 2009.<br />
Compl<strong>em</strong>entando os instrumentos de comunicação, foi<br />
implantado <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de 2007 o Serviço RH On-Line<br />
e, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o RH Fácil. Esta ferramenta t<strong>em</strong> como<br />
objetivo possibilitar, a cada <strong>em</strong>pregado da Companhia,<br />
o acesso a todas as suas informações pessoais, funcionais,<br />
salariais, de pagamento, entre outras.<br />
Capacitação e Desenvolvimento<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> assegura a manutenção das condições necessárias<br />
para capacitação dos seus <strong>em</strong>pregados para o<br />
pleno exercício de sua função, disponibilizando cursos<br />
alinhados aos objetivos estratégicos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Por se<br />
tratar de desenvolvimento de <strong>em</strong>pregados, as ações têm<br />
caráter contínuo e permanente.<br />
Todos os <strong>em</strong>pregados, nos seus vários níveis, segu<strong>em</strong><br />
um Plano de Treinamento associado às carreiras, às<br />
orientações estratégicas e ao Plano de Negócios. As<br />
áreas faz<strong>em</strong> o levantamento de necessidades de treinamento<br />
norteadas pelas carreiras e pelas iniciativas/<br />
expectativas do gerente <strong>em</strong> relação ao des<strong>em</strong>penho do<br />
<strong>em</strong>pregado ao longo do ano.<br />
O processo de avaliação de des<strong>em</strong>penho da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> também<br />
é utilizado para o desenvolvimento e capacitação<br />
dos <strong>em</strong>pregados, uma vez que utiliza como parâmetros<br />
as competências essenciais, os resultados corporativos<br />
alcançados e a maturidade dos <strong>em</strong>pregados, gerando<br />
um índice de des<strong>em</strong>penho para cada um dos avaliados.<br />
Este procedimento contribui para manutenção das condições<br />
necessárias para a gestão de des<strong>em</strong>penho, ao<br />
atrelar a capacitação dos <strong>em</strong>pregados aos resultados<br />
obtidos e aos cursos e treinamentos previstos nas suas<br />
descrições de funções.
Cumprindo o Plano de Treinamento Anual dos <strong>em</strong>pregados<br />
e os Acordos de Desenvolvimento Individuais, estes<br />
gerados por ocasião dos feedbacks da Avaliação de Des<strong>em</strong>penho,<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram ao todo 15.922 participações,<br />
incluindo o treinamento técnico, sendo 11.619<br />
participações de <strong>em</strong>pregados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição<br />
S.A., 3.883 participações de <strong>em</strong>pregados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />
e Transmissão S.A. e 470 participações de <strong>em</strong>pregados<br />
da Companhia Energética de Minas Gerais, correspondendo<br />
a 742.550 horas de treinamento (558.341<br />
para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A., 169.372 para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Geração e Transmissão S.A. e 14.837 horas para a<br />
Companhia Energética de Minas Gerais), perfazendo a<br />
média de 71,25 horas de treinamento por <strong>em</strong>pregado.<br />
MÉDIA DE HORAS DE TREINAMENTO POR EMPREGADO (2004/<strong>2008</strong>)<br />
53,46<br />
49,03<br />
59,34<br />
50,73<br />
71,25<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
81<br />
Além do processo de capacitação interno da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
existe desde 2006 o Programa Ajuda de Custo Para<br />
Formação – Auxílio Educação, que re<strong>em</strong>bolsa as despesas<br />
relativas às mensalidades de curso de graduação<br />
ou técnico relacionados aos negócios da Organização.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram efetuados 382 re<strong>em</strong>bolsos, incluindo<br />
cursos técnicos e cursos de graduação, totalizando um<br />
investimento de R$241 mil.<br />
Há também o Programa de Pós-graduação, que visa<br />
elevar a capacitação profissional e tecnológica do <strong>em</strong>pregado<br />
enquadrado no Plano de Nível Universitário da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, alinhando-o adequadamente para contribuir com<br />
o alcance das metas <strong>em</strong>presariais. Ao final do curso,<br />
os <strong>em</strong>pregados apresentam Certificado de Conclusão e<br />
trabalho concluído (monografia, dissertação ou tese),<br />
defendendo a possibilidade de aplicação prática, <strong>em</strong><br />
conformidade com os interesses da Companhia. Esse<br />
trabalho é encaminhado à Biblioteca Central para compor<br />
o acervo técnico da Companhia.<br />
No ano de <strong>2008</strong>, foram 82 participações no Programa, totalizando<br />
cerca de R$499 mil re<strong>em</strong>bolsados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Escola de Formação<br />
e Aperfeiçoamento Profissional<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – EFAP<br />
A Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional –<br />
EFAP, responsável pelo treinamento técnico dos funcionários<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui, desde 2007, a certificação de seu<br />
Sist<strong>em</strong>a de Gestão da Qualidade conforme a norma NBR ISO<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
82<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
9001:2000. A implantação e manutenção do Sist<strong>em</strong>a de<br />
Gestão da Qualidade na EFAP faz<strong>em</strong> parte dos desafios<br />
Estratégicos da Superintendência de Recursos Humanos,<br />
e seu principal objetivo é a busca da melhoria contínua<br />
dos seus processos, focada na qualidade do treinamento<br />
técnico ofertado aos seus clientes internos e externos.<br />
A EFAP viabilizou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 7.046 participações <strong>em</strong><br />
treinamentos técnicos para <strong>em</strong>pregados do Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
sendo 5.351 participações de <strong>em</strong>pregados da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A., 1.198 participações de <strong>em</strong>pregados<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. e 99<br />
participações de <strong>em</strong>pregados da Companhia Energética<br />
de Minas Gerais, além de 398 participações <strong>em</strong> treinamentos<br />
técnicos para <strong>em</strong>pregados de outras <strong>em</strong>presas,<br />
totalizando 330.410 homens-hora treinados,<br />
sendo 314.015 homens-hora relativos ao Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
e 16.395 homens-hora relativos a outras <strong>em</strong>presas.<br />
Dentre os eventos destacam-se, por sua relevância, o<br />
treinamento de 1.924 <strong>em</strong>pregados na nova NR 10, que<br />
trata da Segurança <strong>em</strong> Instalações e Serviços <strong>em</strong> Eletricidade,<br />
totalizando 57.797 homens-hora treinados.<br />
Também foram realizados o treinamento à distância<br />
para revalidação da habilitação na norma de liberação<br />
de equipamentos do sist<strong>em</strong>a elétrico da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Norma<br />
01000 DGT 1A, para 121 <strong>em</strong>pregados próprios, totalizando<br />
1.936 homens-hora treinados e o treinamento à<br />
distância de Prevenção de Acidente de Trabalho M<strong>em</strong>bros<br />
da Cipa, para 491 <strong>em</strong>pregados próprios, totalizando<br />
11.784 homens-hora treinados.<br />
Desenvolvimento de Lideranças<br />
Considerando o cenário internacional globalizado e as<br />
estratégias corporativas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, é cada vez mais<br />
evidente a importância de um programa continuado de<br />
educação executiva, destacando-se o desenvolvimento<br />
dos programas: Amana Key e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Liderança <strong>em</strong> Gestão<br />
– Celig, Programa desenvolvido <strong>em</strong> parceria com a<br />
Fundação Dom Cabral. Estes programas vêm acontecendo<br />
desde 2005, com o objetivo de garantir as competências<br />
estratégicas de forma sustentável.<br />
Em <strong>2008</strong>, participaram 28 gerentes no Programa Amana<br />
Key, 179 no Celig, além de 73 <strong>em</strong>pregados de nível<br />
superior que participaram do Celig para Sucessores,<br />
dentro do Programa Gestão Sucessória, cujo objetivo é a<br />
preparação para possível ascensão a cargos gerenciais.<br />
Para 2009, está prevista a realização do Programa Trilhas<br />
da Liderança, <strong>em</strong> que se pretende a ampliação da<br />
aplicabilidade de competências de liderança, a continuidade<br />
do Programa Celig para Potenciais Sucessores<br />
e Amana Key. Além disso, está <strong>em</strong> análise o estabelecimento<br />
de parcerias com escolas internacionais com<br />
o objetivo de ampliar a visão dos líderes <strong>em</strong> relação<br />
à sustentabilidade econômico-financeira, por meio de<br />
melhores práticas gerenciais e de expansão da sua área<br />
de atuação para além dos limites geográficos atuais.<br />
Gestão Sucessória<br />
O Processo de Gestão Sucessória, cujo primeiro ciclo<br />
iniciou-se <strong>em</strong> 2007, está integrado ao cenário atual<br />
das organizações e busca o equilíbrio entre dois aspectos:<br />
de um lado o negócio – volume de operações,<br />
modelo de crescimento, diversidade de negócios, grau<br />
de internacionalização, ajustes previstos de tecnologia,<br />
entre outros. De outro, fatores relacionados ao capi-
tal humano – rotatividade (desligamentos voluntários,<br />
aposentadoria e ajustes de perfil), trajetórias de carreira,<br />
nível de resultados, prontidão nas competências,<br />
características pessoais, históricos e expectativas.<br />
A Gestão Sucessória é, portanto, um processo que visa<br />
ao planejamento da substituição de posições-chave da<br />
organização, por meio da identificação e criação de<br />
condições para a preparação de potenciais substitutos.<br />
Dessa forma, realizou-se o mapeamento do potencial<br />
para Liderança, com a adesão de 752 <strong>em</strong>pregados<br />
(66,1%), de um universo de 1.137 ocupantes de cargos<br />
universitários (nível mínimo proficiente).<br />
Considerando as possibilidades de vacância de cargos<br />
gerenciais até o ano de 2009, definiu-se por identificar,<br />
entre os 162 melhores classificados no ranking por área<br />
de competência, 81 potenciais-sucessores, para permanecer<strong>em</strong><br />
no processo. Dentre as ações planejadas, encontra-se<br />
<strong>em</strong> andamento a etapa de preparação destes<br />
81 potenciais líderes, por meio de um amplo programa<br />
de capacitação e desenvolvimento gerencial.<br />
Em uma parceria com a Fundação Dom Cabral – FDC, foi<br />
estruturado o Programa de Capacitação e Desenvolvimento<br />
das Competências – necessárias ao Líder <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
para o qual foram selecionados 81 <strong>em</strong>pregados. Foram<br />
realizados três módulos e está prevista a continuidade<br />
de realização de outros <strong>em</strong> 2009.<br />
O Processo Gestão Sucessória é monitorado por meio<br />
dos indicadores alinhados à estratégia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Até o<br />
momento, <strong>em</strong> torno de 25% dos <strong>em</strong>pregados participantes<br />
do processo foram promovidos a cargos de gestor<br />
e/ou gerente.<br />
Para o segundo s<strong>em</strong>estre de 2009, está previsto o segundo<br />
ciclo do Processo, considerando a periodicidade<br />
de mapeamento ser bianual e a gestão, contínua, onde<br />
haverá nova oportunidade para que todos os <strong>em</strong>pregados<br />
do Plano de Nível Universitário possam participar.<br />
83<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
84<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Gestão das Competências de<br />
Liderança dos Supervisores <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
O Processo de Gestão das Competências dos Supervisores<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> como objetivo promover o desenvolvimento<br />
profissional dos atuais 240 Supervisores<br />
e preparar seus futuros sucessores, alinhando-os<br />
com as d<strong>em</strong>ais lideranças <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e com a estratégia<br />
da Companhia.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram definidas, <strong>em</strong> conjunto com os próprios<br />
supervisores e gerentes, as competências de liderança<br />
para esse grupo de profissionais e realizado o mapeamento<br />
dos atuais supervisores.<br />
Para o ano de 2009, está prevista a implantação de um<br />
programa de desenvolvimento, que será construído com<br />
base nesse mapeamento. Além disso, os aproximados<br />
1.080 técnicos níveis II e III que estão subordinados<br />
a supervisores designados também serão mapeados, o<br />
que permitirá a formação de um grupo de potenciais<br />
sucessores, que será capacitado e treinado.<br />
RELACIONAMENTO COM CLIENTES<br />
E CONSUMIDORES<br />
Estrutura de Atendimento<br />
A Companhia oferece canais de relacionamento que permit<strong>em</strong><br />
aos clientes realizar negócios, reclamar, sugerir<br />
e solicitar serviços de forma eficiente e ágil. Além do<br />
investimento contínuo na melhoria dos canais já existentes,<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> busca oferecer opções mais cômodas e<br />
ágeis de contato com a Companhia.<br />
O cliente t<strong>em</strong> a seu dispor outras formas de relacionamento<br />
com o objetivo de levar a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> até o cliente.<br />
Os principais canais disponíveis estão relacionados a seguir.
Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais<br />
Clientes Públicos Página da<br />
Internet<br />
Disponibilizar informações sobre http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/consumidores_<br />
dicas de economia de energia, publicos/index.asp.<br />
prédios efi cientes e como estruturar<br />
uma comissão interna<br />
de conservação de energia no<br />
serviço público.<br />
Consumidor<br />
Defi ciente Visual<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Conta<br />
<strong>em</strong> Braille<br />
Fale com a<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Ouvidoria<br />
Agência de<br />
Atendimento<br />
Canal Direto<br />
Procon<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Fácil<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Postal<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na Praça<br />
Projeto Agência<br />
Móvel<br />
Posto de<br />
Atendimento<br />
Simplifi cado – PAS<br />
Agência Virtual<br />
Permitir ao defi ciente visual um<br />
melhor acompanhamento e controle<br />
de seu consumo de energia<br />
elétrica.<br />
Facilitar o acesso aos clientes da<br />
Companhia.<br />
Zelar pelo direito à manifestação<br />
do cidadão, sendo a sua voz na<br />
Companhia.<br />
Facilitar o acesso aos clientes da<br />
Companhia.<br />
Facilitar o acesso aos clientes da<br />
Empresa com ênfase no direito<br />
do consumidor.<br />
Credenciamento de estabelecimentos<br />
comerciais para expansão<br />
dos pontos de arrecadação e<br />
da prestação de outros serviços<br />
comerciais <strong>em</strong> locais onde não<br />
há representatividade física da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Canal específi co para atendimentos<br />
comerciais mais simplifi<br />
cados.<br />
Estrutura de atendimento itinerante<br />
para esclarecer, encaminhar<br />
e atender às solicitações<br />
de serviços.<br />
Canal específi co para atendimentos<br />
comerciais.<br />
Atendimento realizado por funcionários<br />
das prefeituras, treinados<br />
pelos agentes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Fornecer ao cliente um atendimento<br />
com mais conforto e<br />
comodidade ao oferecer os serviços<br />
prestados por outros canais.<br />
Vários canais: tel.: nº 116, 08007210116,<br />
atendimento@c<strong>em</strong>ig.com.br; www.c<strong>em</strong>ig.com.br;<br />
Fax: (31) 3506-7222.<br />
http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/ouvidoria/e ouvidoria@c<strong>em</strong>ig.com.br,<br />
indicado nas contas de<br />
energia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Reciclagens periódicas para os atendentes por<br />
meio de treinamentos comportamentais e técnicas<br />
de atendimento.<br />
Parceria da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com o Movimento das<br />
Donas de Casa – MDC/MG e atendimento ao<br />
Conselho de Consumidores da Companhia.<br />
Nos PA do <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Fácil, os clientes têm acesso<br />
aos serviços: recebimento de contas; <strong>em</strong>issão de<br />
2ª via de documentos; domicílio para entrega<br />
de contas – conforme solicitação do consumidor;<br />
entrega de formulário pré-pago utilizado<br />
pelos clientes para solicitar serviços ou fazer<br />
reclamações.<br />
Formulários, com postag<strong>em</strong> pré-paga, disponíveis<br />
nos estabelecimentos do <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Fácil<br />
para troca de titularidade, alteração cadastral,<br />
ligação nova, reclamações e sugestões.<br />
Escritório montado <strong>em</strong> uma praça central de pequenos<br />
municípios, com eletricistas, atendentes<br />
e um técnico de operação para atendimento à<br />
população.<br />
Trailer equipado com atendimento ao cliente,<br />
fazendo as vezes de uma agência de atendimento.<br />
Parceria entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e prefeituras.<br />
http://agenciavirtual.c<strong>em</strong>ig.com.br/portal/<br />
inicial/default.aspx.<br />
400 clientes cadastrados para recebimento da<br />
conta <strong>em</strong> braille.<br />
Certifi cação ISO 9001/2000; 560 posições<br />
de atendimento com mais de 1 mil atendentes;<br />
80 a 114 mil chamadas/dia.<br />
Certifi cação ISO 9001/2000.<br />
128 agências com uma média de 400 mil atendimentos/mês.<br />
640 pontos de atendimento – PA, arrecadando<br />
<strong>em</strong> média um milhão de contas por mês.<br />
800 caixas espalhadas por todo o estado.<br />
Média de 180 eventos anuais gerando cerca de<br />
1.100 atendimentos por mês.<br />
- 250 atendimentos por mês utilizando conexão<br />
via satélite.<br />
- Desde 2005, já percorreu cerca de 100<br />
municípios mineiros.<br />
90 PAS no estado, realizando cerca de 2 mil atendimentos<br />
por mês.<br />
- Acesso para defi cientes visuais;<br />
- Área específi ca e restrita de acesso para imobiliárias.<br />
85<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
86<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais<br />
Consumidores<br />
e sociedade<br />
Grandes clientes<br />
Grandes clientes<br />
Grandes clientes<br />
Grandes clientes<br />
Grandes clientes<br />
Conselho de<br />
Consumidores<br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Representar e defender os interesses<br />
individuais e coletivos<br />
dos consumidores junto à Companhia.<br />
Fornecer informações e legislação<br />
compatíveis com esse perfi l<br />
de clientes.<br />
Encontros regionais de clientes<br />
corporativos.<br />
Encontros setoriais de clientes<br />
corporativos.<br />
GEM B2B – Grupo de estudos de<br />
mercado Business to Business.<br />
GEM B2B – Pesquisas com clientes<br />
corporativos.<br />
- Melhorar o atendimento dos consumidores,<br />
considerando a visão dos diversos segmentos<br />
interessados;<br />
- Encaminhar sugestões, cooperar na fi scalização<br />
e prover denúncias e reclamações junto à<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/conselho/<br />
index.asp.<br />
http://www.energia<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.com.br/e<br />
Companhia Energética de Minas Gerais –<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Superintendência de Relacionamento<br />
Comercial com Clientes Corporativos, Av. Barbacena,<br />
1200 – Sto. Agostinho, Belo Horizonte<br />
– MG – Cep. 30190-131 energia<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>@<br />
c<strong>em</strong>ig.com.br.<br />
Encontros com clientes corporativos de uma determinada<br />
região para informação e discução<br />
de aspectos referentes ao setor elétrico através<br />
de apresentações e debates com especialistas<br />
no setor de energia elétrica, englobando questões<br />
de atendimento, comercialização, efi ciência<br />
energética, resolução de dúvidas, etc.<br />
Inclui ainda uma visita a instalações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
(usinas e subestações), com acompanhamento<br />
de técnicos.<br />
Encontros com clientes corporativos de setores<br />
produtivos para discutir questões específi cas do<br />
interesse do setor associado à energia elétrica.<br />
Participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> <strong>em</strong> grupo de trabalho<br />
destinado ao estudo das relações entre <strong>em</strong>presas<br />
com o objetivo de compreender estas relações<br />
e identifi car as necessidades dos clientes<br />
buscando atender aos requisitos para ampliar a<br />
parceria e construir um relacionamento sólido<br />
e de confi ança com os clientes por um longo<br />
prazo. Trata-se de grupo de estudo permanente<br />
e que também participam outras <strong>em</strong>presas,<br />
buscando s<strong>em</strong>pre compreender melhor a<br />
necessidade dos clientes para melhorar o relacionamento<br />
<strong>em</strong>presarial.<br />
Duas pesquisas realizadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> com os<br />
clientes corporativos para compreender a percepção<br />
de valor desses clientes sobre os produtos<br />
oferecidos pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, identifi car as necessidades,<br />
conhecer a disposição de pagamento<br />
frente aos produtos ofertados para dessa forma<br />
oferecer uma melhor relação custo x benefícios<br />
aos clientes, buscando s<strong>em</strong>pre a construção de<br />
um relacionamento de longo prazo.<br />
Em <strong>2008</strong>: 6 reuniões ordinárias normais e 3<br />
reuniões extraordinárias.<br />
Principais realizações:<br />
- contribuiu na revisão tarifária de <strong>2008</strong> da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>;<br />
- contribuição na revisão da resolução 456;<br />
- participação na audiência pública da revisão<br />
tarifária da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>;<br />
- realização do II S<strong>em</strong>inário de Conselhos de<br />
Consumidores da região Sudeste, <strong>em</strong> Belo Horizonte,<br />
com objetivo de construir propostas integradas<br />
de interesse dos consumidores da região<br />
Sudeste, por meio de intercâmbio de informações<br />
e experiências relativas ao setor elétrico;<br />
- participação no Congresso Mineiro de Municípios,<br />
com estande do Conselho, com objetivo de divulgar<br />
a existência e objetivo do Conselho.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram realizados dois encontros com<br />
clientes das regiões Oeste e Norte. O índice de<br />
aprovação dos encontros foi de 84%.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram realizados dois encontros com<br />
clientes dos setores do ferro-gusa – e sucroenergético.<br />
O índice de aprovação dos encontros foi<br />
superior a 90%.<br />
Uma pesquisa qualitativa com a mostra de 5 clientes<br />
para identifi car drivers de valor dos clientes e<br />
uma pesquisa quantitativa com o universo de grupos<br />
<strong>em</strong>presariais para identifi car percepção de valores<br />
e disponibilidades de pagamentos referentes<br />
aos produtos ofertados, além de posicionamento<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> junto aos concorrentes.
Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais<br />
Grandes clientes Para clientes Marca e reputação – Pesquisas Pesquisa sobre marca e reputação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
corporativos com clientes corporativos. realizada com clientes corporativos, segmentados<br />
<strong>em</strong> amostras para identifi car de forma<br />
mais signifi cativa a visão desses clientes, sobre<br />
a marca e reputação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Grandes clientes<br />
Grandes clientes<br />
Instituições<br />
fi lantrópicas<br />
Instituições<br />
fi lantrópicas<br />
Prefeituras da área de<br />
concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Para clientes<br />
corporativos<br />
Concessão de<br />
donativos<br />
Arrecadação<br />
de doações e<br />
contribuições<br />
Gerências de<br />
relacionamento<br />
Encontros com clientes corporativos<br />
– Bienal de Energia.<br />
Informativo para clientes corporativos.<br />
Conceder donativos por meio de<br />
desconto fi nanceiro nas notas<br />
fi scais/contas de energia elétrica<br />
para instituições fi lantrópicas,<br />
igrejas/t<strong>em</strong>plos de reconhecimento<br />
de entidade de utilidade<br />
pública.<br />
Apoiar as instituições fi lantrópicas<br />
reconhecidas como de utilidade<br />
pública, por meio da arrecadação<br />
de doações/contribuições na<br />
conta de energia elétrica.<br />
Prestar serviço diferenciado e<br />
personalizado às prefeituras da<br />
área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Sociedade Conta de energia Permitir ao consumidor um melhor<br />
acompanhamento e controle<br />
de seu consumo de energia elétrica,<br />
além do cumprimento de<br />
legislação específi ca.<br />
Sociedade Canais diversos Permitir que a informação sobre<br />
a Companhia atinja a sociedade<br />
<strong>em</strong> geral.<br />
Em 2009, será realizada a Bienal da Energia<br />
– com a participação de palestrantes internacionais<br />
e nacionais de reconhecida capacidade<br />
analítica para discutir o cenário atual e as<br />
perspectivas econômicas futuras focadas na<br />
estratégia de atuação <strong>em</strong>presarial. O objetivo<br />
é levar aos participantes um panorama do<br />
Brasil no mundo, suas perspectivas, impactos<br />
da crise e seus refl exos nos investimentos <strong>em</strong><br />
infra-estrutura necessária para o crescimento<br />
sustentável e competitivo do país, considerando<br />
a energia como el<strong>em</strong>ento essencial para a<br />
competitividade.<br />
Informativo direcionado aos clientes corporativos<br />
enviados via e-mail, com periodicidade<br />
bimensal, contendo informações e notícias de<br />
interesse dos clientes corporativos organizados<br />
nas seguintes seções: Editorial, Enfoco com o<br />
Cliente, Regulatório, Efi cientização Energética<br />
e Assuntos Diversos.<br />
Veículo de informações e esclarecimentos,<br />
como canais de relacionamentos atuais da<br />
Companhia.<br />
Canais de comunicação e veiculação de<br />
campanhas por meio de spots <strong>em</strong> rádios, TV,<br />
outdoors, backbus, mídia jornalística, jornais<br />
Energia da Gente e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Notícias (http://<br />
www.c<strong>em</strong>ig.com.br/c<strong>em</strong>ig<strong>2008</strong>/content/<br />
aplicativos/informativos.asp), etc.<br />
O público esperado é de cerca de 800 clientes.<br />
O Informativo foi concebido <strong>em</strong> <strong>2008</strong> e a distribuição<br />
iniciou-se <strong>em</strong> janeiro de 2009.<br />
Em <strong>2008</strong>, cerca de 4.220 instituições foram<br />
beneficiadas, totalizando aproximadamente<br />
R$11,2 milhões e 53,6 mil MWh por ano concedidos.<br />
Em processo de redefi nição de regras, junto com<br />
os movimentos e com o Ministério Público Estadual.<br />
18 Gerências de Relacionamento distribuídas <strong>em</strong><br />
todo o estado.<br />
Emissão média mensal de aproximadamente 6,5<br />
milhões de contas relativas a baixa e alta tensão.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> utiliza os meios de comunicação mais<br />
adequados à informação, adequando, inclusive a<br />
linguag<strong>em</strong> a cada público.<br />
87<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Satisfação do Consumidor<br />
Para avaliar a satisfação <strong>em</strong> relação aos serviços prestados,<br />
a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa de uma pesquisa anual com osconsumidores<br />
residenciais, realizada <strong>em</strong> nível nacional<br />
pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia<br />
– Abradee. Com base nos resultados dessa pesquisa é<br />
calculado o Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida<br />
– ISQP, que representa o nível de satisfação do<br />
consumidor com a qualidade dos serviços de energia<br />
elétrica prestados pelas concessionárias de energia elétrica<br />
no Brasil. O questionário t<strong>em</strong> 88 perguntas que<br />
se desdobram <strong>em</strong> 277 variáveis de respostas aplicadas<br />
por amostrag<strong>em</strong> na área de concessão das <strong>em</strong>presas.<br />
Em fevereiro e março de <strong>2008</strong>, foi realizada a 10ª Pesquisa<br />
Abradee de Satisfação do Cliente Residencial, com<br />
uma amostra, na área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, de 625<br />
entrevistas, de forma a garantir uma marg<strong>em</strong> de erro de<br />
4% para um intervalo de confiança de 95,5%. A partir<br />
dos dados obtidos, é calculado um valor do ISQP geral,<br />
relativo à média geral de todas as <strong>em</strong>presas filiadas à<br />
Abradee, e um valor de ISQP de cada <strong>em</strong>presa. O índice<br />
varia de 0 a 100 pontos, sendo 100 pontos a melhor nota.<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançou a pontuação de 83,3, ficando<br />
b<strong>em</strong> acima da média Abradee, que foi de 77,4. O<br />
gráfico abaixo mostra a evolução do ISQP da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nos<br />
nove anos de realização da Pesquisa Abradee.<br />
DESEMPENHO DA CEMIG NO ISQP 1999/<strong>2008</strong><br />
88<br />
71,9<br />
76,3<br />
74,2<br />
77,7<br />
77,6<br />
80,5<br />
79,8<br />
80,6<br />
85,7<br />
83,3<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
1999<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
A pontuação obtida pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> durante os 10 anos de Pesquisa<br />
Abradee d<strong>em</strong>onstra que as ações adotadas <strong>em</strong> relação ao<br />
atendimento dos consumidores e aprimoramento dos serviços<br />
têm possibilitado atingir níveis adequados de satisfação.<br />
A Aneel também realiza anualmente uma pesquisa de<br />
satisfação do consumidor residencial com as concessionárias<br />
distribuidoras de energia elétrica. A Pesquisa<br />
Aneel foi realizada de agosto a outubro de <strong>2008</strong>. A<br />
amostra foi calculada de acordo com o porte de cada<br />
concessionária: na área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, foram<br />
realizadas 450 entrevistas.<br />
A Pesquisa Aneel gera indicadores comparáveis por região<br />
e por porte de <strong>em</strong>presa e um indicador único da<br />
satisfação do consumidor, que expressa a percepção
global no setor. O principal indicador dessa pesquisa<br />
é o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – Iasc.<br />
Na Pesquisa Aneel de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> obteve o Iasc de<br />
69,68, posicionando a Companhia entre as três concessionárias<br />
da região Sudeste acima de 400 mil consumidores<br />
mais b<strong>em</strong> avaliada pelos clientes.<br />
DESEMPENHO DA CEMIG NO IASC 2004/<strong>2008</strong><br />
60,92<br />
63,39<br />
68,03<br />
71,63<br />
69,68<br />
2004<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
CIDADANIA E CULTURA<br />
Como Empresa prestadora de serviços públicos, o relacionamento<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com as comunidades onde atua<br />
não se restringe ao estágio de desenvolvimento econômico,<br />
mas também possui relação direta com o estágio<br />
de desenvolvimento social. Iniciativas concretas, como<br />
os programas Campos de Luz, Conviver e Luz no Saber,<br />
d<strong>em</strong>onstram, na prática, que a energia é um insumo<br />
necessário não apenas à transformação de matériasprimas<br />
e à produção de bens, mas também à qualidade<br />
de vida e ao funcionamento de equipamentos de uso<br />
comum, como escolas, centros culturais e recreativos.<br />
Dessa forma, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> busca, por meio de sua política<br />
de atuação cultural e social, transformar seus<br />
consumidores <strong>em</strong> parceiros no desenvolvimento do<br />
estado de Minas Gerais, participando ativamente da<br />
sociedade <strong>em</strong> que vive.<br />
Para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, investir <strong>em</strong> projetos sociais e culturais<br />
não é uma questão apenas de quantidade de recursos,<br />
mas da qualidade com que eles são aplicados, objetivando<br />
atingir o maior número de pessoas, com continuidade<br />
e responsabilidade, por meio da formação de<br />
redes de atuação entre diversos setores da sociedade e<br />
do meio artístico-cultural.<br />
Os recursos aplicados durante o ano de <strong>2008</strong> <strong>em</strong> educação,<br />
cultura e ações sociais somaram R$45,5 milhões.<br />
89<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Tipo de Projeto R$ milhões – 2007 R$ milhões – <strong>2008</strong><br />
Projetos culturais e educação 29,7 33,4<br />
Ações sociais, doações e subvenções 15,3 12,1<br />
Total 45,0 45,5
90<br />
Ações Sociais<br />
As ações sociais, doações e subvenções da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançaram<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong> o valor de R$12,1 milhões. Entre os<br />
projetos cont<strong>em</strong>plados pod<strong>em</strong>-se citar os de “Centros<br />
de Educação Solidária” do Serviço Voluntário de Ação<br />
Social – Servas, a “Construção do Hospital do Câncer<br />
Infantil” da Fundação Aura, o “Salão do Encontro” e<br />
a “Escola de Formação Profissional” da Apae – BH,<br />
apoiados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> há vários anos, o que t<strong>em</strong> permitido<br />
uma avaliação contínua dos benefícios gerados.<br />
Além desses, de caráter permanente, há ainda o Programa<br />
Ações Sociais Integradas – Asin/<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> que<br />
mais de 1.100 <strong>em</strong>pregados estão cadastrados como voluntários,<br />
e está orientado a contribuir para a geração<br />
de recursos e capacitação para instituições voltadas para<br />
o trabalho social, associações comunitárias, escolas e<br />
asilos, com vistas à sustentabilidade das instituições.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa também do Programa AI6% – Formando<br />
Cidadãos, parceria entre Associação Intergerencial<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – AIC – e do Projeto Asin/<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, cuja<br />
finalidade é incentivar os <strong>em</strong>pregados e aposentados da<br />
Companhia a contribuír<strong>em</strong> para os Fundos da Infância<br />
e da Adolescência – FIAs, repassando parte de seu imposto<br />
de renda devido, sendo que o resultado alcançado<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong> foi de de R$1,5 milhão. O quadro a seguir<br />
d<strong>em</strong>onstra a evolução do Programa desde seu início:<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
EVOLUÇÃO DO PROGRAMA AI6% – 2001/<strong>2008</strong><br />
Ano Arrecadação R$ mil Número de <strong>em</strong>pregados Número de instituições Número de municípios<br />
2001 189,6 628 31 16<br />
2002 178,7 787 40 24<br />
2003 95,5 718 35 23<br />
2004 235,5 1.035 41 34<br />
2005 542,9 1.719 65 48<br />
2006 960,4 2.595 108 65<br />
2007 1.243,1 2.619 139 80<br />
<strong>2008</strong> 1.573,0 2.848 147 88<br />
O montante destinado aos FIAs pelo Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />
foi de R$2,9 milhões, incluindo também a destinação de<br />
1% do Imposto de Renda da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, da TBE e da Infovias.<br />
Os Patrocínios Incentivados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> D, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT, Sá<br />
Carvalho e Capim Branco <strong>em</strong> <strong>2008</strong> totalizaram cerca de<br />
R$31 milhões.
Alguns resultados dos programas sociais de destaque da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são d<strong>em</strong>onstrados abaixo:<br />
Programas<br />
Sociais<br />
Programa AI6%<br />
Orig<strong>em</strong> Início Público Beneficiado<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, AIC e<br />
<strong>em</strong>pregados<br />
2001 Crianças e<br />
adolescentes<br />
Resultados<br />
2006<br />
108<br />
instituições de<br />
66 municípios<br />
Luz para Todos <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2004 Propriedades rurais 112.454<br />
propriedades<br />
Conviver <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2006 Baixa renda 20 mil<br />
residências<br />
Projeto<br />
Asin/<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Clarear<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2000 População<br />
carente da área<br />
de concessão da<br />
Companhia<br />
Resolução<br />
Aneel 223<br />
12.513<br />
crianças<br />
2004 465 mil clientes 160.327<br />
residências<br />
Resultados<br />
2007<br />
139 instituições<br />
de 80<br />
municípios<br />
25.982<br />
propriedades<br />
30 mil<br />
residências<br />
14.485<br />
crianças<br />
185.240<br />
residências<br />
Resultados<br />
<strong>2008</strong><br />
147<br />
instituições de<br />
88 municípios<br />
3.970<br />
propriedades<br />
50 mil<br />
residências<br />
25.917<br />
crianças<br />
Finalizado<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />
188.070<br />
residências<br />
Forma<br />
Divulgação<br />
Mídia interna<br />
TV, rádio,<br />
jornal, internet,<br />
palestras,<br />
s<strong>em</strong>inários,<br />
reuniões<br />
TV, rádio,<br />
jornal, internet,<br />
palestras,<br />
s<strong>em</strong>inários,<br />
reuniões<br />
Mídia interna<br />
TV, rádio,<br />
jornal, internet,<br />
palestras,<br />
s<strong>em</strong>inários,<br />
reuniões<br />
Fatura <strong>em</strong> Braille <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2005 Defi cientes visuais 156 235 8.496 clientes TV, rádio,<br />
jornal, internet,<br />
palestras,<br />
s<strong>em</strong>inários,<br />
reuniões<br />
Programa<br />
de Efi ciência<br />
Energética<br />
Programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
X Cesam<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 1998 Clientes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> R$45 milhões<br />
investidos<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2003 Adolescentes<br />
carentes<br />
ReLuz <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2001 Municípios 7 mil pontos<br />
de iluminação<br />
pública<br />
Biblioteca<br />
Itinerante<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2005 Empregados,<br />
familiares e<br />
sociedade<br />
R$50 milhões<br />
investidos<br />
R$24 milhões<br />
investidos<br />
TV, rádio,<br />
jornal, internet,<br />
palestras,<br />
s<strong>em</strong>inários,<br />
reuniões<br />
200 200 200 Contatos com<br />
Cesam<br />
578<br />
<strong>em</strong>préstimos<br />
15 mil pontos<br />
de iluminação<br />
pública<br />
425<br />
<strong>em</strong>préstimos<br />
Campos de Luz <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2003 População carente 332 campos de futebol concluídos<br />
entre 2006 e 2007<br />
20 mil pontos<br />
de iluminação<br />
pública<br />
841<br />
<strong>em</strong>préstimos<br />
114 campos<br />
de futebol<br />
Contatos com<br />
municípios<br />
Mídia interna<br />
Mídia interna<br />
Impactos Sociais<br />
cidadania<br />
Universalização<br />
do atendimento<br />
Uso efi ciente de<br />
energia<br />
Educação, saúde,<br />
ação comunitária,<br />
meio ambiente<br />
Universalização<br />
do atendimento<br />
Cidadania<br />
Efi cientização<br />
energética<br />
Formação<br />
profi ssional<br />
Uso efi ciente de<br />
energia<br />
Educação<br />
Cidadania<br />
91<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
92<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Serão detalhados, a seguir, alguns projetos citados no quadro:<br />
Programa Campos de Luz<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> parceria com o Governo de Minas Gerais,<br />
concluiu, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, o Programa Campos de<br />
Luz, que consistiu na realização de obras de iluminação<br />
e adequação de equipamentos <strong>em</strong> campos de futebol<br />
amador e também <strong>em</strong> campos de comunidades carentes.<br />
Em <strong>2008</strong>, o Programa finalizou a iluminação de 114<br />
campos de futebol perfazendo assim, nos cinco anos de<br />
sua impl<strong>em</strong>entação, um total de 602 campos iluminados,<br />
beneficiando a prática esportiva <strong>em</strong> 374 municípios<br />
localizados <strong>em</strong> todas as regiões do estado. No total, foram<br />
investidos R$24 milhões, sendo R$13 milhões com<br />
recursos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e o restante do Governo estadual.<br />
Dentre os benefícios proporcionados pelo Programa, pod<strong>em</strong><br />
ser citados: a melhoria da prática esportiva e de<br />
atividades culturais; maior tranqüilidade aos moradores;<br />
maior utilização dos espaços existentes; diminuição<br />
do índice de criminalidade e vandalismo e melhoria na<br />
qualidade de vida das comunidades, por meio do esporte<br />
e da cultura.<br />
Projeto Conviver<br />
O Projeto Conviver t<strong>em</strong> como objetivo promover o acesso<br />
e o uso consciente dos serviços prestados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
nas comunidades populares, elevando o número de famílias<br />
que utilizam os benefícios proporcionados pela<br />
energia elétrica regular, eficiente, segura e com conta<br />
compatível com sua capacidade econômica.<br />
O método de intervenção do Projeto Conviver se dá por<br />
meio da implantação do Agente Comunitário Conviver, da<br />
realização de campanhas de uso correto da energia e doações<br />
de equipamentos eficientes e da abertura de um canal<br />
permanente de relacionamento com as comunidades.<br />
Com um aporte de R$8,5 milhões para atender à Região<br />
Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, o Projeto<br />
Conviver realizou <strong>em</strong> 2007/<strong>2008</strong>: atendimento a 18<br />
comunidades da RMBH, visitas e cadastramento de 50<br />
mil famílias, atendimento a 70 mil famílias e doações<br />
de 150 mil lâmpadas compactas, 5 mil recuperadores<br />
de calor e 3,5 mil refrigeradores eficientes.<br />
Além disso, o Projeto Conviver adotou as ações do<br />
Projeto “<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas Escolas – Procel” para contribuir<br />
com as ações educacionais sobre o uso eficiente da<br />
energia, que visam à conscientização quanto à redução<br />
do desperdício e dos impactos ambientais, b<strong>em</strong> como<br />
mudanças de hábitos.<br />
Os resultados alcançados até <strong>2008</strong> com doações de<br />
equipamentos eficientes foram:<br />
energia economizada = 1.545.000 kWh/mês;<br />
d<strong>em</strong>anda evitada (HP) = 16.960 kW.<br />
Estes resultados equival<strong>em</strong> a:<br />
fornecimento de energia para aproximadamente 13,5<br />
mil novas moradias por mês;<br />
transferência de renda de cerca de R$875 mil por mês<br />
para as comunidades atendidas pelo Projeto;<br />
renda adicional média por família atendida de R$18,00<br />
por mês, o que equivale a aproximadamente 4% do salário<br />
mínimo.<br />
Para 2009, a previsão de aporte de recursos é de<br />
R$27,5 milhões, sendo R$23 milhões para RMBH e<br />
R$4,5 milhões para o interior do estado. Estima-se o aten-
dimento a 98 comunidades e o cadastramento de 150 mil<br />
famílias na RMBH e 30 mil famílias no interior (Governador<br />
Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia);<br />
doações de 570 mil lâmpadas compactas, 6 mil recuperadores<br />
de calor, 10 mil refrigeradores, além de 7 mil reformas<br />
elétricas e instalação de 4 mil padrões de entrada.<br />
O Projeto Conviver, além dos ganhos diretos disponibilizados<br />
às comunidades, traz para o nível <strong>em</strong>presarial<br />
ganhos significativos na redução da inadimplência e de<br />
perdas de energia nas comunidades atendidas pelo Projeto,<br />
proporcionando, ainda, à Companhia, a postergação<br />
de investimentos elétricos.<br />
Convênio <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Cesam<br />
O Programa de Aprendizag<strong>em</strong> <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Cesam, iniciado<br />
<strong>em</strong> 2003, t<strong>em</strong> por objetivo a impl<strong>em</strong>entação de<br />
programa de aprendizag<strong>em</strong> nas instalações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
para 200 adolescentes, <strong>em</strong> conformidade com a Lei<br />
10.097/2000, com a finalidade de oferecer a adolescentes<br />
carentes, assistidos e com vínculo <strong>em</strong>pregatício<br />
com o Centro Salesiano do Menor – Cesam a<br />
oportunidade de fazer o Curso de Auxiliar de Serviços<br />
Administrativos. Esse Programa permite ao adolescente<br />
o aprendizado da prática profissional por meio da vivência<br />
da realidade do trabalho e da Companhia, para<br />
desenvolvimento de sua competência.<br />
No Cesam, são ministrados, aos sábados, os cursos relativos<br />
à capacitação teórica dos adolescentes, sendo que<br />
a prática profissional é desenvolvida na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Esses<br />
adolescentes são supervisionados por tutores que, com<br />
os educadores do Cesam, acompanham o des<strong>em</strong>penho<br />
do menor nas atividades propostas, supervisionando-os<br />
e avaliando-os nos aspectos comportamentais, de eficiência,<br />
educação e progresso quanto à sociabilidade.<br />
Em <strong>2008</strong>, 200 adolescentes participaram do Programa.<br />
Projetos Culturais<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> patrocinou, por meio das leis federais<br />
de incentivo à cultura, 133 projetos, sendo 48 deles com<br />
utilização de recursos próprios, além daqueles previstos<br />
e assegurados na lei, com a utilização do art. 26 da Lei<br />
Rouanet de Incentivo à Cultura. A seleção dos projetos<br />
é realizada <strong>em</strong> parceria com a Secretaria de Estado da<br />
Cultura, no Programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Cultural, o que representa<br />
um esforço claro na construção de apoio a uma política<br />
pública de investimentos culturais. Dessa forma, a Companhia<br />
alcança d<strong>em</strong>andas do interior do estado, pequenos<br />
grupos iniciantes, iniciativas instigantes de arte cont<strong>em</strong>porânea<br />
e segmentos culturais de complexo entendimento<br />
e escasso patrocínio por parte da iniciativa privada.<br />
Belo Horizonte e o interior do estado receberam 11<br />
festivais internacionais de artes integradas, o que reforça<br />
e amplia a rede de intercâmbio cultural com grupos<br />
de outros estados e outros países. Com a terceira<br />
edição do Programa Filme <strong>em</strong> Minas, reafirmamos a<br />
vocação da Companhia no apoio ao audiovisual. No biênio<br />
2007/<strong>2008</strong>, 34 projetos foram cont<strong>em</strong>plados nas<br />
mais diversas categorias. Foram pr<strong>em</strong>iados, além dos<br />
longas e curtas-metragens, vídeos experimentais, documentários,<br />
projetos de pesquisa <strong>em</strong> desenvolvimento e<br />
literatura da área. Todos esses projetos contaram com<br />
mão-de-obra, logística e locações <strong>em</strong> Minas Gerais. Trata-se<br />
do único edital de audiovisual do país que pr<strong>em</strong>ia<br />
todos os segmentos da área e que garante a finalização<br />
e distribuição dos projetos que cont<strong>em</strong>pla.<br />
93<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Em <strong>2008</strong>, a Companhia patrocinou projetos aprovados<br />
no Ministério do Esporte, que seleciona programas para<br />
crianças <strong>em</strong> risco social e atletas para-olímpicos.<br />
Foram destinados cerca de R$4 milhões para projetos<br />
realizados <strong>em</strong> Belo Horizonte e Uberlândia, que atenderão,<br />
juntos, a milhares de crianças e adolescentes.<br />
SAÚDE, SEGURANÇA OCUPACIONAL<br />
E BEM-ESTAR -– SSO&BE<br />
Com o objetivo de diss<strong>em</strong>inar a cultura de saúde, segurança<br />
ocupacional e b<strong>em</strong>-estar entre todos os <strong>em</strong>pregados<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, incluindo contratados e <strong>em</strong>presas contratadas,<br />
<strong>em</strong> junho de <strong>2008</strong>, foi lançada a “Campanha Permanente<br />
de SSO&BE – Regras de Ouro”, divulgando regras para<br />
a saúde, segurança ocupacional e b<strong>em</strong>-estar, as quais<br />
deverão ser compartilhadas por todos. O envolvimento<br />
e a conscientização dos <strong>em</strong>pregados contribui de forma<br />
efetiva na diminuição dos acidentes de trabalho, levando<br />
a Companhia a figurar numa posição de destaque entre<br />
as d<strong>em</strong>ais concessionárias do setor elétrico nacional.<br />
Buscando maior autonomia e competência técnica para<br />
profissionais do SESMT – Serviço Especializado <strong>em</strong> Engenharia<br />
de Segurança e <strong>em</strong> Medicina do Trabalho, foi<br />
realizado um treinamento para todos os integrantes do<br />
SESMT <strong>em</strong> ergonomia, ministrado pela área de saúde da<br />
Companhia. A partir deste treinamento, os técnicos de<br />
Segurança do Trabalho da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, numa ação inovadora,<br />
poderão realizar as análises biomecânicas das diversas<br />
atividades e postos de trabalho, propiciando prevenção<br />
de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e<br />
maior segurança no trabalho.<br />
94<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Segurança<br />
Visando à adequação às necessidades da Companhia e à<br />
realidade do setor elétrico nacional, alguns padrões corporativos<br />
de Saúde, Segurança Ocupacional e B<strong>em</strong>-estar foram<br />
revisados e atualizados, conforme destacamos abaixo:<br />
os conceitos do SMART (Programa Oficial da Companhia<br />
para o Cadastro de Acidentes) foram aprimorados de forma<br />
a permitir uma análise mais confiável e melhoria na<br />
apuração dos dados estatísticos de acidentes. A confiabilidade<br />
desses dados é fundamental para retratar a realidade<br />
da Companhia perante os órgãos externos (MTE,<br />
SRTE, Funcoge 33 ), comunidade e o mercado acionário;<br />
a metodologia utilizada pela Companhia na identificação<br />
de perigos e avaliação de riscos foi atualizada para<br />
sua adequação à norma internacional de Sist<strong>em</strong>a de<br />
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional – OHSAS<br />
18001:2007 incluindo, entre outros, os aspectos relativos<br />
ao comportamento humano com conseqüente<br />
treinamento de todos os <strong>em</strong>pregados que a utilizam;<br />
reformulação do Portal SESMT, facilitando o acesso de<br />
todos os <strong>em</strong>pregados às informações corporativas relativas<br />
à SSO&BE e diss<strong>em</strong>inando a cultura de segurança<br />
da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, conforme previsto <strong>em</strong> seu mapa estratégico.<br />
Outras iniciativas:<br />
os critérios técnicos e legais de SSO&BE estão sendo<br />
escritos e revisados, por meio de Instruções de Trabalho<br />
Corporativas específicas de Saúde, Segurança<br />
Ocupacional e B<strong>em</strong>-estar, disponíveis no Portal do<br />
SESMT. O objetivo desta iniciativa é uniformizar procedimentos<br />
e definir responsabilidades, para garantir<br />
o cumprimento da legislação e da prática de prevenção<br />
de acidentes na Companhia;<br />
intensificação do Momento de Segurança, instituído<br />
pela Diretoria da Companhia <strong>em</strong> 2007, <strong>em</strong> que todos<br />
os <strong>em</strong>pregados são convidados a fazer uma reflexão sobre<br />
Saúde, Segurança Ocupacional e B<strong>em</strong>-estar, mensalmente,<br />
no mínimo por uma hora, junto com os gestores.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram enviadas mais de 1.000 sugestões relativas<br />
aos t<strong>em</strong>as: Energia Vital, Quase-Acidentes, Qualidade<br />
da Informação sobre SSO&BE, Regras de Ouro,<br />
Estratégias de SSO&BE, Ergonomia, Trânsito, entre outros.<br />
As informações relativas à gestão do Momento de<br />
Segurança passaram a ser disponibilizadas no Portal do<br />
SESMT, facilitando o acesso das áreas à situação de<br />
suas d<strong>em</strong>andas;<br />
participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> no Prêmio Funcoge <strong>2008</strong>, sendo<br />
reconhecida pela Fundação COGE como a <strong>em</strong>presa que<br />
desenvolveu o melhor trabalho do setor elétrico brasileiro<br />
na categoria Gestão da Segurança e Saúde no trabalho,<br />
com o projeto “Redesenhando o SESMT: Integração<br />
e Regionalização”;<br />
lançamento das orientações on-line sobre Direção Defensiva,<br />
com participação de mais de 7 mil <strong>em</strong>pregados,<br />
tendo como objetivo estimular atitudes de prevenção do<br />
risco de acidentes de trânsito;<br />
treinamento específico para <strong>em</strong>pregados com atividades<br />
relacionadas à eletricidade, conforme estabelecido pela<br />
NR-10, incluindo cursos técnicos e de reciclag<strong>em</strong>, alcançando<br />
mais de 169 mil homens-hora treinados;<br />
organização do 6º Rodeio de Eletricistas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com<br />
a participação de eletricistas e familiares de <strong>em</strong>pregados,<br />
que objetiva valorizar as habilidades dos eletricistas<br />
na execução de atividades que requeiram alto grau<br />
de complexidade e risco, além de ser uma oportunidade<br />
de interação, troca de experiências e divulgação das<br />
melhores práticas e inovações tecnológicas.<br />
95<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
33<br />
MRT: Ministério do Trabalho e Emprego; SRTE: Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais; e Funcoge: Fundação que sucedeu o Comitê de Gestão Empresarial<br />
(Coge), cujo objetivo é promover o aprimoramento da gestão <strong>em</strong>presarial e da cultura técnica do setor elétrico, realizando atividades de pesquisa, ensino, consultoria e<br />
desenvolvimento institucional.
96<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Acidentes<br />
A Taxa de Freqüência, relativa aos acidentados com<br />
afastamento (TFA) de pessoal próprio, contratado e da<br />
força de trabalho, manteve a tendência de decréscimo<br />
<strong>em</strong> seus valores verificada nos últimos anos.<br />
Essa tendência ressalta mais uma vez a importância<br />
das ações corporativas impl<strong>em</strong>entadas pelo SESMT<br />
e d<strong>em</strong>onstram a participação e o envolvimento<br />
dos <strong>em</strong>pregados com a campanha permanente de<br />
SSO&BE “Regras de Ouro”. Reafirma também que a
cultura dos <strong>em</strong>pregados começa a ser alterada gradativamente<br />
<strong>em</strong> busca da melhoria de condições de<br />
trabalho e melhores práticas de segurança, refletindo<br />
diretamente na queda do número de acidentes<br />
na Companhia e, conseqüent<strong>em</strong>ente, na diminuição<br />
desse indicador.<br />
TAXA DE FREQÜÊNCIA – CEMIG<br />
Critério US – 200.000<br />
2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />
Pessoal Próprio 0,53 0,37 0,48 0,43<br />
Contratados 1,91 2,17 1,35 0,94<br />
Força de Trabalho 1,18 1,30 0,92 0,72<br />
Obs.: número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200 mil horas trabalhadas. 34<br />
Na busca pela Segurança de toda a população envolvida<br />
<strong>em</strong> sua área de concessão, foi realizada mais uma vez<br />
a Campanha Externa de Prevenção de Acidentes com a<br />
População – Cepap, <strong>em</strong> todo o estado, atingindo um<br />
público de mais de 547 mil pessoas, entre estudantes e<br />
profissionais da construção civil. Esta campanha procura<br />
desenvolver, conscientizar e intensificar a cultura de segurança<br />
junto aos profissionais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e à população.<br />
A Cepap foi pr<strong>em</strong>iada <strong>em</strong> <strong>2008</strong> pela Associação Brasileira<br />
de Concessionárias de Energia Elétrica – ABCE, como<br />
a melhor campanha de segurança para a população do<br />
setor elétrico nacional.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participou também da 3ª S<strong>em</strong>ana Nacional de<br />
Segurança com a População, promovida pela Associação<br />
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – Abradee,<br />
com a finalidade de prestar orientações sobre os riscos<br />
associados à energia elétrica e os meios de prevenção<br />
de acidentes. O evento atingiu um público de mais de<br />
64 mil crianças, <strong>em</strong> 235 escolas, e cerca de 8 mil trabalhadores<br />
<strong>em</strong> 445 obras de construção civil.<br />
Além disto, a partir de <strong>2008</strong>, entraram <strong>em</strong> vigor as<br />
contratações regidas por novas cláusulas contratuais,<br />
mais exigentes nos requisitos de Segurança, Saúde<br />
e B<strong>em</strong>-estar, como a obrigatoriedade da inclusão<br />
de assistentes sociais e psicólogos nos SESMTs das<br />
<strong>em</strong>presas contratadas, a ex<strong>em</strong>plo da composição do<br />
SESMT da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Saúde<br />
Em <strong>2008</strong>, os programas de saúde foram revitalizados<br />
por meio do exame periódico, incluindo prevenção e<br />
combate de dislipid<strong>em</strong>ias, diabetes, doenças coronarianas,<br />
prevenção de câncer de próstata, detecção precoce<br />
de câncer de mama e prevenção de câncer de intestino.<br />
Outro destaque foi a realização da Campanha de Vacinação/<strong>2008</strong>,<br />
onde mais de 7.000 <strong>em</strong>pregados foram<br />
imunizados contra a gripe.<br />
Dando continuidade ao propósito de orientar e conscientizar<br />
os <strong>em</strong>pregados sobre os fatores de risco e<br />
os meios de prevenção de doenças, os programas<br />
de qualidade de vida – Energia Vital foram intensificados<br />
e atingiram, com seus subprogramas, os<br />
seguintes índices <strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />
97<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
34<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> considera <strong>em</strong> seus dados os cadastros de pequenas lesões. Os dias perdidos são calculados levando-se <strong>em</strong> consideração os dias civis, contados a partir<br />
do seguinte ao do acidente. Não houve caso de Doença Ocupacional (DO) identificado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.
PROLONGAR – Programa de Estímulo<br />
à Atividade Física<br />
Incentiva a prática de atividades físicas aeróbicas para os<br />
<strong>em</strong>pregados que se enquadr<strong>em</strong> nos critérios de inclusão do<br />
Programa, por meio do re<strong>em</strong>bolso de parte das mensalidades<br />
de cursos como natação, ginástica, hidroginástica, etc.<br />
Ano Empregados Inscritos Empregados praticando exercícios % Empregados praticando exercícios<br />
2006 887 472 53,2<br />
2007 1.183 689 58,2<br />
<strong>2008</strong> 1.470 893 60,8<br />
REPENSAR – Programa de Prevenção<br />
da Obesidade<br />
98<br />
Alerta os <strong>em</strong>pregados sobre os riscos da obesidade <strong>em</strong><br />
relação à saúde e também sobre os probl<strong>em</strong>as de segurança<br />
no trabalho. Os <strong>em</strong>pregados inscritos são encaminhados<br />
para nutricionista, endocrinologista e psicólogo,<br />
com despesas pagas pela Companhia.<br />
Em <strong>2008</strong>, houve melhoria nos critérios de inclusão no<br />
Programa, de modo a atingir também os <strong>em</strong>pregados<br />
<strong>em</strong> atividade de risco que estavam com sobrepeso,<br />
mas ainda não obesos. Dessa forma, foram 1470 <strong>em</strong>pregados<br />
inscritos e, destes, 446 estavam com sobrepeso,<br />
ou seja, com Índice de Massa Corporal (IMC)<br />
entre 25,0 e 29,9.<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Ano Empregados Inscritos Empregados com IMC < 30,0 % Empregados com IMC Controlado<br />
2006 906 138 15,2<br />
2007 1.167 368 31,5<br />
<strong>2008</strong> 1.024* 219 21,4<br />
(*) Apenas <strong>em</strong>pregados obesos, ou seja, com IMC ≥ 30,0.<br />
PROCOHAR – Programa de Controle<br />
da Hipertensão Arterial<br />
Controla mensalmente a pressão arterial, orienta os <strong>em</strong>pregados<br />
com pressão arterial não-controlada e estimula a prática<br />
de atividades físicas. O Programa inclui a contribuição<br />
financeira por parte da Companhia, por meio de re<strong>em</strong>bolso<br />
de despesas realizadas com ginástica, natação, ciclismo e<br />
atletismo para os <strong>em</strong>pregados inscritos nestas atividades.<br />
Ano Empregados Inscritos Empregados com Pressão Arterial Controlada % Empregados com Pressão Arterial Controlada<br />
2006 1.536 1.037 67,5<br />
2007 1.577 1.095 69,4<br />
<strong>2008</strong> 1.639 1.293 78,9
RESPIRAR – Programa<br />
de Abandono do Tabagismo<br />
Promove orientações médicas aos fumantes, campanhas<br />
contra o tabagismo e restringe o hábito de fumar aos<br />
fumódromos instalados nos prédios da Companhia.<br />
Estes índices norteiam as estratégias de atuação do<br />
SESMT sobre o estilo e hábitos de vida dos <strong>em</strong>pregados<br />
e seus familiares, por meio de ações de educação,<br />
vigilância, apoio e segurança, objetivando a redução de<br />
doenças, controle dos fatores de riscos e alterações do<br />
perfil de saúde dos <strong>em</strong>pregados.<br />
B<strong>em</strong>-estar<br />
Os programas corporativos e as ações voltadas para o<br />
b<strong>em</strong>-estar dos <strong>em</strong>pregados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> inclu<strong>em</strong>:<br />
Programa de Readaptação Profissional – Visa ao redirecionamento<br />
dos <strong>em</strong>pregados que tiveram a sua capacidade<br />
laborativa reduzida <strong>em</strong> decorrência de acidente<br />
ou doença, implicando mudança de função. Dos 59<br />
casos de readaptação <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram concluídos 22<br />
casos, cuja avaliação foi resultado do trabalho integrado<br />
das áreas médicas, psicológica, cargos e r<strong>em</strong>uneração,<br />
social, de segurança e da gerência do <strong>em</strong>pregado;<br />
Programa de Inclusão de Portadores de Deficiência –<br />
Além de prever o que dispõe a lei, a Companhia v<strong>em</strong><br />
desenvolvendo um programa de inclusão e acessibilidade<br />
dos deficientes;<br />
Curso de Orientação Médico-Social sobre a questão<br />
materno-infantil para “casais grávidos” – T<strong>em</strong> o objetivo<br />
de lhes propiciar maior segurança na vivência<br />
da gravidez, do parto e dos cuidados com a criança.<br />
Em <strong>2008</strong>, foram realizados dois cursos totalizando<br />
44 participações. Foi realizado o “2º Reencontro<br />
Pós-curso Materno”, proporcionando o reencontro dos<br />
participantes, contando inclusive com a presença dos<br />
bebês, para troca de experiências e reflexão sobre o<br />
papel dos pais na formação dos filhos;<br />
realização do S<strong>em</strong>inário de Preparação para Aposentadoria<br />
– PPA – T<strong>em</strong> como objetivo contribuir para que<br />
os participantes construam seu projeto de vida e discutam<br />
sobre a forma de utilizar o t<strong>em</strong>po disponível a<br />
partir da sua aposentadoria. Em <strong>2008</strong>, foram realizados<br />
oito eventos atingindo 278 <strong>em</strong>pregados/familiares;<br />
99<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
100<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
realização de palestras/atendimentos relativos ao<br />
Programa de Planejamento do Orçamento Pessoal e Familiar<br />
– Objetiva conscientizar os <strong>em</strong>pregados sobre a<br />
importância do equilíbrio financeiro para a sua tranqüilidade<br />
e, conseqüent<strong>em</strong>ente, para a prevenção de acidentes<br />
motivados por fatores externos à rotina de trabalho.<br />
Liberação de 70 <strong>em</strong>préstimos – saúde, especial e<br />
habitacional, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, como forma de contribuir para<br />
o equilíbrio financeiro e tranqüilidade dos <strong>em</strong>pregados;<br />
realização de 119 intervenções sociais aos acidentados<br />
no trabalho e 39 intervenções sociais com a<br />
população, com vistas à orientação e cobertura de<br />
despesas com tratamento de saúde pela Companhia.<br />
E, ainda, 23 intervenções sociais aos aposentados por<br />
invalidez decorrente de acidente do trabalho ou doença<br />
ocupacional, objetivando a cobertura do tratamento<br />
de saúde dos mesmos;<br />
Inventário Social, iniciado <strong>em</strong> 2007, como projeto-piloto<br />
no Sul de Minas. Em <strong>2008</strong>, foi expandido para as regiões<br />
Norte e Centro, <strong>em</strong> Januária e Belo Horizonte, respectivamente.<br />
Esse Programa consiste no atendimento<br />
individual e programado aos eletricistas, pelo assistente<br />
social, visando reduzir as taxas de freqüência de acidentes,<br />
absenteísmo e custos do acidente de trabalho.<br />
RELACIONAMENTO COM<br />
FORNECEDORES E CONTRATADOS<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> consolidou a certificação integrada para todos<br />
os seus processos de avaliação, gestão e desenvolvimento<br />
dos fornecedores, recebendo a certificação <strong>em</strong><br />
outubro de 2007, nas normas ISO 9001:2000, Sist<strong>em</strong>a<br />
de Gestão Ambiental – SGA nível 1 e OHSAS 18001.<br />
Além disso, t<strong>em</strong> realizado trabalho de motivação com<br />
os fornecedores para a melhoria de suas práticas de<br />
gestão por meio do Programa Fórum de Competitividade<br />
– FGCOM, parceria entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, o BDMG e o Prêmio<br />
Mineiro de Qualidade e Produtividade.<br />
Em 2007, iniciou-se a implantação de um programa de<br />
desenvolvimento de fornecedores envolvendo entidades<br />
de classe como o Instituto Euvaldo Lodi e a Federação<br />
das Indústrias de Minas Gerais – Fi<strong>em</strong>g, visando aprimorar<br />
o parque da indústria mineira e nacional, por<br />
meio da melhoria e desenvolvimento de um conjunto<br />
de novos produtos aplicáveis ao sist<strong>em</strong>a elétrico, com<br />
desenvolvimento de novas tecnologias, investimentos<br />
<strong>em</strong> capacidade produtiva, melhoria de gestão e de<br />
competitividade e eventuais parcerias. Com esse Programa,<br />
está <strong>em</strong> curso a criação do sist<strong>em</strong>a de gestão<br />
“Qualidade Assegurada” com aqueles fornecedores de<br />
melhor avaliação no ano, garantindo o cumprimento do<br />
planejamento do suprimento de material.<br />
Nas aquisições de bens e serviços, é verificada a conformidade<br />
aos requisitos relacionados a qualidade, meio<br />
ambiente, saúde e segurança no trabalho.<br />
No processo de habilitação de fornecedores, são realizadas<br />
avaliações técnicas industriais <strong>em</strong> relação às suas<br />
instalações. No caso de prestadores de serviço, a avaliação<br />
consiste na conferência de todas as informações referentes<br />
à regularização de registros de <strong>em</strong>pregados, EPIs,<br />
EPCs, disponibilidade de equipamentos e outros recursos<br />
necessários à boa prestação do serviço pelas contratadas.<br />
Como melhoria deste processo, os critérios de avaliação<br />
foram revisados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, incorporando requisitos específicos<br />
relacionados a responsabilidade social, seguindo
diretrizes internacionais da norma SA 8000, incluindo<br />
trabalho infantil, trabalho forçado, valorização da diversidade<br />
social, programas de benefícios a <strong>em</strong>pregados,<br />
serviços de atendimento a clientes e desenvolvimento<br />
de ações e projetos sociais voluntários.<br />
Os processos licitatórios, os respectivos contratos e<br />
sua gestão asseguram a existência e cumprimento dos<br />
requisitos legais que visam garantir a segurança, higiene<br />
e saúde no trabalho, a preservação do meio<br />
ambiente e a observância ao Estatuto da Criança e<br />
do Adolescente. Procedimentos corporativos garant<strong>em</strong><br />
a eqüidade no tratamento de fornecedores, estabelecendo<br />
requisitos para a habilitação jurídica, comprovação<br />
de regularidade fiscal, qualificação técnica e<br />
econômico-financeira. Os fornecedores são avaliados<br />
periodicamente, com base <strong>em</strong> parâmetros objetivos e<br />
previamente definidos. Para tanto, é utilizado o indicador<br />
de des<strong>em</strong>penho específico – Índice de Des<strong>em</strong>penho<br />
do Fornecedor – IDF –, <strong>em</strong> que os requisitos<br />
qualidade, fornecimento, preço, cadastro e serviço/<br />
garantia são permanent<strong>em</strong>ente avaliados, geridos e<br />
controlados pelo software de gestão corporativo SAP/<br />
R3, sendo também abordados conformidade com o escopo<br />
contratado, satisfação do cliente, cumprimento<br />
de metas, cumprimento de prazos e atendimento aos<br />
requisitos de qualidade, segurança, meio ambiente,<br />
responsabilidade social, entre outros.<br />
Os critérios de avaliação e seus resultados são informados<br />
pelos órgãos gestores dos contratos aos respectivos<br />
fornecedores, garantindo transparência na relação e<br />
permitindo que estes tenham condições de corrigir e<br />
melhorar seus produtos e suas instalações. Nos editais<br />
de aquisição de serviços e materiais constam exigências<br />
com relação ao trabalho de menor, pelas quais o fornecedor<br />
deve anexar documento garantindo a não contratação<br />
de mão-de-obra infantil, exigência feita também<br />
quando da realização de cadastro.<br />
Foram ainda introduzidas nos contratos, e são acompanhadas<br />
pela Companhia, cláusulas relativas a:<br />
proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a<br />
menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores<br />
de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de<br />
14 anos, conforme estabelecido na Constituição Federal<br />
do Brasil;<br />
obrigatoriedade de apresentação da cópia dos documentos<br />
de registro <strong>em</strong>pregatício e da comprovação mensal<br />
de recolhimento do INSS/FGTS para os contratos de<br />
prestação de serviços;<br />
obrigatoriedade de apresentação das licenças ambientais<br />
necessárias à execução dos serviços quando requeridas<br />
pela legislação;<br />
preferência por contratação de mão-de-obra local fomentando<br />
o desenvolvimento nos locais de implantação<br />
das obras;<br />
exigência de cumprimento das instruções normativas,<br />
normas regulamentadoras, portarias e notas técnicas<br />
<strong>em</strong>itidas pelo Ministério do Trabalho, relativas à segurança<br />
e saúde no trabalho;<br />
exigência de que as <strong>em</strong>presas possuam <strong>em</strong> seu quadro<br />
de funcionários engenheiros e técnicos de segurança do<br />
trabalho para implantação e acompanhamento do Plano<br />
de Segurança do Trabalho;<br />
exigência de disponibilidade e utilização do EPI (Equipamento<br />
de Proteção Individual) e EPC (Equipamento<br />
de Proteção Coletiva);<br />
101<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
102<br />
DIMENSÃO<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
exigência de rigoroso controle da jornada de trabalho,<br />
intervalos interjornada e intrajornada, conforme Consolidação<br />
das Leis do Trabalho – CLT;<br />
exigência de que seja provido aos <strong>em</strong>pregados que trabalh<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> caráter permanente nas obras, programa de<br />
saúde e adequada estrutura de atendimento escolar e<br />
médico-hospitalar, extensivo às respectivas famílias;<br />
exigência de comprovação mensal do pagamento dos<br />
tributos, seguros, salários dos <strong>em</strong>pregados, encargos<br />
sociais, trabalhistas e previdenciários;<br />
exigência de adoção das medidas necessárias à proteção<br />
ambiental e às precauções para evitar a ocorrência<br />
de danos ao meio ambiente e a terceiros;<br />
exigência de apresentação de um Plano de Prevenção<br />
de Riscos Ambientais e de Controle de Medicina e<br />
Saúde Ocupacional;<br />
exigência de recuperação ambiental de áreas degradadas,<br />
decorrentes da execução das obras;<br />
exigência de garantias de que as instalações fornecidas<br />
estejam aptas a operar de acordo com todas as condições<br />
e parâmetros ambientais legalmente vigentes,<br />
dispondo de sist<strong>em</strong>as de gerenciamento dos aspectos<br />
ambientais, incluindo o controle de ruídos, de <strong>em</strong>issões<br />
atmosféricas, de efluentes líquidos e de resíduos sólidos.<br />
Nos últimos cinco anos, com o objetivo de aprimorar a<br />
gestão da qualidade, ambiental, da segurança no trabalho<br />
e da responsabilidade social dos vários contratos e<br />
o desenvolvimento de novos fornecedores de materiais,<br />
para melhor atender à cadeia de suprimentos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
foram realizadas mais 29.086 inspeções de material<br />
e 524 visitas de avaliação técnica industrial, no Brasil
e no exterior, e 263 visitas técnicas a <strong>em</strong>preiteiras. No mesmo<br />
período, foram celebrados diversos convênios com a indústria<br />
para a utilização dos laboratórios da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com a finalidade<br />
de desenvolvimento comum de novos produtos, aferição de<br />
instrumentos, orientação tecnológica na impl<strong>em</strong>entação de<br />
laboratórios, metodologia de ensaios e certificações.<br />
Visando ao aprimoramento e introdução de novas tecnologias<br />
e a atração e o desenvolvimento de novos fornecedores,<br />
foi implantado o sist<strong>em</strong>a de pré-homologação de<br />
materiais, que reduz exigências técnicas prévias e facilita<br />
acesso de novos fornecedores às licitações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Além disso, foram desenhadas novas rotinas de gerenciamento<br />
da qualidade, para avaliar o des<strong>em</strong>penho<br />
e o desenvolvimento dos fornecedores da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong><br />
consonância com o planejamento estratégico da Companhia.<br />
Foi alcançado <strong>em</strong> <strong>2008</strong> o índice médio de 9%<br />
de melhoria de des<strong>em</strong>penho dos mesmos. Com base nos<br />
resultados dos indicadores de des<strong>em</strong>penho implantados,<br />
será instituído <strong>em</strong> 2009 o Programa de Reconhecimento<br />
de Des<strong>em</strong>penho de Fornecedores da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com o intuito<br />
de pr<strong>em</strong>iar os fornecedores <strong>em</strong> destaque, estimular<br />
melhoria de des<strong>em</strong>penho e fortalecer parcerias.<br />
Consolidando este processo, está impl<strong>em</strong>entado desde<br />
2007 o sist<strong>em</strong>a de suporte ao Portal de Compras da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, na internet, com a finalidade de garantir maior<br />
agilidade nos processos de aquisição de materiais, na<br />
contratação de serviços e na modernização do contato<br />
com os fornecedores. Por meio de pregão e cotação<br />
eletrônica, é possível reduzir custos, além de realizar<br />
os negócios de forma transparente e segura.<br />
103<br />
SOCIAL<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
PARTICIPAÇÕES
Gasmig<br />
A Gasmig foi constituída <strong>em</strong> julho de 1986 para desenvolver<br />
a distribuição de gás natural canalizado <strong>em</strong> Minas<br />
Gerais. Em agosto de 2004, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e a Petrobras<br />
firmaram Acordo de Associação, segundo o qual a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
aceitou vender participação societária de 40% na Gasmig<br />
à Gaspetro, uma das subsidiárias da Petrobras. Nos<br />
termos do Acordo de Associação, a Petrobras comprometeu-se<br />
a efetuar investimentos para expandir a capacidade<br />
dos atuais dutos de transporte de gás conectados que<br />
abastec<strong>em</strong> a rede de distribuição da Gasmig, b<strong>em</strong> como<br />
investir na construção de novos dutos. Além disso, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
e Petrobras se comprometeram a custear o Plano Diretor<br />
da Gasmig para expandir a sua rede de distribuição.<br />
Dentro dos projetos de ampliação da capacidade de distribuição<br />
de gás natural pela Gasmig, está <strong>em</strong> andamento<br />
o Projeto Sul de Minas, com investimento aproximado<br />
de R$132 milhões e entrada <strong>em</strong> operação prevista para<br />
julho de 2009. Essas redes perfaz<strong>em</strong> 110 km e serão<br />
supridas pelo gasoduto de transporte Paulínia – Jacutinga<br />
que está sendo construído pela Petrobras.<br />
Um outro importante investimento é o Projeto Vale do<br />
Aço, que investirá cerca de R$661 milhões <strong>em</strong> obras<br />
que dev<strong>em</strong> começar <strong>em</strong> março de 2009 e início de fornecimento<br />
previsto para março de 2010. Essas redes<br />
terão extensão de 278 km e o fornecimento será viabilizado<br />
pela ampliação da capacidade de transporte do<br />
gasoduto Gasbel – Rio / Belo Horizonte também <strong>em</strong><br />
execução pela Petrobras.<br />
No ano de <strong>2008</strong>, o volume de gás vendido pela Gasmig<br />
foi de 881.148 mil m³, sendo 59,1% para uso industrial,<br />
8,3% para uso automotivo e 32,6% para geração<br />
térmica. Com sua rede de 407 km de extensão, atendeu<br />
269 clientes de 22 municípios da Região Metropolitana<br />
de Belo Horizonte, Zona da Mata, Vale do Aço e Sul de<br />
Minas. A Gasmig segue uma filosofia de respeito e diálogo<br />
com as partes interessadas e comunidades direta<br />
e indiretamente atingidas por obras de implantação e<br />
ampliação de sua rede. Dessa forma, realizou, ao longo<br />
de <strong>2008</strong>, atividades nas comunidades de Brumadinho e<br />
Nova Lima – por ocasião da implantação do ramal da<br />
companhia Vale – e, ainda, nas comunidades atingidas<br />
pelas obras de expansão da rede de gás natural no Sul<br />
de Minas, nas cidades de Caldas, Poços de Caldas, Andradas<br />
e Jacutinga.<br />
A Gasmig destina parte de seu Imposto de Renda a projetos<br />
culturais inseridos na Lei Federal de Incentivo à<br />
Cultura (Lei Rouanet) e a instituições sociais registradas<br />
nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do<br />
Adolescente, <strong>em</strong> acordo com as legislações pertinentes.<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>em</strong>presa destinou cerca de R$513 mil para<br />
seis projetos culturais e outros R$128 mil para sete projetos<br />
assistenciais voltados a crianças e adolescentes.<br />
Ao longo do ano de <strong>2008</strong>, foram concedidas à <strong>em</strong>presa<br />
uma Licença de Instalação – LI, uma retificação de<br />
Licença de Instalação – LI, três Autorizações para a Exploração<br />
Florestal – APEF, três Autorizações Ambientais<br />
de Funcionamento – AAF e três dispensas ambientais<br />
pelos órgãos competentes do estado de Minas Gerais.<br />
Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a Gasmig iniciou obras de recuperação<br />
de 8,65 hectares de Áreas Degradadas no Parque<br />
Estadual Serra do Rola Moça, área que abriga seis importantes<br />
mananciais que abastec<strong>em</strong> parte da Região<br />
Metropolitana de Belo Horizonte.<br />
105<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
Light<br />
A Light S.A. é a holding que controla integralmente,<br />
entre outras <strong>em</strong>presas, a concessionária de distribuição<br />
Light Serviços de Eletricidade S.A., com 3,9 milhões de<br />
consumidores <strong>em</strong> 31 municípios do estado do Rio de Janeiro,<br />
a geradora Light Energia S.A., que detém 855 MW<br />
de capacidade instalada <strong>em</strong> usinas hidrelétricas e a<br />
Light Esco, comercializadora de energia e prestadora de<br />
serviços <strong>em</strong> eficiência energética.<br />
O controle da Light é exercido pela Rio Minas Energia<br />
S.A. (RME), que detém 52,1% de seu capital social e é<br />
controlada, por sua vez, por quatro acionistas: <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />
AG Concessões, Luce Brasil FIP e Equatorial Energia,<br />
cada um com 25% de participação acionária. A gestão<br />
da Light pela RME, iniciada <strong>em</strong> agosto de 2006, formalizou<br />
seu compromisso com a sustentabilidade, por<br />
meio da impl<strong>em</strong>entação de ações voltadas aos interesses<br />
dos stakeholders.<br />
Em 2007, esse compromisso passou a integrar a sua<br />
Missão: “Ser uma grande Empresa brasileira comprometida<br />
com a sustentabilidade, respeitada e admirada pela<br />
excelência do serviço prestado a seus clientes e à co-<br />
106<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
munidade, pela criação de valor para seus acionistas e<br />
por se constituir <strong>em</strong> um ótimo lugar para se trabalhar.”<br />
Assim, contando com colaboradores alinhados aos valores<br />
da Companhia e à sua Missão, a Light t<strong>em</strong> suas ações planejadas<br />
de forma estruturada e vinculadas a compromissos<br />
de gestão pactuados entre o Conselho de Administração<br />
e os diretores, e destes com todo o quadro de gestores.<br />
Nos dois primeiros anos da nova gestão, a Light conseguiu<br />
inverter seu resultado, passando de prejuízo<br />
a lucro líquido, por meio de diversas ações de sucesso,<br />
como a redução do nível de inadimplência e a<br />
renegociação de débitos passados, um novo método<br />
de controle de despesas e a ampla reestruturação<br />
da estrutura de capital. Em <strong>2008</strong>, como continuação<br />
do seu processo de desenvolvimento, a Light iniciou<br />
seu Plano de Valorização, que possui quatro frentes<br />
de atuação: Resultados, Produto, Mercado e Sustentabilidade:<br />
Resultados – Proteger a <strong>em</strong>presa de riscos e dotá-la<br />
de inteligência estratégica; mitigar riscos regulatórios;<br />
manter o crescimento significativo do Ebitda;<br />
Produto – Melhorar e modernizar o sist<strong>em</strong>a elétrico;<br />
expandir a capacidade de geração; buscar melhorias<br />
sist<strong>em</strong>áticas de aumento de eficiência por meio de iniciativas<br />
de redução de custos, melhorias operacionais e<br />
revisão de processos;<br />
Mercado – Reduzir perdas por meio da implantação de<br />
novas tecnologias e melhoria de processos; contribuir<br />
para o desenvolvimento da área de concessão; viabilizar<br />
o uso do patrimônio imobiliário da Light como fonte<br />
de resultados; capacitar o Grupo Light a ser player nodal<br />
do setor elétrico brasileiro;<br />
Sustentabilidade – Implantar uma sólida cultura <strong>em</strong>presarial<br />
voltada para resultados e mérito, com foco no <strong>em</strong>pregado<br />
e <strong>em</strong> melhorias no ambiente de trabalho; consolidar<br />
imag<strong>em</strong> institucional de liderança inovadora do<br />
setor e de compromisso com a sociedade; promover as<br />
melhores práticas de governança e gestão corporativa.<br />
Para tornar sua Missão uma realidade, a Light baseia-se<br />
nas melhores práticas de Governança Corporativa, que<br />
agregam valor à Companhia e aos seus stakeholders e<br />
estabelec<strong>em</strong> padrões de transparência e comunicação<br />
com o mercado que contribu<strong>em</strong> para sua perenidade.<br />
O reconhecimento da busca por melhores práticas de<br />
governança e do compromisso com a sustentabilidade<br />
foi confirmado pela da inclusão da Light S.A. na carteira<br />
do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)<br />
da Bovespa <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro de 2007, e por sua permanência<br />
na carteira vigente entre dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong> e<br />
nov<strong>em</strong>bro de 2009. Destaca-se também o recebimento<br />
do Top Social <strong>2008</strong> e do 7º Marketing Best de Responsabilidade<br />
Social <strong>2008</strong>.<br />
Na busca pela consolidação do comprometimento com a<br />
sustentabilidade, a atuação da Light faz convergir seus<br />
objetivos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido,<br />
possui políticas e procedimentos internos alinhados<br />
com os Princípios do Pacto Global, com as Convenções<br />
Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho<br />
(OIT) e com os Princípios de Proteção e de Defesa dos<br />
Direitos Humanos das Nações Unidas.<br />
A satisfação de seus clientes é obtida por meio de um<br />
serviço de qualidade, a preços adequados, com os clientes<br />
sendo respeitados, ouvidos e tratados com igualdade.<br />
107<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
108<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Para isso, a Light investe continuamente na modernização<br />
dos serviços oferecidos, mantém a equipe comercial<br />
<strong>em</strong> constante processo de aprendizag<strong>em</strong> e os canais de<br />
atendimento alinhados às mudanças do mercado e necessidades<br />
dos clientes. Dentre as ações voltadas para a<br />
satisfação e o conforto dos clientes, ressalta-se a reforma<br />
das agências comerciais, oferecendo maior conforto<br />
aos clientes e funcionários, apresentando padrões de<br />
ergonomia adequados e adaptação para o atendimento<br />
aos portadores de necessidades especiais, inclusive com<br />
o treinamento de atendentes comerciais na Linguag<strong>em</strong><br />
Brasileira de Sinais, com o objetivo de prestar atendimento<br />
diferenciado aos portadores de deficiência auditiva.<br />
Na busca pela satisfação e motivação de seus colaboradores,<br />
a Light adotou como um dos valores da sua<br />
gente a alegria no trabalho e ampliou a concessão de<br />
tratamento adequado <strong>em</strong> termos de treinamento, segurança<br />
no trabalho e r<strong>em</strong>uneração, esta última vinculada<br />
ao bom des<strong>em</strong>penho alcançado. Em <strong>2008</strong>, reforçando<br />
o seu comprometimento com a sustentabilidade e ratificando<br />
sua vocação histórica com as questões sociais, a<br />
Light impl<strong>em</strong>entou sua Política de Diversidade da Força<br />
de Trabalho, com o objetivo de promover a inclusão<br />
de pessoas portadoras de deficiência, capacitando-as<br />
e oferecendo-lhes um ambiente inclusivo <strong>em</strong> todos os<br />
aspectos, de forma a maximizar sua contribuição e proporcionar<br />
condições adequadas ao seu desenvolvimento<br />
profissional, além de promover a eqüidade de gênero.<br />
Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi formalizada a política de gestão<br />
de <strong>em</strong>presas contratadas para a prestação de serviços<br />
terceirizados, tendo como objetivo, mediante acompanhamento<br />
contínuo, estruturado e centralizado, contribuir<br />
para o desenvolvimento das melhores práticas<br />
de gestão e o respeito integral aos acordos coletivos<br />
e legislações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e<br />
ambientais a que essas <strong>em</strong>presas estejam vinculadas.<br />
A promoção das melhores práticas da cadeia de valor<br />
quanto ao atendimento dos tópicos referentes a direitos<br />
humanos, ética e meio ambiente, ocorre por meio de critérios<br />
de seleção, de cláusulas contratuais e de avaliação<br />
da qualidade do serviço ou material. Com o objetivo<br />
de estreitar ainda mais a relação com seus fornecedores,<br />
a Light realizou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o evento “Construindo<br />
Resultados – Encontro de Fornecedores Light”, onde foi<br />
realizada a primeira pr<strong>em</strong>iação de Qualidade no Fornecimento<br />
da Companhia e foram compartilhados os objetivos<br />
estratégicos e os processos de negócio da Light.<br />
No que tange à comunidade, a Empresa atua por meio<br />
do Instituto Light, do Centro Cultural Light e o desenvolvimento<br />
de projetos de Eficiência Energética.<br />
O Instituto Light t<strong>em</strong> como missão principal contribuir<br />
para o aprimoramento das condições econômicas e sociais<br />
da área de concessão da Light. Isso se concretiza<br />
por meio de programas que vinculam responsabilidade<br />
social com o interesse funcional e o domínio geográfico<br />
da Companhia, apoiando a promoção do b<strong>em</strong> público e,<br />
ao mesmo t<strong>em</strong>po, a sua sustentabilidade econômica.<br />
São desenvolvidos programas de acordo com os seguintes<br />
eixos estratégicos: Eixo Urbano (políticas urbanas,<br />
planejamento urbano, combate à informalidade); Eixo<br />
Social (incentivo à ciência, história e literatura); Eixo<br />
Ambiental (conservação do meio ambiente e uso racional<br />
da energia); Eixo Cultural (valorização do patrimô-
nio histórico, cursos e publicações); Eixo Institucional<br />
(aprimoramento do relacionamento institucional e acompanhamento<br />
do des<strong>em</strong>penho de instituições públicas).<br />
Já o Centro Cultural Light (CCL), construído no prédio<br />
histórico da sede da Companhia, tombado pelo Governo<br />
Federal <strong>em</strong> 1985, é o guardião de um rico acervo<br />
histórico sobre a Light, a cidade e o estado. O CCL t<strong>em</strong><br />
no apoio às artes, cultura, educação e no atendimento<br />
a pesquisadores suas principais vertentes. O principal<br />
projeto desenvolvido pelo CCL é o programa educacional<br />
“Centro Cultural Light para Estudantes”, com o<br />
objetivo de promover o conhecimento sobre a história<br />
da eletricidade e da Companhia. Iniciado <strong>em</strong> junho<br />
de 2002, esse projeto já beneficiou mais de 200 mil<br />
estudantes e professores.<br />
A eficiência energética, vista tradicionalmente como<br />
a conservação de recursos não-renováveis, representa<br />
hoje, na Light, um dos mais claros ex<strong>em</strong>plos de ação<br />
com foco na sustentabilidade. De fato, os projetos desenvolvidos<br />
englobam não só ações voltadas para o uso<br />
racional da energia elétrica, mas também a educação<br />
para promover o uso eficiente de energia, a geração<br />
de <strong>em</strong>prego e renda e a inclusão social. Por outro lado,<br />
os projetos de eficiência energética também representam<br />
um diferencial no negócio da Light, proporcionando<br />
oportunidades a seus clientes de gerir de forma eficiente<br />
a utilização dos recursos energéticos, além de atuar na<br />
redução de perdas e inadimplência <strong>em</strong> decorrência de<br />
um melhor relacionamento com os clientes, da adequação<br />
do consumo à capacidade de pagamento das contas<br />
de energia e da regularização técnica e comercial dos<br />
clientes de baixo poder aquisitivo.<br />
Ressalte-se aqui também o papel da Light Esco como<br />
<strong>em</strong>presa integradora de soluções energéticas e <strong>em</strong> parceria<br />
com o cliente para encontrar as melhores alternativas<br />
para aquisição e otimização do uso de energia.<br />
Sua atividade está subdividida <strong>em</strong> dois segmentos de<br />
atuação: comercialização de energia no mercado livre e<br />
de fontes energéticas alternativas/incentivadas e serviços<br />
de infra-estrutura e eficiência energética. Em <strong>2008</strong>,<br />
sua receita com serviços teve um aumento estimado de<br />
receita de 110% <strong>em</strong> relação a 2007.<br />
O compromisso com o meio ambiente está presente desde<br />
a construção das primeiras usinas hidrelétricas da<br />
Light. Atualmente, a Política Ambiental da Light, formalizada<br />
com a implantação do Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental<br />
(SGA), v<strong>em</strong> norteando suas práticas ambientais e<br />
garantindo a melhoria contínua do seu des<strong>em</strong>penho ambiental.<br />
O SGA obteve sua primeira certificação concedida<br />
pela NBR ISO 14001 <strong>em</strong> 2002, e hoje abrange 182<br />
unidades, incluindo subestações, linhas de transmissão,<br />
usinas hidrelétricas, agências comerciais e postos de<br />
auto atendimento. Nas usinas geradoras da Light Energia,<br />
o sist<strong>em</strong>a está integrado à área de segurança e saúde<br />
ocupacional, disciplinada pela norma OHSAS 18001 e<br />
com as já tradicionais normas que asseguram a melhoria<br />
contínua da qualidade dos processos, a série ISO 9001.<br />
A preocupação com a sustentabilidade norteia o esforço<br />
de expansão da Companhia, que pretende ampliar <strong>em</strong><br />
cerca de 40% a sua capacidade de geração de energia<br />
elétrica nos próximos anos, expresso no seu direcionamento<br />
estratégico que foca <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos de<br />
fontes renováveis e no extr<strong>em</strong>o cuidado com que trata as<br />
questões socioambientais associadas aos novos projetos.<br />
109<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
TBE<br />
A TBE é um conjunto de 8 concessionárias de transmissão<br />
de energia elétrica, atuando nos estados do Pará,<br />
Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do<br />
Sul, com instalações que totalizam 3.120 km de linhas<br />
de transmissão e 25 subestações nas tensões primárias<br />
de 230 e 500 kV. Em 31/12/<strong>2008</strong>, a TBE contava com<br />
116 <strong>em</strong>pregados. As <strong>em</strong>presas da TBE são as seguintes:<br />
Empresa Início de Operação Participação <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
EATE – Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A. Março/2003 17,16%<br />
ECTE – Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A. Março/2002 7,49%<br />
ETEP – Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A. Agosto/2002 19,26%<br />
ENTE – Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. Fevereiro/2005 18,35%<br />
ERTE – Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A. Set<strong>em</strong>bro/2004 18,35%<br />
STC – Sist<strong>em</strong>a de Transmissão Catarinense S.A. Dez<strong>em</strong>bro/2007 13,51%<br />
Lumitrans – Companhia Transmissora de Energia Elétrica Abril/2007 13,51%<br />
EBTE – Empresa Brasileira de Transmissão de Energia S.A. Previsto para Junho/2010 57,11%<br />
110<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
As concessões de transmissão das <strong>em</strong>presas acima têm<br />
prazo de 30 anos, com possibilidade de renovação, mediante<br />
contratos de concessão firmados com a Aneel.<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com participação societária de 49%, e a Empresa<br />
Brasileira de Transmissão de Energia (EBTE), com<br />
51%, constituíram a Empresa Amazonense de Transmissão<br />
de Energia S.A. (EATE), e venceram o Lote D do leilão<br />
Aneel 004/<strong>2008</strong>, que envolve a construção, operação<br />
e manutenção das seguintes instalações de transmissão:<br />
LT MAGGI – JUBA, CD, 230 kV;<br />
LT PARECIS – MAGGI, CD, 230 kV;<br />
LT JUÍNA – MAGGI, CD, 230 kV;<br />
LT NOVA MUTUM – SORRISO, 230 kV;<br />
LT SORRISO – SINOP, 230 kV;<br />
SE PARECIS 230/138/13,8 kV – 300 MVA;<br />
SE JUÍNA 230/138/13,8 kV – 100 MVA.<br />
Essas linhas terão extensão de 775 km e serão construídas<br />
no Norte do Mato Grosso (Amazônia Legal), com<br />
início de operação previsto para junho de 2010.<br />
Conscientes de seu papel no desenvolvimento sustentável,<br />
as <strong>em</strong>presas da TBE direcionam aplicações, via<br />
incentivo fiscal, para diversos projetos de cidadania e<br />
cultura, com especial atenção às comunidades localizadas<br />
<strong>em</strong> regiões onde exist<strong>em</strong> ativos instalados ou onde<br />
as <strong>em</strong>presas estão presentes.<br />
A EATE investiu <strong>em</strong> 14 projetos <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, principalmente<br />
nos estados do Pará, Maranhão, Minas Gerais, Mato<br />
Grosso e São Paulo, com destaque para os projetos:<br />
Redescobrindo a Cidadania (CMDCA – Açailândia/MA)<br />
– Oficinas artesanais e profissionalizantes: biscuit,<br />
bordado, cerâmica, crochê, pintura <strong>em</strong> tecido, panificação,<br />
marcenaria, marcenaria de brinquedo, informática,<br />
serigrafia, dança, teatro, esporte, capoeira,<br />
cabeleireiro e reforço escolar;<br />
Projeto de Melhoria no Refeitório, Sala de TV, Padaria,<br />
Salas de Estudos e Reforma da Creche (CMDCA-
Jequitinhonha/MG) – Desenvolvido pelo Instituto<br />
Educacional Jequitinhonha – Educação de crianças<br />
e jovens carentes.<br />
Já a ECTE investiu <strong>em</strong> 6 projetos <strong>em</strong> Santa Catarina,<br />
São Paulo, Pará e Minas Gerais, com destaque para:<br />
Graac <strong>em</strong> São Paulo – Grupo de Apoio a Adolescentes e<br />
Crianças com Câncer;<br />
Música no Museu – Projeto de apresentação de Música<br />
Clássica <strong>em</strong> lugares populares, facilitando e incentivando<br />
a presença de crianças e jovens aos concertos.<br />
A ETEP apoiou 10 projetos sociais ou ambientais, destacando<br />
os seguintes:<br />
Inclusão Digital – Uma luz a mais na comunidade São<br />
João (CMDCA-Abaetetuba/PA) – Inclusão digital dos<br />
alunos e m<strong>em</strong>bros da comunidade do bairro São João,<br />
no município de Abaetetuba;<br />
Curso de Eletricistas (CMDCA-Betim/MG) – Desenvolvido<br />
pelo Missão Ramacrisna.<br />
111<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
112<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
A ENTE investiu <strong>em</strong> 10 projetos nos estados do Pará,<br />
Maranhão e Minas gerais. Destacam-se os seguintes<br />
projetos apoiados pela <strong>em</strong>presa:<br />
Arte na Comunidade – Arte e lazer por meio do teatro<br />
<strong>em</strong> comunidades do interior do Pará e Maranhão abordando<br />
t<strong>em</strong>as importantes para a região, tais como: diversidade<br />
humana e cultural, questão indígena, preservação<br />
ambiental e cultural, cultura da paz. Atividades<br />
relacionadas ao espetáculo realizadas posteriormente<br />
às apresentações ampliando o impacto e as reflexões;<br />
Expedição Vaga Lume – Promoção do acesso ao livro<br />
e à leitura <strong>em</strong> comunidades rurais da Amazônia Legal<br />
Brasileira.<br />
Indi – Instituto de Desenvolvimento<br />
Integrado de Minas Gerais<br />
É uma agência estadual de investimentos patrocinada<br />
majoritariamente pela Cia. Energética de Minas Gerais<br />
– <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e visa à atração de inversões sustentáveis <strong>em</strong><br />
termos econômicos, sociais e ambientais.<br />
Em termos de sustentabilidade econômica, as <strong>em</strong>presas<br />
apoiadas pelo Indi dev<strong>em</strong> contribuir para incr<strong>em</strong>entar o Produto<br />
Interno Bruto (PIB) estadual, ampliar a arrecadação<br />
estadual, compl<strong>em</strong>entar elos faltantes e adensar as cadeias<br />
produtivas e agregar valor à matriz produtiva estadual.<br />
Em <strong>2008</strong>, como resultado de ações de natureza econômica,<br />
o Indi colaborou para que R$18,9 bilhões foss<strong>em</strong> investidos<br />
no estado de Minas Gerais, valores recordes na história<br />
do Instituto. As principais cadeias produtivas beneficiadas<br />
foram: agroindústria, bioenergia, siderurgia e metalurgia.<br />
Com relação à sustentabilidade social, o Indi focou a<br />
atração de investimentos intensivos na geração de <strong>em</strong>pregos<br />
diretos e indiretos.
Também, com vistas a diminuir as desigualdades regionais<br />
que ainda persist<strong>em</strong> entre as diversas regiões<br />
mineiras, o Governo do estado de Minas Gerais elegeu<br />
o Indi como executor do Projeto Estruturador “Promoção<br />
de Investimentos e Inserção Regional”, voltado especificamente<br />
para a atração e o apoio à expansão de <strong>em</strong>preendimentos<br />
produtivos situados nas regiões Norte de<br />
Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce, que contribuirá<br />
para consolidar Minas Gerais como o principal parque<br />
siderúrgico da América Latina, que também constituirá<br />
um dos maiores clientes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Por último e igualmente importante é a sustentabilidade<br />
ambiental. A legislação ambiental mineira é considerada<br />
uma das mais avançadas do Brasil. O Indi s<strong>em</strong>pre pautou<br />
suas ações <strong>em</strong> consonância com esse conjunto de normas<br />
legais e também para preservar os abundantes recursos<br />
naturais de Minas Gerais, buscando conciliar esse valioso<br />
patrimônio natural com o crescimento econômico.<br />
Em <strong>2008</strong>, o Instituto deu continuidade às ações voltadas<br />
à bioenergia e à produção de outras energias renováveis,<br />
inclusive por meio do auxílio à implantação de<br />
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e projetos de<br />
geração de energia fotovoltaica.<br />
Madeira Energia S.A.<br />
A Sociedade de Propósito Específico (SPE) denominada<br />
Madeira Energia S.A. (Mesa) foi constituída <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong> com a participação acionária de FURNAS (39%),<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (10%), CNO (1%), Odebrecht Investimento <strong>em</strong><br />
Infra-estrutura (17,6%), Andrade Gutierrez (12,4%) e<br />
Fundo de Investimentos <strong>em</strong> Participações (20%) para<br />
impl<strong>em</strong>entar e operar a Usina Hidrelétrica de Santo<br />
Antônio, integrante do futuro complexo hidrelétrico do<br />
Rio Madeira.<br />
113<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
RECONHECIMENTOS
Em <strong>2008</strong> a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> destacou-se <strong>em</strong> diversos âmbitos,<br />
como pode ser percebido pelo grande número de pr<strong>em</strong>iações<br />
recebidas e classificações <strong>em</strong> índices de relevância<br />
para a sociedade e o mercado de capitais. A seguir,<br />
está a relação dos reconhecimentos mais significativos.<br />
Índice Dow Jones<br />
de Sustentabilidade<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi a única <strong>em</strong>presa do setor elétrico da América<br />
Latina selecionada, pelo nono ano consecutivo,<br />
para compor a carteira do Dow Jones Sustainability<br />
World Index – DJSI World, <strong>em</strong> sua edição <strong>2008</strong>/2009.<br />
Fazer parte do DJSI World reflete o compromisso da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com o desenvolvimento sustentável <strong>em</strong>presarial<br />
na condução de suas atividades, incluindo práticas de<br />
governança corporativa, respeito ao meio ambiente e ao<br />
b<strong>em</strong>-estar da sociedade com a efetiva criação de valor<br />
para os acionistas.<br />
A seleção das <strong>em</strong>presas leva <strong>em</strong> conta não apenas a<br />
performance financeira, mas principalmente a qualidade<br />
e a melhoria contínua da gestão da <strong>em</strong>presa, que deve<br />
integrar a atuação ambiental e social como forma de<br />
sustentabilidade no longo prazo. Desde sua criação, <strong>em</strong><br />
janeiro de 1999, o DJSI World tornou-se uma referência<br />
mundial para investidores e administradores de recursos<br />
estrangeiros, que se baseiam <strong>em</strong> sua performance para<br />
tomar suas decisões de investimentos.<br />
Global Dow<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é uma das três <strong>em</strong>presas brasileiras que integram<br />
o seleto grupo do Índice Global Dow, lançado <strong>em</strong><br />
nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong> nos Estados Unidos com o objetivo<br />
de servir de referência para os mercados mundiais. O<br />
Índice Global Dow inclui 150 <strong>em</strong>presas de 25 países,<br />
consideradas líderes mundiais.<br />
Índice de Sustentabilidade<br />
Empresarial – ISE<br />
Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi selecionada, pela quarta vez<br />
consecutiva, para compor a carteira do Índice de Sustentabilidade<br />
Empresarial – ISE da Bolsa de Valores de<br />
São Paulo – Bovespa. O ISE, criado <strong>em</strong> 2005, avalia,<br />
além das características das <strong>em</strong>presas, sua atuação nas<br />
dimensões econômica, ambiental e social, governança<br />
corporativa e a natureza de seus produtos.<br />
Troféu Transparência<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conquistou, pela quinta vez consecutiva, o<br />
Troféu Transparência (Prêmio Anefac-Fipecafi-Serasa)<br />
na categoria Empresas de Capital Aberto. A pr<strong>em</strong>iação<br />
representa o reconhecimento do esforço desenvolvido<br />
pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> de ser transparente <strong>em</strong> seus negócios, provendo<br />
a sociedade e, especialmente, seus investidores<br />
de informações de qualidade sobre as suas operações.<br />
Prêmio Mineiro<br />
de Gestão Ambiental<br />
A Usina Hidrelétrica de Nova Ponte recebeu o Prêmio<br />
Mineiro de Gestão Ambiental – PMGA, graças ao trabalho<br />
desenvolvido na área de meio ambiente e nas<br />
comunidades envolvidas <strong>em</strong> sua operação.<br />
Este é o terceiro ano consecutivo que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> concorre<br />
com a gestão da Usina de Nova Ponte dos processos<br />
envolvendo a questão ambiental. No ano passado, a<br />
Companhia ficou entre as <strong>em</strong>presas finalistas e, esse<br />
ano, foi novamente finalista e recebeu a placa de destaque<br />
do PMGA.<br />
115<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
116<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Troféu O Equilibrista<br />
O Diretor de Finanças, Relações com Investidores e<br />
Controle de Participações da Companhia Energética de<br />
Minas Gerais – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, Luiz Fernando Rolla, foi homenageado<br />
com o troféu O Equilibrista, pelo Instituto Brasileiro<br />
de Executivos de Finanças de Minas Gerais – IBEF.<br />
Institutional Investor<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi destaque na pesquisa realizada pela Revista<br />
Institucional Investor, ocupando a vice-liderança<br />
do ranking das <strong>em</strong>presas Most Shareholder-Friendly<br />
Companies no segmento de energia e teve seu Diretor<br />
de Finanças, Relações com Investidores e Controle de<br />
Participações considerado como o melhor Diretor de<br />
Finanças entre as <strong>em</strong>presas de eletricidade e d<strong>em</strong>ais<br />
de serviço público.<br />
Iasc<br />
Pelo terceiro ano consecutivo, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é uma das finalistas<br />
do Prêmio Índice Aneel de Satisfação do Cliente<br />
– Iasc. O resultado do Prêmio Iasc <strong>2008</strong> foi anunciado<br />
pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Este<br />
ano, foram realizadas entrevistas com 19.520 consumidores<br />
de 64 distribuidoras de energia elétrica no período<br />
de 21 de agosto a 4 de outubro.<br />
Na opinião dos consumidores entrevistados, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> ficou,<br />
mais uma vez, entre as três melhores concessionárias da
117<br />
região Sudeste, com mais de 400 mil consumidores, categoria<br />
que a Companhia já havia vencido <strong>em</strong> 2006. O índice<br />
da concessionária, definido após a realização de entrevistas<br />
com consumidores, foi de 69,68, acima da média<br />
obtida pelas <strong>em</strong>presas da mesma categoria, que foi de<br />
65,83, e pelas 64 concessionárias de todo o país, 62,62.<br />
Empresa Cidadã<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conquistou, <strong>em</strong> fevereiro de <strong>2008</strong>, o Prêmio<br />
Belmiro Siqueira de Administração, Versão 2007, na<br />
categoria Empresa Cidadã, por indicação do Conselho<br />
Regional de Administração – CRA/MG. O Prêmio Belmiro<br />
Siqueira, concedido pelo Conselho Federal de Administração<br />
– CFA foi criado <strong>em</strong> 1988 e t<strong>em</strong> por objetivo<br />
reconhecer e homenagear profissionais e <strong>em</strong>presas privadas<br />
que contribu<strong>em</strong> para o crescimento da Administração,<br />
seja como ciência ou profissão. Para concorrer como<br />
Empresa Cidadã é necessário, de acordo com o edital do<br />
concurso, que as organizações privadas desenvolvam<br />
ações <strong>em</strong>presariais b<strong>em</strong>-sucedidas de Responsabilidade<br />
Social e Cidadania. Possuindo a maioria de suas ações <strong>em</strong><br />
mãos de investidores privados e atendendo as prerrogativas<br />
sociais necessárias, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançou a pr<strong>em</strong>iação.<br />
Fiat Qualitas Awards<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> recebeu o Prêmio Fiat Qualitas pela qualidade,<br />
disponibilidade, tecnologia e competitividade no fornecimento<br />
de energia elétrica.<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
BALANÇO SOCIAL CONSOLIDADO<br />
118<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
1) Base de Cálculo<br />
<strong>2008</strong> 2007<br />
Valor (R$ mil)<br />
Valor (R$ mil)<br />
Receita Líquida (RL) 10.890.319 10.245.914<br />
Resultado Operacional (RO) 3.290.987 2.938.709<br />
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 1.042.601 995.456<br />
2) Indicadores Sociais Internos Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL<br />
Alimentação 71.662 6,87 0,66 69.116 6,94 0,67<br />
Encargos sociais compulsórios 255.475 24,50 2,35 250.884 25,20 2,45<br />
Previdência privada 264.219 25,34 2,43 123.007 12,36 1,20<br />
Saúde 33.012 3,17 0,30 30.683 3,08 0,30<br />
Segurança e medicina no trabalho 11.475 1,10 0,11 9.657 0,97 0,09<br />
Educação 1.448 0,14 0,01 1.158 0,12 0,01<br />
Cultura - - - 112 0,01 -<br />
Capacitação e desenvolvimento profissional 17.502 1,68 0,16 15.265 1,53 0,15<br />
Creches ou auxílio-creche 1.710 0,16 0,02 1.651 0,17 0,02<br />
Participação nos lucros ou resultados 370.350 35,52 3,40 454.885 45,70 4,44<br />
Outros 14.980 1,44 0,14 12.032 1,21 0,12<br />
Total – Indicadores sociais internos 1.041.833 99,93 9,57 968.450 97,29 9,45<br />
3) Indicadores Sociais Externos Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL<br />
Educação 2.369 0,07 0,02 2.427 0,08 0,02<br />
Cultura 30.974 0,94 0,28 27.277 0,93 0,27<br />
Outras doações/subvenções/projeto ASIN 12.118 0,37 0,11 15.295 0,52 0,15<br />
Total das contribuições para a sociedade 45.461 1,38 0,42 44.999 1,53 0,44<br />
Tributos (excluídos encargos sociais) 6.709.892 203,89 61,61 6.254.922 212,85 61,05<br />
Total – Indicadores sociais externos 6.755.353 205,27 62,03 6.299.921 214,38 61,49<br />
4) Indicadores Ambientais Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL<br />
Investimentos relacionados com produção/operação da Empresa 70.566 2,14 0,65 44.131 1,50 0,43<br />
Investimentos com programas e/ou projetos externos* - - - - - -<br />
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar resíduos, ( x ) não possui metas<br />
o consumo <strong>em</strong> geral na produção/operação e aumentar a eficácia na ( ) cumpre de 0 a 50%<br />
utilização de recursos naturais, a Empresa:<br />
( ) cumpre de 51 a 75%<br />
( ) cumpre de 76 a 100%<br />
( x ) não possui metas<br />
( ) cumpre de 0 a 50%<br />
5) Indicadores do Corpo Funcional <strong>2008</strong> 2007<br />
Nº de <strong>em</strong>pregados(as) ao final do período 10.422 10.818<br />
Nº de admissões durante o período 6 252<br />
Nº de <strong>em</strong>pregados(as) terceirizados(as) ND ND<br />
Nº de estagiários(as) 408 140<br />
Nº de <strong>em</strong>pregados(as) acima de 45 anos 4.266 4.164<br />
Nº de mulheres que trabalham na Empresa 1.421 1.469<br />
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 9,19 6,81<br />
Nº de negros(as) que trabalham na Empresa 3.243 3.363<br />
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 9,13 9,09<br />
Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 52 53<br />
6) Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania <strong>em</strong>presarial <strong>2008</strong> Metas 2009<br />
Relação entre maior e a menor r<strong>em</strong>uneração na Empresa 18,65 ND<br />
Número total de acidentes de trabalho 143 ND<br />
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram<br />
definidos por:<br />
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho<br />
foram definidos por:<br />
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à<br />
representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa:<br />
( ) Direção ( x ) Direção e<br />
Gerências<br />
( ) Direção e<br />
Gerências<br />
( x ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( ) Não se envolve ( x ) Segue as<br />
normas da OIT<br />
A previdência privada cont<strong>em</strong>pla: ( ) Ddireção ( ) Direção e<br />
Gerências<br />
A participação nos lucros ou resultados cont<strong>em</strong>pla: ( ) Direção ( ) Direção e<br />
Gerências<br />
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de<br />
responsabilidade social e ambiental adotados pela Empresa:<br />
Quanto à participação de <strong>em</strong>pregados(as) <strong>em</strong> programas de trabalho<br />
voluntário, a Empresa:<br />
( ) Não são<br />
considerados<br />
( ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( ) Todos(as)<br />
+ CIPA<br />
( ) Incentiva<br />
e segue a OIT<br />
( x ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( x ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( ) Direção ( x ) Direção e<br />
Gerências<br />
( ) Direção e<br />
Gerências<br />
( ) Não se<br />
envolverá<br />
( ) São sugeridos ( x ) São exigidos ( ) Não serão<br />
considerados<br />
( ) Não se envolve ( ) Apoia ( x ) Organiza e<br />
incentiva<br />
( x )Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( x ) Seguirá as<br />
normas da OIT<br />
( ) Direção ( ) Direção e<br />
Gerências<br />
( ) Direção ( ) Direção e<br />
Gerências<br />
( ) Não se<br />
envolverá<br />
( ) cumpre de 51 a 75%<br />
( ) cumpre de 76 a 100%<br />
( ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( ) Todos(as)<br />
+ CIPA<br />
( ) Incentivará e<br />
seguirá a OIT<br />
( x ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( x ) Todos(as)<br />
<strong>em</strong>pregados(as)<br />
( ) Serão sugeridos ( x ) Serão exigidos<br />
( ) Apoiará ( x ) Organizará e<br />
incentivará<br />
Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_ na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_<br />
% de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa ___ND_% no Procon _ND_% na Justiça _ND_% na Empresa _ND__% no Procon _ND_% na Justiça _ND_%<br />
Valor adicionado total a distribuir (<strong>em</strong> R$ mil) Em <strong>2008</strong>: 11.703.916 Em 2007: 11.488.049<br />
Distribuição do valor adicionado (DVA)<br />
58,88% governo<br />
9,08% acionistas<br />
13,52% colaboradores(as)<br />
10,46% terceiros 8,06% retido<br />
57,71% governo<br />
8,55% acionistas<br />
12,04% colaboradores(as)<br />
14,08% terceiros 7,62% retido<br />
7) Outras Informações<br />
I. Do total dos investimentos <strong>em</strong> meio ambiente, no ano de <strong>2008</strong>, cerca de R$21,5 milhões refer<strong>em</strong>-se aos programas socioambientais impl<strong>em</strong>entados durante a construção de novas usinas hidrelétricas e Linhas<br />
de Transmissão. II. Os resíduos gerados são quantificados e controlados de acordo com procedimentos corporativos de manuseio, transporte, armazenag<strong>em</strong> e destinação final. Esses procedimentos tend<strong>em</strong> a<br />
evoluir para a determinação de metas anuais de redução de resíduos. Merece destaque a reciclag<strong>em</strong> de lâmpadas fluorescentes e de iluminação pública <strong>em</strong> toda a área de concessão da Companhia, totalizando<br />
no ano de <strong>2008</strong>, 299 mil lâmpadas. Além disso, foram regenerados e reutilizados, também <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, aproximadamente 130 mil litros de óleo mineral isolante retirados dos transformadores colocados fora<br />
de operação. III. A quantificação do consumo de energia elétrica e combustível é realizada anualmente e não possui metas de redução. IV. Foram alienados ou reciclados 6.845 toneladas de material e<br />
equipamentos, 32% a mais que <strong>em</strong> 2007. Dentre os materiais estão isoladores de porcelana, sucatas metálicas de medidores, reatores, cabos, fios e baterias. * Foram contabilizados na linha “Investimentos<br />
relacionados com a produção/operação da Empresa”.
SOBRE ESTE RELATÓRIO<br />
Este Relatório t<strong>em</strong> como principal objetivo apresentar<br />
para a sociedade a estratégia e as ações da Companhia<br />
<strong>em</strong> busca da Sustentabilidade, nas dimensões econômica,<br />
ambiental e social, e representa também um instrumento<br />
para o diálogo com os públicos interessados no<br />
des<strong>em</strong>penho da Companhia. Sua periodicidade é anual<br />
e ele se refere ao ano de <strong>2008</strong>.<br />
Foram adotadas, para a elaboração desse Relatório,<br />
as diretrizes da Global Reporting Initiative – GRI G3<br />
(terceira geração 35 ) para garantir a comparabilidade<br />
com outras <strong>em</strong>presas. Adicionalmente, foram incluídos<br />
os indicadores e comentários do Supl<strong>em</strong>ento Setorial<br />
do Setor Elétrico da GRI, lançado <strong>em</strong> abril de 2009,<br />
considerados materiais.<br />
Todos os dados contábeis divulgados neste Relatório foram<br />
previamente auditados nas D<strong>em</strong>onstrações Financeiras. Há<br />
também uma consulta às partes interessadas por meio de<br />
uma carta enviada a todos que receb<strong>em</strong> o Relatório de Sustentabilidade,<br />
<strong>em</strong> que são solicitadas sugestões ao Relatório.<br />
A referência utilizada para contextualizar as análises<br />
aqui contidas é a de sustentabilidade, considerando-se<br />
a realidade do estado de Minas Gerais, a do Brasil ou a<br />
internacional, conforme a variável considerada. O nível<br />
de aplicação das Diretrizes foi o “B”, conforme detalhado<br />
na tabela a seguir, transcrita do protocolo da GRI e detalhada<br />
na grade abaixo.<br />
Para esclarecimento de dúvidas sobre este relatório, gentileza<br />
encaminhar e-mail para: sustentabilidade@c<strong>em</strong>ig.com.br.<br />
Conteúdo<br />
Assunto/Nível<br />
de Aplicação<br />
Perfil 1.1<br />
2.1 – 2.10<br />
3.1 – 3.8, 3.10 –<br />
3.12<br />
4.1 – 4.4 , 4.14 –<br />
4.15<br />
Informações<br />
sobre a Forma<br />
de Gestão<br />
Indicadores de<br />
Des<strong>em</strong>penho<br />
Não é Requerido<br />
C C+ B B+ A A+<br />
No mínimo 10 indicadores<br />
de des<strong>em</strong>penho,<br />
incluindo no mínimo um<br />
de cada: Social, Econômico<br />
e Ambiental.<br />
Auditado por auditor externo<br />
Todos do nível C mais:<br />
1.2<br />
3.9, 3.13<br />
4.5 – 4.13, 4.16 – 4.17<br />
Informações sobre a Forma de<br />
Gestão de cada categoria de indicadores.<br />
No mínimo 20 indicadores de des<strong>em</strong>penho,<br />
incluindo no mínimo um<br />
de cada: Direitos Humanos, Trabalho,<br />
Sociedade, Responsabilidade do<br />
Produto, Econômico e Ambiental.<br />
Auditado por auditor externo<br />
O mesmo que no nível B<br />
Informações sobre a Forma de Gestão<br />
de cada categoria de indicadores.<br />
Cada indicador essencial da GRI e<br />
dos supl<strong>em</strong>entos setoriais respeitando<br />
o princípio da materialidade: a)<br />
informando o indicador ou b) explicando<br />
a razão de sua omissão.<br />
Auditado por auditor externo<br />
119<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
2002 “de acordo com” C C + B B + A A +<br />
Obrigatório<br />
Opcional<br />
Autodeclarado<br />
Examinado por Terceiros<br />
Examinado pela GRI<br />
Com Verificação Externa<br />
Com Verificação Externa<br />
Com Verificação Externa<br />
Fonte:http://www.globalreporting.org.<br />
35<br />
Publicadas <strong>em</strong> 2006. Favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org.
120<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Relatamos, a seguir, como foram aplicados os princípios<br />
da GRI no processo de elaboração do Relatório:<br />
Materialidade – Foram consideradas materiais aquelas<br />
informações que pudess<strong>em</strong> afetar significativamente as<br />
decisões das partes interessadas ou que tivess<strong>em</strong> impactos<br />
sociais, econômicos ou ambientais relevantes. Adicionalmente,<br />
foram consideradas as sugestões das partes<br />
interessadas enviadas por meio do questionário anexo;<br />
Inclusão das partes interessadas – Foram consideradas<br />
as seguintes:<br />
autoridades governamentais – Municipais, estaduais e federais;<br />
órgãos reguladores;<br />
acionistas e investidores – Acionistas, bancos e detentores<br />
de títulos;<br />
clientes e consumidores;<br />
comunidades <strong>em</strong> geral e particularmente as que têm<br />
envolvimento com os nossos serviços e projetos;<br />
trabalhadores;<br />
fornecedores;<br />
universidades e centros de pesquisa;<br />
abrangência – Buscou-se cobrir os t<strong>em</strong>as e indicadores<br />
relevantes e que refletiss<strong>em</strong> as dimensões econômica,<br />
ambiental e social permitindo, desta forma, a<br />
avaliação das estratégias e do des<strong>em</strong>penho da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />
Os dados incluídos neste Relatório foram calculados<br />
conforme os protocolos da GRI 36 ou os princípios contábeis<br />
brasileiros (BRGAAP).<br />
ESTABELECIMENTO DOS LIMITES<br />
DO RELATÓRIO<br />
A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui investimentos, principalmente, <strong>em</strong> geração,<br />
transmissão e distribuição de energia elétrica e distribuição<br />
de gás natural. Para definir os limites deste Relatório<br />
foram selecionadas as <strong>em</strong>presas cujos impactos de<br />
sustentabilidade foss<strong>em</strong> mais significativos e aquelas<br />
sobre as quais a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> exerce controle ou influência<br />
expressivos sobre suas políticas e práticas financeiras e<br />
operacionais. Os dados apresentados refer<strong>em</strong>-se à <strong>em</strong>presa<br />
controladora e às subsidiárias integrais: <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
– Companhia Energética de Minas Gerais S.A., <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
Distribuição S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A.,<br />
exceto quando mencionado no texto. Os dados contábeis<br />
se refer<strong>em</strong> aos resultados de todas as <strong>em</strong>presas <strong>em</strong><br />
cujo capital a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> participação, que foram consolidados<br />
proporcionalmente conforme os critérios estabelecidos<br />
na legislação brasileira (para mais detalhes veja<br />
a Nota Explicativa nº 3 das D<strong>em</strong>onstrações Financeiras<br />
Padronizadas 37 ). As informações não-contábeis relativas<br />
às d<strong>em</strong>ais <strong>em</strong>presas controladas/coligadas abrangidas<br />
por este Relatório estão dispostas no capítulo “Participações”<br />
ou <strong>em</strong> referências específicas ao longo do texto.<br />
PRINCIPAIS MUDANÇAS EM <strong>2008</strong><br />
O Relatório de Sustentabilidade da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – <strong>2008</strong> incorpora<br />
novas informações com relação ao de 2007, principalmente<br />
devido à evolução do Supl<strong>em</strong>ento Setorial da<br />
GRI, com o objetivo de conferir uma visão mais completa<br />
da Companhia. O Índice de Conteúdo da GRI (a seguir)<br />
apresenta um sumário de toda a informação disponível<br />
no Relatório organizada de forma sintética. O Relatório<br />
de 2007 foi elaborado a partir da versão preliminar do<br />
Supl<strong>em</strong>ento Setorial da GRI, já o de <strong>2008</strong> a partir da<br />
versão final, o que implicou a modificação de alguns<br />
indicadores e a inclusão/exclusão de outros. A maioria<br />
desses indicadores já constava do Relatório de 2007.<br />
Com relação às informações contábeis, houve pequenas<br />
alterações e os detalhes estão disponíveis na Nota Explicativa<br />
2 das D<strong>em</strong>onstrações Financeiras Padronizadas 38 .<br />
36<br />
Para mais detalhes, ver http://www.globalreporting.org/reportingframework/G3guidelines 37 Vide http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.<br />
38<br />
asp?arquivo=00245080.WFL&codcvm=002453&language=ptb Vide http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.asp?arquivo=00245080.<br />
WFL&codcvm=002453&language=ptb.
ÍNDICE DE CONTEÚDO DA GRI<br />
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />
1 Estratégia e Análise<br />
1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 3<br />
1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 12 - 13<br />
2 Perfil Organizacional<br />
2.1 Nome da organização. 9<br />
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 11<br />
2.3 Estrutura operacional da organização. 11<br />
2.4 Localização e sede da organização. 133<br />
2.5 Número de países <strong>em</strong> que a organização opera. 11<br />
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade. 17<br />
2.7 Mercados atendidos. 11<br />
2.8 Porte da Organização.<br />
Contra-capa, 3,<br />
10 - 12, 35, 118<br />
2.9 Principais mudanças ocorridas durante o período coberto. 120<br />
2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo Relatório. 115 - 117<br />
3 Parâmetros para o Relatório<br />
Perfil do Relatório<br />
3.1 Período coberto pelo Relatório. 119<br />
3.2 Data do Relatório anterior mais recente. 120<br />
3.3 Ciclo de <strong>em</strong>issão de relatórios. 119<br />
3.4 Dados para contato <strong>em</strong> caso de perguntas relativas ao Relatório. 119<br />
Escopo e Limite do Relatório<br />
3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório. 119-120<br />
3.6 Limite do Relatório. 120<br />
3.7<br />
Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou limite do<br />
Relatório.<br />
120<br />
3.8<br />
Base para elaboracão do Relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias,<br />
instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações.<br />
120<br />
3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos. 119 - 120<br />
3.10<br />
Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas <strong>em</strong><br />
relatórios anteriores.<br />
36, 120<br />
3.11<br />
Mudanças significativas <strong>em</strong> comparação a anos anteriores no que se refere a escopo,<br />
limite ou métodos de medição aplicados no Relatório.<br />
120<br />
Sumário de Conteúdo da GRI<br />
3.12 Tabela que identifica a localização das informações no Relatório. 121 - 125<br />
3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o Relatório. 119<br />
4 Governança, Compromissos e Engajamento<br />
Governança<br />
4.1 Estrutura de governança da Organização. 5, 15 - 16<br />
4.2<br />
4.3<br />
4.4<br />
4.5<br />
4.6<br />
Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor<br />
executivo.<br />
Para organizações com estrutura de administração unitária, declaração do número de<br />
conselheiros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança<br />
Mecanismos para que acionistas e <strong>em</strong>pregados façam recomendações ou dê<strong>em</strong><br />
orientações ao mais alto órgão de governança.<br />
Relação entre r<strong>em</strong>uneração para m<strong>em</strong>bros do mais alto órgão de governança, diretoria<br />
executiva e d<strong>em</strong>ais executivos e o des<strong>em</strong>penho da organização.<br />
Processos <strong>em</strong> vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de<br />
interesse sejam evitados.<br />
15<br />
16<br />
16<br />
16<br />
Não se aplica ao modelo de<br />
Governança da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />
121<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
122<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />
4 Governança, Compromissos e Engajamento<br />
Governança<br />
4.7<br />
4.8<br />
4.9<br />
Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos m<strong>em</strong>bros do mais<br />
alto órgão de governança para definir a estratégia relacionada a t<strong>em</strong>as econômicos,<br />
ambientais e sociais.<br />
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios relevantes para o<br />
des<strong>em</strong>penho econômico, ambiental e social e estágio de impl<strong>em</strong>entação.<br />
Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a indicação e<br />
gestão do des<strong>em</strong>penho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades<br />
relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas<br />
internacionalmente, códigos de conduta e princípios.<br />
16<br />
12, 16 - 17<br />
15 - 16, 19, 23<br />
Compromissos com Iniciativas Externas<br />
4.11 Explicação de se e como a Organização aplica o princípio da precaução. 23<br />
4.12<br />
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter<br />
econômico, ambiental e social subescritas ou endossadas pela Organização.<br />
9<br />
4.13<br />
Participação <strong>em</strong> associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais<br />
e internacionais de defesa.<br />
Engajamento de stakeholders<br />
4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 18, 84 - 87<br />
4.15 Base para identificação e seleção de stakeholders a ser<strong>em</strong> engajados. 18<br />
4.16<br />
Abordagens para o engajamento de stakeholders, incluindo a freqüência do engajamento<br />
por tipo e por grupos de stakeholders.<br />
18, 84 - 87<br />
4.17<br />
Principais t<strong>em</strong>as e preocupações levantados por meio do engajamento com os<br />
stakeholders e medidas adotadas para tratá-los.<br />
18<br />
5 Forma de Gestão e Indicadores de Des<strong>em</strong>penho<br />
Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />
Aspecto Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />
EC1 Valor Econômico gerado e distribuído. 36<br />
EC2<br />
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da<br />
Organização devidos a mudanças climáticas.<br />
24, 63 - 64<br />
EC3<br />
Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a Organização<br />
oferece.<br />
77 - 78<br />
EC4 Ajuda financeira significativa recebida do Governo. 40<br />
Aspecto Impactos Econômicos Indiretos<br />
EC8<br />
Desenvolvimento e impacto de investimentos <strong>em</strong> infra-estrutura e serviços oferecidos,<br />
principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, <strong>em</strong> espécie 37 - 41, 92<br />
ou atividades pro bono.<br />
Des<strong>em</strong>penho Ambiental<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Ambiental<br />
Aspecto Materiais<br />
EN1 Materiais usados por peso ou volume. 51 - 53<br />
EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclag<strong>em</strong>. 52<br />
Aspecto Energia<br />
EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. 54<br />
EN5 Energia economizada devido a melhorias <strong>em</strong> conservação e eficiência. 49, 65 - 68<br />
Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia ou que<br />
EN6 us<strong>em</strong> energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia<br />
resultante dessas iniciativas.<br />
Aspecto Biodiversidade<br />
EN11<br />
Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas<br />
protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas<br />
protegidas.<br />
65 - 70<br />
57<br />
Não material
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />
Aspecto Biodiversidade<br />
EN12<br />
Descrição de impactos significativos das atividades, produtos e serviços na<br />
biodiversidade de áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiversidade fora das 50, 58 - 59<br />
áreas protegidas.<br />
EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 58 - 59<br />
EN14<br />
Estratégias, medidas <strong>em</strong> vigor e planos futuros para a gestão de impactos na<br />
biodiversidade.<br />
57<br />
Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos<br />
EN16 Total de <strong>em</strong>issões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 63<br />
EN20 NOx, SOx e outras <strong>em</strong>issões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 63<br />
EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 53<br />
EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição. 52<br />
Aspecto Produtos e Serviços<br />
EN26<br />
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da<br />
redução desses impactos.<br />
EN27<br />
Percentual de produtos e suas <strong>em</strong>balagens recuperados <strong>em</strong> relação ao total de produtos<br />
vendidos, por categoria de produto.<br />
Aspecto Transporte<br />
EN29<br />
Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais<br />
utilizados nas operações e transporte de trabalhadores.<br />
47 - 55, 64 - 70<br />
Aspecto Geral<br />
EN30 Total de investimentos e gastos <strong>em</strong> proteção ambiental, por tipo. 47<br />
Des<strong>em</strong>penho Social<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Referentes a Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente<br />
Aspecto Emprego<br />
LA1 Total de trabalhadores por tipo de <strong>em</strong>prego, contrato de trabalho e região. 75<br />
LA3<br />
Benefícios oferecidos a <strong>em</strong>pregados de t<strong>em</strong>po integral que não são oferecidos a<br />
<strong>em</strong>pregados t<strong>em</strong>porários ou <strong>em</strong> regime de meio período, discrimados pelas principais<br />
77 - 78<br />
operações.<br />
Aspecto Relações entre os Trabalhadores e a Governança<br />
LA4 Percentual de <strong>em</strong>pregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 76<br />
Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho<br />
LA7<br />
Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados<br />
ao trabalho, por região.<br />
Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco <strong>em</strong><br />
LA8 andamento para assistir a <strong>em</strong>pregados, familiares e comunidade <strong>em</strong> relação a doenças<br />
graves.<br />
Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho<br />
LA10<br />
Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria<br />
funcional.<br />
LA11<br />
Programas para gestão de competências e aprendizag<strong>em</strong> contínua que apoiam a<br />
<strong>em</strong>pregabilidade dos funcionários e o gerenciamento do fim da carreira.<br />
LA12<br />
Percentual de <strong>em</strong>pregados que receb<strong>em</strong> regularmente análises de des<strong>em</strong>penho e de<br />
desenvolvimento de carreira.<br />
Aspecto Diversidade e Igualdade de Oportunidades<br />
Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação<br />
LA13 de <strong>em</strong>pregados por categoria de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros<br />
indicadores de diversidade.<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Referentes a Direitos Humanos<br />
Aspecto Práticas de Investimento e de Processos de Compra<br />
HR2<br />
Percentual de <strong>em</strong>presas contratadas e fornecedores críticos submetidos a avaliações<br />
referentes a direitos humanos e medidas tomadas.<br />
62<br />
97<br />
97 - 100<br />
Contra-capa, 81<br />
74 - 75, 80 - 84<br />
80, 82 - 83<br />
74, 118<br />
100 -101<br />
Indicador não aplicável às<br />
atividades da Companhia.<br />
Refere-se somente à <strong>em</strong>issão<br />
oriunda da frota própria da<br />
<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Não inclui frota de<br />
terceiros e de fornecedores.<br />
Corresponde à Taxa de<br />
Freqüência, que utiliza o fator<br />
de 200 mil horas.<br />
123<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
124<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />
Aspecto Trabalho Infantil<br />
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e<br />
HR6<br />
medidas tomadas para contribuir para sua abolição.<br />
Aspecto Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo<br />
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou<br />
HR7<br />
análogo ao escravo e medidas tomadas para contribuir para sua erradicação.<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Social Referentes à Sociedade<br />
Aspecto Comunidade<br />
Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os<br />
SO1<br />
impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Referentes à Responsabilidade pelo Produto<br />
Aspecto Saúde e Segurança do Cliente<br />
Fases do ciclo de vida de produtos e serviços <strong>em</strong> que os impactos na saúde e segurança<br />
PR1 são avaliados visando melhoria e percentual de produtos e serviços sujeitos a esses<br />
procedimentos.<br />
Aspecto Rotulag<strong>em</strong> de Produtos e Serviços<br />
100 - 101<br />
100 - 101<br />
12, 84 - 93<br />
95 - 97<br />
PR5<br />
Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que<br />
med<strong>em</strong> essa satisfação.<br />
88 - 89<br />
SUPLEMENTO SETOR ELÉTRICO (ver nota 2)<br />
2 Perfil Organizacional<br />
EU1 Capacidade Instalada conforme fonte primária de energia e regime regulatório. Contra-capa, 62<br />
EU2 Produção líquida de energia conforme fonte primária de energia e regime regulatório. 62<br />
EU3 Número de contas de consumidores residenciais, industriais, institucionais e comerciais. 30<br />
Extensão das linhas de transmissão e distribuição de superfície e subterrâneas por<br />
EU4<br />
regime regulatório.<br />
5 Forma de Gestão e Indicadores de Des<strong>em</strong>penho<br />
Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />
Relatos Econômicos Específicos Referentes à Forma de Gestão<br />
EU6<br />
Abordag<strong>em</strong> da gestão para garantir a disponibilidade e a confiabilidade da energia no<br />
curto e longo prazo.<br />
EU7<br />
Programas de gerenciamento da d<strong>em</strong>anda abrangendo consumidores residenciais,<br />
comerciais, institucionais e industriais, entre outros.<br />
EU8<br />
Atividades de pesquisa e desenvolvimento e investimentos com o objetivo de prover<br />
energia confiável e promover o desenvolvimento sustentável.<br />
EU9 Providências para fechamento de plantas de energia nuclear.<br />
Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Econômico Específicos<br />
Percentual de perdas (eficiência) <strong>em</strong> transmissão e distribuição <strong>em</strong> relação à energia<br />
EU12<br />
total.<br />
Des<strong>em</strong>penho Ambiental<br />
Indicadores Ambientais Específicos e Comentários<br />
Aspecto Biodiversidade<br />
Comentário sobre o indicador: relatar impactos de sites novos e existentes e respectivas<br />
EN14 medidas de mitigação referentes a áreas de floresta, perda de espécies nativas,<br />
paisag<strong>em</strong>, água doce e ecossist<strong>em</strong>as de áreas alagadas.<br />
Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos<br />
Contra-capa<br />
32, 34 - 35,<br />
37 - 43<br />
34 - 35, 65 - 67<br />
37 - 43<br />
31<br />
50 -51, 56 - 58<br />
Não se aplica. A Companhia não<br />
possui instalações nucleares.<br />
EN16<br />
Comentário sobre o indicador: relatar <strong>em</strong>issão de Co2/MWh por regime regulatório<br />
e conforme geração líquida derivada da capacidade instalada total, geração líquida<br />
63<br />
derivada de combustíveis fósseis e produção estimada para consumidores finais.<br />
EN20 Comentário sobre o indicador: relatar <strong>em</strong>issões por geração líquida <strong>em</strong> MWh. 63<br />
EN22 Comentário sobre o indicador: incluir resíduos contaminados com PCB e lixo nuclear.<br />
Refere-se a PCB, pois a<br />
52<br />
Companhia não gera lixo nuclear.
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />
Des<strong>em</strong>penho Social<br />
Relatos de Des<strong>em</strong>penho Específicos sobre a Forma de Gestão de Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente<br />
Aspecto Emprego<br />
EU14 Programas e processos para assegurar disponibilidade de mão-de-obra qualificada. 74 - 75, 80 - 84<br />
Políticas e requisitos referentes à saude e à segurança de <strong>em</strong>pregadoss, terceiros e<br />
EU16<br />
subcontratados.<br />
Indicadores Específicos Referentes a Práticas Trabalhistas e Comentários<br />
Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho<br />
Comentário sobre o indicador: relatar a performance <strong>em</strong> saúde e segurança dos<br />
LA7<br />
terceirizados e subcontratados que trabalh<strong>em</strong> nos sites ou para a Organização.<br />
Relatos Específicos sobre a Forma de Gestão Relativa à Sociedade<br />
Aspecto Comunidade<br />
Participação de stakeholders <strong>em</strong> processos decisórios referentes a planejamento<br />
EU19<br />
energético e desenvolvimento <strong>em</strong> infra-estrutura.<br />
Relatos Específicos Referentes à Gestão da Responsabilidade pelo Produto<br />
Aspecto Acesso<br />
Programas, incluindo parcerias com o Governo, para melhorar ou manter o acesso à<br />
EU23<br />
eletricidade e serviços de apoio ao consumidor.<br />
Aspecto Fornecimento de Informações<br />
Práticas para abordar barreiras relacionadas a idioma, cultura e baixa alfabetização para<br />
EU24<br />
obtenção e uso adequado dos serviços de eletricidade.<br />
Indicadores Específicos de Responsabilidade pelo Produto e Comentários<br />
Aspecto Saúde e Segurança do Cliente<br />
94 - 102<br />
100 -102<br />
12<br />
34 - 35, 40 - 41,<br />
84 - 87<br />
84 - 85, 87<br />
PR1<br />
Comentário sobre o indicador: relatar os processos de identificação de riscos à saúde da<br />
comunidade incluindo monitoramento, medidas de prevenção e estudos de longo prazo, 96 - 97<br />
caso aplicável.<br />
Aspecto Acesso<br />
EU28 Freqüência de interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32<br />
EU29 Duração média das interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32<br />
Nota 1: as observações postadas nesse campo compl<strong>em</strong>entam as informações fornecidas pelo Relatório.<br />
Nota 2: os indicadores desta tabela refer<strong>em</strong>-se aos indicadores e comentários do Supl<strong>em</strong>ento Setorial do Setor Elétrico aprovado e divulgado pela<br />
GRI <strong>em</strong> abril de 2009, que traz modificação de alguns indicadores e a inclusão ou exclusão de outros.<br />
ANEXO 1<br />
125<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Regulação do Setor Elétrico Brasileiro<br />
O setor elétrico nacional é formado pelos segmentos de<br />
geração, transmissão e distribuição, que são atividades de<br />
concessão pública, além dos segmentos de comercialização<br />
e mercado livre. Estes segmentos operam de maneira<br />
interligada, constituindo o Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional<br />
– SIN, que engloba as <strong>em</strong>presas das regiões Sudeste, Sul<br />
e Nordeste, e partes das regiões Centro-Oeste e Norte.<br />
As d<strong>em</strong>ais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte<br />
não interligadas ao SIN constitu<strong>em</strong> os sist<strong>em</strong>as isolados.<br />
As instituições que regulamentam e supervisionam o setor são:<br />
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE<br />
Ministério de Minas e Energia – MME<br />
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE<br />
Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel<br />
Operador Nacional do Sist<strong>em</strong>a Elétrico – ONS<br />
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE<br />
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
A Lei 10.848, de 25 de março de 2004, e o decreto<br />
5.163, de 30 de julho de 2004, formam a base da<br />
atual regulamentação do setor elétrico nacional, disciplinando<br />
a atuação dos agentes nos diversos segmentos<br />
desse setor, sendo esses agentes caracterizados como:<br />
Agentes de Geração;<br />
Agentes de Transmissão;<br />
Agentes de Distribuição;<br />
Agentes de Comercialização;<br />
Consumidores Livres.<br />
Foram também definidos dois ambientes de contratação<br />
de energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR,<br />
e Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o segmento<br />
do mercado no qual se realizam as operações de<br />
compra e venda de energia elétrica entre Agentes de Geração<br />
e Agentes de Distribuição, precedidas de licitação.<br />
O ACL é o segmento do mercado no qual se realizam<br />
operações de compra e venda de energia elétrica, objetos<br />
de contratos livr<strong>em</strong>ente negociados entre Agentes<br />
de Geração, Agentes de Comercialização e Consumidores<br />
Livres. Nos parágrafos a seguir serão explorados com<br />
mais detalhe as características e forma de atuação dos<br />
diversos agentes nos ambientes livre e regulado, que são<br />
apresentadas de forma simplificada no diagrama abaixo:<br />
MODELO GERAL DE CONTRATAÇÃO DE ENERGIA<br />
126<br />
Geração Transmissão Distribuição Consumo<br />
Ambiente de contratação regulada<br />
G1<br />
D1<br />
G2<br />
D2<br />
G3<br />
D3<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
G4<br />
G5<br />
Ambiente de<br />
contratação livre<br />
COM<br />
CL<br />
CL<br />
CL<br />
Os Agentes de Transmissão são aqueles que possu<strong>em</strong><br />
os ativos de transmissão de energia que formam a<br />
Rede Básica do SIN, e não pod<strong>em</strong> atuar nos Ambientes<br />
de Contratação Livre e Regulado na comercialização<br />
de energia. Os ativos desses agentes são r<strong>em</strong>unerados<br />
exclusivamente por meio das Tarifas de Uso dos<br />
Sist<strong>em</strong>as de Transmissão – TUSTs pagas pelos Agentes<br />
de Geração, Distribuição e Consumidores Livres conectados<br />
à Rede Básica. A expansão dos ativos da Rede<br />
Básica é feita por licitação pública, sendo estabeleci-
dos nesse processo os valores de r<strong>em</strong>uneração durante<br />
o prazo de concessão.<br />
Os Agentes de Geração são aqueles titulares de concessão,<br />
permissão ou autorização para gerar energia<br />
elétrica <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos hidrelétricos ou termelétricos.<br />
Esses agentes pod<strong>em</strong> comercializar a energia<br />
de seus ativos nos Ambientes de Contratação Livre ou<br />
Regulado. Para a comercialização de energia no ACR, os<br />
Agentes de Geração participam dos leilões de compra<br />
de energia promovidos pelo MME <strong>em</strong> nome dos Agentes<br />
de Distribuição. Para a comercialização de energia no<br />
ACL, os Agentes de Geração pod<strong>em</strong> negociar livr<strong>em</strong>ente<br />
com Consumidores Livres, Agentes de Comercialização,<br />
e d<strong>em</strong>ais Agentes de Geração, sendo que para os Agentes<br />
de Geração que sejam titulares de concessão, permissão<br />
ou autorização na modalidade serviço público,<br />
a comercialização de energia deve observar os critérios<br />
de transparência e livre acesso.<br />
Os Agentes de Distribuição são aqueles titulares de<br />
concessão, permissão ou autorização de serviços e instalações<br />
de distribuição para fornecer energia elétrica<br />
ao consumidor final exclusivamente de forma regulada.<br />
Os Agentes de Distribuição têm as suas tarifas de<br />
venda de energia elétrica definidas pelo poder concedente,<br />
e só pod<strong>em</strong> comprar energia para atender<br />
às suas necessidades por meio dos leilões de compra<br />
promovidos pelo MME no ACR ou de uma chamada pública<br />
para compra de geração distribuída, nesse caso<br />
até o limite de 10% de sua carga.<br />
Os Agentes de Comercialização são aqueles titulares de<br />
autorização para compra e venda de energia elétrica no<br />
ACL com Agentes de Geração e Consumidores Livres, e<br />
não pod<strong>em</strong> ter ativos nos segmentos de geração, transmissão<br />
ou distribuição.<br />
Os Consumidores Livres são aqueles que possu<strong>em</strong> carga<br />
de consumo a contratar acima de 3.000 kW, independent<strong>em</strong>ente<br />
do nível de tensão <strong>em</strong> que são atendidos.<br />
Os Consumidores Livres negociam as suas necessidades<br />
de compra de energia no ACL com Agentes de Geração e<br />
Agentes de Comercialização. Caso um consumidor cativo<br />
possua característica que o habilite a se tornar Consumidor<br />
Livre, observando o prazo do seu atual contrato<br />
de fornecimento cativo, este consumidor pode se tornar<br />
livre com a sua inclusão na CCEE e negociando a sua<br />
necessidade de energia elétrica no ACL. É permitido ao<br />
Consumidor Livre o seu retorno ao mercado cativo do<br />
Agente de Distribuição da área de conexão do consumidor<br />
à rede elétrica, desde que essa decisão seja comunicada<br />
ao Agente de Distribuição com um prazo de cinco<br />
anos, quando então um novo contrato de fornecimento<br />
cativo deve ser celebrado.<br />
Existe ainda uma outra classificação de Consumidor<br />
Livre, chamado de Consumidor Especial, que foi introduzida<br />
pela Lei 10.762, de 11 de nov<strong>em</strong>bro de 2003.<br />
Por esta classificação, consumidores de energia elétrica<br />
ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de<br />
interesse de fato ou de direito, cuja carga de consumo<br />
seja superior a 500 kW, poderiam comprar energia alternativamente<br />
ao suprimento da concessionária local,<br />
independent<strong>em</strong>ente da tensão <strong>em</strong> que são atendidos,<br />
das chamadas “fontes alternativas” de energia elétrica:<br />
usinas hidrelétricas com capacidade instalada de até<br />
30.000 kW, usinas de co-geração de energia elétrica<br />
127<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
a partir da biomassa (bagaço de cana de açúcar, casca<br />
de arroz, resíduos de madeira, entre outros), fontes<br />
solares e fontes eólicas.<br />
Em relação às atividades de coordenação e controle<br />
da operação da geração e da transmissão da energia<br />
elétrica integrantes do SIN, elas são executadas<br />
pelo ONS, pessoa jurídica de direito privado, s<strong>em</strong><br />
fins lucrativos, mediante autorização do Poder Concedente,<br />
fiscalizado e regulado pela Aneel, a ser<br />
integrado por titulares de concessão, permissão ou<br />
autorização, e consumidores livres que sejam ligados<br />
à Rede Básica.<br />
Finalmente, para o gerenciamento do ambiente comercial,<br />
foi criada a CCEE, pessoa jurídica de direito<br />
privado, s<strong>em</strong> fins lucrativos, sob autorização do Poder<br />
Concedente e regulação e fiscalização pela Aneel, com<br />
a finalidade de viabilizar a comercialização de energia<br />
elétrica no setor elétrico nacional, registrando contratos<br />
e apurando os valores medidos de consumo e geração<br />
para a realização da liquidação de curto prazo.<br />
128<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
GLOSSÁRIO<br />
Abradee – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia<br />
Elétrica. Iniciada com o antigo Comitê de Distribuição, a Abradee<br />
transformou-se <strong>em</strong> associação <strong>em</strong> 1995. As <strong>em</strong>presas<br />
associadas respond<strong>em</strong> por mais de 95% do mercado brasileiro<br />
de energia elétrica.<br />
ADR (American Depositary Receipts) – Recibo de ações de<br />
companhia não sediada nos Estados Unidos, <strong>em</strong>itido por um<br />
banco e custodiado <strong>em</strong> banco norte-americano.<br />
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – Autarquia<br />
vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) que regula<br />
e fiscaliza as atividades de geração, transmissão, distribuição<br />
e comercialização de energia. São também suas funções:<br />
mediar conflitos entre consumidores e agentes do mercado<br />
e entre os próprios agentes; conceder, permitir e autorizar<br />
instalações e serviços de energia; homologar reajustes tarifários;<br />
assegurar a universalização e a qualidade adequada dos<br />
serviços prestados, e estimular investimentos e a competição<br />
entre os agentes do setor.<br />
Alevino – Forma <strong>em</strong>brionária inicial dos peixes.<br />
Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre –<br />
O Mercado Livre cobre as vendas de energia negociadas livr<strong>em</strong>ente<br />
entre as concessionárias de geração, os Produtores<br />
Independentes de Energia Elétrica (PIE), Auto-geradoras,<br />
Comercializadores de energia, Importadores de energia e<br />
Consumidores Livres.<br />
Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou Mercado Regulado<br />
– No Mercado Regulado, as <strong>em</strong>presas de distribuição<br />
compram suas necessidades de energia previstas para seus<br />
consumidores cativos do ACR por meio de licitações.<br />
Ass<strong>em</strong>bléia Geral Extraordinária (AGE) – Reunião dos acionistas,<br />
convocada e instalada na forma da lei e do estatuto<br />
social da <strong>em</strong>presa, cujo objetivo é deliberar sobre qualquer<br />
matéria pertinente ao objeto social que não tratada pela AGO.<br />
Sua convocação é feita conforme as necessidades específicas<br />
da <strong>em</strong>presa, não sendo obrigatória como a AGO.<br />
Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária (AGO) – De caráter obrigatório<br />
<strong>em</strong> uma sociedade anônima, é convocada anualmente até<br />
quatro meses após o encerramento do exercício para: tomar<br />
as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as<br />
d<strong>em</strong>onstrações financeiras; deliberar sobre a destinação do<br />
lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; eleger<br />
os administradores e os m<strong>em</strong>bros do conselho fiscal e<br />
aprovar a correção da expressão monetária do capital social.<br />
Ass<strong>em</strong>bléia – Ass<strong>em</strong>bléia geral, convocada e instalada de<br />
acordo com a lei e o estatuto. T<strong>em</strong> poderes para decidir todos<br />
os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as<br />
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.<br />
Balanced Score Card (BSC) – Metodologia específica, criada<br />
por professores da Harvard Business School, utilizada na gestão<br />
estratégica de negócios de uma organização.<br />
Biocombustível – Combustível de orig<strong>em</strong> biológica (utiliza<br />
fontes renováveis, não-fósseis).<br />
Biomassa – Do ponto de vista energético, é todo recurso<br />
renovável oriundo de matéria orgânica (de orig<strong>em</strong> animal ou<br />
vegetal) que pode ser utilizada na produção de energia.<br />
Biodiversidade – Também conhecida como diversidade biológica,<br />
é utilizada para descrever a riqueza e a variedade do<br />
mundo natural.<br />
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) –<br />
Pessoa jurídica de direito privado, s<strong>em</strong> fins lucrativos, que atua<br />
com o objetivo de viabilizar as operações de compra e venda<br />
de energia elétrica entre os Agentes da CCEE, restritas ao SIN.<br />
Célula Fotovoltaica – Dispositivo tipicamente constituído por<br />
silício monocristalino que converte a radiação solar fotovoltaica<br />
<strong>em</strong> energia elétrica.<br />
Certificados de Redução de Emissões (CREs) – Atestam as<br />
reduções de <strong>em</strong>issões de gases de efeito estufa resultantes<br />
de atividades de projetos elegíveis ao MDL. Os CREs são utilizados<br />
pelos países do Anexo I, que as utilizam como forma<br />
de cumprimento parcial de suas metas de redução de <strong>em</strong>issão<br />
de gases de efeito estufa.<br />
Chiller de Absorção – Equipamento que utiliza refrigerantes<br />
naturais para realizar a refrigeração a partir de combustíveis<br />
como vapor, água, biocombustíveis, entre outros.<br />
Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCE-<br />
AR) – Também denominado Contrato Bilateral, é o instrumento<br />
celebrado entre cada concessionária ou autorizada de<br />
129<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
130<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
geração e todas as concessionárias ou permissionárias do serviço<br />
público de distribuição, que define as regras e condições<br />
para a comercialização de energia elétrica proveniente de<br />
<strong>em</strong>preendimentos de geração.<br />
Conselho de Administração – Órgão de deliberação colegiada<br />
cuja missão é proteger e valorizar o patrimônio. O Conselho de<br />
Administração deve ter pleno conhecimento dos valores da <strong>em</strong>presa,<br />
dos propósitos e crenças dos sócios e zelar pelo seu aprimoramento.<br />
Também t<strong>em</strong> a responsabilidade de prevenir e administrar<br />
situações de conflitos de interesses ou divergência de<br />
opiniões de modo que o interesse da <strong>em</strong>presa s<strong>em</strong>pre prevaleça.<br />
Co-geração – Produção simultânea de energia elétrica ou<br />
mecânica e energia térmica (utilizável) <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a de conversão<br />
simples de energia.<br />
Conselho Fiscal – Órgão não-obrigatório responsável por fiscalizar<br />
os atos da administração, <strong>em</strong>itir pareceres e prestar<br />
informações aos sócios.<br />
Co-processamento – É o aproveitamento de resíduos industriais<br />
combustíveis e/ou matéria-prima <strong>em</strong> fornos de<br />
alta t<strong>em</strong>peratura. É uma forma eficiente e segura destruição<br />
térmica sob o ponto de vista operacional e ambiental.<br />
Dividendo – Parcela dos lucros de uma <strong>em</strong>presa distribuída<br />
a seus acionistas.<br />
Documento de Concepção do Projeto (DCP) – Documento<br />
elaborado conforme metodologia específica a partir dos<br />
dados técnicos e contextuais pertinentes ao projeto. Deve<br />
ser validado pela Entidade Operacional Designada e aprovado<br />
pela Autoridade Nacional Designada no âmbito do MDL para<br />
que seja registrado e avaliado pela UNFCCC. Se aprovado pelo<br />
Conselho Executivo da UNFCCC, resulta na concessão de CREs.<br />
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora<br />
(DEC) – Indicador que mede a duração média, <strong>em</strong><br />
um período observado, das interrupções na distribuição de<br />
energia elétrica <strong>em</strong> cada unidade consumidora de um conjunto<br />
considerado.<br />
Energia Eólica – Energia gerada a partir da força dos ventos.<br />
Energia Fotovoltaica – Energia elétrica obtida a partir da<br />
energia solar por meio de células fotovoltaicas que absorv<strong>em</strong><br />
a radiação solar e a transformam <strong>em</strong> energia elétrica.<br />
Energia Solar – Energia produzida por meio do aproveitamento<br />
da luz do sol. Exist<strong>em</strong> dois aproveitamentos: o térmico e o<br />
fotovoltaico. No aproveitamento térmico, a luz do sol é usada<br />
apenas como fonte de calor para sist<strong>em</strong>as de aquecimento. No<br />
fotovoltaico, a luz do sol se transforma <strong>em</strong> energia elétrica.<br />
Entidade Operacional Designada – Entidade certificada,<br />
prevista pelo Protocolo de Kyoto, que avalia e audita os<br />
Documentos de Concepção do Projeto de MDL. Deve ser credenciada<br />
pelo Conselho Executivo da UNFCCC e, no Brasil,<br />
pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima<br />
(Autoridade Nacional Designada para o Brasil), do Ministério<br />
de Ciência e Tecnologia.<br />
Freqüência Equivalente de Interrupção de Energia (FEC) –<br />
Indicador que reflete o número de interrupções na distribuição<br />
de energia elétrica ocorridas, <strong>em</strong> média, no período observado,<br />
<strong>em</strong> cada unidade consumidora de um determinado<br />
conjunto.<br />
Gases de Efeito Estufa (GEE) – Constituintes gasosos da atmosfera,<br />
naturais e antrópicos, que absorv<strong>em</strong> e <strong>em</strong>it<strong>em</strong> radiação<br />
infravermelha. A <strong>em</strong>issão desses gases foi regulamentada<br />
pelo Protocolo de Kyoto, tratado internacional compl<strong>em</strong>entar a<br />
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.<br />
Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) – Protocolo de<br />
Gases de Efeito Estufa. Foi elaborado <strong>em</strong> 1998 com o objetivo<br />
de desenvolver um padrão de contabilização e divulgação<br />
de <strong>em</strong>issões de GEE que seja aceito internacionalmente e<br />
amplamente adotado.<br />
Hedge – Termo <strong>em</strong> inglês que significa salvaguarda. É um<br />
mecanismo financeiro usado por pessoas ou <strong>em</strong>presas que<br />
precisam se proteger da flutuação de preços que costuma<br />
ocorrer nos mercados de commodities ou câmbio.<br />
Holding – Empresa que possui como atividade principal a<br />
participação acionária <strong>em</strong> uma ou mais <strong>em</strong>presas (subsidiárias),<br />
mantendo o controle ou coordenação sobre as mesmas<br />
pela posse majoritária das ações.<br />
Ictiofauna – Conjunto das espécies de peixes de uma determinada<br />
região biogeográfica como um rio ou bacia hidrográfica.<br />
Incineração – É o processo de destruição térmica de resíduos,<br />
mediante a exposição dos mesmos a t<strong>em</strong>peraturas<br />
superiores a 1000º C, transformando-os <strong>em</strong> cinzas inertes.
Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – Painel<br />
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.<br />
Lajida ou Ebitda – Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação<br />
e Amortização. É a Geração Operacional de Caixa.<br />
Expressa o quanto uma <strong>em</strong>presa gera de recursos a partir<br />
de suas operações ou negócio principal, já descontados seus<br />
custos e despesas operacionais e s<strong>em</strong> considerar ganhos ou<br />
perdas financeiros.<br />
Mainframe – Computador de grande porte, normalmente<br />
dedicado ao processamento de um volume grande de informações,<br />
cuja utilização v<strong>em</strong> perdendo espaço pela impl<strong>em</strong>entação<br />
dos servidores.<br />
Mecanismo de Desevolvimento Limpo (MDL) – Mecanismo<br />
de flexibilização previsto no artigo 12 do Protocolo de Kyoto<br />
cujo objetivo é ajudar os países desenvolvidos signatários do<br />
Protocolo (<strong>em</strong> seu Anexo I) a alcançar<strong>em</strong> suas metas de redução<br />
de <strong>em</strong>issões e promover o desenvolvimento sustentável<br />
nos países <strong>em</strong> desenvolvimento. O MDL permite aos países do<br />
Anexo I gerar ou comprar reduções certificadas de <strong>em</strong>issão de<br />
projetos desenvolvidos <strong>em</strong> países fora do Anexo I. Em contrapartida,<br />
estes países têm a possibilidade de acessar recursos<br />
financeiros específicos para utilização/desenvolvimento de<br />
tecnologias limpas.<br />
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) – Processo<br />
comercial no qual os geradores de energia compartilham<br />
os riscos financeiros associados ao despacho centralizado<br />
do ONS. Pelo MRE, cada usina é responsável pela geração<br />
de uma determinada quantidade preestabelecida de energia<br />
(energia assegurada).<br />
Motor Stirling – Motor de combustão externa, também conhecido<br />
como motor de ar quente por utilizar os gases da<br />
atmosfera como fluido de trabalho.<br />
Nanotubo de Carbono – Tubo de carbono cuja aplicação proporciona<br />
ganhos de eficiência energética devido à aplicação<br />
da nanotecnologia <strong>em</strong> seu desenvolvimento.<br />
Oleaginosas – Vegetais que contêm óleos e gorduras passíveis<br />
de extração por meio de processos específicos.<br />
Operador Nacional do Sist<strong>em</strong>a Elétrico (ONS) – Agente<br />
de direito privado que coordena e controla a operação das<br />
instalações de geração e transmissão de energia elétrica nos<br />
sist<strong>em</strong>as interligados brasileiros. O ONS responde pelo acompanhamento<br />
do consumo de energia e do nível de água dos<br />
reservatórios das principais usinas do país.<br />
Pequena Central Hidrelétrica – É toda usina hidrelétrica de<br />
pequeno porte cuja capacidade instalada seja inferior a 30 MW.<br />
Protocolo de Kyoto – Protocolo de um tratado internacional<br />
com compromissos mais rígidos para a redução da <strong>em</strong>issão<br />
dos gases que provocam o efeito estufa, causadores do aquecimento<br />
global. Foi aberto para assinaturas <strong>em</strong> 11 de dez<strong>em</strong>bro<br />
de 1997 e ratificado <strong>em</strong> 15 de março de 1999. Entrou<br />
<strong>em</strong> vigor <strong>em</strong> 16 de fevereiro de 2005. Por ele se propõe<br />
um calendário pelo qual os países-m<strong>em</strong>bros (principalmente<br />
os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a <strong>em</strong>issão de<br />
gases do efeito estufa <strong>em</strong>, pelo menos, 5,2% <strong>em</strong> relação<br />
aos níveis de 1990 no período entre <strong>2008</strong> e 2012, também<br />
chamado de primeiro período de compromisso. Além disso, é<br />
seu objetivo garantir um modelo de desenvolvimento limpo<br />
para os países <strong>em</strong> desenvolvimento, por meio de pesquisas e<br />
transferência de tecnologia.<br />
Rating – Palavra <strong>em</strong> inglês que significa, no contexto deste<br />
Relatório, classificação de risco.<br />
Reajuste Tarifário – Atualização dos preços da energia elétrica<br />
prevista nos contratos de concessão, com objetivo de<br />
preservar o equilíbrio econômico e financeiro das <strong>em</strong>presas.<br />
Rede de Distribuição Protegida (RDP) – Também conhecida<br />
como rede compacta, t<strong>em</strong> seus fios cobertos por um revestimento<br />
especial que evita quedas de energia do sist<strong>em</strong>a e<br />
acidentes quando da queda de árvores ou da ocorrência de<br />
outras interferências.<br />
Royalties – Valores pagos ao detentor de uma marca, patente,<br />
processo de produção, produto ou obra original pelos<br />
direitos de sua exploração comercial.<br />
Securities and Exchange Comission (SEC) – Entidade reguladora<br />
do mercado de capitais norte-americano, correspondente<br />
à Comissão de Valores Mobiliários brasileira.<br />
Serviço Especializado <strong>em</strong> Segurança e Medicina do Trabalho<br />
(SESMT) – Serviço com a finalidade de promover a saúde<br />
e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.<br />
Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional (SIN) – Sist<strong>em</strong>a composto<br />
pela rede básica e d<strong>em</strong>ais instalações de transmissão que<br />
131<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong>
interliga as unidades de geração e distribuição nos sist<strong>em</strong>as<br />
Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.<br />
Sociedade de <strong>Economia</strong> Mista – Sociedade cuja propriedade<br />
é divida entre o Estado e Particulares, sendo que o Estado<br />
deve ter participação no capital votante superior a 50%.<br />
Stakeholders ou Partes Interessadas – Pessoa, grupo, organização<br />
ou sist<strong>em</strong>a que afeta e é afetado pelas ações e<br />
atividades de uma <strong>em</strong>presa, entre os quais pod<strong>em</strong>os citar<br />
acionistas, funcionários, comunidade, clientes, fornecedores,<br />
credores, governos e organizações não-governamentais.<br />
Subestação – Instalação elétrica de alta potência, contendo<br />
equipamentos para transmissão, distribuição, proteção e controle<br />
de energia elétrica. Funciona como ponto de controle e<br />
transferência <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a de transmissão elétrica, direcionando<br />
e controlando o fluxo energético, transformando os<br />
níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para<br />
consumidores industriais.<br />
Foi oficialmente criada na “Conferência das Nações Unidas<br />
para o Ambiente e Desenvolvimento”, no Rio de Janeiro <strong>em</strong><br />
1992 (“Conferência do Rio” ou “Eco-92”), por meio de um<br />
acordo assinado por líderes governamentais do mundo inteiro.<br />
O objetivo da UNFCCC é buscar a estabilização dos níveis<br />
de gases de efeito estufa <strong>em</strong> patamares que não impliqu<strong>em</strong><br />
alterações climáticas perigosas. Também pretende limitar<br />
as <strong>em</strong>issões a níveis que permitam uma adaptação natural<br />
e progressiva dos ecossist<strong>em</strong>as às alterações climáticas.<br />
Usina Eólica – Central que utiliza a força dos ventos para<br />
movimentar sua turbina e gerar energia elétrica.<br />
Usina Hidrelétrica (UHE) – Central que utiliza a força da<br />
água (energia mecânica) para girar as turbinas e gerar energia<br />
elétrica.<br />
Usina Térmica (UTE) – Central que gera energia elétrica a<br />
partir da queima de um determinado combustível, como carvão,<br />
óleo diesel, gás, biomassa ou outros.<br />
132<br />
CEMIG<br />
<strong>2008</strong><br />
Subsidiária – Empresa cujas políticas financeiras e operacionais<br />
são dirigidas por uma entidade controladora, que se<br />
beneficia de suas atividades. Ressalta-se que a controladora<br />
não precisa necessariamente deter o controle acionário, ou<br />
seja, o conceito de controle sobre a subsidiária decorre pelo<br />
mando <strong>em</strong> relação à estratégia e operações da subsidiária.<br />
Tarifas de Uso dos Sist<strong>em</strong>as de Transmissão (TUSTs) – Tarifas<br />
devidas pelos usuários (geradoras e consumidores livres)<br />
às transmissoras pelo uso de sua rede de transmissão.<br />
Tensão – A energia gerada é levada por meio de cabos ou<br />
barras condutoras, dos terminais do gerador até o transformador<br />
elevador, onde t<strong>em</strong> sua tensão (voltag<strong>em</strong>) elevada para<br />
adequada condução, por linhas de transmissão, até os centros<br />
de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores,<br />
a energia t<strong>em</strong> sua tensão levada a níveis adequados para<br />
utilização pelos consumidores. Figura nas especificações de<br />
uma máquina ou de um aparelho.<br />
Valor de Mercado – Valor de uma <strong>em</strong>presa no mercado de<br />
capitais <strong>em</strong> uma determinada data, fruto da soma do valor<br />
das ações representativas de seu capital social, conforme<br />
cotação das ações <strong>em</strong> bolsa de valores na data <strong>em</strong> questão.<br />
Volt – É a unidade de medida da tensão <strong>em</strong> que é fornecida<br />
a energia elétrica.<br />
Watt (W) – É a unidade de medida da potência que cada aparelho<br />
requer para seu funcionamento. O kilowatt (kW) t<strong>em</strong> mil<br />
watts; o megawatt (MW), um milhão de watts, gigawatt (GW),<br />
um bilhão de watts e o terawatt (TW), um trilhão de watts.<br />
Watt-hora – Para cada forma de energia, foi estabelecida uma<br />
medida. No caso da energia elétrica, estabeleceu-se o watthora<br />
(Wh). Para descrever seus múltiplos, utilizam-se prefixos<br />
gregos: kWh: kilowatt-hora: mil; MWh: megawatt-hora: milhão;<br />
GWh: gigawatt-hora: bilhão; TWh: terawatt-hora: trilhão.<br />
United Nations Framework Convention on Climate Change<br />
(UNFCCC) – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre<br />
Mudanças Climáticas, conhecida como Convenção do Clima.