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Cemig, em 2008 - Economia - Terra

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Edição:<br />

SUPERINTENDÊNCIA<br />

DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL – CE<br />

Coordenação:<br />

SUPERINTENDÊNCIA<br />

DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – SE<br />

PRINCIPAIS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DA CEMIG<br />

Os dados financeiros (<strong>em</strong> R$) são consolidados segundo as normas contábeis brasileiras. Das d<strong>em</strong>ais informações, foram excluídas Gasmig,<br />

Infovias, TBE e Light, conforme metodologia da Global Reporting Initiative – GRI. 1<br />

Projeto Gráfico:<br />

18 COMUNICAÇÃO<br />

Descrições 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Dados Gerais<br />

Número de consumidores – <strong>em</strong> milhares 2 5.875 6.010 6.240 6.440 6.602<br />

Número de <strong>em</strong>pregados 10.668 10.271 10.658 10.818 10.422<br />

Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774<br />

Área de concessão – km 2 567.478 567.478 580.626 580.626 580.626<br />

FEC – número de interrupções (EU28) 6,58 6,78 6,43 6,39 6,53<br />

DEC – horas (EU29) 10,93 12,21 13,03 13,14 13,65<br />

Número de usinas <strong>em</strong> operação 52 54 56 57 58<br />

Número de subestações 434 440 444 453 6.579<br />

Capacidade instalada – MW (EU1) 3 5.949 6.113 6.523 6.566 460<br />

Linhas de transmissão – km (EU4) 4.856 4.892 4.897 4.957 4.957<br />

Linhas de subtransmissão – km (EU4) 16.086 16.040 16.376 16.376 16.539<br />

Linhas de distribuição – km (EU4)<br />

Urbana 83.527 84.585 85.479 85.815 87.086<br />

Rural 283.910 294.815 308.689 337.987 349.819<br />

Consultoria para<br />

elaboração do Relatório:<br />

KEY ASSOCIADOS<br />

Fotos:<br />

ANTÔNIO CARREIRO<br />

ACERVO CEMIG<br />

DÁRIO ZALIS<br />

EUGÊNIO PACCELLI<br />

FERNANDO MARTINS<br />

NITRO AGÊNCIA DE IMAGENS<br />

PERCIO LIMA<br />

ROGÉRIO REIS<br />

Informações Corporativas:<br />

COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG<br />

Av. Barbacena, 1.200<br />

Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131<br />

CNPJ: 17.155.730/0001-64<br />

Telefone: 116 ou 0800 7210 116<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A.<br />

Av. Barbacena, 1.200 – 17º andar – Ala A1<br />

Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131<br />

CNPJ n° 06.981.180/0001-16<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A.<br />

CNPJ n° 06.981.176/0001-58<br />

Av. Barbacena, 1.200 – 12º andar – Ala B1<br />

Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131<br />

www.c<strong>em</strong>ig.com.br<br />

GOVERNO DE MINAS GERAIS<br />

RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE <strong>2008</strong><br />

RELATÓRIO DE<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Dimensão Econômica<br />

Receita operacional – R$ milhões 9.748 11.703 13.431 15.790 16.488<br />

Lajida ou Ebitda – R$ milhões 2.480 3.058 3.222 4.073 4.099<br />

Lucro líquido (prejuízo) – R$ milhões 1.385 2.003 1.719 1.735 1.887<br />

Salários e benefícios dos <strong>em</strong>pregados 919 1.087 1.625 1.405 1.599<br />

Patrimônio líquido – R$ milhões 7.251 7.185 7.522 8.390 9.352<br />

Endividamento do patrimônio líquido – % 131,15 175,55 206,03 189,23 160,29<br />

Dimensão Ambiental<br />

Recursos aplicados <strong>em</strong> meio ambiente (1) 141,7 85,4 58,1 44,1 70,5<br />

Total de resíduos gerados – t métricas 2.193 3.418 3.971 5.063 7.599<br />

Resíduos reciclados, reutilizados ou dispostos – t métricas 1.716 3.145 3.518 4.685 6.845<br />

Consumo total de energia – GJ 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265<br />

Consumo total de água – m 3 335.921 274.064 292.060 350.913 423.590<br />

Alevinos para soltura – milhares 547 722 445 484 616<br />

Produção de mudas – milhares 415 190 392 350 416<br />

Emissões de CO 2<br />

– t métricas 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657<br />

Dimensão Social<br />

Média de horas de treinamento por <strong>em</strong>pregado (LA10) 53,46 49,03 59,34 50,73 71,25<br />

Total de recursos – R$ milhões (2) 3.941 5.920 6.448 7,268 7,797<br />

Taxa de freqüência – <strong>em</strong>pregados próprios (3) 0,754 0,534 0,370 0,485 0,434<br />

Taxa de freqüência – <strong>em</strong>pregados contratados (3) 2,236 1,906 2,168 1,342 0,937<br />

(1) (2)<br />

Somatório dos Recursos Aplicados <strong>em</strong> Meio Ambiente destinados à Operação e Manutenção e aos Novos Empreendimentos Somatório do Total Indicadores Sociais Externos e Total Indicadores Sociais Internos, para mais detalhes vide<br />

(3)<br />

Balanço Social Número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200.000 horas trabalhadas.<br />

1<br />

Para mais informações sobre a metodologia da GRI, favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org<br />

2<br />

O gráfi co com o número de consumidores por categoria está descrito no it<strong>em</strong> Mercado, página 30<br />

3<br />

Capacidade<br />

instalada por fonte encontra-se descrita no it<strong>em</strong> Emissões Atmosféricas, página 62.


RELATÓRIO DE<br />

SUSTENTABILIDADE


MENSAGEM DA<br />

ADMINISTRAÇÃO


A Organização das Nações Unidas – ONU elegeu <strong>2008</strong> como o “Ano<br />

Internacional do Planeta <strong>Terra</strong>”, direcionando as ações humanas <strong>em</strong><br />

favor da preservação ambiental, da conservação dos recursos naturais<br />

e da qualidade de vida. Assim, alinhada ao calendário global, a<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contribuiu para fomentar as discussões <strong>em</strong> busca de uma nova<br />

consciência, que considere <strong>em</strong> conjunto as questões econômicas,<br />

ambientais e sociais, com o envolvimento de clientes, <strong>em</strong>pregados,<br />

investidores e sociedade.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> auxiliou na promoção do S<strong>em</strong>inário Internacional de Sustentabilidade,<br />

que teve a participação de analistas de mercado e investidores;<br />

participou do 49º Encontro Anual do Banco Interamericano de<br />

Desenvolvimento – BID, <strong>em</strong> Miami, com um estande sobre energias<br />

renováveis e eficiência energética; coordenou o “III S<strong>em</strong>inário Brasileiro<br />

de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico<br />

– Cigré-Brasil”; realizou a S<strong>em</strong>ana do Meio Ambiente com o t<strong>em</strong>a<br />

“O Ano Internacional do Planeta <strong>Terra</strong> e a Eficiência Energética”;<br />

participou do S<strong>em</strong>inário Arquitetura Cont<strong>em</strong>porânea, com o t<strong>em</strong>a<br />

“Sustentabilidade na Arquitetura”; e com<strong>em</strong>orou o Natal com um<br />

estande t<strong>em</strong>ático sobre Sustentabilidade.<br />

A busca pela melhoria da sustentabilidade <strong>em</strong>presarial continuou<br />

como uma prioridade, reforçando a necessidade de se considerar o<br />

equilíbrio entre as dimensões econômica, ambiental e social, de forma<br />

integrada com a sua estratégia. Os <strong>em</strong>preendimentos da Companhia<br />

são conduzidos com a realização de uma análise adequada de seus<br />

impactos socioeconômicos e ambientais, considerando-se os anseios<br />

dos diversos públicos envolvidos, expressos por meio de diálogos e<br />

canais de comunicação disponíveis.<br />

Em <strong>2008</strong>, os investimentos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançaram R$1,4 bilhão.<br />

Desses, mais de R$500 milhões foram aplicados na ampliação da<br />

participação no capital da <strong>em</strong>presa TBE, formada por <strong>em</strong>presas transmissoras<br />

de energia, o que dobrou a participação da Companhia <strong>em</strong><br />

seu capital. Estão atualmente <strong>em</strong> construção as Usinas Hidrelétricas<br />

de Baguari (49% de participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>), Santo Antônio (10% de<br />

participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>), além da participação <strong>em</strong> pequenas centrais<br />

hidrelétricas. Outro investimento foi a aquisição de 49% da participação<br />

societária de três parques eólicos, com potência total de 100<br />

MW, no estado do Ceará, no valor de R$213 milhões, com início de<br />

atividades operacionais previstas para 2009. Esse investimento veio<br />

resgatar o pioneirismo da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, que, <strong>em</strong> 1994, construiu o primeiro<br />

parque eólico com geração comercial no Brasil, a usina do Morro do<br />

Camelinho, <strong>em</strong> Minas Gerais.<br />

Atualmente, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atende mais de 6,5 milhões de consumidores<br />

e conta com 10.442 <strong>em</strong>pregados. Em relação ao meio ambiente,<br />

destaca-se o Programa Peixe Vivo, impl<strong>em</strong>entado para buscar soluções<br />

que evit<strong>em</strong> e mitigu<strong>em</strong> impactos sobre a ictiofauna (peixes),<br />

além de ampliar os programas de conservação, com o envolvimento<br />

das comunidades, pescadores e universidades.<br />

A Companhia também desenvolve outros projetos de grande alcance<br />

socioeconômico, destacando-se o programa de universalização da<br />

energia elétrica “Luz para Todos”, que já beneficiou, desde o seu<br />

início, 855 mil consumidores. Além disso, foram investidos recursos<br />

<strong>em</strong> projetos sociais, culturais e educacionais. O Projeto Conviver, que<br />

orienta clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência energética,<br />

realizou <strong>em</strong> 2007/<strong>2008</strong> o atendimento a 18 comunidades,<br />

visitas e atendimento a 70 mil famílias com doações de lâmpadas<br />

compactas, recuperadores de calor e refrigeradores eficientes.<br />

Por nove anos consecutivos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi incluída no Índice Dow Jones<br />

de Sustentabilidade – DJSI World, além de ter sido selecionada<br />

para compor todas as quatro edições do Índice de Sustentabilidade<br />

Empresarial – ISE da Bovespa, desde 2005. Em <strong>2008</strong>, a Companhia<br />

foi incluída no The Global Dow Index – GDOW, com outras 149<br />

<strong>em</strong>presas consideradas líderes nos seus setores e voltadas para o<br />

futuro. Fechando o ano de <strong>2008</strong> com mais uma conquista, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro<br />

a Companhia e suas duas subsidiárias <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão<br />

S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. foram elevadas ao nível de<br />

“investment grade” na escala global pela agência de classificação de<br />

riscos Moody’s.<br />

Tais resultados só foram possíveis devido a um programa eficiente de<br />

gestão com metas e diretrizes sustentáveis. Sustentabilidade, para<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, é a busca de melhores condições de vida para a geração<br />

atual e para as gerações futuras. É a condução ética, transparente e<br />

rentável de seus negócios, respeitando o meio ambiente e atuando<br />

com responsabilidade social. Agindo dessa forma, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> gera valor<br />

para os seus acionistas, consumidores e para toda a sociedade, fortalecendo<br />

a rede social <strong>em</strong> prol da sustentabilidade.<br />

Diretoria Executiva<br />

3<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


CONSELHOS DE<br />

ADMINISTRAÇÃO, FISCAL<br />

E DIRETORIA


DIRETORIA*<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

MEMBROS EFETIVOS*<br />

PRESIDENTE<br />

Sérgio Alair Barroso<br />

DJALMA BASTOS DE MORAIS<br />

Diretor-Presidente<br />

ARLINDO PORTO NETO<br />

Diretor Vice-Presidente<br />

VICE-PRESIDENTE<br />

Djalma Bastos de Morais<br />

BERNARDO AFONSO<br />

SALOMÃO DE ALVARENGA<br />

Diretor Comercial<br />

FERNANDO HENRIQUE<br />

SCHÜFFNER NETO<br />

Diretor de Distribuição e Comercialização<br />

Eduardo Lery Vieira<br />

Alexandre Heringer Lisboa<br />

Antônio Adriano Silva<br />

Francelino Pereira dos Santos<br />

Maria Estela Kubitschek Lopes<br />

João Camilo Penna<br />

Wilton de Medeiros Daher<br />

Britaldo Pedrosa Soares<br />

Evandro Veiga Negrão de Lima<br />

Roberto Pinto Ferreira Mameri Abdenur<br />

André Araújo Filho<br />

Thomas Anthony Tribone<br />

CONSELHO FISCAL<br />

MEMBROS EFETIVOS*<br />

5<br />

PRESIDENTE<br />

Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond<br />

JOSÉ CARLOS DE MATTOS<br />

Diretor de Desenvolvimento<br />

de Novos Negócios<br />

Diretor de Gás (cumulativamente)<br />

LUIZ FERNANDO ROLLA<br />

Diretor de Finanças, Relações<br />

com Investidores e Controle<br />

de Participações<br />

Luiz Guaritá Neto<br />

Luiz Otávio Nunes West<br />

Thales de Souza Ramos Filho<br />

* Posição <strong>em</strong> 8 de abril de 2009.<br />

Obs.: o Conselho Fiscal é composto por 5 m<strong>em</strong>bros efetivos e 5 m<strong>em</strong>bros suplentes.<br />

Em <strong>2008</strong>, um m<strong>em</strong>bro efetivo renunciou ao cargo não tendo sido eleito, até 8 de<br />

abril de 2009, o novo m<strong>em</strong>bro. O respectivo suplente está participando das reuniões.<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

LUIZ HENRIQUE<br />

DE CASTRO CARVALHO<br />

Diretor de Geração e Transmissão<br />

MARCO ANTONIO<br />

RODRIGUES DA CUNHA<br />

Diretor de Gestão Empresarial


SUMÁRIO


MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 3<br />

CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO,<br />

FISCAL E DIRETORIA 5<br />

PERFIL DA EMPRESA 9<br />

Empresas Controladas e Coligadas 11<br />

Mercado e Regulação Setorial 12<br />

Visão, Missão e Valores 12<br />

Principais Impactos, Riscos<br />

e Oportunidades 12<br />

DIMENSÃO ECONÔMICA<br />

Governança Corporativa 15<br />

Estratégia e Gestão 20<br />

Evolução do Mercado e Tarifas 28<br />

Resultados e sua Distribuição 35<br />

Investimentos 37<br />

Tecnologia e Inovação 42<br />

DIMENSÃO AMBIENTAL<br />

Comprometimento<br />

com o Meio Ambiente 45<br />

Gestão Ambiental 47<br />

Esforços para a Biodiversidade 57<br />

Emissões Atmosféricas 62<br />

Energias Alternativas 68<br />

DIMENSÃO SOCIAL<br />

Gestão do Capital Humano 73<br />

Relacionamento com Clientes e Consumidores 84<br />

Cidadania e Cultura 89<br />

Saúde, Segurança Ocupacional<br />

e B<strong>em</strong>-estar – SSO&BE 94<br />

Relacionamento com Fornecedores<br />

e Contratados 100<br />

PARTICIPAÇÕES 105<br />

RECONHECIMENTOS 115<br />

Balanço Social Consolidado 118<br />

SOBRE ESTE RELATÓRIO 119<br />

Estabelecimento dos Limites do Relatório 120<br />

Principais Mudanças <strong>em</strong> <strong>2008</strong> 120<br />

Índice de Conteúdo da GRI 121<br />

Anexo 1 125<br />

GLOSSÁRIO 129<br />

7<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


PERFIL DA<br />

EMPRESA


A Companhia Energética de Minas Gerais – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi<br />

fundada <strong>em</strong> 1952 por Juscelino Kubitschek de Oliveira,<br />

nessa época governador de Minas Gerais, e atua no setor<br />

brasileiro de energia, com destaque para a energia<br />

elétrica. Atualmente, atende mais de 6,5 milhões de<br />

consumidores, o que a torna a maior concessionária de<br />

distribuição de energia elétrica do Brasil.<br />

A propriedade de suas ações, <strong>em</strong> 31 de dez<strong>em</strong>bro de<br />

<strong>2008</strong>, se distribuía conforme ilustrado a seguir:<br />

CEMIG – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL – 31 DE DEZEMBRO DE <strong>2008</strong><br />

Ações Ordinárias<br />

6%<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é hoje considerada líder mundial <strong>em</strong> sustenta-<br />

43%<br />

bilidade, tendo sido selecionada, pela nona vez consecutiva,<br />

para compor o Dow Jones Sustainability World<br />

51%<br />

Index (DJSI World) e, pelo quarto ano consecutivo,<br />

para compor o grupo de <strong>em</strong>presas listadas no Índice<br />

de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de<br />

São Paulo (ISE/Bovespa). Em nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, foi<br />

selecionada para compor a carteira do The Global Dow<br />

Ações Preferenciais<br />

2%<br />

Index – GDOW 4 com outras 149 <strong>em</strong>presas de 25 países,<br />

sendo uma das três <strong>em</strong>presas brasileiras a fazer parte<br />

desse índice internacional, e a única do setor elétrico da<br />

América Latina. A Companhia também foi considerada<br />

Gold Class no setor de Eletricidade pela publicação The<br />

30%<br />

68%<br />

9<br />

Sustainability Year Book 2009 5 .<br />

As ações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são listadas nos seguintes mercados<br />

de valores mobiliários:<br />

Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa<br />

(Nível 1 de Governança Corporativa):<br />

Ações Preferenciais – CMIG4;<br />

Ações Ordinárias – CMIG3.<br />

New York Stock Exchange – NYSE<br />

ADRs Nível 2 das Ações Preferenciais – CIG;<br />

ADRs Nível 2 das Ações Ordinárias – CIG.C.<br />

Madrid, Mercado de Valores Latino-americanos<br />

Latibex – XCMIG<br />

Ações Totais<br />

23%<br />

35%<br />

42%<br />

Setor Público Setor Privado Interno Setor Privado Externo<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

4 Para mais informações sobre o The Global Dow Index, acesse www.globaldow.com.<br />

5<br />

The Sustainability Yearbook é uma publicação do Sam Group e pode ser acessada por meio do link: http://www.<strong>em</strong>arsys.net/custloads/125736536/md_175445.pdf.


O sócio controlador, com 51,0% das ações ordinárias<br />

(ações com direito a voto), é o Governo do estado de<br />

Minas Gerais. Em 31 de dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, o valor de<br />

mercado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> era de R$14 bilhões (gráfico abaixo).<br />

VALOR DE MERCADO DA CEMIG EM 31 DE DEZEMBRO (R$ MILHÕES)<br />

14.335<br />

16.039<br />

16.084<br />

14.026<br />

9.951<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

10<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


EMPRESAS CONTROLADAS<br />

E COLIGADAS<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atua <strong>em</strong> diversos estados do Brasil na distribuição,<br />

geração, transmissão e comercialização de energia<br />

elétrica. O Grupo é controlado por uma holding, com<br />

suas duas subsidiárias: a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e a<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. Adicionalmente, possui<br />

participações <strong>em</strong> concessionárias de distribuição de<br />

energia (Light) e <strong>em</strong> diversas <strong>em</strong>presas de transmissão<br />

de energia elétrica, investimentos <strong>em</strong> distribuição de<br />

gás natural (Gasmig), transmissão de dados (Infovias),<br />

além de estar construindo duas seções de Linha de<br />

Transmissão nas Subestações – SEs Charrúa e Nueva<br />

T<strong>em</strong>uco, localizadas no Chile (organograma a seguir).<br />

EMPRESAS E CONSÓRCIOS DO GRUPO CEMIG (POSIÇÃO EM DEZEMBRO DE <strong>2008</strong>)<br />

Rio Minas Energia<br />

Participações S.A.<br />

Light S.A.<br />

Light Energia<br />

S.A.<br />

Lightger Ltda.<br />

Lighthidro Ltda.<br />

100%<br />

Itaocara<br />

Energia Ltda.<br />

Light Esco<br />

Prestação de<br />

Serviços Ltda.<br />

Instituto Light de<br />

Desenvolvimento<br />

Social e Urbano<br />

100%<br />

Light Serviços<br />

de Eletricidade<br />

S.A.<br />

25%<br />

52,1%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Distribuição<br />

S.A.<br />

GT<br />

Consórcio<br />

PCH<br />

49%<br />

Lajes Light energ.<br />

51%<br />

Consórcio<br />

PCH<br />

Paracambi<br />

Consórcio<br />

UHE<br />

Itaocara<br />

EBL Companhia<br />

de Eficiência<br />

Energética S.A.<br />

100%<br />

GT<br />

49%<br />

Lightger<br />

51%<br />

GT<br />

49%<br />

Ita. energ.<br />

51%<br />

33%<br />

LIR Energy Ltd.<br />

100%<br />

Hidrelétrica<br />

Cachoeirão S.A. 49%<br />

Guanhães<br />

Energia S.A.<br />

Madeira<br />

Energia S.A.<br />

Santo Antônio<br />

Energia S.A.<br />

Hidrelétrica<br />

Pipoca S.A.<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Baguari S.A.<br />

Baguari<br />

Energia<br />

S.A.<br />

Consórcio<br />

UHE Baguari<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />

e Transmissão<br />

S.A. 100%<br />

49%<br />

10%<br />

100%<br />

49%<br />

100%<br />

69,39%<br />

49%<br />

Consórcio<br />

da UHE<br />

Aimorés<br />

Consórcio<br />

AHE Funil<br />

Consórcio<br />

da UHE<br />

Igarapava<br />

Consórcio<br />

AHE Porto<br />

Estrela<br />

Consórcio<br />

AHE<br />

Queimado<br />

49%<br />

49%<br />

14,5%<br />

33,33%<br />

82,5%<br />

Usina Térmica<br />

Ipatinga S.A. 100%<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> PCH<br />

S.A.<br />

Horizontes<br />

Energia S.A.<br />

Sá Carvalho<br />

S.A.<br />

Rosal Energia<br />

S.A. 100%<br />

Central<br />

Termelétrica<br />

de Co-geração<br />

S.A. 100%<br />

Central<br />

Hidrelétrica<br />

Pai Joaquim<br />

S.A.<br />

100%<br />

100%<br />

100%<br />

Usina<br />

Termelétrica<br />

Barreiro S.A. 100%<br />

100%<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Capim Branco<br />

Energia S.A. 100%<br />

Consórcio<br />

Capim Branco<br />

Energia 21,5%<br />

Cia. Transleste de<br />

Transmissão<br />

Cia. Transirapé de<br />

Transmissão 24,5%<br />

Cia. de<br />

Transmissão<br />

Centroeste<br />

de Minas<br />

Cia. Transudeste<br />

de Transmissão<br />

Transchile<br />

Charrúa<br />

Transmisión S.A.<br />

Empresa<br />

Catarinense de<br />

Transmissão de<br />

Energia S.A.<br />

Empresa<br />

Paraense de<br />

Transmissão<br />

de Energia<br />

S.A.<br />

25%<br />

51%<br />

24%<br />

49%<br />

7,49%<br />

Empresa<br />

Regional de<br />

Transmissão de<br />

Energia S.A. 18,35%<br />

CV<br />

25%<br />

CT<br />

19,25%<br />

Empresa Norte<br />

de Transmissão<br />

de Energia S.A.<br />

18,35%<br />

Cia. de Gás de<br />

Minas Gerais<br />

55,2%<br />

Efficientia S.A.<br />

100%<br />

Axxiom Soluções<br />

Tecnológicas S.A. 49%<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Trading<br />

S.A.<br />

Centro de Gestão<br />

Estratégica<br />

de Tecnologia 100%<br />

Empresa<br />

de Infovias<br />

S.A.<br />

100%<br />

100%<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Serviços<br />

S.A. 100%<br />

STC – Sist<strong>em</strong>a de<br />

Transmissão<br />

Catarinense<br />

S.A. 80%<br />

Lumitrans<br />

Companhia<br />

Transmissora de<br />

Energia Elétrica 80%<br />

11<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Empresas de Transmissão<br />

Empresas de Distribuição<br />

Empresas de Geração<br />

Consórcios de Geração<br />

Operações Financeiras<br />

S<strong>em</strong> Fins Lucrativos<br />

Distribuição de Gás<br />

Telecomunicações<br />

Comercialização<br />

Holding<br />

Serviços<br />

Empresa<br />

Amazonense CV<br />

de Transmissão 25%<br />

de Energia CT<br />

S.A. 17,17%<br />

Empresa<br />

Brasileira de<br />

Transmissão<br />

de Energia<br />

S.A.<br />

GT<br />

49%<br />

EATE<br />

51%<br />

49 EMPRESAS • 10 CONSÓRCIOS


12<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. é a maior concessionária de<br />

distribuição de energia elétrica do Brasil <strong>em</strong> número de<br />

consumidores, que já ultrapassam 6,5 milhões. Abrangendo<br />

96,7% do território do estado de Minas Gerais, a<br />

área de concessão da Companhia chega a 567.478 km 2 .<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é o terceiro maior grupo de transmissão e o terceiro<br />

maior grupo de geração de energia elétrica do Brasil.<br />

MERCADO E REGULAÇÃO SETORIAL<br />

O setor elétrico nacional é formado pelos segmentos<br />

de geração, transmissão e distribuição, atividades de<br />

concessão pública que operam de maneira interligada,<br />

constituindo o Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional – SIN.<br />

O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e<br />

parte das regiões Centro-Oeste e Norte. As d<strong>em</strong>ais localidades<br />

das regiões Centro-Oeste e Norte não estão<br />

interligadas ao SIN e constitu<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as isolados. Os<br />

segmentos de comercialização e mercado livre completam<br />

o setor, que é regulamentado e supervisionado<br />

pelas seguintes instituições 6 :<br />

Conselho Nacional de Política Energética – CNPE;<br />

Ministério de Minas e Energia – MME;<br />

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE;<br />

Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel;<br />

Operador Nacional do Sist<strong>em</strong>a Elétrico – ONS;<br />

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;<br />

Empresa de Pesquisa Energética – EPE.<br />

Exist<strong>em</strong> no mercado dois ambientes de contratação de<br />

energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR e<br />

Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o segmento<br />

no qual se realizam as operações de compra e<br />

venda de energia elétrica precedidas de licitação. O ACL<br />

é o segmento no qual se realizam operações de compra<br />

e venda de energia elétrica, objeto de contratos livr<strong>em</strong>ente<br />

negociados 7 .<br />

VISÃO, MISSÃO E VALORES<br />

Visão: “A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> será a melhor <strong>em</strong>presa de energia<br />

do Brasil”.<br />

Missão: “Atuar no setor de energia com rentabilidade,<br />

qualidade e responsabilidade social”.<br />

Valores: “Integridade, ética, riqueza, responsabilidade<br />

social, entusiasmo no trabalho, espírito <strong>em</strong>preendedor”.<br />

Em seus quase 57 anos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> trabalhando <strong>em</strong> nome<br />

desses objetivos, o que torna seu negócio economicamente<br />

viável, socialmente justo e ambientalmente correto 8 .<br />

PRINCIPAIS IMPACTOS,<br />

RISCOS E OPORTUNIDADES<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> considera que a produção de energia elétrica,<br />

sua transmissão e distribuição representam uma importante<br />

contribuição ao desenvolvimento e à melhoria da<br />

qualidade de vida da sociedade.<br />

Devido à magnitude de seus <strong>em</strong>preendimentos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

mobiliza uma grande quantidade de recursos monetários,<br />

humanos e naturais e, portanto, adota posturas<br />

que asseguram o cuidado necessário com os impactos<br />

resultantes desses <strong>em</strong>preendimentos. Nesse sentido, a<br />

Companhia desenvolve análises detalhadas com o objetivo<br />

de quantificar os impactos e minimizá-los, além de<br />

realizar consultas às partes interessadas por meio de<br />

pesquisas e de negociações.<br />

Do ponto de vista econômico-financeiro, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está<br />

crescendo de forma equilibrada nos três segmentos:<br />

6<br />

Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1.<br />

7<br />

Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1.<br />

8<br />

Detalhes sobre Visão, Missão e Valores estão disponíveis na internet: http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/institucional/missao.asp.


geração, transmissão e distribuição de eletricidade.<br />

Além disso, considera que a minimização dos impactos<br />

socioambientais reduz os riscos econômico-financeiros<br />

e possibilita uma convivência mais harmoniosa com o<br />

meio ambiente e a sociedade.<br />

Em dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, a <strong>em</strong>presa de classificação de<br />

riscos Moody’s América Latina elevou o rating corporativo<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e<br />

Transmissão S.A., na escala global, de Ba2 para Baa3<br />

<strong>em</strong> moeda local, e na escala nacional, de Aa3.br para<br />

Aa1.br. Ao elevar o rating da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para o nível Baa3,<br />

a Moody’s colocou a Companhia e suas duas subsidiárias<br />

no nível de “investment grade 9 ” na escala global.<br />

9<br />

Grau de investimento: classificação que indica que o título da Companhia t<strong>em</strong> um risco relativamente baixo de inadimplência. Esta classificação é concedida por<br />

agências independentes de ratings, tal como a Moody´s.<br />

13<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


DIMENSÃO<br />

ECONÔMICA


GOVERNANÇA CORPORATIVA<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pauta o relacionamento com as partes interessadas<br />

pelos princípios: transparência, eqüidade<br />

e prestação de contas. Para total clareza quanto à<br />

condução dos negócios, são b<strong>em</strong> definidos no Estatuto<br />

Social 10 os papéis e responsabilidades das Ass<strong>em</strong>bléias<br />

Gerais, do Conselho de Administração, do Conselho<br />

Fiscal e da Diretoria Executiva na formulação, aprovação,<br />

supervisão e execução de políticas, diretrizes e<br />

<strong>em</strong>preendimentos da Companhia. A Companhia busca<br />

o desenvolvimento sustentável pela associação equilibrada<br />

dos aspectos econômico-financeiros, ambientais<br />

e sociais <strong>em</strong> seus <strong>em</strong>preendimentos.<br />

Desde 2001, as ações preferenciais e ordinárias da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> estão listadas no Nível 1 de Governança Corporativa<br />

da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),<br />

garantindo aos acionistas melhorias na prestação de<br />

informações e maior dispersão acionária. Por ter American<br />

Depositary Receipts – ADRs listados na Bolsa de<br />

Nova York – NYSE, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> também está sujeita à<br />

regulamentação da Securities and Exchange Commission<br />

– SEC e ao Manual de Companhias Listadas na<br />

Bolsa de Valores de Nova York. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui, também,<br />

ações preferenciais (XCMIG) listadas na Bolsa de<br />

Madri – Latibex desde 2002.<br />

A estrutura de Governança Corporativa da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> a<br />

seguinte composição:<br />

Ass<strong>em</strong>bléias Gerais<br />

As Ass<strong>em</strong>bléias Gerais Ordinárias (AGOs) ocorr<strong>em</strong> até<br />

o final do mês de abril de cada ano, conforme legislação<br />

vigente. Já as Ass<strong>em</strong>bléias Gerais Extraordinárias<br />

pod<strong>em</strong> ocorrer ao longo do ano, quantas vezes se fizer<strong>em</strong><br />

necessárias. As ass<strong>em</strong>bléias são convocadas com<br />

antecedência mínima de 15 dias, por meio de avisos<br />

publicados <strong>em</strong> jornais de grande circulação no Brasil.<br />

Pod<strong>em</strong> participar das ass<strong>em</strong>bléias todos os acionistas<br />

que detenham ações ordinárias ou preferenciais, pessoalmente<br />

ou representados por seus procuradores. Apenas<br />

as ações ordinárias da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> dão direito a voto.<br />

Em <strong>2008</strong>, além da Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária realizada<br />

<strong>em</strong> 25/4/08, foram realizadas três Ass<strong>em</strong>bléias<br />

Gerais Extraordinárias <strong>em</strong> 13/6/<strong>2008</strong>,<br />

24/7/<strong>2008</strong>, 8/8/<strong>2008</strong> e 1º/9/<strong>2008</strong> (Ass<strong>em</strong>bléia<br />

iniciada <strong>em</strong> 8/8/<strong>2008</strong> e finalizada <strong>em</strong> 1º/9/<strong>2008</strong>).<br />

Administração<br />

A Administração da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é constituída pelo Conselho<br />

de Administração e pela Diretoria Executiva.<br />

Conselho de Administração<br />

O Conselho de Administração reuniu-se 24 vezes durante<br />

o exercício de <strong>2008</strong>, incluindo reuniões extraordinárias<br />

para análise e aprovação de planejamento estratégico,<br />

projetos de expansão, aquisições de novos ativos, entre<br />

outros assuntos. O mandato dos conselheiros é de três<br />

anos e expira na Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária de 2009.<br />

Dos 14 m<strong>em</strong>bros do Conselho de Administração, oito<br />

são eleitos pelo acionista estado de Minas Gerais, cinco<br />

pela acionista Southern Electric Brasil Participações<br />

Ltda. – SEB e um pelos acionistas minoritários detentores<br />

de ações preferenciais. Dentre os conselheiros, sete<br />

são independentes, segundo a definição do “Código das<br />

Melhores Práticas de Governança Corporativa” do Insti-<br />

15<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

10<br />

O Estatuto Social da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está disponível por meio do link: http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/static/ptb/estatutosocial.asp.


16<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

tuto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC. No<br />

início de cada reunião, os Conselheiros são convidados<br />

a se manifestar<strong>em</strong> caso haja conflito de interesse com<br />

as matérias a ser<strong>em</strong> deliberadas.<br />

O Conselho de Administração é multidisciplinar, integrado<br />

por m<strong>em</strong>bros com formações diversas (administração<br />

de <strong>em</strong>presas, engenharia, advocacia e<br />

outras) e vasta experiência na gestão de negócios.<br />

A r<strong>em</strong>uneração dos conselheiros é fixada <strong>em</strong> 20% da<br />

média recebida pelos diretores e não inclui opção de<br />

compra de ações.<br />

As atividades do Conselho de Administração são subsidiadas<br />

pelos seguintes comitês 11 , que analisam e<br />

discut<strong>em</strong> previamente as matérias pertinentes.<br />

Comitê de Apoio ao Conselho de Administração;<br />

Comitê de Governança;<br />

Comitê de Recursos Humanos;<br />

Comitê de Estratégia;<br />

Comitê Financeiro;<br />

Comitê de Auditoria e Riscos.<br />

Sugestões ou recomendações pod<strong>em</strong> ser enviadas ao<br />

Conselho de Administração por meio dos canais indicados<br />

<strong>em</strong> sua página de Relações com Investidores 12 .<br />

Diretoria Executiva<br />

A Diretoria Executiva é composta por oito m<strong>em</strong>bros 13<br />

que, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, se reuniram 54 vezes. Suas responsabilidades<br />

e atribuições inclu<strong>em</strong> a gestão dos negócios<br />

da Companhia, atendendo ao Plano Diretor, Plano Plurianual<br />

e Estratégico e Orçamento Anual. Sua r<strong>em</strong>uneração<br />

é estabelecida anualmente pela AGO e não inclui<br />

opção de compra de ações.<br />

Conselho Fiscal<br />

O Conselho Fiscal t<strong>em</strong> caráter permanente e estatutário<br />

e é composto por cinco m<strong>em</strong>bros efetivos e<br />

respectivos suplentes 14 , eleitos anualmente pela AGO,<br />

sendo um pelos acionistas minoritários detentores das<br />

ações preferenciais; um pelos acionistas minoritários<br />

titulares de ações ordinárias e três pelo acionista majoritário.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram realizadas 10 reuniões do<br />

Conselho Fiscal. Além das funções definidas na legislação<br />

brasileira, o Conselho Fiscal exerce as funções<br />

do Comitê de Auditoria*.<br />

Princípios Éticos e Código<br />

de Conduta Profissional<br />

Para disciplinar os comportamentos, atuação e decisões<br />

profissionais, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adota a Declaração de Princípios<br />

Éticos e Código de Conduta Profissional 15 , que define os<br />

valores, princípios e responsabilidades a ser<strong>em</strong> seguidos<br />

por seus colaboradores, gerentes e administradores,<br />

b<strong>em</strong> como contratados e prestadores de serviços. O<br />

cumprimento dos valores, princípios e responsabilidades<br />

é monitorado pela Comissão de Ética da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, que:<br />

é composta por gerentes da Companhia, sendo a ferramenta<br />

de encaminhamento de denúncias sobre práticas<br />

contrárias ao interesse da Companhia e de seus acionistas,<br />

tais como: (I) fraudes financeiras, inclusive adulteração,<br />

falsificação ou supressão de documentos financeiros,<br />

fiscais e contábeis; (II) apropriação indevida de bens<br />

e recursos; (III) recebimento de vantagens indevidas por<br />

dirigentes e <strong>em</strong>pregados; (IV) contratações irregulares;<br />

avalia e delibera sobre as denúncias recebidas pelo Canal<br />

de Denúncia Anônima, Ouvidoria da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> ou e-mail<br />

da Comissão de Ética;<br />

instaura procedimentos para apurações relativas aos<br />

11<br />

Mais detalhes disponíveis <strong>em</strong> http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/static/ptb/nossas_praticas.asp#e | 12 http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/|<br />

13<br />

Para mais detalhes acerca das atribuições das Diretorias da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, favor verificar o Estatuto, disponível <strong>em</strong> http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/estatic/ptb/<br />

estatutosocial.asp | 14 A composição do Conselho Fiscal da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pode ser vista no it<strong>em</strong>: “Conselhos de Administração, Fiscal e Diretoria” | 15 Disponível na internet,<br />

no site http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/ptb/s-8-ptb.html. | * Obs.: conforme isenção permitida pelo Exchange Act, regra 10-3 regulamentada pela publicação da SEC,<br />

release 82-1234, segundo a qual o Conselho Fiscal pode figurar como alternativa ao Comitê de Auditoria.


descumprimentos da “Declaração de Princípios Éticos e<br />

Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>;<br />

avalia necessidades de revisão da “Declaração de Princípios<br />

Éticos e Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Por sua natureza jurídica de sociedade de economia<br />

mista, a Companhia também se submete ao<br />

Código de Conduta Ética do Servidor Público e da<br />

Alta Administração do estado de Minas Gerais.<br />

Auditoria Independente<br />

Os auditores independentes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são trocados a cada<br />

cinco anos. Atualmente, a auditoria das D<strong>em</strong>onstrações<br />

Financeiras é realizada pela KPMG Auditores Independentes,<br />

selecionada por meio de processo de licitação pública.<br />

17<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Relacionamento com as Partes Interessadas<br />

O relacionamento da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com as partes interessadas considera as seguintes orientações:<br />

Partes Interessadas Política de Relacionamento Canal de Relacionamento<br />

Autoridades governamentais<br />

e do setor<br />

elétrico<br />

Atender aos princípios legais regulamentados<br />

pela Agência Nacional de Energia Elétrica –<br />

Aneel.<br />

Superintendência de Relacionamento Institucional e Assuntos<br />

Regulatórios.<br />

Investidores<br />

Obedecer às determinações e regulamentos<br />

das Bolsas de Valores nacionais, internacionais<br />

e da legislação correspondente.<br />

Página da internet de Relações com Investidores http://<br />

c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br e Diretoria de Finanças, Relações<br />

com Investidores e Controle de Participações; Relatório Anual,<br />

Carta ao Acionista, reuniões, conference-calls e alertas por<br />

e-mail.<br />

Clientes<br />

e consumidores<br />

Orientar-se pela regulamentação setorial estabelecida<br />

pela Aneel e por meio da “Política<br />

da Qualidade” e da “Declaração de Princípios<br />

Éticos e Código de Conduta Profissional” da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Internet www.c<strong>em</strong>ig.com.br, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Agência Virtual http://<br />

agenciavirtual.c<strong>em</strong>ig.com.br / <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Atende, telefones 116<br />

ou 0800-721-0116 ou e-mail atendimento@c<strong>em</strong>ig.com.br,<br />

Ouvidoria, pelo telefone: (31) 3506-3838 ou pelo e-mail<br />

ouvidoria@c<strong>em</strong>ig.com.br, “Dicas de Segurança e <strong>Economia</strong><br />

de Energia”, disponível na internet http://www.c<strong>em</strong>ig.<br />

com.br/noticias/dicas.asp.<br />

18<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Comunidade científica<br />

Fornecedores<br />

e prestadores<br />

de serviços<br />

Desenvolver e participar de projetos de cooperação<br />

com o objetivo de fomentar a criação de<br />

Centros de Excelência Tecnológicos, por meio<br />

de convênios e parcerias com universidades e<br />

instituições de pesquisa.<br />

Utilizar critérios para cadastramento, seleção<br />

e procedimentos licitatórios para fornecedores<br />

de materiais e serviços, os quais<br />

estão disponíveis na página da internet<br />

www.c<strong>em</strong>ig.com.br, it<strong>em</strong> Portal de Compras<br />

e obedec<strong>em</strong> à Lei Federal número 8.666, de<br />

21 de junho de 1993.<br />

Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas,<br />

Projetos de pesquisa, participação <strong>em</strong> s<strong>em</strong>inários e congressos.<br />

Portal de compras http://compras.c<strong>em</strong>ig.com.br/publico/<br />

e Superintendência de Material e Serviços.<br />

Público interno<br />

(colaboradores)<br />

Orientar-se pela “Política de Recursos Humanos”<br />

e pela “Declaração de Princípios Éticos<br />

e Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

além de atender à legislação trabalhista.<br />

Intranet Portal de RH, RH Interativa, RH Informa, Programa<br />

RH no Campo, Pesquisa de Satisfação, Canal de Denúncia<br />

Anônima, Comissão de Ética, Página “Recursos Humanos” na<br />

internet http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/institucional/rh.asp.<br />

Sociedade<br />

e comunidades<br />

Orientar-se pela “Declaração de Princípios Éticos<br />

e Código de Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

que encontra-se disponível, <strong>em</strong> três idiomas –<br />

português, inglês e espanhol – na página da<br />

internet http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/areas<br />

/noticias.asp?area=cod_eti&language=ptb,<br />

pelos Contratos de Concessão e pela legislação.<br />

Pagina da internet www.c<strong>em</strong>ig.com.br, ouvidoria, na internet<br />

“Pesquisa Escolar” http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/<br />

pesquisa_escolar/index.asp, Relatório Anual, Relatório de<br />

Sustentabilidade, Ouvidoria pelo telefone: (31) 3506-3838<br />

ou pelo e-mail ouvidoria@c<strong>em</strong>ig.com.br, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Atende<br />

telefones 116 ou 0800-721-0116 ou e-mail atendimento@<br />

c<strong>em</strong>ig.com.br.


Controles Internos e<br />

Lei Sarbanes-Oxley (SOX)<br />

Seguindo as orientações da SEC, órgão regulador e<br />

fiscalizador do mercado de capitais norte-americano, e<br />

com base nos critérios do Public Company Accounting<br />

Oversight Board – PCAOB, do Committee of Sponsoring<br />

Organizations of the Treadway Commission (Coso)<br />

e do Control Objectives for Information and Related<br />

Technology (Cobit), a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> cumpre um papel adicional<br />

ao dos auditores independentes, monitorando os<br />

riscos, documentando e testando a efetividade de seus<br />

controles, inclusive aqueles que são suportados pela<br />

tecnologia da informação.<br />

Além de atender à SOX, as atividades relacionadas<br />

à Certificação dos Controles Internos contribu<strong>em</strong> para<br />

a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos,<br />

controle e governança corporativa.<br />

Desde o exercício de 2006, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> obtém, anualmente,<br />

a Certificação dos Controles Internos para mitigação<br />

dos riscos associados à elaboração e divulgação<br />

das D<strong>em</strong>onstrações Financeiras <strong>em</strong>itida por auditores<br />

independentes, conforme pareceres <strong>em</strong>itidos de acordo<br />

com a seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley e normas<br />

do PCAOB, que integram os relatórios anuais segundo<br />

o formulário 20-F arquivados na SEC.<br />

Políticas Internas<br />

Entre as políticas internas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, destacam-se:<br />

Política<br />

Ambiental<br />

Qualidade<br />

Divulgação<br />

Descrição<br />

Publicada <strong>em</strong> 1990, contém os princípios que orientam as atividades da Companhia <strong>em</strong> relação à proteção do<br />

meio ambiente.<br />

Diretrizes para o fornecimento de produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes e aos requisitos<br />

da qualidade.<br />

Aprovada <strong>em</strong> 2002 pelo Conselho de Administração, t<strong>em</strong> como objetivos básicos assegurar o pleno acesso do<br />

público a todas as informações divulgadas pela Companhia e tratar de forma transparente e clara todos os<br />

assuntos de interesse do público e do investidor.<br />

19<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Dividendos<br />

Expressa no Estatuto Social, estabelece os critérios de distribuição e pagamento de dividendos aos acionistas,<br />

as garantias mínimas para ações preferenciais e os dividendos mínimos assegurados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Recursos Humanos<br />

Busca nortear as relações de trabalho, com o objetivo de assegurar a disponibilidade de pessoas qualificadas,<br />

saudáveis e seguras, motivadas e satisfeitas que agregu<strong>em</strong> valor aos negócios da Companhia.<br />

Segurança, Saúde<br />

e B<strong>em</strong>-estar<br />

Define critérios para que a Companhia alcance a segurança, saúde e b<strong>em</strong>-estar dos seus <strong>em</strong>pregados próprios,<br />

contratados, de <strong>em</strong>presas contratadas, b<strong>em</strong> como da comunidade, direta ou indiretamente afetada por seu<br />

sist<strong>em</strong>a operacional.<br />

Segurança da<br />

Informação<br />

Define um conjunto de normas e instruções baseado na NBR ISO/IEC 17.799, que visa reduzir e administrar<br />

os riscos relacionados à segurança e à proteção da informação.


20<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

ESTRATÉGIA E GESTÃO<br />

A estratégia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atende ao Plano Diretor vigente<br />

de 2005 a 2035, o qual estabelece as bases para o<br />

planejamento estratégico da Companhia.<br />

Para isso, foca-se <strong>em</strong> ampliar a área de atuação (energia<br />

elétrica e gás) <strong>em</strong> todo o território brasileiro, respeitando<br />

os limites estabelecidos na regulação setorial,<br />

além de iniciar os primeiros investimentos <strong>em</strong> projetos<br />

internacionais. Além disso, a Companhia busca a geração<br />

de valor para seus acionistas e a comunidade do<br />

entorno, por meio de uma política de dividendos, estabelecida<br />

no Estatuto Social; responsabilidade social e<br />

ambiental; lucratividade dos negócios; gestão integrada<br />

de riscos; gerenciamento do des<strong>em</strong>penho de suas<br />

atividades operacionais e gestão do capital humano.<br />

Outra atividade importante é o aprimoramento da gestão<br />

da estratégia corporativa. No ano de <strong>2008</strong>, des-


21<br />

ECONÔMICA<br />

tacam-se a consolidação de um processo contínuo de<br />

planejamento e gestão da estratégia, além da criação<br />

do Plano de Comunicação da Estratégia, que objetiva<br />

tornar a estratégia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conhecida por todos os<br />

seus colaboradores, estimulando assim seu envolvimento<br />

com a entrega dos resultados.<br />

Com relação à gestão da marca <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, a Companhia<br />

conta com um painel de indicadores integrado ao Balanced<br />

Scorecard – BSC, além de um processo interno<br />

de gestão. Em 2007, a marca <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (incluindo todas<br />

as <strong>em</strong>presas do Grupo) foi estimada pela Brand Finance<br />

entre R$792 e R$890 milhões. Já <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, uma nova<br />

avaliação resultou <strong>em</strong> um valor entre R$1,1 e R$1,3<br />

bilhão. Pela importância do t<strong>em</strong>a, ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi<br />

criado um grupo de trabalho formado por representantes<br />

de todas as diretorias, responsável pela gestão da<br />

marca e reputação da Companhia e pelo alinhamento<br />

interno dos projetos de fortalecimento da marca com os<br />

públicos de relacionamento.<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Comitês Internos<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma estrutura de comitês internos que garante a tomada de decisões estratégicas a partir de<br />

critérios técnicos e multidisciplinares, dentre os quais destacam-se:<br />

22<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Nome do Comitê<br />

Comitê de Planejamento<br />

Estratégico<br />

Comitê de Priorização do<br />

Orçamento<br />

Comissão de Ética<br />

Comitê de Controle e Gestão<br />

Comitê de Gerenciamento de<br />

Riscos Corporativos<br />

Comitê de Gerenciamento de<br />

Risco de Energia<br />

Comitê de Gerenciamento de<br />

Risco Financeiro<br />

Comitê de Segurança da<br />

Informação<br />

Comitê de Negociação<br />

Sindical<br />

Comitê de Gestão Estratégica<br />

de Tecnologia<br />

Comitê de Normalização de<br />

Equipamentos e Materiais<br />

Comitê de Acompanhamento<br />

do Programa de Adequação<br />

Ambiental<br />

Características<br />

Promove a interação entre as diversas áreas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com o intuito de viabilizar o Plano Plurianual e<br />

Estratégico da Companhia. É constituído por todos os superintendentes da Companhia.<br />

Assessora a Diretoria Executiva nas deliberações e gerenciamento de projetos de investimento. É constituído<br />

por cinco representantes da Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e Controle de<br />

Participações, dois representantes da Diretoria de Novos Negócios e um representante de cada uma das<br />

d<strong>em</strong>ais diretorias.<br />

Coordena as ações da Companhia <strong>em</strong> relação à gestão da “Declaração de Princípios Éticos e Código de<br />

Conduta Profissional” da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Promove o compartilhamento das melhores práticas, uniformização de procedimentos de controle interno<br />

e gestão, análise e avaliação dos orçamentos e dos resultados dos diversos negócios da Companhia.<br />

Coordena o funcionamento do processo de gerenciamento de riscos corporativos.<br />

Propõe políticas e procedimentos com o objetivo de minimizar os riscos nas contratações de compra e<br />

venda de energia.<br />

Impl<strong>em</strong>enta diretrizes para controlar o risco financeiro de operações que possam comprometer a liquidez<br />

e a rentabilidade da Companhia.<br />

Define políticas e ações visando à Segurança da Informação.<br />

Coordena as atividades de representação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas negociações com as entidades sindicais.<br />

Visa consolidar o processo de gerenciamento da tecnologia na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e o desenvolvimento das atividades<br />

correlatas.<br />

Estabelece os critérios e os procedimentos para a normalização técnica interna e externa de métodos,<br />

processos, padrões, materiais e equipamentos.<br />

Acompanha e promove as ações para adequação da Companhia à legislação ambiental constantes do<br />

Programa Corporativo de Adequação Ambiental.


Gestão de Materiais,<br />

Serviços e Informática<br />

Apesar da redução do seu quadro de pessoal e aumento<br />

da d<strong>em</strong>anda por seus clientes, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> conseguindo<br />

melhorar seus prazos de atendimento e reduzir os custos<br />

de aquisições de materiais e serviços. Esse resultado positivo<br />

é fruto de melhoria nos processos, principalmente<br />

pela inclusão da licitação por pregão eletrônico e estabelecimento<br />

de contratos de fornecimento “guarda-chuva”.<br />

Foi aprovado, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o projeto de locação e gestão<br />

de veículos de carga e de passageiros, que promoverá<br />

a substituição, no primeiro s<strong>em</strong>estre de 2009, de<br />

1.193 veículos com idade média superior a 10 anos.<br />

Além disso, a aplicação de novas tecnologias na logística,<br />

como automação do Centro de Distribuição de<br />

Material – CDM Jatobá, traz vantagens como redução<br />

de custos e aumento na eficiência dos processos.<br />

Baseada no princípio de ecoeficiência, a Companhia<br />

obteve um ganho R$27,87 milhões com recuperação<br />

de materiais/equipamentos por meio de reaplicação.<br />

Todo o material recuperado é 100% analisado e ensaiado<br />

após o processo de recuperação, dando assim<br />

maior confiabilidade quanto à sua qualidade e segurança.<br />

Ainda nesse contexto, por meio de reformas <strong>em</strong><br />

instalações específicas da Sede (sanitários, copas e<br />

vestiários), a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atingiu uma redução no consumo<br />

de água de 2.000 m³ <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, redução estimada <strong>em</strong><br />

6.000 m³/ano a partir de 2009.<br />

Na esfera de sist<strong>em</strong>as, a Companhia está impl<strong>em</strong>entando<br />

o Projeto GEOMAP, com o objetivo de mapear<br />

detalhadamente áreas invadidas e passíveis de invasão<br />

nas faixas de segurança de linhas de transmissão,<br />

o que permitirá uma gestão corretiva e preventiva de<br />

tais invasões.<br />

Também <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, iniciou-se a impl<strong>em</strong>entação de melhorias<br />

no novo portal de compras, que deverão ser<br />

concluídas <strong>em</strong> 2009 e buscam imprimir agilidade e<br />

ganhos nos processos de negócios.<br />

Ainda na esfera de sist<strong>em</strong>as, o SAP contribui fort<strong>em</strong>ente<br />

para a eficiência dos processos internos da Companhia,<br />

possibilitando a impl<strong>em</strong>entação da Consolidação<br />

Contábil das <strong>em</strong>presas do Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nos princípios<br />

contábeis brasileiros, considerando a nova Lei das<br />

S.A. e o Novo Mercado da BM&FBOVESPA e a utilização<br />

dos princípios contábeis do International Financial<br />

Reporting Standards – IFRS. O SAP está atualmente<br />

sendo avaliado para redesenho de alguns processos, o<br />

que deverá ser concluído <strong>em</strong> 2009.<br />

Gestão de Riscos<br />

Os riscos inerentes às atividades <strong>em</strong>presariais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

são avaliados por sua probabilidade de ocorrência e por<br />

seu impacto nos diversos negócios da cadeia de valor.<br />

A Companhia atua sobre os riscos: (I) diminuindo seu<br />

impacto e/ou sua probabilidade mediante o refinamento<br />

dos controles; (II) impl<strong>em</strong>entando planos de<br />

ação; (III) transferindo-os por meio de contratação de<br />

seguros de patrimônio; (IV) aceitando-os (devido à<br />

efetividade do ambiente de controles e ao nível permitido<br />

de exposição financeira) ou; (V) evitando-os,<br />

saindo do negócio.<br />

A implantação da gestão de riscos corporativos ocorreu<br />

<strong>em</strong> 2003 e v<strong>em</strong> sendo continuamente aprimorada.<br />

23<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


24<br />

DIMENSÃO<br />

A gestão é feita por processos e está alinhada ao Plano<br />

Diretor e ao planejamento estratégico, sendo gerenciada<br />

de forma descentralizada pelos gestores de riscos e<br />

monitorada de forma centralizada pelo Comitê de Gerenciamento<br />

de Riscos Corporativos.<br />

Em <strong>2008</strong>, teve início a terceira revisão da matriz de<br />

riscos corporativos, permitindo a avaliação da magnitude<br />

e a agregação das ameaças mais contundentes,<br />

prioritariamente discutidas no âmbito do Comitê de Gerenciamento<br />

de Riscos Corporativos. A Companhia também<br />

está aprimorando sua “Matriz de fatores de riscos<br />

sob a ótica dos stakeholders”, com o refinamento dos<br />

fatores de risco.<br />

Com relação às Mudanças Climáticas, a Companhia<br />

identificou as principais fragilidades frente ao t<strong>em</strong>a e<br />

t<strong>em</strong> adotado uma gestão dos riscos associados que envolve<br />

ações como:<br />

contabilização das <strong>em</strong>issões geradas anualmente e<br />

comunicação das medidas e ações tomadas para contribuir<br />

para a redução de <strong>em</strong>issão de Gases de Efeito<br />

Estufa – GEE, de forma a minimizar os efeitos que<br />

novas legislações nacionais ou internacionais mais<br />

restritivas possam representar para a Companhia;<br />

as previsões de alterações climáticas indicadas no relatório<br />

realizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças<br />

Climáticas (IPCC) pod<strong>em</strong> afetar as atividades da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, considerando que a maior parte da energia gerada<br />

pela Companhia provém de hidrelétricas (cerca de 97%).<br />

A Companhia mantém um acompanhamento constante<br />

das alterações climáticas, o qual está relacionado ao planejamento<br />

da geração de energia elétrica, e também a<br />

t<strong>em</strong>pestades e eventos climáticos que possam causar danos<br />

às redes de distribuição e transmissão da Companhia;<br />

manutenção <strong>em</strong> operação de extensa rede de monitoramento<br />

hidrometeorológico, que até o momento não<br />

identificou evidências de alterações hidrológicas correlacionadas<br />

com as alterações no clima;<br />

monitoramento, reparação e diminuição de danos na<br />

transmissão e distribuição de energia elétrica, atividades<br />

cujos riscos pod<strong>em</strong> ser ampliados <strong>em</strong> virtude de<br />

alterações climáticas 16 .<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

16<br />

Mais detalhes sobre as ações da Companhia com relação à gestão dos riscos associados às mudanças climáticas pod<strong>em</strong> ser encontrados no Relatório<br />

CDP – Carbon Disclosure Projetct da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.


Gestão do Endividamento<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> administra e minimiza os riscos atrelados ao<br />

seu endividamento reduzindo sua exposição a moedas<br />

estrangeiras e gerenciando seu prazo de maturação.<br />

Com essa postura, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os resultados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

não sofreram impactos significativos decorrentes da<br />

acentuada desvalorização do real frente ao dólar, já<br />

que boa parte da parcela indexada ao dólar estava<br />

protegida, <strong>em</strong> contrato, por operações de troca de indexadores<br />

(swap) e havia, também, uma proteção natural<br />

proporcionada por contratos de venda de energia<br />

indexados ao dólar.<br />

PRINCIPAIS INDEXADORES DA DÍVIDA – 31/12/<strong>2008</strong><br />

70%<br />

6% 1%1%6%<br />

4%<br />

5%<br />

6%<br />

1%<br />

74%<br />

3% 1% 6%<br />

4%<br />

5%<br />

6%<br />

1%<br />

Dívida Original<br />

CDI Dólar Yen Tr RGR/Finel URTJ IGPM IPCA Outros<br />

Dívida com Efeito de Swaps<br />

25<br />

A despeito da utilidade do hedge e considerando o<br />

gerenciamento de risco financeiro da Companhia, a<br />

Administração busca fazer a gestão da dívida com foco<br />

no alongamento do seu prazo, na limitação do endividamento<br />

aos níveis preconizados pelo Estatuto Social,<br />

na redução do custo da dívida e na preservação da<br />

capacidade de pagamento.<br />

A Moody’s América Latina, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>,<br />

elevou o rating corporativo da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição e<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão, na escala global, de<br />

Ba2 para Baa3 <strong>em</strong> moeda local, e na escala nacional,<br />

de Aa3.br para Aa1.br, ou seja, a Companhia apresenta<br />

menor risco a investidores e credores. Elevar o<br />

rating da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para o nível Baa3 significa posicionar<br />

a Companhia e suas duas subsidiárias no nível de<br />

“investment grade” na escala global.<br />

Sist<strong>em</strong>as de Gestão<br />

Os sist<strong>em</strong>as de gestão com os quais a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> trabalha<br />

são: Sist<strong>em</strong>as de Gestão da Qualidade – SGQ (NBR ISO<br />

9001:2000), Ambiental – SGA (NBR ISO 14001:2004<br />

e Sist<strong>em</strong>a Interno – SGA Nível 1) e de Saúde e Segurança<br />

– SGS (conforme a especificação OHSAS 18001).<br />

Em <strong>2008</strong>, o foco no programa de certificações corporativas<br />

continuou intensivo. Durante o ano, 21 novos<br />

processos obtiveram a certificação <strong>em</strong> um ou mais<br />

Sist<strong>em</strong>as de Gestão Qualidade, Ambiental e Saúde e<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Segurança (SGQ, SGA, SGA Interno e SGS), abrangendo<br />

as seguintes gerências e <strong>em</strong>preendimento:<br />

Transmissão – OHSAS 18001: uma gerência;<br />

Geração – NBR ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS<br />

18001: uma gerência e Usina de Igarapé;<br />

Distribuição – NBR ISO 14001 e OHSAS 18001:<br />

Gerência de Manutenção da Distribuição Centro;<br />

Gerências de Relacionamento Comercial e Serviços<br />

de Curvelo e de Ipatinga;<br />

Gerência de Planejamento e Expansão Norte.<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> promoveu 35 treinamentos<br />

voltados para a implantação ou manutenção dos<br />

Sist<strong>em</strong>as de Gestão, que atenderam cerca de 800<br />

participantes, totalizando 482 horas de treinamento.<br />

Foram realizadas também 128 auditorias<br />

externas, sendo 40% delas referentes à manutenção<br />

do sist<strong>em</strong>a.<br />

NÚMERO DE EMPREGADOS TRABALHANDO COM SISTEMAS DE GESTÃO<br />

Sist<strong>em</strong>as 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

SGQ 3.812 3.909 4.296 6.052 6.993<br />

SGA 1.024 1.084 1.694 2.056 2.307<br />

SGS 27 27 785 926 1.473<br />

26<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> faz parte do grupo de trabalho para a criação<br />

da ISO – 26000 – Responsabilidade Social, a convite<br />

da International Organization for Standardization<br />

(ISO), do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade<br />

Social e da Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas (ABNT). Pela primeira vez, a coordenação<br />

mundial de um trabalho da ISO é liderada <strong>em</strong> conjunto<br />

por dois países, nesse caso por Brasil e Suécia, o que<br />

torna essa participação ainda mais relevante.<br />

Gestão de Clientes<br />

Por meio do “Projeto Evolução” a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> implantou, <strong>em</strong><br />

maio de <strong>2008</strong>, seu novo Sist<strong>em</strong>a de Gestão de Clientes,<br />

que substituiu alguns dos principais sist<strong>em</strong>as de informação<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, relacionados aos seguintes processos:<br />

medição;<br />

faturamento;<br />

<strong>em</strong>issão e impressão de notas fiscais de energia;<br />

arrecadação e cobrança;<br />

atendimento e relacionamento comercial.<br />

Os principais benefícios do Sist<strong>em</strong>a são:<br />

para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

maior qualidade dos dados cadastrais dos clientes,<br />

controle e segurança dos processos de faturamento,<br />

arrecadação e atendimento;<br />

maior integração e substituição de diversos sist<strong>em</strong>as;<br />

atualização tecnológica e substituição do mainframe;<br />

maior aderência aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley – SOX.<br />

para o Cliente<br />

registro do histórico de todos os contatos, proporcionando<br />

agilidade no atendimento e melhoria na qualidade<br />

das informações;<br />

maior interação entre os diversos canais de comunicação<br />

com o cliente: e-mail, telefone, mensagens na conta de energia,<br />

etc., além de ampliação dos serviços disponibilizados;


geração de um protocolo único de atendimento<br />

por serviço;<br />

nova conta de energia, com melhor visualização<br />

das informações;<br />

novo sist<strong>em</strong>a de gestão de leitura de medidores,<br />

com impressão simultânea da conta de energia.<br />

Com relação à gestão do relacionamento comercial com<br />

os clientes corporativos, geradores e distribuidores que<br />

acessam o sist<strong>em</strong>a de distribuição da Companhia, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

mantém uma estrutura diferenciada de forma a respeitar<br />

a particularidade deste mercado. Faz parte também<br />

do escopo deste atendimento atuar, <strong>em</strong> cooperação<br />

com os órgãos de desenvolvimento do estado (Secretaria<br />

de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas<br />

Gerais – Sede, Instituto de Desenvolvimento Integrado<br />

de Minas Gerais – Indi, Banco de Desenvolvimento de<br />

Minas Gerais – BDMG e Companhia de Desenvolvimento<br />

Econômico de Minas Gerais – Cod<strong>em</strong>ig), para promover<br />

o desenvolvimento socioeconômico e alavancar o crescimento<br />

de seu mercado, utilizando de sua capilaridade<br />

nas diversas regiões do estado.<br />

27<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


EVOLUÇÃO DO MERCADO E TARIFAS<br />

Mercado<br />

O mercado consolidado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> compreende o<br />

mercado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A., <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />

e Transmissão S.A., e das <strong>em</strong>presas controladas/coligadas<br />

Horizontes, Ipatinga, Sá Carvalho, Barreiro,<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> PCH, Rosal e Cachoeirão, eliminando-se as<br />

transações entre essas companhias. Esse mercado<br />

corresponde às vendas de energia realizadas para<br />

os consumidores cativos e livres (dentro e fora do<br />

estado), a comercialização de energia para outros<br />

agentes do setor elétrico, as vendas de energia no<br />

Curto Prazo (CCEE) e as operações no Mecanismo<br />

de Realocação de Energia – MRE.<br />

A venda de energia para consumidores finais e no atacado<br />

totalizou 54,1 TWh no ano de <strong>2008</strong>, com um<br />

acréscimo de 2,4% <strong>em</strong> relação ao ano anterior, apesar<br />

de os impactos da crise financeira internacional<br />

ter<strong>em</strong> afetado o mercado a partir de outubro de <strong>2008</strong>.<br />

ENERGIA ELÉTRICA FATURADA POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO<br />

28<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Discriminação<br />

2007 <strong>2008</strong> Variação<br />

MWh (%) MWh (%) (%)<br />

Total (1) 52.833.879 100,0 54.102.455 100,0 2,4<br />

Venda a consumidores finais 40.078.821 75,9 42.939.935 81,3 7,1<br />

Residencial 6.812.662 12,9 7.163.793 13,6 5,2<br />

Convencional 5.051.448 9,6 5.263.888 10,0 4,2<br />

Baixa Renda 1.761.214 3,3 1.899.905 3,6 7,9<br />

Industrial 24.183.469 45,8 26.212.267 49,6 8,4<br />

Cativo 4.830.462 9,1 5.562.687 10,5 15,2<br />

Livres 19.353.007 36,6 20.649.580 39,1 6,7<br />

Comercial 4.110.503 7,8 4.422.932 8,4 7,6<br />

Cativo 4.078.425 7,7 4.390.742 8,3 7,7<br />

Livres 32.078 0,1 32.189 0,1 0,3<br />

Rural 2.200.198 4,2 2.295.897 4,3 4,3<br />

Outras (2) 2.771.989 5,2 2.845.046 5,4 2,6<br />

Vendas no atacado 12.755.058 24,1 11.162.520 21,1 (12,5)<br />

Vendas no ACR (leilão) 6.483.318 12,3 7.650.983 14,5 18,0<br />

Vendas o ACL (comercializadores) 6.271.740 11,9 3.511.537 6,6 (44,0)<br />

(1)<br />

Não inclui mercado da Light.<br />

(2)<br />

Inclui poder público, iluminação pública, serviço público e consumo próprio.


Na venda a consumidores finais, a energia faturada<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> totalizou 42,9 TWh, volume 7,1%<br />

superior ao valor verificado <strong>em</strong> 2007. O comportamento<br />

das principais classes de consumo está detalhado<br />

a seguir:<br />

Residencial – Crescimento de 5,2% no volume<br />

de energia faturada <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com acréscimo de<br />

211.610 consumidores. O consumo médio por consumidor<br />

cresceu 2,1% <strong>em</strong> relação a 2007. Esse<br />

des<strong>em</strong>penho pode ser explicado pelo aumento no<br />

número de consumidores faturados e pela influência<br />

positiva da conjuntura socioeconômica, verificada<br />

até outubro de <strong>2008</strong>.<br />

Industrial – Com participação de 61,0% nas<br />

vendas a consumidores finais, registrou um crescimento<br />

de 8,4% se comparado o ano de <strong>2008</strong><br />

<strong>em</strong> relação a 2007. Esse crescimento deveu-se ao<br />

aumento de 15,2% no fornecimento de energia<br />

aos clientes cativos e parcialmente livres (clientes<br />

híbridos); vendas para clientes livres, que apresentaram<br />

aumento de 6,7% explicado pelo crescimento<br />

da atividade industrial até outubro de <strong>2008</strong> e<br />

pelo esforço despendido pelas equipes comerciais,<br />

ao aproveitar oportunidades para formalização de<br />

novos negócios no ambiente de livre contratação,<br />

inclusive fora do estado.<br />

Comercial – Seu des<strong>em</strong>penho explica-se pela variação<br />

positiva de 7,7% no mercado cativo, cujo resultado<br />

deveu-se à conjuntura econômica favorável,<br />

especialmente até outubro de <strong>2008</strong>.<br />

Rural – Crescimento de 4,3% no consumo faturado devido<br />

ao bom des<strong>em</strong>penho da atividade agropecuária no<br />

estado, evidenciado no resultado do PIB do agronegócio,<br />

com crescimento de 15% até nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>.<br />

Com relação às vendas no atacado, a parcela de<br />

venda às <strong>em</strong>presas comercializadoras de energia<br />

apresentou redução de 44,0%, face à decisão estratégica<br />

<strong>em</strong>presarial de direcionamento da energia<br />

para negociações com clientes livres. O aumento<br />

de 18,0% nos volumes negociados no ACR (CCEAR)<br />

deveu-se ao início de vigência de contratos com entrega<br />

a partir de <strong>2008</strong> e também da venda no Leilão<br />

de Ajuste. O montante de energia transportada, referente<br />

aos contratos de acesso às redes de distribuição<br />

por clientes livres e outras concessionárias,<br />

apresentou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> um decréscimo de 0,7% comparado<br />

a 2007. Os fatores que contribuíram para<br />

essa redução foram a redução do consumo a partir<br />

de outubro de <strong>2008</strong>; alto preço da energia elétrica<br />

no mercado de curto prazo (PLD) no 1º trimestre<br />

de <strong>2008</strong>, levando as indústrias eletrointensivas a<br />

paralisar e/ou diminuir a produção.<br />

29<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

ENERGIA FATURADA DE TRANSPORTE POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO<br />

Discriminação<br />

2007 <strong>2008</strong> Variação<br />

MWh (%) MWh (%) (%)<br />

Total 17.539.285 100,0 17.410.734 100,0 (0,7)<br />

Industrial 17.255.062 98,4 17.186.137 98,0 (0,4)<br />

Comercial 56.762 0,3 95.446 0,5 68,15<br />

Concessionárias 227.461 1,3 129.151 0,7 (43,2)


Foram faturados 6,6 milhões de consumidores <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro<br />

de <strong>2008</strong>, correspondendo a uma variação de<br />

2,5% <strong>em</strong> relação a 2007. O maior acréscimo de consumidores<br />

ocorreu na Classe Residencial, com incr<strong>em</strong>ento<br />

de 4,1%. Além do crescimento vegetativo, houve a<br />

reclassificação de consumidores da Classe Rural para<br />

esta Classe. Foram ligadas 10 mil novas unidades<br />

consumidoras por meio do Programa Luz Para Todos,<br />

perfazendo 190 mil ligações desde sua implantação,<br />

ocorrida <strong>em</strong> 2004.<br />

A tabela a seguir apresenta o número de consumidores<br />

faturados por classe de consumo:<br />

30<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

CONSUMIDORES FATURADOS POR CLASSE – CEMIG CONSOLIDADO<br />

Classe<br />

Dez<strong>em</strong>bro/2007 Dez<strong>em</strong>bro/<strong>2008</strong> Variação<br />

Unidade (%) Unidade (%) Acréscimo (%)<br />

TOTAL 6.440.259 12,2 6.602.213 12,5 161.954 2,5<br />

Residencial 5.188.604 9,8 5.400.214 10,2 211.610 4,1<br />

Industrial 73.600 0,1 74.489 0,1 889 1,2<br />

Cativo 73.452 0,1 74.344 0,1 892 1,2<br />

Livres 148 0,0 145 0,0 (3) (2,0)<br />

Comercial 560.913 1,1 578.021 1,1 17.108 3,1<br />

Cativo 560.909 1,1 578.017 1,1 17.108 3,1<br />

Livres 4 0,0 4 0,0 0 0,0<br />

Rural 554.269 1,0 482.952 0,9 (1.317) (12,9)<br />

Outras (1) 62.826 0,1 66.537 0,1 3.711 5,9<br />

Vendas no atacado 47 0,0 46 0,0 (1) (2,1)<br />

(1)<br />

Inclui poder público, iluminação pública, serviço público e consumo próprio.<br />

Balanço de Energia Elétrica<br />

Os recursos consolidados de energia, que compreend<strong>em</strong><br />

a soma da energia produzida e comprada, totalizaram<br />

68.318 GWh. Desse montante, a geração do Grupo<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> representou 48,4%; as compras compulsórias<br />

de Itaipu e do Proinfa, 13,8%; as compras no ACR<br />

Dos recursos disponíveis, 65,7% foram repassados a<br />

consumidores finais, sendo 32,6% para atendimento<br />

ao mercado cativo e 33,1% direcionados para o mercado<br />

livre. Além disso, 10,6% foram transacionados na<br />

CCEE e no MRE, e 11,8%, negociados no ACR (venda<br />

às distribuidoras).<br />

(CCEAR), 18,2%; e as transações na CCEE e no MRE,<br />

16,3%. Além disso, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contou com recebimentos<br />

da ord<strong>em</strong> de 2.850 GWh de contratos bilaterais e outros<br />

recebimentos, o que representa 4,5% dos recursos<br />

totais, e que supriram cargas ligadas diretamente<br />

na malha de distribuição.<br />

Por meio do Balanço de Energia Elétrica, verifica-se que<br />

8,5% do total de recursos, equivalentes a 5.790 GWh, refer<strong>em</strong>-se<br />

a perdas de energia. Desse montante, 5.411 GWh<br />

são relativos às perdas na malha de distribuição, e<br />

378 GWh às perdas na rede básica.


Como as usinas do Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pertenc<strong>em</strong> ao MRE e<br />

sua operação é coordenada pelo Operador Nacional do<br />

Sist<strong>em</strong>a Elétrico – ONS, o montante de Geração Própria<br />

é o resultado da decisão estratégica definida pelo<br />

ONS para o atendimento ao mercado do sist<strong>em</strong>a. Assim,<br />

por conta da estratégia de recuperação dos níveis dos<br />

reservatórios do sist<strong>em</strong>a, a geração física das usinas<br />

hidrelétricas foi reduzida.<br />

Com relação aos contratos de compra e venda de energia,<br />

no ano de <strong>2008</strong> houve acréscimo na venda de energia<br />

no Ambiente de Contratação Regulado – ACR, com o<br />

início de atendimento ao contrato de CCEAR proveniente<br />

do 2º leilão de energia existente do Ministério de Minas<br />

e Energia – MME, realizado <strong>em</strong> 2005.<br />

Uma alteração significativa <strong>em</strong> <strong>2008</strong> aconteceu também<br />

na energia recebida da UHE Itaipu. Por meio da<br />

resolução Aneel nº 218, de 11 de abril de 2006, as<br />

cotas-parte da UHE Itaipu a ser<strong>em</strong> utilizadas no ano de<br />

<strong>2008</strong> foram atualizadas, e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuidora teve<br />

a sua cota-parte reduzida de 17,29% do ano de 2007<br />

para 13,59% para o ano de <strong>2008</strong>, da energia disponibilizada<br />

pela Itaipu Binacional para o sist<strong>em</strong>a brasileiro.<br />

A figura a seguir apresenta o Balanço de Energia Elétrica<br />

Consolidado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Esse balanço não cont<strong>em</strong>pla<br />

informações do consórcio RME/Light.<br />

BALANÇO DE ENERGIA ELÉTRICA – <strong>2008</strong> – MERCADO CEMIG CONSOLIDADO<br />

Recursos Totais – 68.318 GWh<br />

Energia Produzida 33.541<br />

Geração Própria 31.769<br />

Energia Autoprodução 1.062<br />

Energia Empresas Coligadas 1.316<br />

Perdas Geração RB (4) (606)<br />

Energia Comprada 34.777<br />

Itaipu 9.021<br />

CCEAR (1) 12.428<br />

CCEE (2) 8.860<br />

MRE (3) 2.294<br />

Contratos Bilaterais 1.245<br />

Recebimento na RD (4) 394<br />

Proinfa (5) 386<br />

Co-geração 149<br />

Requisitos Totais – 68.318 GWh<br />

Energia Total<br />

62.528 GWh<br />

Perdas<br />

(RD + RB)<br />

5.790 GWh<br />

Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> D no Mercado C ativo<br />

22.258 GWh<br />

Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT no Mercado Livre<br />

22.609 GWh<br />

Repasse a autoprodutores<br />

982 GWh<br />

Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Holding na CCEE<br />

(6)<br />

6.850 GWh<br />

Vendas das <strong>em</strong>presas coligadas<br />

(7)<br />

1.392 GWh<br />

Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Holding ao MRE<br />

(8)<br />

391 GWh<br />

Vendas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT às Distribuidoras<br />

(9)<br />

8.046 GWh<br />

31<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

(1)<br />

Contratos de comercialização de energia no ambiente regulado<br />

(2)<br />

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (3) Mecanismo de Realocação de Energia (4) RD – Rede de Distribuição Própria<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e RB – Rede Básica de Transmissão<br />

(5)<br />

Programa de incentivo às fontes alternativas de energia<br />

(6)<br />

Liquidação das Energias de Curto Prazo<br />

(7)<br />

Contratos Bilaterais – Sá Carvalho,<br />

Horizontes, Pai Joaquim, Rosal, UTE Barreiro e Ipatinga<br />

(8)<br />

Vendas MRE – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, Sá Carvalho, Rosal, Capim Branco e Consórcio Igarapava<br />

(9)<br />

Venda no Ambiente de Contratação Regulado (ACR).<br />

Qualidade da Energia<br />

O sist<strong>em</strong>a de distribuição, representado pelas linhas,<br />

redes e subestações de distribuição, está sujeito a interrupções.<br />

Essas interrupções têm orig<strong>em</strong> na atuação<br />

de agentes externos e internos ao sist<strong>em</strong>a elétrico, tais<br />

como fenômenos naturais, interferências do meio am-


iente, falhas, atuação dos equipamentos de proteção e<br />

necessidades operacionais. A qualidade de fornecimento<br />

de energia é medida por meio de dois indicadores: DEC<br />

(Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora)<br />

e FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção<br />

por Unidade Consumidora), que são monitorados pela<br />

Companhia e pela Agência Nacional de Energia Elétrica<br />

– Aneel. Os indicadores de continuidade DEC e FEC<br />

apurados <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram 13,65h e 6,53 interrupções,<br />

respectivamente. O indicador de DEC ultrapassou a meta<br />

da Aneel 17 <strong>em</strong> 3,0%. Já o indicador de FEC apresentou<br />

uma melhoria de 33,5% <strong>em</strong> relação à meta Aneel.<br />

INDICADORES DEC E FEC<br />

12,21<br />

13,03<br />

13,14<br />

13,65<br />

6,78<br />

6,46<br />

6,39<br />

6,53<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

DEC Apurado<br />

FEC Apurado<br />

32<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

No ano de <strong>2008</strong>, foram registradas 302.089 interrupções<br />

sustentadas 18 . Dessas, 51% foram acidentais<br />

com orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> causas externas ao sist<strong>em</strong>a (fenômenos<br />

naturais e meio ambiente), 36% acidentais de orig<strong>em</strong><br />

interna (falhas de equipamentos, falha humana, erros<br />

de manobra, etc.) – totalizando 87% de interrupções<br />

acidentais, e 13% programadas. As interrupções programadas,<br />

cujo objetivo é a manutenção e adequação do<br />

sist<strong>em</strong>a aos padrões de qualidade definidos pela Aneel,<br />

<strong>em</strong> geral são precedidas de avisos, de forma a minimizar<br />

o impacto do desligamento ao consumidor.<br />

Tarifas<br />

As tarifas de energia elétrica da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição são<br />

reajustadas anualmente e revisadas a cada cinco anos.<br />

A metodologia para esses reajustes e revisões é definida<br />

pela Aneel e foi objeto de Audiência Pública no ano de <strong>2008</strong>.<br />

Em abril de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição passou pela sua<br />

segunda revisão tarifária. As novas tarifas entraram <strong>em</strong><br />

vigor a partir do dia 8 de abril de <strong>2008</strong>, quando foi<br />

publicada a Resolução Homologatória nº 626/<strong>2008</strong>. A<br />

Nota Técnica nº 092/<strong>2008</strong>-SRE/Aneel e seus anexos<br />

fornec<strong>em</strong> informações mais detalhadas sobre os valores<br />

reconhecidos pela Aneel.<br />

As tarifas vigentes até 7 de abril de <strong>2008</strong> foram reajustadas<br />

<strong>em</strong> -7,14%, sendo -18,09% relativos ao índice<br />

de reposicionamento tarifário, e 10,95% relativos aos<br />

componentes financeiros externos à revisão tarifária<br />

periódica. O efeito médio da revisão foi de -12,24% e<br />

está sendo aplicado de forma diferenciada por classe de<br />

consumo. O efeito na fatura dos consumidores de baixa<br />

tensão foi de -17,11%, enquanto as tarifas dos consumidores<br />

de alta tensão variaram de -13,85% a -7,97%.<br />

17<br />

As metas da Aneel para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, eram DEC 13,24 e FEC 9,84<br />

18<br />

Interrupção sustentada é aquela que dura mais de 3 minutos.


33<br />

Para a definição dos valores considerados na composição<br />

das tarifas, a Aneel fez o levantamento da base<br />

de ativos a ser r<strong>em</strong>unerada e dos custos com base na<br />

<strong>em</strong>presa de referência, a definição do custo médio de<br />

capital, além de outros custos da concessionária. Esse<br />

percentual foi provisório e poderá ainda ser alterado <strong>em</strong><br />

função da aprovação da nova metodologia definida na<br />

Resolução nº 388/<strong>2008</strong> e será corrigido no reajuste<br />

tarifário anual de 2009.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição possuía, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, cerca<br />

de 2,36 milhões de consumidores classificados como residencial<br />

baixa renda. Esses consumidores são beneficiados<br />

pela tarifa subsidiada de baixa renda 19 . Para os consumidores<br />

com consumo até 30 kWh mensais, o benefício resulta<br />

num desconto aproximado de 59%; 48% para o consumo<br />

entre 80 kWh e 90 kWh; 47% para a faixa até 100 kWh;<br />

e 35% de desconto para consumo até 180 kWh. Os consumidores<br />

que consom<strong>em</strong> até 90 kWh por mês também são<br />

beneficiados com a isenção do ICMS.<br />

Em 27 de junho de <strong>2008</strong>, data do reajuste anual das<br />

receitas permitidas das concessionárias de transmissão,<br />

a Aneel publicou os valores das receitas permitidas<br />

reajustados 20 , com vigência a partir de 1º de julho de<br />

<strong>2008</strong> até 30 de junho de 2009 para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />

e Transmissão.<br />

A receita anual total da transmissora sofreu um reajuste<br />

de 8,09%.<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

19<br />

Para receber o benefício, o consumidor deve se enquadrar <strong>em</strong> todos os critérios seguintes: pertencer à Classe Residencial atendida por circuito monofásico; ter consumo médio<br />

mensal entre 80 e 220 kWh; ser titular de apenas uma unidade consumidora; ter cadastramento no NIS – Número de Inscrição Social – ou autodeclaração; Cadastro de Pessoa<br />

Física – CPF e Identidade – RG (ou outro documento de identificação oficial com foto) cadastrados e ser pessoa física responsável pelo domicílio. Para receber o Número de<br />

Identificação Social (NIS), as famílias dev<strong>em</strong> se cadastrar na prefeitura e possuir renda per capita inferior a R$120,00.<br />

20<br />

Por meio da Resolução Homologatória nº 670, de 24 de junho <strong>2008</strong>.


34<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Gerenciamento pelo Lado<br />

da D<strong>em</strong>anda – GLD<br />

O consumo de energia elétrica exige um volume grande<br />

de investimentos para ser atendido. O comportamento<br />

do consumo ao longo do dia não é constante, podendo<br />

se concentrar <strong>em</strong> alguns momentos do dia e alguns dias<br />

da s<strong>em</strong>ana. A curva de carga do consumo é a expressão<br />

gráfica deste comportamento e, caso ocorra uma concentração<br />

do consumo <strong>em</strong> alguns momentos, o sist<strong>em</strong>a<br />

elétrico t<strong>em</strong> que ser todo dimensionado para atender a<br />

este momento. Isto acarretaria uma redução da eficiência<br />

do investimento e um desperdício de recursos. O gerenciamento<br />

da curva de carga visa evitar este desperdício.<br />

A curva de carga do consumo da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, considerando<br />

os seus mais de 6,5 milhões de consumidores, t<strong>em</strong><br />

como característica o pico máximo aos sábados. Este<br />

fato deve-se à elevada participação dos consumidores<br />

industriais no seu mercado e pela introdução da<br />

Tarifação Horo-Sazonal – THS, que induzia a redução<br />

de consumo desta classe nos horários de pico de dias<br />

úteis por meio da aplicação de tarifas diferenciadas<br />

de consumo de energia elétrica e de d<strong>em</strong>anda de<br />

potência de acordo com as horas de utilização do dia<br />

e dos períodos do ano.<br />

A Tarifação Horo-Sazonal, criada <strong>em</strong> fevereiro de 1998,<br />

deslocou a ponta s<strong>em</strong>anal da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para os sábados,<br />

originalmente dia livre de horário de ponta, que passaram<br />

a registrar d<strong>em</strong>anda 10% superior às d<strong>em</strong>andas<br />

máximas de dias úteis.


Desde o início da aplicação da THS, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> promoveu<br />

a alocação do horário de ponta de seus consumidores<br />

industriais de forma escalonada, utilizando toda a faixa<br />

de horário permitida, para se evitar a coincidência da<br />

saída e retorno dos blocos de carga desligados durante<br />

o horário de ponta. Atualmente, na área de atuação<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, há uma redução contratual superior a 1.290<br />

MW no horário de ponta provocada pela THS. Este valor<br />

elevado de carga industrial sendo desligada chegou a<br />

provocar a ocorrência de cargas mínimas entre 17 e<br />

18 horas, principalmente durante o horário de verão.<br />

Desde 1992, com o objetivo de reduzir a d<strong>em</strong>anda máxima<br />

s<strong>em</strong>anal aos sábados e equalizar a ponta s<strong>em</strong>anal,<br />

foi oferecida a alguns consumidores industriais de consumo<br />

intensivo a opção de adotar<strong>em</strong> o sábado como dia<br />

de modulação <strong>em</strong> troca por outro dia da s<strong>em</strong>ana. Esta<br />

atuação permitiu a redução do pico da d<strong>em</strong>anda máxima<br />

desde então. Em <strong>2008</strong>, estavam nesta situação 24<br />

consumidores industriais que totalizaram uma redução<br />

de 665 MW no sist<strong>em</strong>a da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

O Brasil possui estações climáticas pouco definidas na<br />

região Sudeste, onde se localiza o estado de Minas Gerais<br />

e a área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Nesta região, a<br />

estação chuvosa começa <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro e prolonga-se<br />

até março do ano seguinte, compreendendo parte da<br />

primavera e quase todo o verão. Nesse período, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, a d<strong>em</strong>anda máxima verificada do sist<strong>em</strong>a da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi de 6.932 MWh/h. Por outro lado, a estação<br />

seca é verificada entre os meses de abril e outubro, período<br />

no qual acontec<strong>em</strong> as maiores d<strong>em</strong>andas do sist<strong>em</strong>a.<br />

Em <strong>2008</strong>, foi verificada uma d<strong>em</strong>anda máxima de<br />

7.521 MWh/h, recorde histórico e anual de d<strong>em</strong>anda<br />

horária. Considerando que a carga reduzida de 665 MW<br />

permaneceu constante durante o ano de <strong>2008</strong>, t<strong>em</strong>os<br />

as seguintes reduções percentuais:<br />

REDUÇÃO DA DEMANDA OBTIDA POR MEIO<br />

DE PROGRAMAS DE GLD – CEMIG <strong>2008</strong><br />

Verão Inverno<br />

D<strong>em</strong>anda máxima da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – MWh/h 6.932 7.571<br />

Total reduzido – MWh/h 665 665<br />

% 9,6 8,8<br />

RESULTADOS E SUA DISTRIBUIÇÃO<br />

Resultados Econômico-financeiros<br />

Em <strong>2008</strong>, o lucro líquido consolidado da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançou<br />

R$1.887 milhões, o que representa um aumento<br />

de 8,3% se comparado aos R$1.743 milhões do exercício<br />

de 2007. Esse resultado é fruto da eficiência<br />

do Plano Diretor da Companhia e da estratégia a ele<br />

ligada que, focando a sustentabilidade no longo prazo,<br />

confere solidez à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e reafirma sua liderança<br />

no cenário nacional.<br />

Mesmo com a deterioração das condições econômicas<br />

mundiais no segundo s<strong>em</strong>estre de <strong>2008</strong>, a<br />

Companhia manteve seu planejamento econômicofinanceiro,<br />

incluindo investimentos, amortizações de<br />

dívida e pagamento de dividendos a seus acionistas.<br />

Dessa forma, a Companhia continua sua trajetória de<br />

crescimento equilibrado <strong>em</strong> todos os setores. S<strong>em</strong>pre<br />

pautada pela excelência operacional, mitiga riscos e<br />

aproveita todas as sinergias que a integração de seus<br />

negócios possibilita, agregando valor aos seus negócios<br />

e construindo um relacionamento de confiança<br />

com seus stakeholders.<br />

35<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


A contribuição comparativa das <strong>em</strong>presas do Grupo para o lucro líquido consolidado está d<strong>em</strong>onstrada no quadro abaixo:<br />

2007 Participação (%) <strong>2008</strong> Participação (%)<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Controladora (175) -10,0 (189) -10,0<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. 774 44,4 709 37,6<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. 752 43,1 986 52,2<br />

Gasmig 46 2,6 47 2,5<br />

Rio Minas Energia (Light) 148 8,5 129 6,8<br />

Outras 198 11,4 205 10,9<br />

Lucro Líquido Consolidado 1.743 100,0 1.887 100,0<br />

Uma análise extensiva dos resultados econômico-financeiros pode ser acessada pelo website de Relações com<br />

Investidores da Companhia, por meio do link: http://v2.c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/ptb/s-13-ptb.html.<br />

Distribuição do Valor Agregado<br />

O Valor Econômico Gerado 21 pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> chegou,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a R$17,5 bilhões, representando um<br />

aumento de 2,7 % <strong>em</strong> relação a 2007 (tabela a<br />

seguir). Embora a Receita Bruta tenha crescido<br />

5%, uma queda de 15% das receitas financeiras<br />

reduziu o efeito desse crescimento sobre o Valor<br />

Econômico Gerado.<br />

36<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Valor econômico direto gerado<br />

Receitas (1) 14.712 16.996 17.502<br />

Valor econômico distribuído<br />

Custos operacionais (2) 3.614 4.663 5.021<br />

Salários e benefícios de <strong>em</strong>pregados (3) 1.625 1.405 1.599<br />

Pagamentos para provedores de capital (4) 2.815 2.600 2.287<br />

Pagamentos ao Governo (5) 5.667 7.029 7.012<br />

Investimentos na comunidade 54 45 45<br />

Valor econômico acumulado (6) 937 1.254 1.538<br />

Obs.: a distribuíção do Valor Agregado de 2007 foi recalculada devido à reapresentação dos dados contábeis relativos àquele exercício. Notas relativas a <strong>2008</strong>:<br />

(1)<br />

Inclui Receita Bruta + PDD + Prejuízo com Alienação de Ativos + Receita Financeira<br />

(2)<br />

Inclui Insumos Adquiridos de Terceiros (-) Prejuízo com Alienação<br />

de Ativos<br />

(3)<br />

Inclui Custeio Administrativo da Forluz<br />

(4)<br />

Inclui a despesa financeira, os dividendos pagos e participação de minoritários<br />

(5)<br />

Inclui Impostos<br />

Taxas e Contribuições e Imposto Retido<br />

(6)<br />

Todos os anos inclu<strong>em</strong> o Lucro Retido, Depreciação e IR Diferido. Obs.: dados apurados segundo metodologia da<br />

GRI – indicador EC1. Para mais detalhes, ver protocolos da GRI (dimensão econômica EC1) <strong>em</strong> www.globalreporting.org.<br />

Nos últimos três anos, observa-se uma manutenção da<br />

participação percentual dos Pagamentos ao Governo,<br />

<strong>em</strong> torno de 40%, uma gradual elevação dos Custos<br />

Operacionais, que passaram de 25% para 29%,<br />

e no Valor Econômico Acumulado, que passou de 6%<br />

para 9% <strong>em</strong> detrimento dos Salários e Benefícios<br />

de Empregados e dos Pagamentos para Provedores<br />

de Capital.<br />

21<br />

O Valor Econômico Gerado é composto por: Receita Bruta + Provisão par Devedores Duvidosos (PDD) + Prejuízo com a Alienação de Ativos + Receita Financeira.


EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2006/<strong>2008</strong><br />

6%<br />

7%<br />

9%<br />

39%<br />

41%<br />

40%<br />

19%<br />

11%<br />

25%<br />

15%<br />

8%<br />

27%<br />

13%<br />

9%<br />

29%<br />

2006 2007<br />

<strong>2008</strong><br />

Valor Econômico Acumulado Pagamentos ao Governo Pagamentos a Provedores de Capital Salários e Benefícios de Empregados Custos Operacionais<br />

INVESTIMENTOS<br />

Foi organizado, no final dos anos 1990, o Comitê<br />

de Priorização do Orçamento, que v<strong>em</strong> atuando na<br />

o retorno mínimo exigido pelo Conselho de Administração<br />

seja atendido.<br />

análise dos projetos de expansão constantes do plano<br />

qüinqüenal de negócios, recomendando à Diretoria<br />

Executiva a execução desses projetos e garantindo que<br />

Os principais investimentos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, líquidos de alienação<br />

de participação societária, foram como segue:<br />

2007 <strong>2008</strong> Var. %<br />

Geração 279 206 (26,2)<br />

Distribuição 861 883 2,6<br />

Transmissão 78 105 34,6<br />

Venda da Way TV (49) - -<br />

Gás e Outros 16 159 893,8<br />

Total 1.185 1.353 14,2<br />

37<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


38<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Geração<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, suas subsidiárias integrais e suas coligadas<br />

possu<strong>em</strong> 58 usinas, sendo 53 hidrelétricas, quatro termelétricas<br />

e uma eólica, com uma capacidade instalada<br />

total de 6.579 MW.<br />

Investimentos <strong>em</strong> Geração<br />

Revitalização do parque gerador da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> realizando amplo programa de revitalização<br />

de suas usinas. O objetivo é restabelecer a vida útil<br />

das plantas, estimada <strong>em</strong> 30 anos pós-revitalização.<br />

O projeto de revitalização inclui a atualização tecnológica<br />

dos sist<strong>em</strong>as de regulação, excitação e proteção,<br />

além das reformas dos geradores e turbinas. A revitalização<br />

das plantas de geração possibilita, além do restabelecimento<br />

da vida útil, aumento da confiabilidade<br />

Empreendimentos<br />

Potência<br />

operativa, maior eficiência da proteção física e elétrica<br />

e melhor resposta às oscilações do sist<strong>em</strong>a.<br />

Em <strong>2008</strong>, foi concluída a revitalização da Usina de Jaguara.<br />

Até 2011 está prevista a conclusão do processo<br />

de revitalização das Usinas de Três Marias, Volta Grande<br />

e Salto Grande. O investimento total previsto das revitalizações<br />

é de R$36 milhões até 2011.<br />

No período de 2009 a 2013, estão previstas as revitalizações<br />

de 4 unidades geradoras da Usina de Volta<br />

Grande e 6 unidades geradoras da Usina de São Simão,<br />

com investimentos previstos de R$46 milhões e R$58<br />

milhões, respectivamente.<br />

Expansão da Geração de Energia Elétrica<br />

Os principais <strong>em</strong>preendimentos com início de operação a<br />

partir de <strong>2008</strong> e <strong>em</strong> construção estão d<strong>em</strong>onstrados abaixo:<br />

Participação<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> %<br />

Investido<br />

até <strong>2008</strong><br />

R$ milhões<br />

Início previsto<br />

da operação<br />

Usina de Baguari 140 MW 34,0 140 2º s<strong>em</strong>/2009<br />

PCHs Dores de Guanhães, Senhora do<br />

Porto, Fortuna II e Jacaré<br />

44 MW 49,0 10 2º s<strong>em</strong>/2009<br />

Usina de Santo Antônio 3.150 MW 10,0 - 1º s<strong>em</strong>/2012<br />

PCH Pipoca 20 MW 49,0 4 1º s<strong>em</strong>/2010


–<br />

–<br />

–<br />

Transmissão<br />

A rede de transmissão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é composta por 4.957<br />

km de linhas de transmissão de extra-alta tensão,<br />

11.676 estruturas b<strong>em</strong> como 37 subestações com total<br />

de 94 transformadores e capacidade de transformação<br />

de 15.506 MVA. A seguir, destacamos os principais investimentos<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />

Aumento da participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na TBE<br />

(Transmissoras Brasileiras de Energia)<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adquiriu, junto com a Alupar Investimentos<br />

S.A., na proporção de 95% e 5%, respectivamente, as<br />

ações que a Brookfield detinha do capital votante das<br />

seguintes <strong>em</strong>presas:<br />

Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A.<br />

EATE (17,16%)<br />

Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A.<br />

ETEP (19,26%)<br />

Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A.<br />

ENTE (18,35%)<br />

–<br />

–<br />

–<br />

–<br />

–<br />

Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A.<br />

ERTE (18,35%)<br />

Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.<br />

ECTE (7,49%)<br />

Sist<strong>em</strong>a de Transmissão Catarinense S.A.<br />

STC (13,51%)<br />

Companhia Transmissora de Energia Elétrica<br />

Lumitrans (13,51%)<br />

Empresa Brasileira de Transmissão de Energia S.A.<br />

EBTE (57,11%)<br />

A conclusão da operação e a efetiva aquisição das<br />

ações pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> estão sujeitas à aprovação da transferência<br />

das ações das <strong>em</strong>presas acima citadas pela<br />

Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, pelo<br />

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

– BNDES e outros órgãos financiadores.<br />

Investimentos <strong>em</strong> Linhas de Transmissão (LT) – R$ mil<br />

Os principais <strong>em</strong>preendimentos <strong>em</strong> construção estão<br />

d<strong>em</strong>onstrados abaixo:<br />

39<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Empreendimentos<br />

Participação<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> %<br />

Investido<br />

até <strong>2008</strong><br />

R$ milhões<br />

Início previsto<br />

da operação<br />

LT Furnas – Pimenta 51,0 7 2º s<strong>em</strong>/2009<br />

LT Charrúa – Nueva T<strong>em</strong>uco 49,0 34 1º s<strong>em</strong>/2009<br />

LT EBTE 49,0 7 1º s<strong>em</strong>/2010


40<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Distribuição<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. investiu na expansão<br />

do seu sist<strong>em</strong>a elétrico de alta, média e baixa<br />

tensão o montante de R$601,8 milhões. Dentre os programas<br />

executados, destacam-se os seguintes:<br />

Programa Luz para Todos – Universalização<br />

do acesso e uso da energia elétrica<br />

Para a universalização do acesso e uso da energia elétrica,<br />

o Governo Federal instituiu, <strong>em</strong> 2003, o programa<br />

denominado “Luz para Todos”. O mercado atendido<br />

pelo Programa, além dos produtores e estabelecimentos<br />

rurais, abrange as populações atingidas por barragens,<br />

escolas municipais e estaduais, poços de abastecimento<br />

d’água comunitários, assentamentos rurais, comunidades<br />

r<strong>em</strong>anescentes de quilombos e minorias raciais.<br />

Na primeira fase do Programa (finda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), foram<br />

ligadas cerca de 190 mil propriedades rurais, beneficiando<br />

uma população de aproximadamente 855 mil<br />

pessoas. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> executou ligações nos 774 municípios<br />

da sua área de concessão, o que coloca a Companhia<br />

<strong>em</strong> posição de grande destaque na execução do Programa,<br />

entre as concessionárias brasileiras.<br />

Entre meados de 2004 e dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, foram<br />

construídos quase 65 mil km de redes e instalados 116<br />

mil transformadores e 491 mil postes. Além disso, cerca<br />

de 1.700 painéis fotovoltaicos foram instalados <strong>em</strong> lugares<br />

onde não foi possível construir redes convencionais.<br />

Para execução da segunda fase do Programa a partir de<br />

<strong>2008</strong>, foi celebrado com a Eletrobrás um contrato de<br />

financiamento para atendimento a 55 mil beneficiários,<br />

até o final de 2010. Vinte mil ligações serão executadas<br />

via <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, aproveitando-se de projetos e materiais<br />

r<strong>em</strong>anescentes da primeira etapa e 35 mil ligações via<br />

<strong>em</strong>preitada integral.<br />

Projetos de Melhoria da Iluminação Pública – ReLuz<br />

O Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente<br />

– ReLuz, é um programa do Governo Federal, de financiamento<br />

para as prefeituras por meio das concessionárias,<br />

e engloba projetos de melhoria, extensão e<br />

obras especiais de iluminação pública, com previsão de<br />

duração até 2010.<br />

Desde a implantação do Programa ReLuz, <strong>em</strong> 2001, a<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição já realizou a modernização de 215<br />

mil pontos de iluminação pública, <strong>em</strong> 290 municípios,<br />

com investimentos de cerca de R$60 milhões.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram realizados projetos <strong>em</strong> Belo Horizonte,<br />

substituindo as luminárias e lâmpadas a vapor de mercúrio<br />

por conjuntos a vapor de sódio <strong>em</strong> cerca de 20 mil<br />

pontos 22 , com investimentos de R$7 milhões.<br />

Projeto Cresc<strong>em</strong>inas<br />

O Projeto Cresc<strong>em</strong>inas, caracterizado também como um<br />

dos Projetos Estruturadores do Governo do estado, t<strong>em</strong><br />

como principal objetivo a ampliação da disponibilidade<br />

de infra-estrutura de distribuição de energia elétrica<br />

para atendimento ao crescimento do mercado no estado<br />

de Minas Gerais.<br />

Destacam-se no Projeto, as obras de reforço <strong>em</strong> subestações,<br />

linhas e redes de distribuição, compreendendo<br />

um conjunto de 687 km de linhas de distribuição,<br />

11 novas subestações, 101 obras de ampliações <strong>em</strong><br />

22<br />

Para mais detalhes, ver o it<strong>em</strong> Eficiência e Conservação Energética, página 65 do capítulo Dimensão Ambiental.


diversas subestações existentes, 2.052 km de novas<br />

redes de distribuição e melhorias e reforços <strong>em</strong> 2.750<br />

km de redes de média tensão. O conjunto de obras<br />

beneficiará aproximadamente 241 municípios (34%<br />

do total do estado), uma população aproximada de<br />

4 milhões e cerca de 1,1 milhão de consumidores <strong>em</strong><br />

todo o estado.<br />

Estão previstos investimentos da ord<strong>em</strong> de R$759 milhões<br />

para o período 2006 a 2010, sendo que desse<br />

montante já foram completados investimentos de<br />

R$312,6 milhões.<br />

Destacam-se <strong>em</strong> <strong>2008</strong> investimentos da ord<strong>em</strong> de<br />

R$120 milhões <strong>em</strong> linhas de distribuição e subestações<br />

(SE), a energização da SE Igarapé 2, na região<br />

Central, e a conclusão das obras da SE Araçuaí 2,<br />

na região Leste.<br />

Programa de Eletrificação Urbana – Clarear<br />

O Programa Clarear constitui-se de obras de ligação, extensão,<br />

modificação e reforço de rede de distribuição de<br />

média e baixa tensão para atendimento a consumidores<br />

situados <strong>em</strong> área urbana, continuando a manter anualmente<br />

a área urbana da concessão <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> universalizada.<br />

No ano de <strong>2008</strong>, foram atendidos 188.070 consumidores<br />

<strong>em</strong> área urbana com investimentos de R$87 milhões,<br />

com a instalação de 9.467 postes e extensão de<br />

350 km de redes ao sist<strong>em</strong>a elétrico de distribuição.<br />

Planos de Expansão de Alta Tensão<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição realizou no ano de <strong>2008</strong> investimentos<br />

da ord<strong>em</strong> de R$36 milhões <strong>em</strong> expansão da subtransmissão,<br />

além do Projeto Cresc<strong>em</strong>inas, sendo que, deste<br />

montante, R$15 milhões foram investidos <strong>em</strong> linhas de<br />

distribuição de alta tensão e o restante <strong>em</strong> subestações.<br />

41<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


42<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> continuou a estabelecer parcerias e intercâmbios<br />

com universidades, centros de pesquisa e <strong>em</strong>presas.<br />

Tais parcerias visam o desenvolvimento conjunto de<br />

projetos que envolvam desde a pesquisa de tecnologias<br />

de ponta, na forma de protótipos, passando por convênios<br />

para licenciamentos das tecnologias desenvolvidas<br />

até o estabelecimento de centros de excelência tecnológica<br />

para realização de pesquisa básica e aplicada.<br />

Destacam-se, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />

a impl<strong>em</strong>entação de acordo para a construção de quatro<br />

protótipos de veículos movidos exclusivamente a energia<br />

elétrica, o que contribui para as iniciativas mundiais de<br />

aplicação de tecnologias limpas <strong>em</strong> meios de transporte;<br />

a avaliação de negócios sobre a tecnologia de Veículos<br />

Aéreos Não Tripulados – VANT;<br />

o estabelecimento das condições para o pagamento de<br />

royalties à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pela Nansen, decorrentes da comercialização<br />

do medidor fiscal de energia ativa (kWh).<br />

No âmbito dos programas de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel 23 , o portfolio de projetos é composto<br />

por metodologias, softwares, dispositivos e equipamentos<br />

necessários à operação da Companhia, além de pesquisa<br />

de alternativas energéticas. Os valores aportados nos<br />

23<br />

Para mais detalhes, ver itens Estações Ambientais e Pesquisas, página 57, e Energias Alternativas, página 68.


43<br />

projetos, de 2002 a <strong>2008</strong>, alcançam mais de R$81 milhões.<br />

Atualmente, estão <strong>em</strong> andamento 95 projetos, nos<br />

quais foram investidos R$7,2 milhões ao longo de <strong>2008</strong>.<br />

Foi realizado, por meio de consultoria externa, o<br />

levantamento e análise das diversas tecnologias <strong>em</strong> uso<br />

ou <strong>em</strong> desenvolvimento pela Companhia e elaborado<br />

o benchmarking para cada uma. Desse modo, foram estabelecidos<br />

os distanciamentos tecnológicos (gaps) da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas tecnologias de interesse e que servirão como<br />

subsídio à elaboração do Plano Estratégico de Tecnologia.<br />

Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram criados fóruns tecnológicos<br />

permanentes, compostos por especialistas das várias<br />

áreas da Companhia. Esses profissionais deverão atuar<br />

<strong>em</strong> conjunto para a consecução do Plano Estratégico<br />

de Investimentos <strong>em</strong> P&D, b<strong>em</strong> como para a contínua<br />

atualização do mapeamento tecnológico realizado.<br />

O Escritório de Marcas e Patentes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atuou,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com o Instituto Nacional de Propriedade<br />

Industrial – INPI no registro e acompanhamento de<br />

9 cartas patentes, 44 pedidos de privilégio sobre invenções,<br />

54 marcas e 21 programas de computador.<br />

Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, dois novos pedidos de patente foram<br />

protocolados no INPI, sendo um deles o pedido de<br />

proteção internacional.<br />

ECONÔMICA<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


DIMENSÃO<br />

AMBIENTAL


COMPROMETIMENTO COM O<br />

MEIO AMBIENTE<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma Política Ambiental, publicada desde<br />

1990, da qual constam sete princípios que orientam<br />

as atividades e direcionam os esforços relacionados à<br />

proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável<br />

(http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/meio_ambiente/<br />

infor.asp). Tais princípios são traduzidos <strong>em</strong> ações que<br />

buscam imprimir nos <strong>em</strong>pregados e parceiros a conscientização<br />

para a questão ambiental.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> atua <strong>em</strong> seus negócios com foco na responsabilidade<br />

socioambiental, buscando novas soluções<br />

e tecnologias que integr<strong>em</strong> a geração, transmissão e<br />

distribuição de energia elétrica à conservação do meio<br />

ambiente, minimizando os impactos decorrentes de<br />

suas atividades na sociedade. Mais informações sobre<br />

os programas ambientais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pod<strong>em</strong> ser obtidas<br />

no website http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/meio_ambiente/meioambiente.asp.<br />

Relacionamento com a Sociedade<br />

O relacionamento com a sociedade compreende a participação<br />

<strong>em</strong> Conselhos e Comitês de Meio Ambiente e de<br />

Recursos Hídricos, a realização de programas ambientais<br />

e reuniões com órgãos e organizações ambientais,<br />

a participação <strong>em</strong> atividades e s<strong>em</strong>inários e a disponibilização<br />

de informações sobre o meio ambiente.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> patrocinou o S<strong>em</strong>inário Internacional de Sustentabilidade<br />

realizado pelo Instituto Brasileiro de Relações<br />

com Investidores – Ibri e pela Associação dos<br />

Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de<br />

Capitais – Apimec-MG, que contou com a presença de<br />

analistas especializados <strong>em</strong> sustentabilidade da Suíça,<br />

da Al<strong>em</strong>anha e do Brasil.<br />

Em parceria com o Cigré-Brasil, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou o III<br />

S<strong>em</strong>inário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade<br />

Social no Setor Elétrico. O evento teve o objetivo<br />

de reunir <strong>em</strong>presas do setor elétrico e lançar discussões<br />

sobre a d<strong>em</strong>anda e oferta de energia, as dificuldades<br />

nas operações de geração e transmissão de energia, e a<br />

necessidade de as <strong>em</strong>presas assumir<strong>em</strong> as responsabilidades<br />

socioambientais.<br />

Com o t<strong>em</strong>a “Sustentabilidade na Arquitetura”, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

participou do S<strong>em</strong>inário Arquitetura Cont<strong>em</strong>porânea,<br />

dentro da programação da Casa Cor Minas Gerais <strong>2008</strong>,<br />

levando conceitos ecológicos, ambientais e de utilização<br />

racional de energia elétrica para um projeto de uma<br />

residência montada na Casa Cor.<br />

Pelo segundo ano consecutivo, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou decoração<br />

de Natal no Edifício-Sede da Companhia voltada<br />

para o t<strong>em</strong>a Sustentabilidade. Foi montado um estande<br />

t<strong>em</strong>ático <strong>em</strong> que o Papai Noel conversava com um pinheiro<br />

falante sobre consumo, biodiversidade e meio<br />

ambiente, divulgando para as crianças conceitos sobre<br />

a preservação da vida no planeta.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participou do 49º Encontro Anual do Banco Interamericano<br />

de Desenvolvimento – BID, <strong>em</strong> Miami, no<br />

mês de abril de <strong>2008</strong>, sendo convidada a montar, no local<br />

do evento, um estande para apresentar as iniciativas<br />

da Companhia <strong>em</strong> termos de energia renovável, fontes<br />

alternativas, eficiência energética e sustentabilidade.<br />

45<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Anualmente, a Abradee realiza pesquisa para medir a<br />

satisfação dos consumidores com as <strong>em</strong>presas. Dentre<br />

os atributos avaliados, destaca-se a preocupação da <strong>em</strong>presa<br />

com o meio ambiente. Nesse atributo, a avaliação<br />

dos consumidores <strong>em</strong> relação à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi de 86,8 pontos,<br />

muito próximo da <strong>em</strong>presa melhor avaliada, que<br />

obteve 87,5 pontos, e b<strong>em</strong> superior à pontuação média<br />

das companhias da região Sudeste, de 80,8 pontos.<br />

EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO DO ATRIBUTO ‘‘EMPRESA PREOCUPADA COM A PRESERVAÇÃO<br />

DO MEIO AMBIENTE’’ NOS ANOS DE 2004 A <strong>2008</strong> (0 A 100 PONTOS)<br />

80,7<br />

85,6<br />

86,2<br />

92,3<br />

86,8<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

46<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Educação Ambiental<br />

Desde 2001, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> parceria com a Fundação Biodiversitas,<br />

desenvolve o Programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> de Educação<br />

Ambiental nas Escolas – O <strong>Terra</strong> da Gente (para mais detalhes,<br />

consultar http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/meio_ambiente/terra_gente/index.htm),<br />

que já cont<strong>em</strong>plou até<br />

<strong>2008</strong>, numa primeira etapa, 364 escolas da região do<br />

Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o que corresponde<br />

a 87,7% das escolas da região com alunos do 2º ciclo<br />

do Ensino Fundamental. Mais de 130 mil alunos receberam<br />

materiais pedagógicos especialmente elaborados<br />

para o Programa e mais de 7,8 mil professores foram<br />

treinados nessa etapa. A segunda etapa do Programa,<br />

agora direcionado para a região do Campo das Vertentes<br />

e do Sul de Minas, espera atingir 247 mil alunos de<br />

774 escolas, localizadas <strong>em</strong> 235 municípios da região.<br />

O Programa de Educação Ambiental desenvolvido nas Estações<br />

ambientais e usinas recebeu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 18.127<br />

alunos de diferentes escolas da capital e interior. Durante<br />

essas visitas, foram transmitidas informações sobre<br />

geração de energia e sua relação com o meio ambiente,<br />

b<strong>em</strong> como mensagens sobre o desenvolvimento sustentável<br />

e a necessidade de conservação dos ecossist<strong>em</strong>as.<br />

A edição de <strong>2008</strong> da S<strong>em</strong>ana do Meio Ambiente teve<br />

como t<strong>em</strong>a “O Ano Internacional do Planeta <strong>Terra</strong> e a<br />

Eficiência Energética”. A Organização das Nações Unidas<br />

– ONU elegeu <strong>2008</strong> como o “Ano Internacional<br />

do Planeta <strong>Terra</strong>”, direcionando as ações humanas <strong>em</strong><br />

favor da preservação ambiental, da conservação dos<br />

recursos naturais e da qualidade de vida. Assim, alinhado<br />

com o calendário global, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou seu<br />

evento enfatizando o conceito da <strong>Terra</strong> como a fonte<br />

vital para as necessidades diárias dos seres vivos, para<br />

os alicerces da sociedade e das economias globais, alertando<br />

s<strong>em</strong>pre para o cuidado com os recursos naturais.


Esse evento foi realizado no período de 16 a 27 de<br />

junho de <strong>2008</strong> e contou com a participação de mais de<br />

4.000 estudantes do Ensino Fundamental de 40 escolas<br />

da rede pública, estadual e municipal de Belo Horizonte.<br />

GESTÃO AMBIENTAL<br />

Recursos e Programas<br />

Em <strong>2008</strong>, o valor aplicado <strong>em</strong> meio ambiente foi de<br />

R$70,5 milhões, sendo R$28,3 milhões <strong>em</strong> cuidados e<br />

ações ambientais relacionadas à implantação de novos<br />

<strong>em</strong>preendimentos e R$42,2 milhões na operação e manutenção<br />

de instalações e na realização de estudos e<br />

monitoramentos. Desse total, foram investidos R$476<br />

mil <strong>em</strong> projetos de pesquisa relacionados ao meio ambiente.<br />

A elevação dos recursos aplicados na operação<br />

e manutenção das instalações da Companhia deve-se<br />

à melhoria nos processos de adequação ambiental das<br />

instalações, b<strong>em</strong> como no monitoramento dos programas<br />

ambientais impl<strong>em</strong>entados.<br />

A implantação de novos <strong>em</strong>preendimentos motivou um<br />

aumento significativo de investimentos <strong>em</strong> relação ao<br />

ano anterior, devido principalmente às obras de implantação<br />

das Usinas Hidrelétricas de Baguari e de Santo<br />

Antônio e da Pequena Central Hidrelétrica Cachoeirão.<br />

MEIO AMBIENTE – IMPLANTAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS (R$ MILHÕES)<br />

121,8<br />

47<br />

2004<br />

61,3<br />

2005<br />

38,1<br />

2006<br />

7,3<br />

2007<br />

28,3<br />

<strong>2008</strong><br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

MEIO AMBIENTE – OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (R$ MILHÕES)<br />

42,2<br />

36,8<br />

19,9<br />

24,1<br />

20,0<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong>


48<br />

Com relação aos programas de geração de energia elétrica,<br />

houve avanços na metodologia de segurança de barragens<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com o atendimento integral dos requisitos<br />

de monitoramento das estruturas civis inseridos no Plano<br />

de Segurança de Barragens. Foram elaborados os Planos<br />

de Ação Emergenciais preliminares para o caso de ruptura<br />

de barragens, contendo os fluxogramas de comunicação,<br />

os responsáveis pelas ações de resposta, a forma<br />

de detecção da <strong>em</strong>ergência e o nível de alerta, além de<br />

iniciada a elaboração dos mapas de inundação a jusante.<br />

Foram executadas mais de 100 obras de manutenção de<br />

barragens, de adequação da infra-estrutura de geração e de<br />

adequação ambiental, com ênfase nas obras de reavaliação<br />

e restabelecimento das condições de segurança estrutural<br />

e funcional de barragens e estruturas civis associadas.<br />

Na operação e manutenção de linhas de transmissão, foram<br />

adotadas ações preventivas e corretivas constantes<br />

<strong>em</strong> áreas degradadas por processos erosivos. Em <strong>2008</strong>,<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> manteve o convênio de cooperação com o Instituto<br />

Estadual de Florestas – IEF para apoio ao combate<br />

a incêndios florestais no estado de Minas Gerais.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> recebeu, <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, a primeira<br />

Subestação – SE móvel do mundo, cuja finalidade é<br />

atender <strong>em</strong>ergências e manutenções programadas nas<br />

subestações convencionais, agilizando a prestação de<br />

serviços e o atendimento a áreas afetadas pela subestação<br />

defeituosa. A SE móvel é totalmente isolada a<br />

óleo vegetal e t<strong>em</strong> potência de 15 MVA, suficiente para<br />

atender a uma população de aproximadamente 50 mil<br />

habitantes. Ao contrário do óleo mineral isolante, o óleo<br />

vegetal é biodegradável, portanto, sua utilização reduz<br />

significativamente os possíveis impactos ambientais decorrentes<br />

de eventuais vazamentos. Além disso, traz<br />

vantagens técnicas como a redução do risco de incêndio<br />

e o aumento da vida útil do equipamento.<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Na distribuição de energia elétrica, destaca-se o desenvolvimento<br />

de Rede de Distribuição Aérea Isolada<br />

Monofásica – RDIM, uma alternativa que está sendo<br />

adotada pela Companhia para locais densamente arborizados<br />

e com cargas de baixa tensão monofásicas. A<br />

RDIM impede a ocorrência de desligamentos acidentais,<br />

seja por interferência de árvores, descargas atmosféricas<br />

ou animais, permitindo o deslocamento dos animais<br />

pelo cabo entre um poste e outro, s<strong>em</strong> se acidentar<strong>em</strong><br />

com choque elétrico.<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adquiriu para o Programa Luz Para<br />

Todos 5.743 transformadores monofásicos com potências<br />

variando entre 5 kVA e 15 kVA, padronizados com<br />

núcleo de metal amorfo. Esses equipamentos proporcionam<br />

uma redução de até 80% das perdas <strong>em</strong> vazio,<br />

aumentando a eficiência e gerando uma economia anual<br />

de energia calculada <strong>em</strong> 280 MWh, o suficiente para<br />

atender 300 consumidores de baixa renda por um ano.<br />

O banco de dados do Projeto Verde Minas, que consolida<br />

o georreferenciamento das unidades de conservação<br />

localizadas no estado de Minas Gerais, continua<br />

sendo atualizado. Em <strong>2008</strong>, o Instituto Estadual de<br />

Florestas – IEF, órgão ambiental responsável pela<br />

identificação dessas unidades, forneceu à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> os<br />

mapas georreferenciados de novas áreas ambientais<br />

para inclusão no Projeto.<br />

Recursos Hídricos<br />

A estratégia usada pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na gestão dos recursos hídricos<br />

no ano de <strong>2008</strong> foi de manutenção e ampliação de sua<br />

participação nos Conselhos Estadual e Nacional de Recursos<br />

Hídricos e nos Comitês de Bacias Hidrográficas – CBHs<br />

onde a Companhia possui aproveitamento hidrelétrico.<br />

Ao longo do ano de <strong>2008</strong>, foram pagos pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

R$131,4 milhões referentes a Compensação Financeira<br />

pela Utilização de Recursos Hídricos para a Geração de<br />

Energia Hidroelétrica – CFURH, o equivalente a 6,75%<br />

do valor da energia produzida. Desse montante,<br />

R$14,6 milhões (parcela de 0,75% dos 6,75%) foram<br />

destinados exclusivamente à impl<strong>em</strong>entação da Política<br />

Nacional de Recursos Hídricos, ao custeio do Sist<strong>em</strong>a<br />

Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e à preservação,<br />

recuperação e manutenção dos recursos hídricos,<br />

conforme a Lei Federal nº 9.984, de julho de 2000.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> continuou com as ações do Plano de Comunicação<br />

nas comunidades das áreas de influência de seus<br />

reservatórios e com os veículos de comunicação locais,<br />

objetivando apresentar o funcionamento das usinas e a<br />

operação dos reservatórios, principalmente no período<br />

chuvoso, dessa forma criando uma parceria <strong>em</strong>presa-população-imprensa<br />

para troca de informações e atuação<br />

durante eventos críticos.<br />

A Companhia, com o objetivo de manter a população informada,<br />

disponibiliza para a imprensa falada e escrita as<br />

informações atualizadas sobre os reservatórios, sobre o<br />

nível dos rios e quantidade de chuva <strong>em</strong> pontos de controle.<br />

Desde 2003, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> realizando atividades preventivas<br />

contra a presença do mexilhão dourado <strong>em</strong><br />

suas usinas e também promovendo encontros com as<br />

comunidades situadas no entorno dos reservatórios.<br />

Esse molusco afeta a qualidade da água, competindo<br />

por alimentos com algumas espécies de peixes, o que<br />

atinge diretamente a vida da comunidade e o trabalho<br />

dos pescadores. Em <strong>2008</strong>, foram realizados três encontros,<br />

com o objetivo de discutir com a população as<br />

formas de infestação pelo mexilhão dourado nos rios<br />

e reservatórios.<br />

49<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


50<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Novos Empreendimentos<br />

Hidrelétricos<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, participante do consórcio UHE Baguari, <strong>em</strong><br />

parceria com o Grupo Neoenergia e Furnas Centrais<br />

Elétricas, t<strong>em</strong> dado prosseguimento à construção da<br />

Usina Hidrelétrica de Baguari, de 140 MW no município<br />

de Governador Valadares. Estão <strong>em</strong> andamento<br />

as ações ambientais necessárias à implantação do <strong>em</strong>preendimento,<br />

<strong>em</strong> atendimento às exigências do Plano<br />

de Controle Ambiental e o cronograma ambiental. A<br />

obtenção da Licença de Operação da usina está prevista<br />

para 2009.<br />

Foram concluídas as obras de implantação pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

<strong>em</strong> parceria com a Santa Maria Energética, da primeira<br />

usina construída por meio do Programa Minas PCH 24 , a<br />

pequena Central Hidrelétrica – PCH Cachoeirão, localizada<br />

nos municípios de Pocrane e Alvarenga, no Leste<br />

mineiro. Com 27 MW de potência, a PCH obteve a Licença<br />

de Operação com a conclusão dos projetos ambientais<br />

previstos no Plano de Controle Ambiental relativos<br />

à esta etapa do licenciamento ambiental.<br />

24<br />

Para mais detalhes, ver o it<strong>em</strong> Gás e Pequenas Centrais Hidrelétricas, página 68.<br />

Por meio do consórcio Madeira Energia, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está<br />

participando da construção da Usina Hidrelétrica de<br />

Santo Antônio, de 3.150 MW, que será erguida no Rio<br />

Madeira, no estado de Rondônia. As ações socioambientais<br />

necessárias à implantação dessa usina compreenderam,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, programas de conservação da<br />

flora, resgate da fauna, programas de monitoramento<br />

da ictiofauna, ações de comunicação e programas sociais,<br />

entre outros. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa desse <strong>em</strong>preendimento<br />

com a parcela de 10%, sendo o início da<br />

operação da usina previsto para 2012.<br />

Licenciamento Ambiental<br />

O licenciamento ambiental é conduzido de forma a<br />

assegurar a análise adequada de todos os estudos e<br />

relatórios desenvolvidos e o pronto atendimento aos<br />

órgãos competentes pela questão ambiental. Destaca-se<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a realização de reuniões com as Superintendências<br />

Ambientais Regionais do estado de<br />

Minas Gerais (Suprams) das nove Regionais, com o<br />

objetivo de esclarecer e identificar informações necessárias<br />

para conclusão do Licenciamento Corretivo


nas instalações da Geração e Transmissão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

regularizando os <strong>em</strong>preendimentos de acordo com o<br />

requisito legal.<br />

Em <strong>2008</strong>, a área da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> responsável pelo licenciamento<br />

ambiental da geração e transmissão foi certificada<br />

na ISO 9001:2000 (Sist<strong>em</strong>a de Gestão da Qualidade)<br />

no escopo de Serviço de Licenciamento de Geração<br />

e Transmissão e Consultorias Ambientais <strong>em</strong> Empreendimentos<br />

e Instalações.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> obteve as seguintes licenças ambientais <strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />

licença de operação corretiva (<strong>em</strong>preendimentos<br />

construídos antes da legislação ambiental de<br />

1986) – PCHs Joasal, Paciência e Gafanhoto, Sist<strong>em</strong>a<br />

de Transmissão Leste;<br />

licença de operação da PCH Cachoeirão, que entrou <strong>em</strong><br />

operação no final de <strong>2008</strong>;<br />

autorização ambiental de funcionamento da Usina Eólica<br />

do Morro do Camelinho e de Descarga de Fundo de<br />

todas as PCHs.<br />

Gestão de Materiais e Resíduos<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma área certificada <strong>em</strong> conformidade<br />

com o Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental e da Qualidade, que<br />

é responsável pela triag<strong>em</strong>, separação do material para<br />

reutilização, reaproveitamento, alienação e destinação<br />

final. Em <strong>2008</strong>, foram reciclados ou alienados 6.845<br />

toneladas de materiais e equipamentos, 32% a mais<br />

do que <strong>em</strong> 2007. Dentre os materiais reciclados estão<br />

isoladores de porcelana e lâmpadas. Foram alienados<br />

transformadores, sucatas metálicas de medidores, reatores,<br />

cabos, fios, pneus e baterias. Ressalta-se que os arr<strong>em</strong>atantes<br />

desses materiais e equipamentos atend<strong>em</strong> à<br />

habilitação cadastral da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, conforme requisitos ambientais<br />

e de segurança baseados na legislação vigente.<br />

Além disso, foram tratados e reutilizados, pela própria<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, 130 mil litros de óleo mineral isolante retirados<br />

dos equipamentos elétricos.<br />

Receberam destinação final adequada 754 toneladas de<br />

resíduos, 100% a mais que <strong>em</strong> 2007. A elevação desse<br />

número se deve, principalmente, à substituição de apro-<br />

51<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


52<br />

DIMENSÃO<br />

ximadamente 40% do isolamento térmico da caldeira da<br />

Usina Térmica de Igarapé, o que gerou um maior volume<br />

de resíduos, como lã de vidro, fulig<strong>em</strong>, plástico, sucatas<br />

de alumínio e de ferro.<br />

Foram incineradas 57 toneladas de pequenos equipamentos<br />

contaminados com ascarel, óleo isolante composto por<br />

Bifenila Policlorada (PCB). A legislação brasileira proíbe<br />

comercialização de PCBs desde 1981 e, apesar de permitir<br />

sua utilização <strong>em</strong> equipamentos que ainda estejam <strong>em</strong> operação,<br />

na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> todos os equipamentos de grande porte,<br />

com data de fabricação anterior a 1981, foram retirados<br />

do sist<strong>em</strong>a e encaminhados para incineração <strong>em</strong> 2001. Os<br />

pequenos equipamentos estão sendo identificados, retirados<br />

e encaminhados para incineração.<br />

Foram co-processadas 507 toneladas de resíduos impregnados<br />

e/ou contaminados com óleo (luvas, estopas<br />

e serrag<strong>em</strong>) e 19,2 toneladas de óleo mineral isolante<br />

impróprio para utilização <strong>em</strong> equipamentos elétricos.<br />

As lâmpadas fluorescentes de suas instalações e de<br />

iluminação pública provenientes da área de concessão<br />

da Companhia são recolhidas e encaminhadas para descontaminação<br />

e reciclag<strong>em</strong>. Em <strong>2008</strong>, cerca de 300<br />

mil lâmpadas usadas e 5,4 toneladas de lâmpadas<br />

quebradas foram descontaminadas e recicladas. Foram<br />

encaminhadas também para a reciclag<strong>em</strong> mais de 157<br />

mil lâmpadas incandescentes provenientes da troca do<br />

tipo de iluminação no contexto do Programa Luz para<br />

Todos, que leva eletricidade às comunidades carentes<br />

do estado de Minas Gerais.<br />

No gráfico a seguir, constam os totais de materiais reciclados<br />

ou reutilizados e os resíduos que receberam destinação<br />

final (co-processamento, incineração e aterro licenciado).<br />

TOTAL DE MATERIAIS RECICLADOS OU REUTILIZADOS E DE RESÍDUOS ENCAMINHADOS<br />

PARA DESTINAÇÃO FINAL – 2004/<strong>2008</strong> (TONELADAS)<br />

754<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

477<br />

273<br />

3.145<br />

453<br />

3.518<br />

378<br />

4.685<br />

6.845<br />

1.716<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

Materiais reciclados ou reutilizados<br />

Destinação final adequada de resíduos<br />

O aumento da quantidade de materiais reciclados ou<br />

reutilizados é reflexo da evolução na gestão e no processo<br />

de triag<strong>em</strong> dos materiais ocorrida nos últimos<br />

anos. Considera-se que a alienação é parte do processo<br />

de destinação final de resíduos e/ou materiais e gera<br />

receita, destacando-se que 6.571 das 6.845 toneladas<br />

de materiais foram alienadas, proporcionando uma receita<br />

de R$10,1 milhões para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.


A operacionalização da Impressão Corporativa na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

nos escritórios do Edifício-Sede e Prédio Itambé, ambos<br />

situados <strong>em</strong> Belo Horizonte, possibilitou a padronização<br />

dos serviços de impressão (cópia, fax e digitalização),<br />

por meio da instalação de 76 impressoras com recurso<br />

de impressão frente e verso, possibilitando assim a redução<br />

do consumo de papel <strong>em</strong> 51,8%, no ano de <strong>2008</strong><br />

e, também, a logística de retorno de 98% dos tonners de<br />

impressão para destinação adequada pelo fornecedor.<br />

A campanha de Coleta Seletiva nas maiores instalações<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, localizadas na Região Metropolitana de Belo<br />

Horizonte, proporcionou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> o recolhimento de<br />

cerca de 109 toneladas de material reciclável, sendo 63<br />

toneladas de papel, 31 toneladas de papelão e 15 toneladas<br />

de plástico. Todo esse material foi repassado para<br />

a Organização Não-Governamental – ONG, Associação<br />

dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis<br />

de Belo Horizonte – Asmare.<br />

Consumo de Água<br />

A busca pela redução do consumo de água nas instalações<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> está orientada nas áreas por meio de<br />

campanhas de conscientização e acompanhamento de<br />

indicadores.<br />

Visando maior eficiência e redução do consumo de água,<br />

ocorreu a reforma dos 70 banheiros do Edifício-Sede da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com a instalação de 536 peças (incluindo sensores<br />

automáticos e de presenças) que proporcionaram uma<br />

economia de aproximadamente 2.000 m³ de água num<br />

período de três meses (set<strong>em</strong>bro a dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>).<br />

CONSUMO TOTAL DE ÁGUA 2004/<strong>2008</strong> (M 3 )<br />

53<br />

335.921<br />

274.064<br />

292.060<br />

350.913<br />

423.590<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

O gráfico acima exibe o consumo total de água das áreas<br />

operacionais e administrativas ligadas à geração proveniente<br />

de usinas hidrelétricas, transmissão e distribuição<br />

de energia elétrica. O consumo total de água utilizada no<br />

processo industrial nas usinas térmicas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (Igarapé,<br />

Barreiro e Ipatinga) foi de 1.078.370 m 3 <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Consumo de Energia<br />

O consumo de energia na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> resulta do consumo<br />

total de energia elétrica nas instalações industriais<br />

e escritórios e dos combustíveis utilizados <strong>em</strong> sua<br />

frota de veículos e aeronaves e na Usina Térmica<br />

de Igarapé.


CONSUMO TOTAL DE ENERGIA (GIGAJOULE – GJ) NOS ANOS DE 2004 A <strong>2008</strong><br />

2004 2005 (4) 2006 (4) 2007 <strong>2008</strong><br />

Energia Elétrica (1) 196.826 115.239 121.315 172.295 166.266<br />

Combustíveis (2) 366.250 326.109 301.135 279.978 281.999<br />

Igarapé (3) 256.000 177.000 1.282.800 2.370.000 2.450.000<br />

Total 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265<br />

(1)<br />

Consumo próprio das instalações e escritórios.<br />

(2)<br />

Gasolina, óleo diesel e querosene de aviação da frota da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

(3)<br />

Óleo combustível utilizado na Usina<br />

Térmica de Igarapé.<br />

(4)<br />

Os dados de 2005 e 2006 de consumo de energia elétrica não inclu<strong>em</strong> o consumo das instalações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT.<br />

54<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Ao se avaliar o período 2004/<strong>2008</strong>, ocorreu uma redução<br />

no consumo de energia elétrica de 15,5%, resultado<br />

principalmente da conscientização dos <strong>em</strong>pregados e<br />

dos projetos de efiencientização energética.<br />

A consolidação do Controle Total de Frota – CTF está permitindo<br />

a gestão do processo de abastecimento dos veículos<br />

da Companhia, obtendo-se no período 2004/<strong>2008</strong><br />

uma redução no consumo de combustíveis de 23%.<br />

Além disso, a Política de Renovação e Adequação da<br />

Frota de Veículos adotada pela Companhia estabelece<br />

um teto de cinco anos para a idade média da frota. Em<br />

<strong>2008</strong>, foi aprovado o projeto de locação e gestão de<br />

veículos de carga e de passageiros, totalizando 1.193<br />

veículos a ser<strong>em</strong> substituídos <strong>em</strong> 2009.<br />

A Usina Térmica (UTE) de Igarapé, colocada <strong>em</strong> operação<br />

para atendimento às contingências no sist<strong>em</strong>a<br />

elétrico interligado e, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, para exportação de<br />

energia para Argentina e Uruguai, mais uma vez foi<br />

a principal consumidora de energia na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, sendo<br />

responsável por 84,5% da energia consumida. Com capacidade<br />

instalada de 131 MW, utiliza como insumo<br />

energético óleo combustível e funcionou por 2.985 horas<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui duas usinas térmicas que<br />

utilizam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases<br />

residuais gerados nos processos industriais siderúrgicos.<br />

São elas a Usina Térmica Ipatinga (40 MW) e a Usina<br />

Térmica do Barreiro (12,9 MW), <strong>em</strong> parceria com<br />

duas siderúrgicas integradas, respectivamente, Usinas<br />

Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas e Siderúrgica<br />

Vallourec&Mannessman. Em <strong>2008</strong>, elas consumiram,<br />

juntas, 6.644.967 GJ de insumos energéticos.<br />

Entretanto, essa energia não é contabilizada no cálculo<br />

do Consumo Total de Energia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, pois os combustíveis<br />

utilizados – os gases residuais de processos<br />

industriais – geram energia elétrica para utilização nas<br />

próprias plantas industriais.<br />

Convivência com a<br />

Arborização Urbana<br />

A queda de árvores sobre redes elétricas é a segunda<br />

maior causa de interrupções acidentais da distribuição<br />

de energia, sendo que na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> esses números atingiram<br />

aproximadamente 26 mil ocorrências <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Diante desse fato, é necessário aprimorar as técnicas<br />

de manejo de árvores urbanas, b<strong>em</strong> como estimular o<br />

plantio de espécies adequadas próximo à rede elétrica.<br />

Para promover uma convivência harmoniosa entre as redes<br />

de distribuição e a arborização urbana, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> rea-


liza podas direcionais, consideradas a técnica mais adequada<br />

para ser utilizada próxima às redes de distribuição<br />

aéreas, e ministra cursos de arboricultura e poda de árvores<br />

para diversas prefeituras do estado de Minas Gerais.<br />

Com o objetivo de estimular o plantio de espécies<br />

apropriadas às condições urbanas, tanto do ponto<br />

de vista ambiental e paisagístico quanto técnico, a<br />

Companhia forneceu às prefeituras 26 mil mudas e<br />

300 kg de s<strong>em</strong>entes adequadas ao plantio próximo a<br />

redes de distribuição.<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> promoveu o II S<strong>em</strong>inário de Manejo<br />

de Arborização Urbana junto a Sist<strong>em</strong>as Elétricos, <strong>em</strong><br />

parceria com a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana<br />

– SBAU e com a International Society of Arboriculture<br />

– ISA. O evento, que contou com a participação de<br />

especialistas nacionais e internacionais, representantes<br />

de prefeituras e de concessionárias de energia elétrica<br />

de todo o país, teve como objetivo discutir e aprimorar<br />

as técnicas de manutenção de árvores junto a redes de<br />

distribuição de eletricidade, a partir do intercâmbio de<br />

informações entre os profissionais dessa área, além de<br />

estreitar o relacionamento entre prefeituras e concessionárias<br />

de energia elétrica.<br />

A Companhia adotou, desde março de 1999, a Rede<br />

de Distribuição Protegida – RDP como seu novo padrão<br />

mínimo de atendimento urbano <strong>em</strong> substituição definitiva<br />

às redes convencionais nuas, tornando-se a primeira<br />

Concessionária do Brasil a adotar a RDP como padrão<br />

mínimo de atendimento urbano.<br />

Atualmente, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui 5.750 km de redes protegidas<br />

e isoladas no sist<strong>em</strong>a primário, representando 17,8% do<br />

total de redes urbanas primárias. Em relação às redes ur-<br />

55<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


56<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

banas secundárias, 23.955 km são de redes isoladas, representando<br />

43,8% do total de redes urbanas secundárias.<br />

Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental<br />

Na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, as áreas pod<strong>em</strong> se certificar <strong>em</strong> Sist<strong>em</strong>a de<br />

Gestão Ambiental – SGA, conforme a Norma NBR ISO<br />

14001:2004, ou adotar um Sist<strong>em</strong>a de Gestão Interno<br />

denominado SGA Nível 1, desenvolvido considerando-se<br />

os princípios e requisitos da Norma NBR ISO 14001.<br />

Possu<strong>em</strong> certificação conforme a NBR ISO 14001:2004<br />

as Usinas Hidrelétricas de Nova Ponte, Itutinga, São<br />

Simão, Miranda e Rosal, a Estação Ambiental de Galheiro,<br />

a Gerência de Usinas do Oeste e a Gerência de<br />

Segurança de Barragens.<br />

São certificadas <strong>em</strong> SGA Nível 1 as seguintes áreas:<br />

geração: UHEs de Camargos, Três Marias, Volta Grande,<br />

Jaguara, Emborcação, Salto Grande e a UTE de Igarapé;<br />

transmissão: Gerências de Operação e Manutenção da<br />

Transmissão do Leste, do Sudeste e do Triângulo;<br />

distribuição: Planejamento, Expansão, Operação e Manutenção<br />

do Norte, Sul e Oeste; Relacionamento Comercial<br />

e Serviços de Ipatinga, João Monlevade, Pouso<br />

Alegre, Montes Claros, Divinópolis e Uberlândia;<br />

materiais, logística e serviços – Logística e Armazenamento<br />

(Centros de Distribuição de Material Jatobá e Centro de<br />

Distribuição Avançado de Igarapé) e a área de Qualidade<br />

de Material e de Fornecedores.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram certificadas conforme a NBR ISO<br />

14001:2004 a Usina Hidrelétrica de Irapé e a Gerência<br />

das Usinas do Leste com o escopo: gestão de operação,<br />

manutenção e administração das usinas da região Leste.<br />

Na área de distribuição de energia elétrica, receberam certificação<br />

conforme NBR ISO 14001:2004 as seguintes áreas:<br />

Gerência de Manutenção da Distribuição Centro, com<br />

o escopo: execução de manutenção de 28 subestações;<br />

Gerências de Relacionamento Comercial e Serviços de<br />

Curvelo e de Ipatinga, abrangendo 11 municípios, com<br />

o escopo: atendimento a clientes <strong>em</strong> agência e por agentes;<br />

ligação de unidades consumidoras; restauração da<br />

iluminação pública; restabelecimento de energia; corte<br />

e religação; manutenção do sist<strong>em</strong>a elétrico <strong>em</strong> redes<br />

de distribuição por meio das atividades de linha viva e<br />

inspeção de rede; construção de redes de distribuição;<br />

Gerência de Planejamento e Expansão Norte, abrangendo<br />

116 municípios, com o escopo: expansão, mapeamento<br />

e cadastro; planejamento do sist<strong>em</strong>a elétrico de<br />

distribuição e gestão econômico-financeira.<br />

Na área de materiais e logística, foi certificado <strong>em</strong> SGA<br />

Nível 1 o Centro de Distribuição Avançado localizado no<br />

município de Governador Valadares.<br />

Com as certificações obtidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a capacidade<br />

instalada de geração de energia certificada nos Sist<strong>em</strong>as<br />

de Gestão Ambiental passou de 5.407 MW para<br />

5.767 MW, o que representa 89% da capacidade instalada<br />

de geração da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. No que se refere às Linhas<br />

de Transmissão acima de 230 kV, atualmente 63% do<br />

parque da Companhia está certificado.<br />

Um aspecto relevante é que todas as unidades da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com interferências no meio ambiente, independent<strong>em</strong>ente<br />

da implantação de um Sist<strong>em</strong>a de Gestão<br />

Ambiental, dev<strong>em</strong> atender a um conjunto de diretrizes<br />

dos “Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental”,


patamar inicial do Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

estabelecido para o controle e a proteção do meio<br />

ambiente, incluindo a avaliação de seus impactos e planos<br />

de ação para correção das questões identificadas.<br />

ESFORÇOS PARA A BIODIVERSIDADE<br />

Estações Ambientais e Pesquisas<br />

As estações ambientais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são áreas utilizadas<br />

para a realização de estudos sobre a fauna e a flora,<br />

atividades de educação ambiental e visitas programadas.<br />

Essas estações ambientais possu<strong>em</strong> mais de 4.000<br />

hectares de áreas protegidas estando distribuídas nas<br />

Reservas Ambientais de Galheiro e de Jacob (ambas Reservas<br />

Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs), de<br />

Volta Grande, de Peti (criada <strong>em</strong> 1983), de Itutinga,<br />

de Machado Mineiro e a área protegida de Taquaril.<br />

Em relação à fauna, na Estação Ambiental de Peti<br />

desenvolve-se, <strong>em</strong> parceria com Instituto Brasileiro do<br />

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –<br />

Ibama, o Projeto Asas – Área de Soltura de Animais<br />

Silvestres, recebendo, recuperando e reintroduzindo<br />

animais provenientes de apreensões realizadas pela<br />

Polícia de Meio Ambiente e Ibama. Em <strong>2008</strong>, foram<br />

recebidos 581 animais de 61 espécies diferentes, a<br />

ex<strong>em</strong>plo do jacu, canário-chapinha, pintassilgo, coleiro,<br />

azulão, trinca-ferro, bigodinho, sabiá-laranjeira, curió,<br />

sabiá-poca, pássaro-preto, arara canindé, canário-daterra,<br />

papa-capim, tiziu, irerê, pato-do-mato, ananaí,<br />

sabiá-barranco, dentre outras. Além dos animais recebidos<br />

nesta estação ambiental, reproduziu também, por<br />

meio do Projeto Profauna, animais das espécies irerê,<br />

pato-selvag<strong>em</strong>, cutia, ananaí, mutum-do-sudeste. Ao<br />

todo, foram liberados 377 animais nas estações ambientais<br />

da Companhia.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> desenvolvendo diversos projetos na área<br />

ambiental dentro do Programa de Pesquisa e Desenvol-<br />

57<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


58<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

vimento P&D, gerenciados pela Agência Nacional de<br />

Energia Elétrica – Aneel, com universidades e instituições<br />

de pesquisas.<br />

Com recursos provenientes do programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel,<br />

seis projetos de P&D relativos a meio ambiente estão<br />

<strong>em</strong> andamento nas áreas de ictiofauna, limnologia e<br />

aspectos ambientais afetos à operação de usinas, sist<strong>em</strong>as<br />

de transposição de peixes e recursos hídricos.<br />

Iniciado <strong>em</strong> 2004, por meio de convênio entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

e Fundação Zoobotânica, o Programa de Monitoramento<br />

do Lobo-Guará visa à preservação do maior canídeo da<br />

América Latina. Por esse programa desenvolveu-se um<br />

Projeto de pesquisa sobre a ecologia do lobo-guará, utilizando<br />

tecnologia de tel<strong>em</strong>etria via satélite na Estação<br />

Ambiental de Galheiro.<br />

Como resultados do Projeto foram identificados 15 lobos<br />

na Estação Ambiental de Galheiro, sendo que quatro<br />

foram monitorados no período de 2004 a <strong>2008</strong> utilizando<br />

a metodologia de Radiotel<strong>em</strong>etria, permitindo<br />

assim estudar o comportamento desses animais, tais<br />

como: alimentação, reprodução e ocupação na Reserva.<br />

Ainda no âmbito do Programa, estão previstas atividades<br />

voltadas para a divulgação do Projeto para a<br />

sociedade, o envolvimento dos proprietários rurais e a<br />

educação ambiental.<br />

Programa para a Ictiofauna (peixes)<br />

Visando assegurar conhecimento e melhoria das práticas<br />

de manejo da ictiofauna das bacias do baixo e médio<br />

rio Grande, rio Araguari e rio Paranaíba, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> iniciou<br />

a contratação das obras do “Centro de Excelência <strong>em</strong><br />

Ictiologia de Volta Grande”, a ser implantado <strong>em</strong> 2010.<br />

Esse Centro t<strong>em</strong> como meta ser referência nacional <strong>em</strong><br />

gestão de recursos pesqueiros, desenvolvendo e transferindo<br />

tecnologia na área para d<strong>em</strong>ais concessionárias de<br />

energia e centros de pesquisa. Pretende-se, com isso,<br />

que os riscos ambientais para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> associados aos<br />

impactos envolvendo peixes se reduzam nos próximos<br />

anos, à medida que formas de manejo mais efetivas<br />

sejam desenvolvidas pelo Centro.<br />

Com o objetivo de repovoar e manter a biodiversidade dos<br />

reservatórios da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e dos rios de Minas Gerais, foram<br />

realizados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, com a participação de alunos e representantes<br />

de diversos setores da sociedade, 114 peixamentos<br />

<strong>em</strong> mais de 47 municípios do estado de Minas Gerais.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> produziu e foram soltos cerca de 616 mil alevinos<br />

de diferentes espécies de peixes nativas das bacias<br />

dos rios Grande, Paranaíba e Pardo. Para garantir<br />

essa produção de alevinos e criar oportunidades para<br />

a geração de renda, um sist<strong>em</strong>a de parceria entre a<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e produtores rurais prevê assistência técnica e<br />

fornecimento de larvas por parte da Companhia, que<br />

recebe o equivalente a 50% dos peixes produzidos nos<br />

tanques das fazendas. Em <strong>2008</strong>, a parceria garantiu a<br />

destinação para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> de 234 mil alevinos.<br />

Além dos alevinos produzidos pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, seja <strong>em</strong> suas<br />

estações ambientais ou da parceria com produtores<br />

rurais, foram produzidos e soltos na bacia do rio São<br />

Francisco outros 36.100 alevinos por meio do convênio<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do<br />

São Francisco e Parnaíba – Codevasf, na Estação de<br />

Hidrobiologia e Piscicultura da Usina de Três Marias,<br />

pertencente à Codevasf.


PRODUÇÃO DE ALEVINOS PARA SOLTURA NAS ESTAÇÕES DA CEMIG – 2004/<strong>2008</strong> (MILHARES)<br />

547<br />

719<br />

445<br />

484<br />

616<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

Destaque também para o trabalho realizado com a reprodução<br />

do Jaú (Paulicea lutkeni), espécie ameaçada<br />

de extinção e de valor comercial significativo para os<br />

pescadores. O cultivo e o manejo de populações do Jaú<br />

<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as de cultivo s<strong>em</strong>i-intensivo e outros sist<strong>em</strong>as<br />

artificiais ainda são pouco conhecidos. Em parceria com<br />

universidades, estão sendo desenvolvidos estudos sobre a<br />

história de vida inicial, alevinag<strong>em</strong> e hábito alimentar do<br />

Jaú, que permitirão compreender vários aspectos de sua<br />

biologia, dentre os quais destacam-se os desenvolvimentos<br />

<strong>em</strong>brionários e larval, aspectos de seu crescimento<br />

e mortalidade e as inter-relações na cadeia alimentar.<br />

59<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


60<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Programa Peixe Vivo<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> lançou, desde 2007, o Programa Peixe Vivo<br />

(http://www.portalpeixevivo.com.br/), com o compromisso<br />

de aumentar esforços na busca e implantação<br />

de soluções para evitar/mitigar impactos sobre a ictiofauna<br />

e ampliar os programas de conservação de peixes,<br />

<strong>em</strong> parceria com as comunidades, pescadores e universidades.<br />

Esse programa conta com uma equipe composta<br />

de profissionais das áreas de biologia, engenharia<br />

e comunicação social. A junção dessas áreas permite<br />

desenvolver medidas mais eficientes para prevenção<br />

e mitigação de impactos causados ao meio ambiente<br />

por construções e operação de usinas hidrelétricas.<br />

O Programa realiza, por meio de uma equipe especializada,<br />

o monitoramento sist<strong>em</strong>ático da ictiofauna<br />

a jusante das usinas, <strong>em</strong> procedimentos programados<br />

que possam fornecer risco para a ictiofauna. As informações<br />

geradas nesses monitoramentos subsidiam<br />

as programações das operações nas usinas para que<br />

sejam realizadas com maior segurança ambiental, ou<br />

seja, menos impacto para a ictiofauna.<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou um intenso trabalho de relacionamento<br />

com as comunidades situadas nas bacias<br />

hidrográficas onde a Companhia t<strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos,<br />

no âmbito do Programa Peixe Vivo. O objetivo<br />

foi estabelecer canais de comunicação e envolver os<br />

públicos locais, pesquisadores, órgãos ambientais e<br />

autoridades no desenvolvimento de parcerias, visando<br />

à preservação e melhoria da ictiofauna da região.<br />

Diversas atividades foram desenvolvidas no ano de<br />

<strong>2008</strong> junto com a comunidade, por meio do Programa<br />

Peixe Vivo, dentre elas:<br />

Projetos:<br />

Linha Viva – Criado para ser um contato direto com<br />

a operação da usina para comunicar as alterações<br />

do nível do rio aos ribeirinhos e receber informações<br />

sobre movimentação de cardumes, auxiliando no planejamento<br />

operativo, e d<strong>em</strong>ais d<strong>em</strong>andas;<br />

Tecendo a Rede – Criado para que o público conheça a<br />

usina interagindo com as atividades do Programa Peixe<br />

Vivo. O diferencial deste Projeto é que um representante<br />

do grupo de visitantes passa a ser o orientador<br />

do grupo de visitas seguinte, e assim sucessivamente,<br />

constituindo uma rede de contatos e informações.<br />

Eventos:<br />

peixamentos inéditos nos rios Jequitinhonha e Paraíba<br />

do Sul, além da soltura nas bacias dos rios São Francisco,<br />

Paranaíba, Pardo e Grande;<br />

realização de concursos específicos para crianças,<br />

que receberam material informativo e lúdico, como o<br />

livro virtual Peixinho Dourado;<br />

reedição de duas publicações – os guias de peixes do<br />

rio São Francisco e rio Grande e uma edição especial<br />

da Revista Ação Ambiental, de responsabilidade da<br />

Universidade Federal de Viçosa;<br />

veiculação de um programa de rádio, s<strong>em</strong>analmente,<br />

com 30 edições inéditas <strong>em</strong> rádios da área de abrangência<br />

da Usina de Três Marias;<br />

uma barqueata que reuniu moradores, pescadores e ambientalistas<br />

para a coleta de lixo no rio São Francisco,<br />

onde foram retiradas <strong>em</strong> torno de cinco toneladas de lixo .


S<strong>em</strong>entes e Mudas<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui dois viveiros florestais localizados nas<br />

Estações Ambientais de Itutinga e de Volta Grande e<br />

um laboratório de s<strong>em</strong>entes. A existência desses viveiros<br />

decorre da necessidade de suprir a d<strong>em</strong>anda dos<br />

programas ambientais desenvolvidos pela Companhia.<br />

A produção de mudas é programada <strong>em</strong> função da d<strong>em</strong>anda<br />

própria e de prefeituras, ONGs, órgãos públicos<br />

e instituições de meio ambiente, para utilização <strong>em</strong><br />

programas de proteção ao meio ambiente. Em <strong>2008</strong>, a<br />

produção de mudas aumentou 19% comparativamente a<br />

2007, sendo produzidas 416 mil mudas.<br />

61<br />

PRODUÇÃO DE MUDAS – 2004/<strong>2008</strong> (MILHARES)<br />

415<br />

392<br />

350<br />

416<br />

190<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

Foram coletados, <strong>em</strong> várias regiões do estado de Minas<br />

Gerais, 1.000 kg de s<strong>em</strong>entes de um total de 230<br />

espécies florestais nativas, que foram beneficiadas e<br />

com as quais foram realizados testes de germinação<br />

no Laboratório de S<strong>em</strong>entes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Essas s<strong>em</strong>entes<br />

foram destinadas aos Viveiros Florestais da Companhia<br />

e ao intercâmbio com outras instituições.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram recompostos 48 hectares de matas<br />

ciliares nas margens dos reservatórios da Companhia,<br />

<strong>em</strong> parceria com os produtores rurais interessados.


EMISSÕES ATMOSFÉRICAS<br />

Conforme tabela a seguir, a energia gerada pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é proveniente, basicamente, de fontes renováveis sendo que,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 98,1% da geração originou-se de fonte hidráulica.<br />

PARQUE GERADOR DA CEMIG EM <strong>2008</strong><br />

Fonte<br />

Capacidade Instalada<br />

Geração – <strong>2008</strong><br />

%<br />

MW<br />

MWh<br />

%<br />

Total <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 6.572 100 33.412.535 100<br />

Hidráulica 6.387 97,2 32.777.313 98,1<br />

Térmica – óleo combustível 131 2,0 204.999 0,6<br />

Térmica – gases de processos (1) 53 0,8 430.186 1,3<br />

Eólica 1 - 37 -<br />

(1)<br />

As UTEs Barreiro e Ipatinga utilizam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases residuais gerados nos processos industriais siderúrgicos.<br />

Obs.: a geração líquida reflete a geração na barra da usina, enquanto no balanço de energia é considerada a geração no centro de gravidade. Para refletir a<br />

geração efetiva no centro de gravidade, é necessário considerar a aplicação das perdas da rede básica.<br />

62<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Portanto, as <strong>em</strong>issões de Gases de Efeito Estufa – GEE<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Escopo 1 resultam de uma usina térmica a<br />

óleo combustível, da frota de veículos e aeronaves da<br />

25<br />

Companhia, e de <strong>em</strong>issões de SF 6<br />

provenientes de<br />

equipamentos instalados <strong>em</strong> redes de distribuição elétrica<br />

e <strong>em</strong> subestações.<br />

As <strong>em</strong>issões de GEE aumentaram devido às <strong>em</strong>issões da<br />

usina térmica a óleo combustível, que representaram 89%<br />

das <strong>em</strong>issões totais. A UTE Igarapé, com capacidade instalada<br />

de 131 MW, opera para atendimento das contingências<br />

do Sist<strong>em</strong>a Elétrico Interligado Brasileiro e, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, operou por 2.985 horas, sendo que parte dessa<br />

operação foi destinada à venda de energia para a Argentina<br />

e Uruguai. As <strong>em</strong>issões de CO 2<br />

26<br />

provenientes da UTE<br />

Igarapé totalizaram 184.571 toneladas de CO 2<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

As <strong>em</strong>issões de CO 2<br />

provenientes da frota de veículos e<br />

aeronaves mantiveram praticamente o valor de 2007,<br />

totalizando 19.368 toneladas de CO 2<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, apresentando<br />

uma redução acumulada de 20% no período<br />

2004/<strong>2008</strong>.<br />

Em <strong>2008</strong>, o total de <strong>em</strong>issões de CO 2<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> representou<br />

207.657 toneladas, e o valor de intensidade de <strong>em</strong>issões<br />

foi igual a 6,21 kgCO 2<br />

eq/MWh, considerado muito<br />

abaixo da média das <strong>em</strong>presas com base na geração<br />

térmica. Se comparada a uma <strong>em</strong>presa fictícia do setor<br />

elétrico, constituída <strong>em</strong> partes iguais de usinas a carvão<br />

mineral, gás natural e óleo combustível, a intensidade<br />

de <strong>em</strong>issão de CO 2<br />

, dessa seria de 750 kgCO 2<br />

/MWh 27 28 .<br />

As <strong>em</strong>issões de GEE Escopo 2 na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são provenientes<br />

exclusivamente do consumo de energia<br />

elétrica utilizada <strong>em</strong> suas instalações industriais e<br />

escritórios, proveniente do Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional<br />

(SIN) 29 . A elevação das <strong>em</strong>issões <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

foi <strong>em</strong> decorrência da elevação do fator de <strong>em</strong>issão,<br />

que passou de 0,0293 ton CO 2<br />

/MWh <strong>em</strong> 2007 para<br />

0,0484 ton CO 2<br />

/MWh <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

25<br />

Hexafluoreto de enxofre: gás utilizado <strong>em</strong> equipamentos da indústria de eletricidade 26 Gás carbônico ou dióxido de carbono<br />

27<br />

Fatores de <strong>em</strong>issão por energético, <strong>em</strong> kgCO 2<br />

/<br />

TJ: gás natural (56.100 kgCO 2<br />

/TJ); óleo combustível (73.300 kgCO 2<br />

/TJ); carvão mineral (98.300 kgCO 2<br />

/TJ) Fonte de referência: 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse<br />

Gas Inventories<br />

28<br />

Considerou-se nos cálculos o rendimento médio para geração de energia elétrica: gás natural (40%); óleo combustível (35%); carvão mineral (35%).<br />

29<br />

A <strong>em</strong>issão dos gases de efeito estufa nesta atividade é dada por fatores de <strong>em</strong>issão desenvolvidos pelo coeficiente de uso dos combustíveis fósseis na produção de energia elétrica do<br />

“grid” nacional do sist<strong>em</strong>a elétrico nacional interligado (SIN), principalmente pela atividade das usinas termoelétricas. Para os fatores de <strong>em</strong>issão Escopo 2, foram utilizados os dados<br />

fornecidos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e <strong>2008</strong>. Para os anos de 2004 e 2005, foi utilizado para os fatores de <strong>em</strong>issão do ano de 2006.


Na Tabela abaixo encontram-se as <strong>em</strong>issões atmosféricas de dióxido de carbono equivalente (CO 2<br />

), dióxido de enxofre<br />

(SO 2<br />

) e óxido de nitrogênio (NO X<br />

) da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, no período 2004/<strong>2008</strong>.<br />

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DE CO 2<br />

, SO 2<br />

E NO X<br />

Ano 2004 2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Emissões diretas de Gases de Efeito Estufa – GEE<br />

Escopo 1 (toneladas equivalentes de CO 2<br />

) (1) (2) 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657<br />

Emissões indiretas de Gases de Efeito Estufa – GEE<br />

Escopo 2 (toneladas equivalentes de CO 2<br />

) (3) 1.766 1.034 1.088 1.402 2.235<br />

Emissões de SO 2<br />

(toneladas) 48,5 32,3 241,1 1431,2 1382,4<br />

Emissões de NOx (toneladas) 34,8 30,1 81,1 607,4 422,4<br />

(1)<br />

A conversão e padronização de unidades para toneladas CO 2<br />

eq. foram feitos com base na metodologia proposta pelo GHG Protocol<br />

(2)<br />

Para os limites do inventário, foram consideradas<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Companhia Energética de Minas Gerais S.A., <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. Os fatores de <strong>em</strong>issão de combustíveis foram atualizados para<br />

todos os anos do inventário para fi ns comparativos. Foram utilizados os seguintes fatores de <strong>em</strong>issão: Gasolina (22% – 25% de etanol): 2,17 kg de CO 2<br />

/L, Diesel: 2,68 kg/L; fonte<br />

de referência: US EPA: Inventory of US GHG Emissions and Sinks: 1990 – 2005 Querosene de aviação: 3150 kg CO 2<br />

/t; fonte: IPCC, 2006.<br />

(3)<br />

Os fatores de <strong>em</strong>issão para Escopo 2<br />

foram utilizados do Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e <strong>2008</strong>. Para os anos de 2004 e 2005, foram utilizados o fator de <strong>em</strong>issão do ano de 2006.<br />

As <strong>em</strong>issões de dióxido de enxofre (SO 2<br />

) e óxido de<br />

nitrogênio (NO X<br />

) 30 são provenientes da queima de combustíveis<br />

por usinas térmicas. Em <strong>2008</strong>, essas <strong>em</strong>issões<br />

foram inferiores a 2007, justificado, principalmente,<br />

pelo aumento da eficiência energética da Usina Térmica<br />

de Igarapé, que reduziu o consumo específico de óleo<br />

combustível utilizado na usina (tonelada de óleo/MWh<br />

gerado) e, <strong>em</strong> conseqüência, as <strong>em</strong>issões específicas de<br />

CO 2<br />

, SO 2<br />

e NO X<br />

. A UTE Igarapé foi responsável por 65% e<br />

71% das <strong>em</strong>issões totais de SO 2<br />

, e NO X<br />

, respectivamente.<br />

30<br />

O SO 2<br />

e NO X<br />

são gases causadores de chuva ácida.<br />

Inserida no contexto de oportunidades relacionadas a<br />

mudanças climáticas e alinhada com os esforços mundiais<br />

de redução dos Gases de Efeito Estufa, encontra-se<br />

<strong>em</strong> operação a Usina Térmica do Barreiro – UTE Barreiro,<br />

com a produção de energia elétrica a partir de gases de<br />

processo industrial de uma siderúrgica. Embora seja detentora<br />

de 100% dos ativos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> cedeu os créditos<br />

de carbono auferidos por esse projeto para a <strong>em</strong>presa<br />

siderúrgica Vallourec&Mannessman, que é a fornecedora<br />

do combustível usado na usina (gases de processos).<br />

63<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


64<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

A UTE Barreiro possui seu projeto aprovado no Mecanismo<br />

de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo<br />

de Kyoto, já registrado no Comitê Executivo do UNFCCC<br />

– United Nations Framework Convention on Climate<br />

Change (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre<br />

Mudanças Climáticas), e já obteve os CERs – Certified<br />

Emission Reductions (Certificados de Redução de Emissões<br />

– CREs) por meio do projeto registrado na UNFCCC<br />

sob o nome Project 0143 – UTE Barreiro S.A. Renewable<br />

Electricity Generation Project (Projeto UTE Barreiro de<br />

Geração de Energia a partir de Fonte Renovável). Para<br />

mais detalhes, favor acessar: http://cdm.unfccc.int/<br />

projects/DB/DNV-CUK1134505349.88/view.html 31 .<br />

Em <strong>2008</strong>, a Efficientia, <strong>em</strong>presa de serviços pertencente<br />

à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> que atua na área de soluções energéticas,<br />

iniciou o desenvolvimento de um projeto de obtenção de<br />

créditos de carbono dentro do ambiente do MDL. Tratase<br />

de um projeto de co-geração de energia que utiliza<br />

gás de alto-forno. O projeto já possui seu documento<br />

de concepção publicado na página de internet da UN-<br />

FCCC http://cdm.unfccc.int/projects/validation/DB/<br />

EZW11ESY15ECD7DZWI09D9AV533UF1/view.html e<br />

está atualmente <strong>em</strong> fase de validação por uma Entidade<br />

Operacional Designada (EOD).<br />

Cabe destacar, no âmbito das Pequenas Centrais Hidrelétricas,<br />

que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e seus sócios nas SPEs – Sociedades<br />

de Propósito Específico Privadas – assinaram<br />

com a Carbotrader, <strong>em</strong>presa especializada no setor,<br />

contratos para o desenvolvimento de projetos de MDL<br />

– para as PCHs Cachoeirão (27 MW), Dores de Guanhães<br />

(12 MW), Senhora do Porto (14 MW), Fortuna<br />

II (9 MW) e Jacaré (9 MW). Os projetos estão <strong>em</strong><br />

fase final de elaboração do Documento de Concepção<br />

do Projeto (DCP).<br />

Além disso, as medidas adotadas pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> para contribuir<br />

para a redução das <strong>em</strong>issões de gases de efeito<br />

estufa compreend<strong>em</strong> ainda programas de eficiência e<br />

conservação energética, energia solar, pequenas centrais<br />

hidrelétricas e pesquisa de energias alternativas.<br />

Foram identificados e inventariados todos os projetos<br />

implantados, <strong>em</strong> desenvolvimento e <strong>em</strong> estágio de estudos,<br />

que pod<strong>em</strong> participar do MDL e que, ao mesmo<br />

t<strong>em</strong>po, representam potenciais geradores de créditos<br />

de carbono para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e suas <strong>em</strong>presas coligadas.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma metodologia que permite a avaliação<br />

prévia de viabilidade técnico-econômica de um<br />

novo <strong>em</strong>preendimento da Companhia, considerando-se<br />

a elegibilidade e a quantificação das <strong>em</strong>issões evitadas<br />

com base nas metodologias aprovadas pelo IPCC de potenciais<br />

projetos de MDL. Pretende-se possibilitar que as<br />

diversas áreas da Companhia, assim como suas subsidiárias<br />

e coligadas possam, no momento da concepção<br />

de um novo projeto, adotar uma avaliação que leve <strong>em</strong><br />

consideração o MDL <strong>em</strong> suas análises de viabilidade e<br />

tomada de decisão.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa de fóruns e grupos de trabalho, entre<br />

os quais o fórum de Mudanças Climáticas do Estado de<br />

Minas Gerais e a Câmara Técnica de Energia e Mudanças<br />

do Clima – CTClima do Conselho Empresarial Brasileiro<br />

para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> respondeu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, ao questionário do Carbon<br />

Disclosure Project 6, relatório global formulado mundial-<br />

31<br />

Para mais informações sobre MDL, UNFCCC e assuntos relacionados a mudanças climáticas, acesse www.unfccc.int, www.ipcc.ch e www.mct.gov.br.


32<br />

Considerou-se o fator de <strong>em</strong>issão brasileiro de 0,0484 ton C0 2<br />

eq./MWh.<br />

mente por investidores institucionais com o objetivo de<br />

apurar e divulgar informações das <strong>em</strong>presas sobre suas<br />

políticas de mudanças climáticas e estratégias para reduzir<br />

riscos ambientais <strong>em</strong> seus processos. As respostas<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, disponíveis <strong>em</strong> português e inglês, pod<strong>em</strong> ser<br />

encontradas no seguinte endereço: http://v2.c<strong>em</strong>ig.<br />

infoinvest.com.br/ptb/3800/CDP6_c<strong>em</strong>ig_port.pdf.<br />

Eficiência e Conservação Energética<br />

Os recursos destinados a projetos de eficiência energética<br />

representaram, no ano de <strong>2008</strong>, R$23,5 milhões e<br />

refer<strong>em</strong>-se ao Programa de Eficiência Energética – PEE<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel. Proporcionaram redução no consumo de<br />

energia de 56.278 MWh/ano e redução na d<strong>em</strong>anda de<br />

ponta de 12,8 MW. Com esses programas, conseguiu-se<br />

uma redução na <strong>em</strong>issão de gases de efeito estufa de<br />

2.723 ton CO 2<br />

eq. 32 de forma indireta, uma vez que os<br />

programas foram realizados <strong>em</strong> instalações de terceiros.<br />

A energia que foi economizada é capaz de abastecer<br />

aproximadamente 39 mil residências com consumo<br />

médio de 120 kWh/mês.<br />

Um dos projetos do Programa que teve continuidade<br />

neste ano foi o “Aquecimento de Água com Energia Solar<br />

<strong>em</strong> Conjuntos Habitacionais”, por meio da parceria<br />

iniciada <strong>em</strong> 2002 entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e a Companhia Habitacional<br />

do Estado de Minas Gerais – Cohab e a Secretaria<br />

de Estado do Desenvolvimento Regional e Política<br />

Pública – Sedru. Neste ano, foram instalados 1.098<br />

coletores solares de pequeno porte <strong>em</strong> 7 cidades do estado<br />

de Minas Gerais, que proporcionaram uma redução<br />

no consumo de energia de 812 MWh/ano e de d<strong>em</strong>anda<br />

de 549 kW, com investimentos de R$2,5 milhões.<br />

Foram realizados 30 diagnósticos energéticos <strong>em</strong> hospitais<br />

de grande porte, o que resultou <strong>em</strong> um potencial de<br />

instalação total de 5.000 m 2 <strong>em</strong> placas coletoras. Esses<br />

sist<strong>em</strong>as serão impl<strong>em</strong>entados nos próximos dois anos<br />

65<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


66<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

e proporcionarão uma redução no consumo de energia<br />

de 3.000 MWh/ano e de d<strong>em</strong>anda de 2.200 kW, com<br />

investimentos de R$8,7 milhões.<br />

O Projeto Conviver, iniciado <strong>em</strong> 2006, para orientar<br />

os clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência<br />

energética está voltado para as comunidades populares<br />

da Região Metropolitana de Belo Horizonte e conta com<br />

o trabalho de agentes de relacionamento comunitário.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram doados 2.000 refrigeradores e 2.000<br />

kits recuperadores de calor para chuveiro elétrico. Essas<br />

ações proporcionaram economia de 2.156 MWh/ano no<br />

consumo e redução 900 kW na d<strong>em</strong>anda de energia,<br />

com investimentos de R$6,7 milhões. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realizou<br />

toda a logística das doações (recebimento, custeio, armazenamento,<br />

registro fiscal/contábil e distribuição).<br />

Outro projeto do Programa de Eficiência Energética (PEE)<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Aneel é o “<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas Escolas – Procel”, que<br />

é um programa de educação ambiental utilizado como<br />

canal de comunicação para levar aos professores e alunos<br />

dos Ensinos Fundamental e Médio as questões de<br />

combate ao desperdício de energia elétrica, proteção ao<br />

meio ambiente e segurança no manuseio com energia.<br />

São disponibilizados gratuitamente os materiais didáticos/pedagógicos<br />

para as escolas cont<strong>em</strong>pladas.<br />

Em <strong>2008</strong>, todos os levantamentos e aquisições foram<br />

realizados, e até 2011 serão capacitados 9 mil professores,<br />

que treinarão 700 mil alunos de 1.000 escolas,<br />

com investimentos previstos de R$4,5 milhões.<br />

O Programa Integração Eficiente Sustentável – IES,<br />

que t<strong>em</strong> como objetivo propagar os conceitos de edu-


cação sustentável, com o foco na capacitação, difusão<br />

da cultura da eficiência e integração sustentável, v<strong>em</strong><br />

atuando como uma agência na estruturação de núcleos<br />

de integração nas comunidades regionais. Está impl<strong>em</strong>entando<br />

três iniciativas: Projeto Roteiro da Eficiência<br />

(Formação de Multiplicadores <strong>em</strong> Hotéis Fazenda);<br />

Projeto Comunidade Eficiente (Ensino e Distribuição de<br />

Equipamentos <strong>em</strong> Comunidades Rurais); Projeto Ensine<br />

(Ensino Sustentável e Integração de Núcleos de Eficiência,<br />

para escolas rurais).<br />

Para a impl<strong>em</strong>entação dos projetos de eficiência energética<br />

no setor rural, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conta com sua unidade denominada<br />

Fazenda Energética, localizada <strong>em</strong> Uberaba,<br />

no Triângulo Mineiro. Em <strong>2008</strong>, a Fazenda Energética<br />

promoveu 13 eventos visando à conscientização sobre a<br />

importância do uso eficiente da energia <strong>em</strong> prol do desenvolvimento<br />

sustentável, onde participaram 569 pessoas.<br />

Destaca-se também o projeto de substituição dos sist<strong>em</strong>as<br />

de irrigação do Distrito de Irrigação de Jaíba (DIJ),<br />

no Norte de Minas, onde serão instalados 1.044 sist<strong>em</strong>as,<br />

dos quais 89 já foram substituídos <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />

mediante um investimento total de R$13,7 milhões,<br />

com recursos do Programa de Eficiência Energética<br />

(PEE) da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Aneel. Os novos sist<strong>em</strong>as de irrigação<br />

são totalmente automatizados e mais eficientes,<br />

proporcionando uma economia de energia de até 55%<br />

e da água utilizada na irrigação de até 45%, gerando<br />

ainda redução no valor da fatura mensal, que engloba<br />

água e luz.<br />

Esta iniciativa proporcionará uma economia de quase 9<br />

mil MWh no consumo e redução de mais de 2,7 mil kW<br />

na d<strong>em</strong>anda de energia, e representa uma inovação entre<br />

os programas de eficiência energética voltados para<br />

a população de baixa renda realizados <strong>em</strong> todo o país,<br />

pois irá atender colonos de áreas irrigadas coletivas,<br />

que depend<strong>em</strong> da agricultura para geração de renda.<br />

No Projeto de Melhoria da Iluminação Pública – ReLuz,<br />

financiado pela Eletrobrás, <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram realizados<br />

<strong>em</strong> Belo Horizonte projetos de substituição de luminárias<br />

e lâmpadas a vapor de mercúrio por conjuntos a vapor<br />

de sódio, com investimentos de R$7 milhões. Foram<br />

substituídos cerca de 20 mil pontos, com redução anual<br />

de 700 kW de d<strong>em</strong>anda e 3.000 MWh de energia.<br />

Desde a implantação do Programa ReLuz, <strong>em</strong> 2001, a<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> já realizou a modernização de 215 mil pontos de<br />

iluminação pública <strong>em</strong> 290 municípios, com investimentos<br />

de cerca de R$60 milhões, levando a uma redução<br />

anual de 6.700 kW de d<strong>em</strong>anda e 29.000 MWh no<br />

consumo de energia.<br />

A Efficientia S.A., <strong>em</strong>presa de serviços pertencente à<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, atuando na área de soluções energéticas, realiza<br />

projetos de eficiência energética <strong>em</strong> indústrias,<br />

órgãos públicos e <strong>em</strong>presas. A Efficientia foi certificada,<br />

no ano de 2006, conforme a NBR ISO 9001:2004,<br />

sendo a primeira <strong>em</strong>presa brasileira de Esco – Energy<br />

Service Company (Empresa de Serviços <strong>em</strong> Energia) a<br />

ser certificada. Dentre os trabalhos desenvolvidos <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, destaca-se a impl<strong>em</strong>entação de uma planta de<br />

co-geração com capacidade de geração total de 6 MW,<br />

que utiliza o gás residual de alto-forno de uma usina<br />

siderúrgica. A energia total gerada pela planta será de<br />

37.000 MWh/ano.<br />

67<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


68<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Além disso, a Efficientia finalizou a implantação de<br />

cinco projetos de eficiência energética nas áreas de<br />

iluminação, refrigeração e modernização de plantas<br />

industriais, economizando mais de 3 mil MWh/ano de<br />

energia elétrica.<br />

A economia de energia gerada por estes projetos ultrapassou<br />

os 40 mil MWh/ano, o que corresponde ao<br />

consumo anual de 29,8 mil residências com consumo<br />

médio de 120 kWh/mês e representa uma redução de<br />

<strong>em</strong>issões anual de aproximadamente 2 mil toneladas<br />

equivalentes de CO 2<br />

.<br />

Gás e Pequenas<br />

Centrais Hidrelétricas<br />

A Gasmig é uma <strong>em</strong>presa pertencente à <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e à<br />

Gaspetro, <strong>em</strong>presa da Petrobras, e t<strong>em</strong> como objetivo<br />

potencializar os benefícios do uso do gás natural. Por<br />

meio do fornecimento de gás natural para indústrias e<br />

veículos automotores, a Gasmig proporciona a substituição<br />

de combustíveis mais poluentes pelo gás natural.<br />

O Programa Minas PCH, promovido pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, t<strong>em</strong><br />

como objetivo ampliar o parque gerador da Companhia<br />

por meio da implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas<br />

(PCHs) no estado de Minas Gerais, visando<br />

desenvolver projetos de geração, alavancando assim<br />

o desenvolvimento de mercados regionais no estado.<br />

A implantação e exploração das PCHs se faz por Sociedades<br />

de Propósito Específico – SPEs privadas, tendo<br />

como acionistas <strong>em</strong>presas autorizadas pela Aneel, investidores<br />

e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (com participação de até 49%). A<br />

comercialização da energia é feita por meio de contrato<br />

de venda que será firmado entre a SPE e o consumidor.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> criou <strong>em</strong> Itajubá um Núcleo de Excelência <strong>em</strong><br />

PCHs e v<strong>em</strong> trabalhando para ampliar o número dessas<br />

usinas com o auxílio do Programa Minas PCH, que pretende<br />

adicionar ao parque gerador mineiro 400 MW nos<br />

próximos anos. Assim, a Companhia já está construindo<br />

seis PCHs, perfazendo um total de 91 MW e investimentos<br />

da ord<strong>em</strong> de R$380 milhões. Encontram-se <strong>em</strong> fase<br />

de estudos de engenharia e estruturação de negócio<br />

mais 20 PCHs, com potência total instalada de 304 MW.<br />

ENERGIAS ALTERNATIVAS<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> investido <strong>em</strong> projetos de utilização de<br />

fontes de energia renováveis, com destaque para biomassa,<br />

pequenas centrais hidrelétricas, energia solar e<br />

geração eólio-elétrica. Adicionalmente, t<strong>em</strong> investido<br />

<strong>em</strong> projetos de uso racional da energia, co-geração e<br />

geração distribuída.<br />

Biomassa<br />

No âmbito do Programa Mineiro de Incentivo ao Desenvolvimento<br />

do Setor Sucroalcooleiro, foram firmados<br />

protocolos de intenções com as usinas de açúcar e álcool<br />

que pretend<strong>em</strong> se instalar <strong>em</strong> Minas Gerais, sendo<br />

signatários o estado de Minas Gerais, a Secretaria de<br />

Estado de Desenvolvimento Econômico – Sede, o Banco<br />

de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, o Instituto<br />

de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais – Indi<br />

e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

No final de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> tinha celebrado parcerias<br />

com 8 <strong>em</strong>presas, sendo 2 pela celebração de m<strong>em</strong>orando<br />

de entendimentos e 6 por meio de acordos de<br />

confidencialidade.


Além disso, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> pesquisa, <strong>em</strong> parceria com universidades<br />

e centros de pesquisa, a viabilização de projetos<br />

de geração de energia utilizando a biomassa. Um<br />

marco importante foi o desenvolvimento e construção,<br />

com tecnologia nacional, do primeiro motor Stirling acoplado<br />

diretamente a uma fornalha para queima de cavacos<br />

de madeira. Essa instalação experimental permite<br />

a geração de 9 kW de energia elétrica com a queima<br />

direta de biomassa. Os projetos continuam com a d<strong>em</strong>onstração<br />

das tecnologias de microturbinas, co-geração<br />

com chiller de absorção e gaseificação de biomassa.<br />

Energia Solar<br />

Os trabalhos pioneiros da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na área de energia<br />

solar, tanto <strong>em</strong> sua forma fotovoltaica quanto sob a<br />

forma solar térmica, utilizando coletores planos e concentradores<br />

solares, t<strong>em</strong> ajudado a criar alternativas de<br />

oferta de energia e de aumento de eficiência para consumidores<br />

no estado de Minas Gerais. A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, entre<br />

2006 e 2007, instalou energia fotovoltaica <strong>em</strong> 1.667<br />

residências para atender ao Programa Luz para Todos.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram substituídos 250 desses sist<strong>em</strong>as por<br />

novas unidades. Foram também instalados e interligados<br />

à rede quatro geradores de 3 kWp de potência, sendo<br />

um deles na PUC/MG, <strong>em</strong> Belo Horizonte, e outro na<br />

Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (EFAP) <strong>em</strong> Sete Lagoas. O sist<strong>em</strong>a fotovoltaico<br />

de microgeração distribuída da Efap está alimentando o<br />

Núcleo de Energia Solar Fotovoltaica, com previsão de<br />

geração <strong>em</strong> torno de 6 MWh/ano.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> continua investindo <strong>em</strong> projetos de P&D para<br />

purificação do silício metalúrgico existente <strong>em</strong> Minas<br />

Gerais e desenvolvimento de células fotovoltaicas de<br />

baixo custo. Outra iniciativa da Companhia refere-se à<br />

pesquisa e experimentações relativas ao uso de energia<br />

solar térmica para produção de energia elétrica por<br />

meio de termelétricas solares, utilizando concentradores<br />

cilíndrico-parabólicos, e para aquecimento de água<br />

de forma centralizada, utilizando coletores solares planos<br />

(calor distrital para comunidades de baixa renda).<br />

Energia Eólica<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi a primeira companhia do país a operar usinas<br />

eólicas, com a construção da Usina Morro do Camelinho,<br />

<strong>em</strong> 1994, que também foi a primeira a fornecer<br />

energia para o sist<strong>em</strong>a elétrico nacional.<br />

69<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


70<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Foi efetuado levantamento do potencial eólio-elétrico<br />

de alguns sítios promissores no estado de Minas Gerais<br />

e iniciado um projeto de pesquisa e desenvolvimento de<br />

geradores eólio-elétricos de pequeno porte adaptados a<br />

instalações <strong>em</strong> regiões montanhosas, com potencial de<br />

atendimento a localidades r<strong>em</strong>otas.<br />

Em fevereiro de 2009, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> adquiriu 49% de participação<br />

societária <strong>em</strong> três parques eólicos de propriedade<br />

da Energimp S.A. localizados no Ceará: Central Eólica<br />

Praias de Parajuru (28,8 MW), no município de Beberibe<br />

(a 110 km de Fortaleza), Central Eólica Praia<br />

do Morgado (28,8 MW) e Central Eólica Volta do Rio<br />

(42,0 MW), ambas no município de Acaraú (a cerca de<br />

250 km de Fortaleza), totalizando 99,6 MW de potência<br />

instalada. O investimento será de R$213 milhões.<br />

A conclusão da operação e a efetiva aquisição das ações<br />

pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> estarão sujeitas à aprovação da Agência Nacional<br />

de Energia Elétrica – Aneel, da Caixa Econômica Federal<br />

e da Eletrobrás. Além disso, a operação será notificada<br />

ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade.<br />

Resíduos Sólidos<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> v<strong>em</strong> buscando viabilizar oportunidades de geração<br />

de energia a partir de resíduos sólidos urbanos.<br />

Para isso, foi iniciada a elaboração de um estudo técnico<br />

sobre as principais tecnologias comerciais e dos<br />

fornecedores, com levantamento das características<br />

gerais, aplicação da tecnologia e custos de referência<br />

para a implantação de usinas para geração de energia<br />

a partir de resíduos, incluindo exploração de aterros<br />

sanitários e geração de energia a partir de resíduos de<br />

poda de árvores.<br />

Biodiesel<br />

A Companhia v<strong>em</strong> trabalhando, junto com outros órgãos<br />

do estado e centros de pesquisas, para a consolidação<br />

da tecnologia de produção do biodiesel <strong>em</strong> Minas Gerais,<br />

com a utilização da identificação das vocações<br />

regionais para a cultura de oleaginosas, da construção<br />

de uma planta-piloto de pequeno porte para produção<br />

experimental desse combustível e também da implantação<br />

de infra-estrutura laboratorial <strong>em</strong> órgão de pesquisa<br />

do estado para qualificar e certificar esse combustível e,<br />

dessa forma, contribuir para a sua inserção no mercado<br />

nacional. Encontra-se <strong>em</strong> funcionamento o Laboratório<br />

de Biocombustível da Fundação Centro Tecnológico de<br />

Minas Gerais (Cetec), com capacidade de produção de<br />

1.000 litros/dia de biodiesel. Em <strong>2008</strong>, deu-se continuidade<br />

ao projeto, com utilização do biodiesel produzido<br />

no laboratório para a geração de energia elétrica,<br />

de forma experimental, <strong>em</strong> um grupo motor gerador e<br />

<strong>em</strong> uma microturbina.<br />

Hidrogênio<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conta com um laboratório experimental para<br />

produção de hidrogênio via eletrólise e por reforma de<br />

etanol, que <strong>em</strong> <strong>2008</strong> operou de forma integrada e produzindo<br />

um gás com pureza de 99,9%. Os principais desafios<br />

para viabilizar esse energético são a diminuição<br />

dos custos de produção, o armazenamento e o transporte<br />

desse combustível. O hidrogênio será utilizado<br />

inicialmente como combustível para teste das células a<br />

combustível, para suprir d<strong>em</strong>andas internas e também<br />

como el<strong>em</strong>ento químico para purificação do silício, a ser<br />

utilizado <strong>em</strong> projeto de P&D para desenvolvimento de<br />

células fotovoltaicas, que se encontra <strong>em</strong> andamento.


Células a Combustível<br />

Atenta às oportunidades que pod<strong>em</strong> advir dessa tecnologia,<br />

a Empresa desenvolve, desde 2000, projetos de<br />

P&D <strong>em</strong> t<strong>em</strong>as ligados a células de baixa t<strong>em</strong>peratura<br />

(PEM) e de alta t<strong>em</strong>peratura (SOFC). No tocante à célula<br />

PEM, encontra-se <strong>em</strong> andamento projeto de P&D para<br />

desenvolvimento de nanotubos de carbono, m<strong>em</strong>branas<br />

poliméricas e aplicação de técnicas de DLC (Diamondlike<br />

Carbon) visando redução de custos e dependência<br />

externa de componentes. Quanto à célula SOFC, foi realizada<br />

adequação do laboratório de pilhas a combustível<br />

e foram realizados, durante o ano, os primeiros testes<br />

com os protótipos denominados PA e PB, projetados e<br />

construídos com tecnologia totalmente nacional. Após<br />

análise dos resultados obtidos com os ensaios nos protótipos,<br />

será realizada a montag<strong>em</strong> e testes do protótipo<br />

de pilha a combustível de 50 W. Foi iniciado também<br />

o desenvolvimento de um sist<strong>em</strong>a integrado de geração<br />

de energia a partir da gaseificação de biomassa por<br />

acionamento de células combustíveis SOFC.<br />

Veículo Elétrico<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> parceria com Itaipu Binacional e Fiat Automóveis,<br />

está desenvolvendo um projeto de pesquisa e de<br />

estudo de viabilidade técnica e econômica da utilização<br />

de veículos movidos a energia elétrica. No final de <strong>2008</strong>,<br />

foram recebidos quatro veículos elétricos Palio Weekend.<br />

A Companhia vai testar os protótipos <strong>em</strong> sua frota, visando<br />

avaliar aspectos operativos e de manutenção e desenvolvimento<br />

de tecnologia nacional.<br />

71<br />

AMBIENTAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


DIMENSÃO<br />

SOCIAL


Alinhadas com a Missão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, as questões relacionadas<br />

à responsabilidade social faz<strong>em</strong> parte de seu<br />

cotidiano e são tratadas de forma estratégica na Organização.<br />

Desta forma, este t<strong>em</strong>a engloba ações internas<br />

relacionados às pessoas, que são um dos principais<br />

agentes de mudanças para os desafios e necessidades<br />

estratégicas enfrentados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, por meio de sua<br />

Política de Recursos Humanos, mas também trata de<br />

questões externas por meio de seus projetos sociais relacionados<br />

a cidadania e cultura e do excelente relacionamento<br />

com o mercado, clientes e seus fornecedores e<br />

prestadores de serviços.<br />

GESTÃO DO CAPITAL HUMANO<br />

O Alinhamento Estratégico do Capital Humano da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

implantado desde 2005, visa promover a gestão estratégica<br />

das competências, a valorização dos <strong>em</strong>pregados<br />

e seu comprometimento com os resultados da Companhia<br />

de forma a promover um ambiente que fortaleça<br />

o elevado des<strong>em</strong>penho das pessoas e da Organização.<br />

O passo seguinte foi a implantação do Sist<strong>em</strong>a de<br />

Gestão Estratégica do Capital Humano, cujo objetivo<br />

é alinhar o modelo de gestão de recursos humanos à<br />

estratégia organizacional, incorporando visão de longo<br />

prazo e focalizando ações que agregu<strong>em</strong> valor aos<br />

negócios e favoreçam uma gestão integrada. Nele, a<br />

Gestão do Des<strong>em</strong>penho é o elo entre a estratégia da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e os diversos processos de gestão de pessoas,<br />

d<strong>em</strong>onstrando como as diretrizes estratégicas são aplicadas<br />

na Companhia.<br />

O Processo de Gestão do Des<strong>em</strong>penho envolve todos<br />

os <strong>em</strong>pregados e visa ao desenvolvimento das<br />

competências estratégicas que levam à melhoria de<br />

resultados, por meio de estabelecimento de metas<br />

e acordos individuais e de equipes relacionados às<br />

diretrizes <strong>em</strong>presariais.<br />

Esse processo encontra-se também implantado desde<br />

2005, pautado primeiramente <strong>em</strong> dois tipos de competências<br />

estratégicas: competências essenciais e competências<br />

de liderança. Em 2006, <strong>em</strong> condição experimental,<br />

foi incluído um terceiro tipo de competência,<br />

vinculada às atividades da Organização e diretamente<br />

relacionada com a cadeia de valor do negócio – as competências<br />

técnicas.<br />

Em dez<strong>em</strong>bro de 2007, foi realizado o terceiro ciclo de<br />

avaliação de des<strong>em</strong>penho, e os resultados dessas avaliações<br />

serviram, assim como nos anos anteriores, de<br />

base para as alterações salariais individuais, mediante<br />

progressões horizontais e verticais, conforme previsto<br />

no Acordo Coletivo Específico para Implantação do Plano<br />

de Cargos e R<strong>em</strong>uneração na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Nos três primeiros ciclos da Gestão de Des<strong>em</strong>penho,<br />

5.736 <strong>em</strong>pregados foram cont<strong>em</strong>plados com alterações<br />

individuais de salário, seja por progressão horizontal ou<br />

vertical, sendo que a cada ciclo são cont<strong>em</strong>plados, aproximadamente,<br />

20% dos <strong>em</strong>pregados, totalizando 55%<br />

do quadro total de <strong>em</strong>pregados nos três ciclos. Para o<br />

quarto ciclo, previsto para abril de 2009, de Gestão do<br />

Des<strong>em</strong>penho, está prevista a compl<strong>em</strong>entação dos fatores<br />

de avaliação, incluindo as competências técnicas,<br />

que darão maior assertividade para o endereçamento<br />

das ações de desenvolvimento, aumentando a efetividade<br />

da Gestão do Des<strong>em</strong>penho.<br />

73<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


74<br />

DIMENSÃO<br />

Diversidade do Quadro<br />

de Empregados<br />

Dos 10.422 <strong>em</strong>pregados da Companhia, 7.135 são<br />

brancos, 419 são negros, 2.824 são mulatos, 29 são<br />

orientais e 14 são índios. Dos <strong>em</strong>pregados que ocupam<br />

cargos de gerência/supervisão, 208 são brancos, 25<br />

mulatos e 2 orientais.<br />

As mulheres representam 13,6% do total de <strong>em</strong>pregados<br />

efetivos – várias ocupando cargos de gerência,<br />

cargos-chave e, inclusive, cargos que até então eram<br />

ocupados exclusivamente por homens – como os cargos<br />

de eletricista, operador de usinas e técnico de operação<br />

do sist<strong>em</strong>a.<br />

Destaca-se também que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> cumpre rigorosamente<br />

a Lei Estadual nº 11.867 de 28/07/1995, e destina<br />

10% das vagas oferecidas <strong>em</strong> concurso público para<br />

pessoas portadoras de deficiência física. Atualmente, a<br />

Companhia t<strong>em</strong> <strong>em</strong> seu quadro 52 portadores de deficiência<br />

física e, durante o ano de <strong>2008</strong>, 23 <strong>em</strong>pregados<br />

foram readaptados.<br />

Atração e Retenção de Talentos<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> busca atrair e reter seus talentos por meio<br />

da aplicação da política de gestão do capital humano,<br />

que considera diversas ações, incluindo: programa de<br />

treinamento para todos os <strong>em</strong>pregados, programa de<br />

progressão profissional, programa de saúde e de seguro,<br />

programa de r<strong>em</strong>uneração baseado <strong>em</strong> des<strong>em</strong>penho<br />

– competências e resultados, plano de aposentadoria,<br />

administrado pela Fundação Forluminas de Seguridade<br />

Social – Forluz.<br />

Além destes programas, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> como prática os<br />

processos de mobilidade, seleção interna e recrutamento<br />

externo, alocando profissionais com devidas competências,<br />

conforme requerido nos perfis de cargos, com<br />

o objetivo de atender às necessidades da Organização.<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Não há como negar que a migração entre carreiras de<br />

naturezas diferentes apresenta dificuldades para a Companhia<br />

e <strong>em</strong>pregados, visto que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é considerada,<br />

para efeitos de admissão de pessoal, <strong>em</strong>presa pública<br />

sujeita à legislação estadual. Para minimizar essa dificuldade,<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> utilizou a ferramenta de Mobilidade<br />

Interna entre carreiras, a partir de critérios preestabelecidos,<br />

visando adequar a necessidade <strong>em</strong>presarial<br />

com os interesses e as potencialidades individuais. Os<br />

enquadramentos decorrentes dessas movimentações,<br />

realizados <strong>em</strong> fevereiro de <strong>2008</strong>, totalizaram aproximadamente<br />

240 mobilidades.<br />

Após a realização do processo de mobilidade e, a partir<br />

de d<strong>em</strong>andas advindas das diversas áreas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

foi realizada uma análise sobre a real necessidade de<br />

preenchimento de cargos por meio de seleção interna. O<br />

processo de seleção interna visa proporcionar a promoção<br />

dos <strong>em</strong>pregados efetivos da Companhia aos cargos<br />

de acordo com seu Plano de Carreiras, com base nas<br />

qualificações, experiências e potencialidades d<strong>em</strong>onstradas.<br />

Em <strong>2008</strong>, das 106 vagas oferecidas, 101 vagas<br />

foram preenchidas.<br />

Em nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, com o processo de Seleção Interna,<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi uma das ganhadoras do Prêmio Ser Humano<br />

<strong>2008</strong>, promovido pela Associação Brasileira de Recursos<br />

Humanos, seccional Minas Gerais, já que o processo foi considerado<br />

uma das melhores práticas <strong>em</strong> gestão de pessoas.<br />

Em função do resultado do processo de mobilidade, das<br />

práticas de seleção interna e da legislação eleitoral, não<br />

houve a realização de Concurso Externo neste ano e a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

encerrou o ano de <strong>2008</strong> com 10.422 <strong>em</strong>pregados.<br />

NÚMERO DE EMPREGADOS* EMPREGADOS POR EMPRESA <strong>2008</strong><br />

75<br />

11.468<br />

11.302<br />

10.668 10.271<br />

10.658<br />

10.818<br />

10.422<br />

CEMIG CONTROLADORA<br />

225<br />

CEMIG GERAÇÃO E<br />

TRANSMISSÃO S.A.<br />

2.166<br />

CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A.<br />

8.031<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

2002<br />

2003<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

*<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Controladora, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A.<br />

R<strong>em</strong>uneração e Recompensa<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conta com um Plano de Cargos e R<strong>em</strong>uneração –<br />

PCR que considera a importância e a complexidade relativas<br />

aos resultados esperados do cargo, os conhecimentos técnicos,<br />

as habilidades, a intensidade e a complexidade do<br />

processo analítico requeridas pelo cargo. Desde 1974 e no<br />

máximo a cada dois anos, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> realiza pesquisa de r<strong>em</strong>uneração<br />

nas principais <strong>em</strong>presas do setor elétrico e de


76<br />

outros setores, nos mercados nacional e regional, ajustando<br />

sua tabela salarial <strong>em</strong> relação às práticas de mercado.<br />

A média de salários praticados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é 12% acima<br />

da mediana praticada pelo mercado de <strong>em</strong>presas equivalentes<br />

e, atualmente, a Companhia t<strong>em</strong> cerca de 90%<br />

de seus <strong>em</strong>pregados r<strong>em</strong>unerados acima da mediana de<br />

mercado. Além disso, são concedidas gratificação especial<br />

e participação nos resultados.<br />

A Companhia oferece também gratificação de função,<br />

incidente sobre o salário-base, para superintendentes,<br />

gerentes e supervisores, além de salários diferenciados<br />

decorrentes do exercício de funções de maior complexidade<br />

e responsabilidade.<br />

As práticas e políticas salariais segu<strong>em</strong> as diretrizes<br />

contidas no Plano de Cargos e R<strong>em</strong>uneração – PCR e<br />

são aplicadas a todos os <strong>em</strong>pregados independent<strong>em</strong>ente<br />

de orientação sexual, idade, sexo, cor ou raça.<br />

Relações Trabalhistas e Sindicais<br />

Os acordos coletivos de trabalho abrang<strong>em</strong> 100% dos <strong>em</strong>pregados<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e são assinados pelo menos uma vez por ano<br />

com os sindicatos que representam as categorias envolvidas.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui uma gerência especialmente constituída<br />

para tratar das relações trabalhistas e sindicais, voltada<br />

para permitir um relacionamento direto, disponível e<br />

permanente com as entidades sindicais que representam<br />

os seus <strong>em</strong>pregados. Como forma de garantir a melhoria<br />

deste processo e atender às expectativas de seus<br />

clientes, desde 2007 todos os processos de Relações<br />

Sindicais possu<strong>em</strong> um Sist<strong>em</strong>a de Gestão da Qualidade<br />

certificado na NBR ISO 9001:2000.<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


No ano de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> renovou o Acordo Coletivo<br />

Específico para a realização de reuniões setoriais nas<br />

Instalações da Companhia, acordo este que trata de<br />

assuntos diretamente relacionados à organização sindical.<br />

Foi celebrado, ainda, o Acordo Coletivo de Trabalho<br />

<strong>2008</strong>/2009, cont<strong>em</strong>plando benefícios, deveres<br />

e direitos que regulamentam as relações de trabalho<br />

na Companhia.<br />

Benefícios<br />

De acordo com a legislação brasileira, os planos de aposentadoria<br />

e pensão dev<strong>em</strong> ser geridos por entidades<br />

independentes que administram os fundos garantidores<br />

de maneira segregada dos recursos da Companhia. Dessa<br />

forma, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> patrocina a Fundação Forluminas de<br />

Seguridade Social – Forluz, entidade s<strong>em</strong> fins lucrativos,<br />

que t<strong>em</strong> como objetivo melhorar a qualidade de<br />

vida dos seus participantes, por meio do pagamento de<br />

compl<strong>em</strong>entação de aposentadorias e pensão e, também,<br />

da administração de programas na área da saúde.<br />

A Forluz foi o primeiro dos grandes fundos de pensão<br />

brasileiros a modernizar a estrutura de seus planos previdenciários,<br />

buscando, ao mesmo t<strong>em</strong>po, minimizar<br />

riscos para suas patrocinadoras e assegurar benefícios<br />

adequados a seus participantes. Em 1997, foram criados<br />

dois outros planos: o Plano Misto e o Plano Saldado. O<br />

Plano Misto é o que, conforme a regulamentação brasileira,<br />

denomina-se contribuição variável, modalidade<br />

conhecida internacionalmente como plano híbrido. Na<br />

fase de capitalização, t<strong>em</strong> característica de contribuição<br />

definida, porém, transforma-se <strong>em</strong> benefício definido<br />

na fase de fruição. Além disso, oferece cobertura para<br />

os eventos de invalidez e morte na forma de benefício<br />

77<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


78<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

definido. O Plano Saldado é um plano de benefício definido<br />

no qual o valor do benefício a ser pago encontra-se<br />

já quitado (vested), não havendo novas contribuições.<br />

Os planos de previdência da Forluz são mantidos por<br />

contribuições da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e suas subsidiárias e de seus<br />

<strong>em</strong>pregados. O percentual médio mensal de contribuição<br />

por parte da Companhia, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi de 8,82%<br />

sobre a folha de pagamento de salários, sendo paritária<br />

à contribuição do <strong>em</strong>pregado.<br />

A Forluz acompanha sist<strong>em</strong>aticamente seus planos de<br />

benefícios com o objetivo de mantê-los equilibrados atuarialmente<br />

e adequados ao mercado. São realizadas,<br />

por <strong>em</strong>presa independente, avaliações atuariais completas<br />

a cada ano e, internamente, avaliações mensais.<br />

Além dos planos de aposentadoria compl<strong>em</strong>entar administrados<br />

pela Forluz, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contribui compulsoriamente<br />

para a previdência social mantida pelo Governo<br />

Federal, um sist<strong>em</strong>a de benefício definido, limitado a<br />

um valor máximo, financiado no regime de repartição<br />

(pay-as-you-go). Em <strong>2008</strong>, a contribuição representou<br />

26,61% da folha de pagamento da Empresa Companhia<br />

Energética de Minas Gerais – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e 27,81% das<br />

<strong>em</strong>presas <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Distribuição S.A.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> contribui para um plano de saúde e um plano<br />

odontológico para os <strong>em</strong>pregados, aposentados e dependentes,<br />

administrados pela Forluz. Trata-se de planos<br />

com coberturas amplas, superiores aos oferecidos<br />

no mercado, com um custo menor para os <strong>em</strong>pregados.<br />

A Companhia mantém ainda, de modo independente aos<br />

planos oferecidos pela Forluz, o pagamento de parte do<br />

prêmio de seguro de vida para seus <strong>em</strong>pregados ativos<br />

e para os aposentados.<br />

Gestão do Clima Organizacional<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, ciente de que a obtenção de alto des<strong>em</strong>penho<br />

está intimamente ligada a um ambiente saudável e estimulador,<br />

busca permanent<strong>em</strong>ente fazer uma gestão<br />

de seu ambiente interno. Mais do que isso, estabeleceu<br />

como um dos el<strong>em</strong>entos de sua Visão “Ser uma das<br />

melhores <strong>em</strong>presas para trabalhar”.<br />

Para alcançar esse objetivo, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> utiliza diversos<br />

instrumentos e ferramentas para gerir o clima organizacional,<br />

buscando:<br />

identificar e compreender os aspectos que têm contribuído<br />

para a satisfação das pessoas na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, b<strong>em</strong> como<br />

aqueles que têm gerado insatisfação;<br />

identificar as prováveis diferenças e convergências culturais<br />

existentes entre as áreas da Companhia e viabilizar<br />

alternativas para maior sinergia organizacional;<br />

promover uma gestão inteligente, construindo e mantendo<br />

um ambiente que estimule e engaje as pessoas a<br />

alcançar<strong>em</strong> des<strong>em</strong>penhos superiores.<br />

Entre as ferramentas utilizadas, destaca-se a Pesquisa<br />

de Clima Organizacional, realizada bianualmente,<br />

com consultoria externa. Essa pesquisa avalia aspectos<br />

fundamentais para se criar um ambiente estimulante e<br />

desafiador, incluindo: grau de engajamento dos <strong>em</strong>pregados,<br />

a percepção desses quanto à gestão estratégica<br />

e a reputação externa da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, o respeito com que ela<br />

trata seus <strong>em</strong>pregados, o nível de autonomia e treinamento<br />

que esses receb<strong>em</strong> para realizar seu trabalho,<br />

entre outros. A Pesquisa é utilizada como input para o<br />

planejamento de ações de melhoria <strong>em</strong> toda a Compa-


nhia, por meio de Planos de Ação Corporativos e das<br />

áreas (gerências e superintendências). Após a construção<br />

dos planos de ações, inicia-se a fase de implantação<br />

e monitoramento das ações, cujos resultados são divulgados<br />

e acompanhados por todos os <strong>em</strong>pregados por<br />

meio de boletins e mensagens eletrônicas.<br />

Em <strong>2008</strong>, após a divulgação dos resultados a todos<br />

os <strong>em</strong>pregados, foram realizados 111 workshops para<br />

a elaboração dos Planos de Ação. Nesses workshops,<br />

os <strong>em</strong>pregados tiveram a oportunidade de definir ações<br />

de melhoria para sua gerência e/ou superintendência.<br />

A última pesquisa, realizada <strong>em</strong> agosto de 2007, teve a<br />

participação voluntária de 85% dos <strong>em</strong>pregados – índice<br />

extr<strong>em</strong>amente significativo quando comparado ao mercado.<br />

Em relação às últimas pesquisas, o resultado apresenta<br />

tendência favorável, passando de 59% para 62%.<br />

Comunicação como<br />

Ferramenta Estratégica<br />

A comunicação interna torna-se ferramenta indispensável<br />

e, por esta razão, várias ações de comunicação<br />

são impl<strong>em</strong>entadas, buscando garantir que todos os<br />

<strong>em</strong>pregados recebam um nível apropriado de informação,<br />

por intermédio dos meios de comunicação que lhe<br />

são familiares e aos quais tenham facilidade de acesso.<br />

A comunicação face a face facilita a construção de uma<br />

base de confiança e credibilidade e t<strong>em</strong> sido observada<br />

por meio do Programa RH no Campo, <strong>em</strong> que todo o<br />

corpo gerencial da RH visita as diversas áreas da Companhia,<br />

com o objetivo de intensificar o relacionamento<br />

com os <strong>em</strong>pregados, buscando informar, esclarecer dúvidas<br />

e colher críticas e sugestões sobre a Organização.<br />

No ano de <strong>2008</strong>, foram realizadas cinco Reuniões-Plenárias,<br />

com participação de 600 <strong>em</strong>pregados. 79<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


80<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

A veiculação de informações por meio de portais é outro<br />

recurso amplamente utilizado na atualidade, como<br />

forma de proporcionar ao <strong>em</strong>pregado informações sobre<br />

decisões, ações, dados e fatos concernentes a RH e à<br />

Companhia, que sejam de interesse dos <strong>em</strong>pregados e<br />

estratégicos para a Organização.<br />

Assim, a cada dia, mais informações são publicadas no<br />

portal da RH na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>Net, incluindo: informações sobre<br />

o Serviços Especializados <strong>em</strong> Engenharia de Segurança<br />

e Medicina do Trabalho, Relações Sindicais, Provimento,<br />

Plano de Cargos e R<strong>em</strong>uneração, Gestão do Clima,<br />

Gestão Sucessória.<br />

Além disso, <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram distribuídas, a todos os<br />

<strong>em</strong>pregados, cartilhas com conteúdo relacionado a assuntos<br />

corporativos de RH, tais como Benefícios, Plano<br />

de Cargos e R<strong>em</strong>uneração e Gestão de Des<strong>em</strong>penho.<br />

Outro veículo de comunicação utilizado é o RH Informa,<br />

que t<strong>em</strong> se mostrado um instrumento de repasse ágil e<br />

de grande alcance para informações de caráter corporativo,<br />

além de orientações e campanhas gerais. Ainda<br />

que tenha caráter pontual, tiv<strong>em</strong>os como resultado 30<br />

publicações <strong>em</strong> 2006, 44 <strong>em</strong> 2007 e 53 <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Já o RH Interativa é um espaço criado para que os<br />

<strong>em</strong>pregados possam fazer perguntas, buscar informações,<br />

fazer críticas e também dar idéias e sugestões de<br />

melhoria nos processos, ferramentas, políticas e práticas<br />

de RH. Em <strong>2008</strong>, foram enviadas 628 perguntas,<br />

com um percentual de resposta de 67%, sendo que as<br />

d<strong>em</strong>ais respostas serão enviadas após a conclusão da<br />

fase de estudo e análise e serão respondidas <strong>em</strong> 2009.<br />

Compl<strong>em</strong>entando os instrumentos de comunicação, foi<br />

implantado <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de 2007 o Serviço RH On-Line<br />

e, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o RH Fácil. Esta ferramenta t<strong>em</strong> como<br />

objetivo possibilitar, a cada <strong>em</strong>pregado da Companhia,<br />

o acesso a todas as suas informações pessoais, funcionais,<br />

salariais, de pagamento, entre outras.<br />

Capacitação e Desenvolvimento<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> assegura a manutenção das condições necessárias<br />

para capacitação dos seus <strong>em</strong>pregados para o<br />

pleno exercício de sua função, disponibilizando cursos<br />

alinhados aos objetivos estratégicos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Por se<br />

tratar de desenvolvimento de <strong>em</strong>pregados, as ações têm<br />

caráter contínuo e permanente.<br />

Todos os <strong>em</strong>pregados, nos seus vários níveis, segu<strong>em</strong><br />

um Plano de Treinamento associado às carreiras, às<br />

orientações estratégicas e ao Plano de Negócios. As<br />

áreas faz<strong>em</strong> o levantamento de necessidades de treinamento<br />

norteadas pelas carreiras e pelas iniciativas/<br />

expectativas do gerente <strong>em</strong> relação ao des<strong>em</strong>penho do<br />

<strong>em</strong>pregado ao longo do ano.<br />

O processo de avaliação de des<strong>em</strong>penho da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> também<br />

é utilizado para o desenvolvimento e capacitação<br />

dos <strong>em</strong>pregados, uma vez que utiliza como parâmetros<br />

as competências essenciais, os resultados corporativos<br />

alcançados e a maturidade dos <strong>em</strong>pregados, gerando<br />

um índice de des<strong>em</strong>penho para cada um dos avaliados.<br />

Este procedimento contribui para manutenção das condições<br />

necessárias para a gestão de des<strong>em</strong>penho, ao<br />

atrelar a capacitação dos <strong>em</strong>pregados aos resultados<br />

obtidos e aos cursos e treinamentos previstos nas suas<br />

descrições de funções.


Cumprindo o Plano de Treinamento Anual dos <strong>em</strong>pregados<br />

e os Acordos de Desenvolvimento Individuais, estes<br />

gerados por ocasião dos feedbacks da Avaliação de Des<strong>em</strong>penho,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram ao todo 15.922 participações,<br />

incluindo o treinamento técnico, sendo 11.619<br />

participações de <strong>em</strong>pregados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição<br />

S.A., 3.883 participações de <strong>em</strong>pregados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração<br />

e Transmissão S.A. e 470 participações de <strong>em</strong>pregados<br />

da Companhia Energética de Minas Gerais, correspondendo<br />

a 742.550 horas de treinamento (558.341<br />

para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A., 169.372 para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Geração e Transmissão S.A. e 14.837 horas para a<br />

Companhia Energética de Minas Gerais), perfazendo a<br />

média de 71,25 horas de treinamento por <strong>em</strong>pregado.<br />

MÉDIA DE HORAS DE TREINAMENTO POR EMPREGADO (2004/<strong>2008</strong>)<br />

53,46<br />

49,03<br />

59,34<br />

50,73<br />

71,25<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

81<br />

Além do processo de capacitação interno da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

existe desde 2006 o Programa Ajuda de Custo Para<br />

Formação – Auxílio Educação, que re<strong>em</strong>bolsa as despesas<br />

relativas às mensalidades de curso de graduação<br />

ou técnico relacionados aos negócios da Organização.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram efetuados 382 re<strong>em</strong>bolsos, incluindo<br />

cursos técnicos e cursos de graduação, totalizando um<br />

investimento de R$241 mil.<br />

Há também o Programa de Pós-graduação, que visa<br />

elevar a capacitação profissional e tecnológica do <strong>em</strong>pregado<br />

enquadrado no Plano de Nível Universitário da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, alinhando-o adequadamente para contribuir com<br />

o alcance das metas <strong>em</strong>presariais. Ao final do curso,<br />

os <strong>em</strong>pregados apresentam Certificado de Conclusão e<br />

trabalho concluído (monografia, dissertação ou tese),<br />

defendendo a possibilidade de aplicação prática, <strong>em</strong><br />

conformidade com os interesses da Companhia. Esse<br />

trabalho é encaminhado à Biblioteca Central para compor<br />

o acervo técnico da Companhia.<br />

No ano de <strong>2008</strong>, foram 82 participações no Programa, totalizando<br />

cerca de R$499 mil re<strong>em</strong>bolsados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Escola de Formação<br />

e Aperfeiçoamento Profissional<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – EFAP<br />

A Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional –<br />

EFAP, responsável pelo treinamento técnico dos funcionários<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui, desde 2007, a certificação de seu<br />

Sist<strong>em</strong>a de Gestão da Qualidade conforme a norma NBR ISO<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


82<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

9001:2000. A implantação e manutenção do Sist<strong>em</strong>a de<br />

Gestão da Qualidade na EFAP faz<strong>em</strong> parte dos desafios<br />

Estratégicos da Superintendência de Recursos Humanos,<br />

e seu principal objetivo é a busca da melhoria contínua<br />

dos seus processos, focada na qualidade do treinamento<br />

técnico ofertado aos seus clientes internos e externos.<br />

A EFAP viabilizou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 7.046 participações <strong>em</strong><br />

treinamentos técnicos para <strong>em</strong>pregados do Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

sendo 5.351 participações de <strong>em</strong>pregados da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Distribuição S.A., 1.198 participações de <strong>em</strong>pregados<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A. e 99<br />

participações de <strong>em</strong>pregados da Companhia Energética<br />

de Minas Gerais, além de 398 participações <strong>em</strong> treinamentos<br />

técnicos para <strong>em</strong>pregados de outras <strong>em</strong>presas,<br />

totalizando 330.410 homens-hora treinados,<br />

sendo 314.015 homens-hora relativos ao Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

e 16.395 homens-hora relativos a outras <strong>em</strong>presas.<br />

Dentre os eventos destacam-se, por sua relevância, o<br />

treinamento de 1.924 <strong>em</strong>pregados na nova NR 10, que<br />

trata da Segurança <strong>em</strong> Instalações e Serviços <strong>em</strong> Eletricidade,<br />

totalizando 57.797 homens-hora treinados.<br />

Também foram realizados o treinamento à distância<br />

para revalidação da habilitação na norma de liberação<br />

de equipamentos do sist<strong>em</strong>a elétrico da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – Norma<br />

01000 DGT 1A, para 121 <strong>em</strong>pregados próprios, totalizando<br />

1.936 homens-hora treinados e o treinamento à<br />

distância de Prevenção de Acidente de Trabalho M<strong>em</strong>bros<br />

da Cipa, para 491 <strong>em</strong>pregados próprios, totalizando<br />

11.784 homens-hora treinados.<br />

Desenvolvimento de Lideranças<br />

Considerando o cenário internacional globalizado e as<br />

estratégias corporativas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, é cada vez mais<br />

evidente a importância de um programa continuado de<br />

educação executiva, destacando-se o desenvolvimento<br />

dos programas: Amana Key e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Liderança <strong>em</strong> Gestão<br />

– Celig, Programa desenvolvido <strong>em</strong> parceria com a<br />

Fundação Dom Cabral. Estes programas vêm acontecendo<br />

desde 2005, com o objetivo de garantir as competências<br />

estratégicas de forma sustentável.<br />

Em <strong>2008</strong>, participaram 28 gerentes no Programa Amana<br />

Key, 179 no Celig, além de 73 <strong>em</strong>pregados de nível<br />

superior que participaram do Celig para Sucessores,<br />

dentro do Programa Gestão Sucessória, cujo objetivo é a<br />

preparação para possível ascensão a cargos gerenciais.<br />

Para 2009, está prevista a realização do Programa Trilhas<br />

da Liderança, <strong>em</strong> que se pretende a ampliação da<br />

aplicabilidade de competências de liderança, a continuidade<br />

do Programa Celig para Potenciais Sucessores<br />

e Amana Key. Além disso, está <strong>em</strong> análise o estabelecimento<br />

de parcerias com escolas internacionais com<br />

o objetivo de ampliar a visão dos líderes <strong>em</strong> relação<br />

à sustentabilidade econômico-financeira, por meio de<br />

melhores práticas gerenciais e de expansão da sua área<br />

de atuação para além dos limites geográficos atuais.<br />

Gestão Sucessória<br />

O Processo de Gestão Sucessória, cujo primeiro ciclo<br />

iniciou-se <strong>em</strong> 2007, está integrado ao cenário atual<br />

das organizações e busca o equilíbrio entre dois aspectos:<br />

de um lado o negócio – volume de operações,<br />

modelo de crescimento, diversidade de negócios, grau<br />

de internacionalização, ajustes previstos de tecnologia,<br />

entre outros. De outro, fatores relacionados ao capi-


tal humano – rotatividade (desligamentos voluntários,<br />

aposentadoria e ajustes de perfil), trajetórias de carreira,<br />

nível de resultados, prontidão nas competências,<br />

características pessoais, históricos e expectativas.<br />

A Gestão Sucessória é, portanto, um processo que visa<br />

ao planejamento da substituição de posições-chave da<br />

organização, por meio da identificação e criação de<br />

condições para a preparação de potenciais substitutos.<br />

Dessa forma, realizou-se o mapeamento do potencial<br />

para Liderança, com a adesão de 752 <strong>em</strong>pregados<br />

(66,1%), de um universo de 1.137 ocupantes de cargos<br />

universitários (nível mínimo proficiente).<br />

Considerando as possibilidades de vacância de cargos<br />

gerenciais até o ano de 2009, definiu-se por identificar,<br />

entre os 162 melhores classificados no ranking por área<br />

de competência, 81 potenciais-sucessores, para permanecer<strong>em</strong><br />

no processo. Dentre as ações planejadas, encontra-se<br />

<strong>em</strong> andamento a etapa de preparação destes<br />

81 potenciais líderes, por meio de um amplo programa<br />

de capacitação e desenvolvimento gerencial.<br />

Em uma parceria com a Fundação Dom Cabral – FDC, foi<br />

estruturado o Programa de Capacitação e Desenvolvimento<br />

das Competências – necessárias ao Líder <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

para o qual foram selecionados 81 <strong>em</strong>pregados. Foram<br />

realizados três módulos e está prevista a continuidade<br />

de realização de outros <strong>em</strong> 2009.<br />

O Processo Gestão Sucessória é monitorado por meio<br />

dos indicadores alinhados à estratégia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Até o<br />

momento, <strong>em</strong> torno de 25% dos <strong>em</strong>pregados participantes<br />

do processo foram promovidos a cargos de gestor<br />

e/ou gerente.<br />

Para o segundo s<strong>em</strong>estre de 2009, está previsto o segundo<br />

ciclo do Processo, considerando a periodicidade<br />

de mapeamento ser bianual e a gestão, contínua, onde<br />

haverá nova oportunidade para que todos os <strong>em</strong>pregados<br />

do Plano de Nível Universitário possam participar.<br />

83<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


84<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Gestão das Competências de<br />

Liderança dos Supervisores <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

O Processo de Gestão das Competências dos Supervisores<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> como objetivo promover o desenvolvimento<br />

profissional dos atuais 240 Supervisores<br />

e preparar seus futuros sucessores, alinhando-os<br />

com as d<strong>em</strong>ais lideranças <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e com a estratégia<br />

da Companhia.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram definidas, <strong>em</strong> conjunto com os próprios<br />

supervisores e gerentes, as competências de liderança<br />

para esse grupo de profissionais e realizado o mapeamento<br />

dos atuais supervisores.<br />

Para o ano de 2009, está prevista a implantação de um<br />

programa de desenvolvimento, que será construído com<br />

base nesse mapeamento. Além disso, os aproximados<br />

1.080 técnicos níveis II e III que estão subordinados<br />

a supervisores designados também serão mapeados, o<br />

que permitirá a formação de um grupo de potenciais<br />

sucessores, que será capacitado e treinado.<br />

RELACIONAMENTO COM CLIENTES<br />

E CONSUMIDORES<br />

Estrutura de Atendimento<br />

A Companhia oferece canais de relacionamento que permit<strong>em</strong><br />

aos clientes realizar negócios, reclamar, sugerir<br />

e solicitar serviços de forma eficiente e ágil. Além do<br />

investimento contínuo na melhoria dos canais já existentes,<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> busca oferecer opções mais cômodas e<br />

ágeis de contato com a Companhia.<br />

O cliente t<strong>em</strong> a seu dispor outras formas de relacionamento<br />

com o objetivo de levar a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> até o cliente.<br />

Os principais canais disponíveis estão relacionados a seguir.


Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais<br />

Clientes Públicos Página da<br />

Internet<br />

Disponibilizar informações sobre http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/consumidores_<br />

dicas de economia de energia, publicos/index.asp.<br />

prédios efi cientes e como estruturar<br />

uma comissão interna<br />

de conservação de energia no<br />

serviço público.<br />

Consumidor<br />

Defi ciente Visual<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Conta<br />

<strong>em</strong> Braille<br />

Fale com a<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Ouvidoria<br />

Agência de<br />

Atendimento<br />

Canal Direto<br />

Procon<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Fácil<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Postal<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> na Praça<br />

Projeto Agência<br />

Móvel<br />

Posto de<br />

Atendimento<br />

Simplifi cado – PAS<br />

Agência Virtual<br />

Permitir ao defi ciente visual um<br />

melhor acompanhamento e controle<br />

de seu consumo de energia<br />

elétrica.<br />

Facilitar o acesso aos clientes da<br />

Companhia.<br />

Zelar pelo direito à manifestação<br />

do cidadão, sendo a sua voz na<br />

Companhia.<br />

Facilitar o acesso aos clientes da<br />

Companhia.<br />

Facilitar o acesso aos clientes da<br />

Empresa com ênfase no direito<br />

do consumidor.<br />

Credenciamento de estabelecimentos<br />

comerciais para expansão<br />

dos pontos de arrecadação e<br />

da prestação de outros serviços<br />

comerciais <strong>em</strong> locais onde não<br />

há representatividade física da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Canal específi co para atendimentos<br />

comerciais mais simplifi<br />

cados.<br />

Estrutura de atendimento itinerante<br />

para esclarecer, encaminhar<br />

e atender às solicitações<br />

de serviços.<br />

Canal específi co para atendimentos<br />

comerciais.<br />

Atendimento realizado por funcionários<br />

das prefeituras, treinados<br />

pelos agentes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Fornecer ao cliente um atendimento<br />

com mais conforto e<br />

comodidade ao oferecer os serviços<br />

prestados por outros canais.<br />

Vários canais: tel.: nº 116, 08007210116,<br />

atendimento@c<strong>em</strong>ig.com.br; www.c<strong>em</strong>ig.com.br;<br />

Fax: (31) 3506-7222.<br />

http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/ouvidoria/e ouvidoria@c<strong>em</strong>ig.com.br,<br />

indicado nas contas de<br />

energia da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Reciclagens periódicas para os atendentes por<br />

meio de treinamentos comportamentais e técnicas<br />

de atendimento.<br />

Parceria da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com o Movimento das<br />

Donas de Casa – MDC/MG e atendimento ao<br />

Conselho de Consumidores da Companhia.<br />

Nos PA do <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Fácil, os clientes têm acesso<br />

aos serviços: recebimento de contas; <strong>em</strong>issão de<br />

2ª via de documentos; domicílio para entrega<br />

de contas – conforme solicitação do consumidor;<br />

entrega de formulário pré-pago utilizado<br />

pelos clientes para solicitar serviços ou fazer<br />

reclamações.<br />

Formulários, com postag<strong>em</strong> pré-paga, disponíveis<br />

nos estabelecimentos do <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Fácil<br />

para troca de titularidade, alteração cadastral,<br />

ligação nova, reclamações e sugestões.<br />

Escritório montado <strong>em</strong> uma praça central de pequenos<br />

municípios, com eletricistas, atendentes<br />

e um técnico de operação para atendimento à<br />

população.<br />

Trailer equipado com atendimento ao cliente,<br />

fazendo as vezes de uma agência de atendimento.<br />

Parceria entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e prefeituras.<br />

http://agenciavirtual.c<strong>em</strong>ig.com.br/portal/<br />

inicial/default.aspx.<br />

400 clientes cadastrados para recebimento da<br />

conta <strong>em</strong> braille.<br />

Certifi cação ISO 9001/2000; 560 posições<br />

de atendimento com mais de 1 mil atendentes;<br />

80 a 114 mil chamadas/dia.<br />

Certifi cação ISO 9001/2000.<br />

128 agências com uma média de 400 mil atendimentos/mês.<br />

640 pontos de atendimento – PA, arrecadando<br />

<strong>em</strong> média um milhão de contas por mês.<br />

800 caixas espalhadas por todo o estado.<br />

Média de 180 eventos anuais gerando cerca de<br />

1.100 atendimentos por mês.<br />

- 250 atendimentos por mês utilizando conexão<br />

via satélite.<br />

- Desde 2005, já percorreu cerca de 100<br />

municípios mineiros.<br />

90 PAS no estado, realizando cerca de 2 mil atendimentos<br />

por mês.<br />

- Acesso para defi cientes visuais;<br />

- Área específi ca e restrita de acesso para imobiliárias.<br />

85<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


86<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais<br />

Consumidores<br />

e sociedade<br />

Grandes clientes<br />

Grandes clientes<br />

Grandes clientes<br />

Grandes clientes<br />

Grandes clientes<br />

Conselho de<br />

Consumidores<br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Representar e defender os interesses<br />

individuais e coletivos<br />

dos consumidores junto à Companhia.<br />

Fornecer informações e legislação<br />

compatíveis com esse perfi l<br />

de clientes.<br />

Encontros regionais de clientes<br />

corporativos.<br />

Encontros setoriais de clientes<br />

corporativos.<br />

GEM B2B – Grupo de estudos de<br />

mercado Business to Business.<br />

GEM B2B – Pesquisas com clientes<br />

corporativos.<br />

- Melhorar o atendimento dos consumidores,<br />

considerando a visão dos diversos segmentos<br />

interessados;<br />

- Encaminhar sugestões, cooperar na fi scalização<br />

e prover denúncias e reclamações junto à<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> http://www.c<strong>em</strong>ig.com.br/conselho/<br />

index.asp.<br />

http://www.energia<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.com.br/e<br />

Companhia Energética de Minas Gerais –<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Superintendência de Relacionamento<br />

Comercial com Clientes Corporativos, Av. Barbacena,<br />

1200 – Sto. Agostinho, Belo Horizonte<br />

– MG – Cep. 30190-131 energia<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>@<br />

c<strong>em</strong>ig.com.br.<br />

Encontros com clientes corporativos de uma determinada<br />

região para informação e discução<br />

de aspectos referentes ao setor elétrico através<br />

de apresentações e debates com especialistas<br />

no setor de energia elétrica, englobando questões<br />

de atendimento, comercialização, efi ciência<br />

energética, resolução de dúvidas, etc.<br />

Inclui ainda uma visita a instalações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

(usinas e subestações), com acompanhamento<br />

de técnicos.<br />

Encontros com clientes corporativos de setores<br />

produtivos para discutir questões específi cas do<br />

interesse do setor associado à energia elétrica.<br />

Participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> <strong>em</strong> grupo de trabalho<br />

destinado ao estudo das relações entre <strong>em</strong>presas<br />

com o objetivo de compreender estas relações<br />

e identifi car as necessidades dos clientes<br />

buscando atender aos requisitos para ampliar a<br />

parceria e construir um relacionamento sólido<br />

e de confi ança com os clientes por um longo<br />

prazo. Trata-se de grupo de estudo permanente<br />

e que também participam outras <strong>em</strong>presas,<br />

buscando s<strong>em</strong>pre compreender melhor a<br />

necessidade dos clientes para melhorar o relacionamento<br />

<strong>em</strong>presarial.<br />

Duas pesquisas realizadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> com os<br />

clientes corporativos para compreender a percepção<br />

de valor desses clientes sobre os produtos<br />

oferecidos pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, identifi car as necessidades,<br />

conhecer a disposição de pagamento<br />

frente aos produtos ofertados para dessa forma<br />

oferecer uma melhor relação custo x benefícios<br />

aos clientes, buscando s<strong>em</strong>pre a construção de<br />

um relacionamento de longo prazo.<br />

Em <strong>2008</strong>: 6 reuniões ordinárias normais e 3<br />

reuniões extraordinárias.<br />

Principais realizações:<br />

- contribuiu na revisão tarifária de <strong>2008</strong> da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>;<br />

- contribuição na revisão da resolução 456;<br />

- participação na audiência pública da revisão<br />

tarifária da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>;<br />

- realização do II S<strong>em</strong>inário de Conselhos de<br />

Consumidores da região Sudeste, <strong>em</strong> Belo Horizonte,<br />

com objetivo de construir propostas integradas<br />

de interesse dos consumidores da região<br />

Sudeste, por meio de intercâmbio de informações<br />

e experiências relativas ao setor elétrico;<br />

- participação no Congresso Mineiro de Municípios,<br />

com estande do Conselho, com objetivo de divulgar<br />

a existência e objetivo do Conselho.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram realizados dois encontros com<br />

clientes das regiões Oeste e Norte. O índice de<br />

aprovação dos encontros foi de 84%.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram realizados dois encontros com<br />

clientes dos setores do ferro-gusa – e sucroenergético.<br />

O índice de aprovação dos encontros foi<br />

superior a 90%.<br />

Uma pesquisa qualitativa com a mostra de 5 clientes<br />

para identifi car drivers de valor dos clientes e<br />

uma pesquisa quantitativa com o universo de grupos<br />

<strong>em</strong>presariais para identifi car percepção de valores<br />

e disponibilidades de pagamentos referentes<br />

aos produtos ofertados, além de posicionamento<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> junto aos concorrentes.


Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais<br />

Grandes clientes Para clientes Marca e reputação – Pesquisas Pesquisa sobre marca e reputação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

corporativos com clientes corporativos. realizada com clientes corporativos, segmentados<br />

<strong>em</strong> amostras para identifi car de forma<br />

mais signifi cativa a visão desses clientes, sobre<br />

a marca e reputação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Grandes clientes<br />

Grandes clientes<br />

Instituições<br />

fi lantrópicas<br />

Instituições<br />

fi lantrópicas<br />

Prefeituras da área de<br />

concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Para clientes<br />

corporativos<br />

Concessão de<br />

donativos<br />

Arrecadação<br />

de doações e<br />

contribuições<br />

Gerências de<br />

relacionamento<br />

Encontros com clientes corporativos<br />

– Bienal de Energia.<br />

Informativo para clientes corporativos.<br />

Conceder donativos por meio de<br />

desconto fi nanceiro nas notas<br />

fi scais/contas de energia elétrica<br />

para instituições fi lantrópicas,<br />

igrejas/t<strong>em</strong>plos de reconhecimento<br />

de entidade de utilidade<br />

pública.<br />

Apoiar as instituições fi lantrópicas<br />

reconhecidas como de utilidade<br />

pública, por meio da arrecadação<br />

de doações/contribuições na<br />

conta de energia elétrica.<br />

Prestar serviço diferenciado e<br />

personalizado às prefeituras da<br />

área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Sociedade Conta de energia Permitir ao consumidor um melhor<br />

acompanhamento e controle<br />

de seu consumo de energia elétrica,<br />

além do cumprimento de<br />

legislação específi ca.<br />

Sociedade Canais diversos Permitir que a informação sobre<br />

a Companhia atinja a sociedade<br />

<strong>em</strong> geral.<br />

Em 2009, será realizada a Bienal da Energia<br />

– com a participação de palestrantes internacionais<br />

e nacionais de reconhecida capacidade<br />

analítica para discutir o cenário atual e as<br />

perspectivas econômicas futuras focadas na<br />

estratégia de atuação <strong>em</strong>presarial. O objetivo<br />

é levar aos participantes um panorama do<br />

Brasil no mundo, suas perspectivas, impactos<br />

da crise e seus refl exos nos investimentos <strong>em</strong><br />

infra-estrutura necessária para o crescimento<br />

sustentável e competitivo do país, considerando<br />

a energia como el<strong>em</strong>ento essencial para a<br />

competitividade.<br />

Informativo direcionado aos clientes corporativos<br />

enviados via e-mail, com periodicidade<br />

bimensal, contendo informações e notícias de<br />

interesse dos clientes corporativos organizados<br />

nas seguintes seções: Editorial, Enfoco com o<br />

Cliente, Regulatório, Efi cientização Energética<br />

e Assuntos Diversos.<br />

Veículo de informações e esclarecimentos,<br />

como canais de relacionamentos atuais da<br />

Companhia.<br />

Canais de comunicação e veiculação de<br />

campanhas por meio de spots <strong>em</strong> rádios, TV,<br />

outdoors, backbus, mídia jornalística, jornais<br />

Energia da Gente e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Notícias (http://<br />

www.c<strong>em</strong>ig.com.br/c<strong>em</strong>ig<strong>2008</strong>/content/<br />

aplicativos/informativos.asp), etc.<br />

O público esperado é de cerca de 800 clientes.<br />

O Informativo foi concebido <strong>em</strong> <strong>2008</strong> e a distribuição<br />

iniciou-se <strong>em</strong> janeiro de 2009.<br />

Em <strong>2008</strong>, cerca de 4.220 instituições foram<br />

beneficiadas, totalizando aproximadamente<br />

R$11,2 milhões e 53,6 mil MWh por ano concedidos.<br />

Em processo de redefi nição de regras, junto com<br />

os movimentos e com o Ministério Público Estadual.<br />

18 Gerências de Relacionamento distribuídas <strong>em</strong><br />

todo o estado.<br />

Emissão média mensal de aproximadamente 6,5<br />

milhões de contas relativas a baixa e alta tensão.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> utiliza os meios de comunicação mais<br />

adequados à informação, adequando, inclusive a<br />

linguag<strong>em</strong> a cada público.<br />

87<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Satisfação do Consumidor<br />

Para avaliar a satisfação <strong>em</strong> relação aos serviços prestados,<br />

a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa de uma pesquisa anual com osconsumidores<br />

residenciais, realizada <strong>em</strong> nível nacional<br />

pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia<br />

– Abradee. Com base nos resultados dessa pesquisa é<br />

calculado o Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida<br />

– ISQP, que representa o nível de satisfação do<br />

consumidor com a qualidade dos serviços de energia<br />

elétrica prestados pelas concessionárias de energia elétrica<br />

no Brasil. O questionário t<strong>em</strong> 88 perguntas que<br />

se desdobram <strong>em</strong> 277 variáveis de respostas aplicadas<br />

por amostrag<strong>em</strong> na área de concessão das <strong>em</strong>presas.<br />

Em fevereiro e março de <strong>2008</strong>, foi realizada a 10ª Pesquisa<br />

Abradee de Satisfação do Cliente Residencial, com<br />

uma amostra, na área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, de 625<br />

entrevistas, de forma a garantir uma marg<strong>em</strong> de erro de<br />

4% para um intervalo de confiança de 95,5%. A partir<br />

dos dados obtidos, é calculado um valor do ISQP geral,<br />

relativo à média geral de todas as <strong>em</strong>presas filiadas à<br />

Abradee, e um valor de ISQP de cada <strong>em</strong>presa. O índice<br />

varia de 0 a 100 pontos, sendo 100 pontos a melhor nota.<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançou a pontuação de 83,3, ficando<br />

b<strong>em</strong> acima da média Abradee, que foi de 77,4. O<br />

gráfico abaixo mostra a evolução do ISQP da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nos<br />

nove anos de realização da Pesquisa Abradee.<br />

DESEMPENHO DA CEMIG NO ISQP 1999/<strong>2008</strong><br />

88<br />

71,9<br />

76,3<br />

74,2<br />

77,7<br />

77,6<br />

80,5<br />

79,8<br />

80,6<br />

85,7<br />

83,3<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

A pontuação obtida pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> durante os 10 anos de Pesquisa<br />

Abradee d<strong>em</strong>onstra que as ações adotadas <strong>em</strong> relação ao<br />

atendimento dos consumidores e aprimoramento dos serviços<br />

têm possibilitado atingir níveis adequados de satisfação.<br />

A Aneel também realiza anualmente uma pesquisa de<br />

satisfação do consumidor residencial com as concessionárias<br />

distribuidoras de energia elétrica. A Pesquisa<br />

Aneel foi realizada de agosto a outubro de <strong>2008</strong>. A<br />

amostra foi calculada de acordo com o porte de cada<br />

concessionária: na área de concessão da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, foram<br />

realizadas 450 entrevistas.<br />

A Pesquisa Aneel gera indicadores comparáveis por região<br />

e por porte de <strong>em</strong>presa e um indicador único da<br />

satisfação do consumidor, que expressa a percepção


global no setor. O principal indicador dessa pesquisa<br />

é o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – Iasc.<br />

Na Pesquisa Aneel de <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> obteve o Iasc de<br />

69,68, posicionando a Companhia entre as três concessionárias<br />

da região Sudeste acima de 400 mil consumidores<br />

mais b<strong>em</strong> avaliada pelos clientes.<br />

DESEMPENHO DA CEMIG NO IASC 2004/<strong>2008</strong><br />

60,92<br />

63,39<br />

68,03<br />

71,63<br />

69,68<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

CIDADANIA E CULTURA<br />

Como Empresa prestadora de serviços públicos, o relacionamento<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com as comunidades onde atua<br />

não se restringe ao estágio de desenvolvimento econômico,<br />

mas também possui relação direta com o estágio<br />

de desenvolvimento social. Iniciativas concretas, como<br />

os programas Campos de Luz, Conviver e Luz no Saber,<br />

d<strong>em</strong>onstram, na prática, que a energia é um insumo<br />

necessário não apenas à transformação de matériasprimas<br />

e à produção de bens, mas também à qualidade<br />

de vida e ao funcionamento de equipamentos de uso<br />

comum, como escolas, centros culturais e recreativos.<br />

Dessa forma, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> busca, por meio de sua política<br />

de atuação cultural e social, transformar seus<br />

consumidores <strong>em</strong> parceiros no desenvolvimento do<br />

estado de Minas Gerais, participando ativamente da<br />

sociedade <strong>em</strong> que vive.<br />

Para a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, investir <strong>em</strong> projetos sociais e culturais<br />

não é uma questão apenas de quantidade de recursos,<br />

mas da qualidade com que eles são aplicados, objetivando<br />

atingir o maior número de pessoas, com continuidade<br />

e responsabilidade, por meio da formação de<br />

redes de atuação entre diversos setores da sociedade e<br />

do meio artístico-cultural.<br />

Os recursos aplicados durante o ano de <strong>2008</strong> <strong>em</strong> educação,<br />

cultura e ações sociais somaram R$45,5 milhões.<br />

89<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Tipo de Projeto R$ milhões – 2007 R$ milhões – <strong>2008</strong><br />

Projetos culturais e educação 29,7 33,4<br />

Ações sociais, doações e subvenções 15,3 12,1<br />

Total 45,0 45,5


90<br />

Ações Sociais<br />

As ações sociais, doações e subvenções da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançaram<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> o valor de R$12,1 milhões. Entre os<br />

projetos cont<strong>em</strong>plados pod<strong>em</strong>-se citar os de “Centros<br />

de Educação Solidária” do Serviço Voluntário de Ação<br />

Social – Servas, a “Construção do Hospital do Câncer<br />

Infantil” da Fundação Aura, o “Salão do Encontro” e<br />

a “Escola de Formação Profissional” da Apae – BH,<br />

apoiados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> há vários anos, o que t<strong>em</strong> permitido<br />

uma avaliação contínua dos benefícios gerados.<br />

Além desses, de caráter permanente, há ainda o Programa<br />

Ações Sociais Integradas – Asin/<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> que<br />

mais de 1.100 <strong>em</strong>pregados estão cadastrados como voluntários,<br />

e está orientado a contribuir para a geração<br />

de recursos e capacitação para instituições voltadas para<br />

o trabalho social, associações comunitárias, escolas e<br />

asilos, com vistas à sustentabilidade das instituições.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participa também do Programa AI6% – Formando<br />

Cidadãos, parceria entre Associação Intergerencial<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – AIC – e do Projeto Asin/<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, cuja<br />

finalidade é incentivar os <strong>em</strong>pregados e aposentados da<br />

Companhia a contribuír<strong>em</strong> para os Fundos da Infância<br />

e da Adolescência – FIAs, repassando parte de seu imposto<br />

de renda devido, sendo que o resultado alcançado<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> foi de de R$1,5 milhão. O quadro a seguir<br />

d<strong>em</strong>onstra a evolução do Programa desde seu início:<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

EVOLUÇÃO DO PROGRAMA AI6% – 2001/<strong>2008</strong><br />

Ano Arrecadação R$ mil Número de <strong>em</strong>pregados Número de instituições Número de municípios<br />

2001 189,6 628 31 16<br />

2002 178,7 787 40 24<br />

2003 95,5 718 35 23<br />

2004 235,5 1.035 41 34<br />

2005 542,9 1.719 65 48<br />

2006 960,4 2.595 108 65<br />

2007 1.243,1 2.619 139 80<br />

<strong>2008</strong> 1.573,0 2.848 147 88<br />

O montante destinado aos FIAs pelo Grupo <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />

foi de R$2,9 milhões, incluindo também a destinação de<br />

1% do Imposto de Renda da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, da TBE e da Infovias.<br />

Os Patrocínios Incentivados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> D, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> GT, Sá<br />

Carvalho e Capim Branco <strong>em</strong> <strong>2008</strong> totalizaram cerca de<br />

R$31 milhões.


Alguns resultados dos programas sociais de destaque da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> são d<strong>em</strong>onstrados abaixo:<br />

Programas<br />

Sociais<br />

Programa AI6%<br />

Orig<strong>em</strong> Início Público Beneficiado<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, AIC e<br />

<strong>em</strong>pregados<br />

2001 Crianças e<br />

adolescentes<br />

Resultados<br />

2006<br />

108<br />

instituições de<br />

66 municípios<br />

Luz para Todos <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2004 Propriedades rurais 112.454<br />

propriedades<br />

Conviver <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2006 Baixa renda 20 mil<br />

residências<br />

Projeto<br />

Asin/<strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Clarear<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2000 População<br />

carente da área<br />

de concessão da<br />

Companhia<br />

Resolução<br />

Aneel 223<br />

12.513<br />

crianças<br />

2004 465 mil clientes 160.327<br />

residências<br />

Resultados<br />

2007<br />

139 instituições<br />

de 80<br />

municípios<br />

25.982<br />

propriedades<br />

30 mil<br />

residências<br />

14.485<br />

crianças<br />

185.240<br />

residências<br />

Resultados<br />

<strong>2008</strong><br />

147<br />

instituições de<br />

88 municípios<br />

3.970<br />

propriedades<br />

50 mil<br />

residências<br />

25.917<br />

crianças<br />

Finalizado<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

188.070<br />

residências<br />

Forma<br />

Divulgação<br />

Mídia interna<br />

TV, rádio,<br />

jornal, internet,<br />

palestras,<br />

s<strong>em</strong>inários,<br />

reuniões<br />

TV, rádio,<br />

jornal, internet,<br />

palestras,<br />

s<strong>em</strong>inários,<br />

reuniões<br />

Mídia interna<br />

TV, rádio,<br />

jornal, internet,<br />

palestras,<br />

s<strong>em</strong>inários,<br />

reuniões<br />

Fatura <strong>em</strong> Braille <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2005 Defi cientes visuais 156 235 8.496 clientes TV, rádio,<br />

jornal, internet,<br />

palestras,<br />

s<strong>em</strong>inários,<br />

reuniões<br />

Programa<br />

de Efi ciência<br />

Energética<br />

Programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

X Cesam<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 1998 Clientes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> R$45 milhões<br />

investidos<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2003 Adolescentes<br />

carentes<br />

ReLuz <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2001 Municípios 7 mil pontos<br />

de iluminação<br />

pública<br />

Biblioteca<br />

Itinerante<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2005 Empregados,<br />

familiares e<br />

sociedade<br />

R$50 milhões<br />

investidos<br />

R$24 milhões<br />

investidos<br />

TV, rádio,<br />

jornal, internet,<br />

palestras,<br />

s<strong>em</strong>inários,<br />

reuniões<br />

200 200 200 Contatos com<br />

Cesam<br />

578<br />

<strong>em</strong>préstimos<br />

15 mil pontos<br />

de iluminação<br />

pública<br />

425<br />

<strong>em</strong>préstimos<br />

Campos de Luz <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> 2003 População carente 332 campos de futebol concluídos<br />

entre 2006 e 2007<br />

20 mil pontos<br />

de iluminação<br />

pública<br />

841<br />

<strong>em</strong>préstimos<br />

114 campos<br />

de futebol<br />

Contatos com<br />

municípios<br />

Mídia interna<br />

Mídia interna<br />

Impactos Sociais<br />

cidadania<br />

Universalização<br />

do atendimento<br />

Uso efi ciente de<br />

energia<br />

Educação, saúde,<br />

ação comunitária,<br />

meio ambiente<br />

Universalização<br />

do atendimento<br />

Cidadania<br />

Efi cientização<br />

energética<br />

Formação<br />

profi ssional<br />

Uso efi ciente de<br />

energia<br />

Educação<br />

Cidadania<br />

91<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


92<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Serão detalhados, a seguir, alguns projetos citados no quadro:<br />

Programa Campos de Luz<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong> parceria com o Governo de Minas Gerais,<br />

concluiu, <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong>, o Programa Campos de<br />

Luz, que consistiu na realização de obras de iluminação<br />

e adequação de equipamentos <strong>em</strong> campos de futebol<br />

amador e também <strong>em</strong> campos de comunidades carentes.<br />

Em <strong>2008</strong>, o Programa finalizou a iluminação de 114<br />

campos de futebol perfazendo assim, nos cinco anos de<br />

sua impl<strong>em</strong>entação, um total de 602 campos iluminados,<br />

beneficiando a prática esportiva <strong>em</strong> 374 municípios<br />

localizados <strong>em</strong> todas as regiões do estado. No total, foram<br />

investidos R$24 milhões, sendo R$13 milhões com<br />

recursos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e o restante do Governo estadual.<br />

Dentre os benefícios proporcionados pelo Programa, pod<strong>em</strong><br />

ser citados: a melhoria da prática esportiva e de<br />

atividades culturais; maior tranqüilidade aos moradores;<br />

maior utilização dos espaços existentes; diminuição<br />

do índice de criminalidade e vandalismo e melhoria na<br />

qualidade de vida das comunidades, por meio do esporte<br />

e da cultura.<br />

Projeto Conviver<br />

O Projeto Conviver t<strong>em</strong> como objetivo promover o acesso<br />

e o uso consciente dos serviços prestados pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

nas comunidades populares, elevando o número de famílias<br />

que utilizam os benefícios proporcionados pela<br />

energia elétrica regular, eficiente, segura e com conta<br />

compatível com sua capacidade econômica.<br />

O método de intervenção do Projeto Conviver se dá por<br />

meio da implantação do Agente Comunitário Conviver, da<br />

realização de campanhas de uso correto da energia e doações<br />

de equipamentos eficientes e da abertura de um canal<br />

permanente de relacionamento com as comunidades.<br />

Com um aporte de R$8,5 milhões para atender à Região<br />

Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, o Projeto<br />

Conviver realizou <strong>em</strong> 2007/<strong>2008</strong>: atendimento a 18<br />

comunidades da RMBH, visitas e cadastramento de 50<br />

mil famílias, atendimento a 70 mil famílias e doações<br />

de 150 mil lâmpadas compactas, 5 mil recuperadores<br />

de calor e 3,5 mil refrigeradores eficientes.<br />

Além disso, o Projeto Conviver adotou as ações do<br />

Projeto “<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> nas Escolas – Procel” para contribuir<br />

com as ações educacionais sobre o uso eficiente da<br />

energia, que visam à conscientização quanto à redução<br />

do desperdício e dos impactos ambientais, b<strong>em</strong> como<br />

mudanças de hábitos.<br />

Os resultados alcançados até <strong>2008</strong> com doações de<br />

equipamentos eficientes foram:<br />

energia economizada = 1.545.000 kWh/mês;<br />

d<strong>em</strong>anda evitada (HP) = 16.960 kW.<br />

Estes resultados equival<strong>em</strong> a:<br />

fornecimento de energia para aproximadamente 13,5<br />

mil novas moradias por mês;<br />

transferência de renda de cerca de R$875 mil por mês<br />

para as comunidades atendidas pelo Projeto;<br />

renda adicional média por família atendida de R$18,00<br />

por mês, o que equivale a aproximadamente 4% do salário<br />

mínimo.<br />

Para 2009, a previsão de aporte de recursos é de<br />

R$27,5 milhões, sendo R$23 milhões para RMBH e<br />

R$4,5 milhões para o interior do estado. Estima-se o aten-


dimento a 98 comunidades e o cadastramento de 150 mil<br />

famílias na RMBH e 30 mil famílias no interior (Governador<br />

Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia);<br />

doações de 570 mil lâmpadas compactas, 6 mil recuperadores<br />

de calor, 10 mil refrigeradores, além de 7 mil reformas<br />

elétricas e instalação de 4 mil padrões de entrada.<br />

O Projeto Conviver, além dos ganhos diretos disponibilizados<br />

às comunidades, traz para o nível <strong>em</strong>presarial<br />

ganhos significativos na redução da inadimplência e de<br />

perdas de energia nas comunidades atendidas pelo Projeto,<br />

proporcionando, ainda, à Companhia, a postergação<br />

de investimentos elétricos.<br />

Convênio <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Cesam<br />

O Programa de Aprendizag<strong>em</strong> <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>/Cesam, iniciado<br />

<strong>em</strong> 2003, t<strong>em</strong> por objetivo a impl<strong>em</strong>entação de<br />

programa de aprendizag<strong>em</strong> nas instalações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

para 200 adolescentes, <strong>em</strong> conformidade com a Lei<br />

10.097/2000, com a finalidade de oferecer a adolescentes<br />

carentes, assistidos e com vínculo <strong>em</strong>pregatício<br />

com o Centro Salesiano do Menor – Cesam a<br />

oportunidade de fazer o Curso de Auxiliar de Serviços<br />

Administrativos. Esse Programa permite ao adolescente<br />

o aprendizado da prática profissional por meio da vivência<br />

da realidade do trabalho e da Companhia, para<br />

desenvolvimento de sua competência.<br />

No Cesam, são ministrados, aos sábados, os cursos relativos<br />

à capacitação teórica dos adolescentes, sendo que<br />

a prática profissional é desenvolvida na <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Esses<br />

adolescentes são supervisionados por tutores que, com<br />

os educadores do Cesam, acompanham o des<strong>em</strong>penho<br />

do menor nas atividades propostas, supervisionando-os<br />

e avaliando-os nos aspectos comportamentais, de eficiência,<br />

educação e progresso quanto à sociabilidade.<br />

Em <strong>2008</strong>, 200 adolescentes participaram do Programa.<br />

Projetos Culturais<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> patrocinou, por meio das leis federais<br />

de incentivo à cultura, 133 projetos, sendo 48 deles com<br />

utilização de recursos próprios, além daqueles previstos<br />

e assegurados na lei, com a utilização do art. 26 da Lei<br />

Rouanet de Incentivo à Cultura. A seleção dos projetos<br />

é realizada <strong>em</strong> parceria com a Secretaria de Estado da<br />

Cultura, no Programa <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Cultural, o que representa<br />

um esforço claro na construção de apoio a uma política<br />

pública de investimentos culturais. Dessa forma, a Companhia<br />

alcança d<strong>em</strong>andas do interior do estado, pequenos<br />

grupos iniciantes, iniciativas instigantes de arte cont<strong>em</strong>porânea<br />

e segmentos culturais de complexo entendimento<br />

e escasso patrocínio por parte da iniciativa privada.<br />

Belo Horizonte e o interior do estado receberam 11<br />

festivais internacionais de artes integradas, o que reforça<br />

e amplia a rede de intercâmbio cultural com grupos<br />

de outros estados e outros países. Com a terceira<br />

edição do Programa Filme <strong>em</strong> Minas, reafirmamos a<br />

vocação da Companhia no apoio ao audiovisual. No biênio<br />

2007/<strong>2008</strong>, 34 projetos foram cont<strong>em</strong>plados nas<br />

mais diversas categorias. Foram pr<strong>em</strong>iados, além dos<br />

longas e curtas-metragens, vídeos experimentais, documentários,<br />

projetos de pesquisa <strong>em</strong> desenvolvimento e<br />

literatura da área. Todos esses projetos contaram com<br />

mão-de-obra, logística e locações <strong>em</strong> Minas Gerais. Trata-se<br />

do único edital de audiovisual do país que pr<strong>em</strong>ia<br />

todos os segmentos da área e que garante a finalização<br />

e distribuição dos projetos que cont<strong>em</strong>pla.<br />

93<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Em <strong>2008</strong>, a Companhia patrocinou projetos aprovados<br />

no Ministério do Esporte, que seleciona programas para<br />

crianças <strong>em</strong> risco social e atletas para-olímpicos.<br />

Foram destinados cerca de R$4 milhões para projetos<br />

realizados <strong>em</strong> Belo Horizonte e Uberlândia, que atenderão,<br />

juntos, a milhares de crianças e adolescentes.<br />

SAÚDE, SEGURANÇA OCUPACIONAL<br />

E BEM-ESTAR -– SSO&BE<br />

Com o objetivo de diss<strong>em</strong>inar a cultura de saúde, segurança<br />

ocupacional e b<strong>em</strong>-estar entre todos os <strong>em</strong>pregados<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, incluindo contratados e <strong>em</strong>presas contratadas,<br />

<strong>em</strong> junho de <strong>2008</strong>, foi lançada a “Campanha Permanente<br />

de SSO&BE – Regras de Ouro”, divulgando regras para<br />

a saúde, segurança ocupacional e b<strong>em</strong>-estar, as quais<br />

deverão ser compartilhadas por todos. O envolvimento<br />

e a conscientização dos <strong>em</strong>pregados contribui de forma<br />

efetiva na diminuição dos acidentes de trabalho, levando<br />

a Companhia a figurar numa posição de destaque entre<br />

as d<strong>em</strong>ais concessionárias do setor elétrico nacional.<br />

Buscando maior autonomia e competência técnica para<br />

profissionais do SESMT – Serviço Especializado <strong>em</strong> Engenharia<br />

de Segurança e <strong>em</strong> Medicina do Trabalho, foi<br />

realizado um treinamento para todos os integrantes do<br />

SESMT <strong>em</strong> ergonomia, ministrado pela área de saúde da<br />

Companhia. A partir deste treinamento, os técnicos de<br />

Segurança do Trabalho da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, numa ação inovadora,<br />

poderão realizar as análises biomecânicas das diversas<br />

atividades e postos de trabalho, propiciando prevenção<br />

de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e<br />

maior segurança no trabalho.<br />

94<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Segurança<br />

Visando à adequação às necessidades da Companhia e à<br />

realidade do setor elétrico nacional, alguns padrões corporativos<br />

de Saúde, Segurança Ocupacional e B<strong>em</strong>-estar foram<br />

revisados e atualizados, conforme destacamos abaixo:<br />

os conceitos do SMART (Programa Oficial da Companhia<br />

para o Cadastro de Acidentes) foram aprimorados de forma<br />

a permitir uma análise mais confiável e melhoria na<br />

apuração dos dados estatísticos de acidentes. A confiabilidade<br />

desses dados é fundamental para retratar a realidade<br />

da Companhia perante os órgãos externos (MTE,<br />

SRTE, Funcoge 33 ), comunidade e o mercado acionário;<br />

a metodologia utilizada pela Companhia na identificação<br />

de perigos e avaliação de riscos foi atualizada para<br />

sua adequação à norma internacional de Sist<strong>em</strong>a de<br />

Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional – OHSAS<br />

18001:2007 incluindo, entre outros, os aspectos relativos<br />

ao comportamento humano com conseqüente<br />

treinamento de todos os <strong>em</strong>pregados que a utilizam;<br />

reformulação do Portal SESMT, facilitando o acesso de<br />

todos os <strong>em</strong>pregados às informações corporativas relativas<br />

à SSO&BE e diss<strong>em</strong>inando a cultura de segurança<br />

da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, conforme previsto <strong>em</strong> seu mapa estratégico.<br />

Outras iniciativas:<br />

os critérios técnicos e legais de SSO&BE estão sendo<br />

escritos e revisados, por meio de Instruções de Trabalho<br />

Corporativas específicas de Saúde, Segurança<br />

Ocupacional e B<strong>em</strong>-estar, disponíveis no Portal do<br />

SESMT. O objetivo desta iniciativa é uniformizar procedimentos<br />

e definir responsabilidades, para garantir<br />

o cumprimento da legislação e da prática de prevenção<br />

de acidentes na Companhia;<br />

intensificação do Momento de Segurança, instituído<br />

pela Diretoria da Companhia <strong>em</strong> 2007, <strong>em</strong> que todos<br />

os <strong>em</strong>pregados são convidados a fazer uma reflexão sobre<br />

Saúde, Segurança Ocupacional e B<strong>em</strong>-estar, mensalmente,<br />

no mínimo por uma hora, junto com os gestores.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram enviadas mais de 1.000 sugestões relativas<br />

aos t<strong>em</strong>as: Energia Vital, Quase-Acidentes, Qualidade<br />

da Informação sobre SSO&BE, Regras de Ouro,<br />

Estratégias de SSO&BE, Ergonomia, Trânsito, entre outros.<br />

As informações relativas à gestão do Momento de<br />

Segurança passaram a ser disponibilizadas no Portal do<br />

SESMT, facilitando o acesso das áreas à situação de<br />

suas d<strong>em</strong>andas;<br />

participação da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> no Prêmio Funcoge <strong>2008</strong>, sendo<br />

reconhecida pela Fundação COGE como a <strong>em</strong>presa que<br />

desenvolveu o melhor trabalho do setor elétrico brasileiro<br />

na categoria Gestão da Segurança e Saúde no trabalho,<br />

com o projeto “Redesenhando o SESMT: Integração<br />

e Regionalização”;<br />

lançamento das orientações on-line sobre Direção Defensiva,<br />

com participação de mais de 7 mil <strong>em</strong>pregados,<br />

tendo como objetivo estimular atitudes de prevenção do<br />

risco de acidentes de trânsito;<br />

treinamento específico para <strong>em</strong>pregados com atividades<br />

relacionadas à eletricidade, conforme estabelecido pela<br />

NR-10, incluindo cursos técnicos e de reciclag<strong>em</strong>, alcançando<br />

mais de 169 mil homens-hora treinados;<br />

organização do 6º Rodeio de Eletricistas da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com<br />

a participação de eletricistas e familiares de <strong>em</strong>pregados,<br />

que objetiva valorizar as habilidades dos eletricistas<br />

na execução de atividades que requeiram alto grau<br />

de complexidade e risco, além de ser uma oportunidade<br />

de interação, troca de experiências e divulgação das<br />

melhores práticas e inovações tecnológicas.<br />

95<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

33<br />

MRT: Ministério do Trabalho e Emprego; SRTE: Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais; e Funcoge: Fundação que sucedeu o Comitê de Gestão Empresarial<br />

(Coge), cujo objetivo é promover o aprimoramento da gestão <strong>em</strong>presarial e da cultura técnica do setor elétrico, realizando atividades de pesquisa, ensino, consultoria e<br />

desenvolvimento institucional.


96<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Acidentes<br />

A Taxa de Freqüência, relativa aos acidentados com<br />

afastamento (TFA) de pessoal próprio, contratado e da<br />

força de trabalho, manteve a tendência de decréscimo<br />

<strong>em</strong> seus valores verificada nos últimos anos.<br />

Essa tendência ressalta mais uma vez a importância<br />

das ações corporativas impl<strong>em</strong>entadas pelo SESMT<br />

e d<strong>em</strong>onstram a participação e o envolvimento<br />

dos <strong>em</strong>pregados com a campanha permanente de<br />

SSO&BE “Regras de Ouro”. Reafirma também que a


cultura dos <strong>em</strong>pregados começa a ser alterada gradativamente<br />

<strong>em</strong> busca da melhoria de condições de<br />

trabalho e melhores práticas de segurança, refletindo<br />

diretamente na queda do número de acidentes<br />

na Companhia e, conseqüent<strong>em</strong>ente, na diminuição<br />

desse indicador.<br />

TAXA DE FREQÜÊNCIA – CEMIG<br />

Critério US – 200.000<br />

2005 2006 2007 <strong>2008</strong><br />

Pessoal Próprio 0,53 0,37 0,48 0,43<br />

Contratados 1,91 2,17 1,35 0,94<br />

Força de Trabalho 1,18 1,30 0,92 0,72<br />

Obs.: número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200 mil horas trabalhadas. 34<br />

Na busca pela Segurança de toda a população envolvida<br />

<strong>em</strong> sua área de concessão, foi realizada mais uma vez<br />

a Campanha Externa de Prevenção de Acidentes com a<br />

População – Cepap, <strong>em</strong> todo o estado, atingindo um<br />

público de mais de 547 mil pessoas, entre estudantes e<br />

profissionais da construção civil. Esta campanha procura<br />

desenvolver, conscientizar e intensificar a cultura de segurança<br />

junto aos profissionais da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e à população.<br />

A Cepap foi pr<strong>em</strong>iada <strong>em</strong> <strong>2008</strong> pela Associação Brasileira<br />

de Concessionárias de Energia Elétrica – ABCE, como<br />

a melhor campanha de segurança para a população do<br />

setor elétrico nacional.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> participou também da 3ª S<strong>em</strong>ana Nacional de<br />

Segurança com a População, promovida pela Associação<br />

Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – Abradee,<br />

com a finalidade de prestar orientações sobre os riscos<br />

associados à energia elétrica e os meios de prevenção<br />

de acidentes. O evento atingiu um público de mais de<br />

64 mil crianças, <strong>em</strong> 235 escolas, e cerca de 8 mil trabalhadores<br />

<strong>em</strong> 445 obras de construção civil.<br />

Além disto, a partir de <strong>2008</strong>, entraram <strong>em</strong> vigor as<br />

contratações regidas por novas cláusulas contratuais,<br />

mais exigentes nos requisitos de Segurança, Saúde<br />

e B<strong>em</strong>-estar, como a obrigatoriedade da inclusão<br />

de assistentes sociais e psicólogos nos SESMTs das<br />

<strong>em</strong>presas contratadas, a ex<strong>em</strong>plo da composição do<br />

SESMT da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Saúde<br />

Em <strong>2008</strong>, os programas de saúde foram revitalizados<br />

por meio do exame periódico, incluindo prevenção e<br />

combate de dislipid<strong>em</strong>ias, diabetes, doenças coronarianas,<br />

prevenção de câncer de próstata, detecção precoce<br />

de câncer de mama e prevenção de câncer de intestino.<br />

Outro destaque foi a realização da Campanha de Vacinação/<strong>2008</strong>,<br />

onde mais de 7.000 <strong>em</strong>pregados foram<br />

imunizados contra a gripe.<br />

Dando continuidade ao propósito de orientar e conscientizar<br />

os <strong>em</strong>pregados sobre os fatores de risco e<br />

os meios de prevenção de doenças, os programas<br />

de qualidade de vida – Energia Vital foram intensificados<br />

e atingiram, com seus subprogramas, os<br />

seguintes índices <strong>em</strong> <strong>2008</strong>:<br />

97<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

34<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> considera <strong>em</strong> seus dados os cadastros de pequenas lesões. Os dias perdidos são calculados levando-se <strong>em</strong> consideração os dias civis, contados a partir<br />

do seguinte ao do acidente. Não houve caso de Doença Ocupacional (DO) identificado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.


PROLONGAR – Programa de Estímulo<br />

à Atividade Física<br />

Incentiva a prática de atividades físicas aeróbicas para os<br />

<strong>em</strong>pregados que se enquadr<strong>em</strong> nos critérios de inclusão do<br />

Programa, por meio do re<strong>em</strong>bolso de parte das mensalidades<br />

de cursos como natação, ginástica, hidroginástica, etc.<br />

Ano Empregados Inscritos Empregados praticando exercícios % Empregados praticando exercícios<br />

2006 887 472 53,2<br />

2007 1.183 689 58,2<br />

<strong>2008</strong> 1.470 893 60,8<br />

REPENSAR – Programa de Prevenção<br />

da Obesidade<br />

98<br />

Alerta os <strong>em</strong>pregados sobre os riscos da obesidade <strong>em</strong><br />

relação à saúde e também sobre os probl<strong>em</strong>as de segurança<br />

no trabalho. Os <strong>em</strong>pregados inscritos são encaminhados<br />

para nutricionista, endocrinologista e psicólogo,<br />

com despesas pagas pela Companhia.<br />

Em <strong>2008</strong>, houve melhoria nos critérios de inclusão no<br />

Programa, de modo a atingir também os <strong>em</strong>pregados<br />

<strong>em</strong> atividade de risco que estavam com sobrepeso,<br />

mas ainda não obesos. Dessa forma, foram 1470 <strong>em</strong>pregados<br />

inscritos e, destes, 446 estavam com sobrepeso,<br />

ou seja, com Índice de Massa Corporal (IMC)<br />

entre 25,0 e 29,9.<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Ano Empregados Inscritos Empregados com IMC < 30,0 % Empregados com IMC Controlado<br />

2006 906 138 15,2<br />

2007 1.167 368 31,5<br />

<strong>2008</strong> 1.024* 219 21,4<br />

(*) Apenas <strong>em</strong>pregados obesos, ou seja, com IMC ≥ 30,0.<br />

PROCOHAR – Programa de Controle<br />

da Hipertensão Arterial<br />

Controla mensalmente a pressão arterial, orienta os <strong>em</strong>pregados<br />

com pressão arterial não-controlada e estimula a prática<br />

de atividades físicas. O Programa inclui a contribuição<br />

financeira por parte da Companhia, por meio de re<strong>em</strong>bolso<br />

de despesas realizadas com ginástica, natação, ciclismo e<br />

atletismo para os <strong>em</strong>pregados inscritos nestas atividades.<br />

Ano Empregados Inscritos Empregados com Pressão Arterial Controlada % Empregados com Pressão Arterial Controlada<br />

2006 1.536 1.037 67,5<br />

2007 1.577 1.095 69,4<br />

<strong>2008</strong> 1.639 1.293 78,9


RESPIRAR – Programa<br />

de Abandono do Tabagismo<br />

Promove orientações médicas aos fumantes, campanhas<br />

contra o tabagismo e restringe o hábito de fumar aos<br />

fumódromos instalados nos prédios da Companhia.<br />

Estes índices norteiam as estratégias de atuação do<br />

SESMT sobre o estilo e hábitos de vida dos <strong>em</strong>pregados<br />

e seus familiares, por meio de ações de educação,<br />

vigilância, apoio e segurança, objetivando a redução de<br />

doenças, controle dos fatores de riscos e alterações do<br />

perfil de saúde dos <strong>em</strong>pregados.<br />

B<strong>em</strong>-estar<br />

Os programas corporativos e as ações voltadas para o<br />

b<strong>em</strong>-estar dos <strong>em</strong>pregados da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> inclu<strong>em</strong>:<br />

Programa de Readaptação Profissional – Visa ao redirecionamento<br />

dos <strong>em</strong>pregados que tiveram a sua capacidade<br />

laborativa reduzida <strong>em</strong> decorrência de acidente<br />

ou doença, implicando mudança de função. Dos 59<br />

casos de readaptação <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram concluídos 22<br />

casos, cuja avaliação foi resultado do trabalho integrado<br />

das áreas médicas, psicológica, cargos e r<strong>em</strong>uneração,<br />

social, de segurança e da gerência do <strong>em</strong>pregado;<br />

Programa de Inclusão de Portadores de Deficiência –<br />

Além de prever o que dispõe a lei, a Companhia v<strong>em</strong><br />

desenvolvendo um programa de inclusão e acessibilidade<br />

dos deficientes;<br />

Curso de Orientação Médico-Social sobre a questão<br />

materno-infantil para “casais grávidos” – T<strong>em</strong> o objetivo<br />

de lhes propiciar maior segurança na vivência<br />

da gravidez, do parto e dos cuidados com a criança.<br />

Em <strong>2008</strong>, foram realizados dois cursos totalizando<br />

44 participações. Foi realizado o “2º Reencontro<br />

Pós-curso Materno”, proporcionando o reencontro dos<br />

participantes, contando inclusive com a presença dos<br />

bebês, para troca de experiências e reflexão sobre o<br />

papel dos pais na formação dos filhos;<br />

realização do S<strong>em</strong>inário de Preparação para Aposentadoria<br />

– PPA – T<strong>em</strong> como objetivo contribuir para que<br />

os participantes construam seu projeto de vida e discutam<br />

sobre a forma de utilizar o t<strong>em</strong>po disponível a<br />

partir da sua aposentadoria. Em <strong>2008</strong>, foram realizados<br />

oito eventos atingindo 278 <strong>em</strong>pregados/familiares;<br />

99<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


100<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

realização de palestras/atendimentos relativos ao<br />

Programa de Planejamento do Orçamento Pessoal e Familiar<br />

– Objetiva conscientizar os <strong>em</strong>pregados sobre a<br />

importância do equilíbrio financeiro para a sua tranqüilidade<br />

e, conseqüent<strong>em</strong>ente, para a prevenção de acidentes<br />

motivados por fatores externos à rotina de trabalho.<br />

Liberação de 70 <strong>em</strong>préstimos – saúde, especial e<br />

habitacional, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, como forma de contribuir para<br />

o equilíbrio financeiro e tranqüilidade dos <strong>em</strong>pregados;<br />

realização de 119 intervenções sociais aos acidentados<br />

no trabalho e 39 intervenções sociais com a<br />

população, com vistas à orientação e cobertura de<br />

despesas com tratamento de saúde pela Companhia.<br />

E, ainda, 23 intervenções sociais aos aposentados por<br />

invalidez decorrente de acidente do trabalho ou doença<br />

ocupacional, objetivando a cobertura do tratamento<br />

de saúde dos mesmos;<br />

Inventário Social, iniciado <strong>em</strong> 2007, como projeto-piloto<br />

no Sul de Minas. Em <strong>2008</strong>, foi expandido para as regiões<br />

Norte e Centro, <strong>em</strong> Januária e Belo Horizonte, respectivamente.<br />

Esse Programa consiste no atendimento<br />

individual e programado aos eletricistas, pelo assistente<br />

social, visando reduzir as taxas de freqüência de acidentes,<br />

absenteísmo e custos do acidente de trabalho.<br />

RELACIONAMENTO COM<br />

FORNECEDORES E CONTRATADOS<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> consolidou a certificação integrada para todos<br />

os seus processos de avaliação, gestão e desenvolvimento<br />

dos fornecedores, recebendo a certificação <strong>em</strong><br />

outubro de 2007, nas normas ISO 9001:2000, Sist<strong>em</strong>a<br />

de Gestão Ambiental – SGA nível 1 e OHSAS 18001.<br />

Além disso, t<strong>em</strong> realizado trabalho de motivação com<br />

os fornecedores para a melhoria de suas práticas de<br />

gestão por meio do Programa Fórum de Competitividade<br />

– FGCOM, parceria entre a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, o BDMG e o Prêmio<br />

Mineiro de Qualidade e Produtividade.<br />

Em 2007, iniciou-se a implantação de um programa de<br />

desenvolvimento de fornecedores envolvendo entidades<br />

de classe como o Instituto Euvaldo Lodi e a Federação<br />

das Indústrias de Minas Gerais – Fi<strong>em</strong>g, visando aprimorar<br />

o parque da indústria mineira e nacional, por<br />

meio da melhoria e desenvolvimento de um conjunto<br />

de novos produtos aplicáveis ao sist<strong>em</strong>a elétrico, com<br />

desenvolvimento de novas tecnologias, investimentos<br />

<strong>em</strong> capacidade produtiva, melhoria de gestão e de<br />

competitividade e eventuais parcerias. Com esse Programa,<br />

está <strong>em</strong> curso a criação do sist<strong>em</strong>a de gestão<br />

“Qualidade Assegurada” com aqueles fornecedores de<br />

melhor avaliação no ano, garantindo o cumprimento do<br />

planejamento do suprimento de material.<br />

Nas aquisições de bens e serviços, é verificada a conformidade<br />

aos requisitos relacionados a qualidade, meio<br />

ambiente, saúde e segurança no trabalho.<br />

No processo de habilitação de fornecedores, são realizadas<br />

avaliações técnicas industriais <strong>em</strong> relação às suas<br />

instalações. No caso de prestadores de serviço, a avaliação<br />

consiste na conferência de todas as informações referentes<br />

à regularização de registros de <strong>em</strong>pregados, EPIs,<br />

EPCs, disponibilidade de equipamentos e outros recursos<br />

necessários à boa prestação do serviço pelas contratadas.<br />

Como melhoria deste processo, os critérios de avaliação<br />

foram revisados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, incorporando requisitos específicos<br />

relacionados a responsabilidade social, seguindo


diretrizes internacionais da norma SA 8000, incluindo<br />

trabalho infantil, trabalho forçado, valorização da diversidade<br />

social, programas de benefícios a <strong>em</strong>pregados,<br />

serviços de atendimento a clientes e desenvolvimento<br />

de ações e projetos sociais voluntários.<br />

Os processos licitatórios, os respectivos contratos e<br />

sua gestão asseguram a existência e cumprimento dos<br />

requisitos legais que visam garantir a segurança, higiene<br />

e saúde no trabalho, a preservação do meio<br />

ambiente e a observância ao Estatuto da Criança e<br />

do Adolescente. Procedimentos corporativos garant<strong>em</strong><br />

a eqüidade no tratamento de fornecedores, estabelecendo<br />

requisitos para a habilitação jurídica, comprovação<br />

de regularidade fiscal, qualificação técnica e<br />

econômico-financeira. Os fornecedores são avaliados<br />

periodicamente, com base <strong>em</strong> parâmetros objetivos e<br />

previamente definidos. Para tanto, é utilizado o indicador<br />

de des<strong>em</strong>penho específico – Índice de Des<strong>em</strong>penho<br />

do Fornecedor – IDF –, <strong>em</strong> que os requisitos<br />

qualidade, fornecimento, preço, cadastro e serviço/<br />

garantia são permanent<strong>em</strong>ente avaliados, geridos e<br />

controlados pelo software de gestão corporativo SAP/<br />

R3, sendo também abordados conformidade com o escopo<br />

contratado, satisfação do cliente, cumprimento<br />

de metas, cumprimento de prazos e atendimento aos<br />

requisitos de qualidade, segurança, meio ambiente,<br />

responsabilidade social, entre outros.<br />

Os critérios de avaliação e seus resultados são informados<br />

pelos órgãos gestores dos contratos aos respectivos<br />

fornecedores, garantindo transparência na relação e<br />

permitindo que estes tenham condições de corrigir e<br />

melhorar seus produtos e suas instalações. Nos editais<br />

de aquisição de serviços e materiais constam exigências<br />

com relação ao trabalho de menor, pelas quais o fornecedor<br />

deve anexar documento garantindo a não contratação<br />

de mão-de-obra infantil, exigência feita também<br />

quando da realização de cadastro.<br />

Foram ainda introduzidas nos contratos, e são acompanhadas<br />

pela Companhia, cláusulas relativas a:<br />

proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a<br />

menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores<br />

de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de<br />

14 anos, conforme estabelecido na Constituição Federal<br />

do Brasil;<br />

obrigatoriedade de apresentação da cópia dos documentos<br />

de registro <strong>em</strong>pregatício e da comprovação mensal<br />

de recolhimento do INSS/FGTS para os contratos de<br />

prestação de serviços;<br />

obrigatoriedade de apresentação das licenças ambientais<br />

necessárias à execução dos serviços quando requeridas<br />

pela legislação;<br />

preferência por contratação de mão-de-obra local fomentando<br />

o desenvolvimento nos locais de implantação<br />

das obras;<br />

exigência de cumprimento das instruções normativas,<br />

normas regulamentadoras, portarias e notas técnicas<br />

<strong>em</strong>itidas pelo Ministério do Trabalho, relativas à segurança<br />

e saúde no trabalho;<br />

exigência de que as <strong>em</strong>presas possuam <strong>em</strong> seu quadro<br />

de funcionários engenheiros e técnicos de segurança do<br />

trabalho para implantação e acompanhamento do Plano<br />

de Segurança do Trabalho;<br />

exigência de disponibilidade e utilização do EPI (Equipamento<br />

de Proteção Individual) e EPC (Equipamento<br />

de Proteção Coletiva);<br />

101<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


102<br />

DIMENSÃO<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

exigência de rigoroso controle da jornada de trabalho,<br />

intervalos interjornada e intrajornada, conforme Consolidação<br />

das Leis do Trabalho – CLT;<br />

exigência de que seja provido aos <strong>em</strong>pregados que trabalh<strong>em</strong><br />

<strong>em</strong> caráter permanente nas obras, programa de<br />

saúde e adequada estrutura de atendimento escolar e<br />

médico-hospitalar, extensivo às respectivas famílias;<br />

exigência de comprovação mensal do pagamento dos<br />

tributos, seguros, salários dos <strong>em</strong>pregados, encargos<br />

sociais, trabalhistas e previdenciários;<br />

exigência de adoção das medidas necessárias à proteção<br />

ambiental e às precauções para evitar a ocorrência<br />

de danos ao meio ambiente e a terceiros;<br />

exigência de apresentação de um Plano de Prevenção<br />

de Riscos Ambientais e de Controle de Medicina e<br />

Saúde Ocupacional;<br />

exigência de recuperação ambiental de áreas degradadas,<br />

decorrentes da execução das obras;<br />

exigência de garantias de que as instalações fornecidas<br />

estejam aptas a operar de acordo com todas as condições<br />

e parâmetros ambientais legalmente vigentes,<br />

dispondo de sist<strong>em</strong>as de gerenciamento dos aspectos<br />

ambientais, incluindo o controle de ruídos, de <strong>em</strong>issões<br />

atmosféricas, de efluentes líquidos e de resíduos sólidos.<br />

Nos últimos cinco anos, com o objetivo de aprimorar a<br />

gestão da qualidade, ambiental, da segurança no trabalho<br />

e da responsabilidade social dos vários contratos e<br />

o desenvolvimento de novos fornecedores de materiais,<br />

para melhor atender à cadeia de suprimentos da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

foram realizadas mais 29.086 inspeções de material<br />

e 524 visitas de avaliação técnica industrial, no Brasil


e no exterior, e 263 visitas técnicas a <strong>em</strong>preiteiras. No mesmo<br />

período, foram celebrados diversos convênios com a indústria<br />

para a utilização dos laboratórios da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com a finalidade<br />

de desenvolvimento comum de novos produtos, aferição de<br />

instrumentos, orientação tecnológica na impl<strong>em</strong>entação de<br />

laboratórios, metodologia de ensaios e certificações.<br />

Visando ao aprimoramento e introdução de novas tecnologias<br />

e a atração e o desenvolvimento de novos fornecedores,<br />

foi implantado o sist<strong>em</strong>a de pré-homologação de<br />

materiais, que reduz exigências técnicas prévias e facilita<br />

acesso de novos fornecedores às licitações da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Além disso, foram desenhadas novas rotinas de gerenciamento<br />

da qualidade, para avaliar o des<strong>em</strong>penho<br />

e o desenvolvimento dos fornecedores da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, <strong>em</strong><br />

consonância com o planejamento estratégico da Companhia.<br />

Foi alcançado <strong>em</strong> <strong>2008</strong> o índice médio de 9%<br />

de melhoria de des<strong>em</strong>penho dos mesmos. Com base nos<br />

resultados dos indicadores de des<strong>em</strong>penho implantados,<br />

será instituído <strong>em</strong> 2009 o Programa de Reconhecimento<br />

de Des<strong>em</strong>penho de Fornecedores da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com o intuito<br />

de pr<strong>em</strong>iar os fornecedores <strong>em</strong> destaque, estimular<br />

melhoria de des<strong>em</strong>penho e fortalecer parcerias.<br />

Consolidando este processo, está impl<strong>em</strong>entado desde<br />

2007 o sist<strong>em</strong>a de suporte ao Portal de Compras da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, na internet, com a finalidade de garantir maior<br />

agilidade nos processos de aquisição de materiais, na<br />

contratação de serviços e na modernização do contato<br />

com os fornecedores. Por meio de pregão e cotação<br />

eletrônica, é possível reduzir custos, além de realizar<br />

os negócios de forma transparente e segura.<br />

103<br />

SOCIAL<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


PARTICIPAÇÕES


Gasmig<br />

A Gasmig foi constituída <strong>em</strong> julho de 1986 para desenvolver<br />

a distribuição de gás natural canalizado <strong>em</strong> Minas<br />

Gerais. Em agosto de 2004, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e a Petrobras<br />

firmaram Acordo de Associação, segundo o qual a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

aceitou vender participação societária de 40% na Gasmig<br />

à Gaspetro, uma das subsidiárias da Petrobras. Nos<br />

termos do Acordo de Associação, a Petrobras comprometeu-se<br />

a efetuar investimentos para expandir a capacidade<br />

dos atuais dutos de transporte de gás conectados que<br />

abastec<strong>em</strong> a rede de distribuição da Gasmig, b<strong>em</strong> como<br />

investir na construção de novos dutos. Além disso, <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

e Petrobras se comprometeram a custear o Plano Diretor<br />

da Gasmig para expandir a sua rede de distribuição.<br />

Dentro dos projetos de ampliação da capacidade de distribuição<br />

de gás natural pela Gasmig, está <strong>em</strong> andamento<br />

o Projeto Sul de Minas, com investimento aproximado<br />

de R$132 milhões e entrada <strong>em</strong> operação prevista para<br />

julho de 2009. Essas redes perfaz<strong>em</strong> 110 km e serão<br />

supridas pelo gasoduto de transporte Paulínia – Jacutinga<br />

que está sendo construído pela Petrobras.<br />

Um outro importante investimento é o Projeto Vale do<br />

Aço, que investirá cerca de R$661 milhões <strong>em</strong> obras<br />

que dev<strong>em</strong> começar <strong>em</strong> março de 2009 e início de fornecimento<br />

previsto para março de 2010. Essas redes<br />

terão extensão de 278 km e o fornecimento será viabilizado<br />

pela ampliação da capacidade de transporte do<br />

gasoduto Gasbel – Rio / Belo Horizonte também <strong>em</strong><br />

execução pela Petrobras.<br />

No ano de <strong>2008</strong>, o volume de gás vendido pela Gasmig<br />

foi de 881.148 mil m³, sendo 59,1% para uso industrial,<br />

8,3% para uso automotivo e 32,6% para geração<br />

térmica. Com sua rede de 407 km de extensão, atendeu<br />

269 clientes de 22 municípios da Região Metropolitana<br />

de Belo Horizonte, Zona da Mata, Vale do Aço e Sul de<br />

Minas. A Gasmig segue uma filosofia de respeito e diálogo<br />

com as partes interessadas e comunidades direta<br />

e indiretamente atingidas por obras de implantação e<br />

ampliação de sua rede. Dessa forma, realizou, ao longo<br />

de <strong>2008</strong>, atividades nas comunidades de Brumadinho e<br />

Nova Lima – por ocasião da implantação do ramal da<br />

companhia Vale – e, ainda, nas comunidades atingidas<br />

pelas obras de expansão da rede de gás natural no Sul<br />

de Minas, nas cidades de Caldas, Poços de Caldas, Andradas<br />

e Jacutinga.<br />

A Gasmig destina parte de seu Imposto de Renda a projetos<br />

culturais inseridos na Lei Federal de Incentivo à<br />

Cultura (Lei Rouanet) e a instituições sociais registradas<br />

nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do<br />

Adolescente, <strong>em</strong> acordo com as legislações pertinentes.<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>em</strong>presa destinou cerca de R$513 mil para<br />

seis projetos culturais e outros R$128 mil para sete projetos<br />

assistenciais voltados a crianças e adolescentes.<br />

Ao longo do ano de <strong>2008</strong>, foram concedidas à <strong>em</strong>presa<br />

uma Licença de Instalação – LI, uma retificação de<br />

Licença de Instalação – LI, três Autorizações para a Exploração<br />

Florestal – APEF, três Autorizações Ambientais<br />

de Funcionamento – AAF e três dispensas ambientais<br />

pelos órgãos competentes do estado de Minas Gerais.<br />

Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a Gasmig iniciou obras de recuperação<br />

de 8,65 hectares de Áreas Degradadas no Parque<br />

Estadual Serra do Rola Moça, área que abriga seis importantes<br />

mananciais que abastec<strong>em</strong> parte da Região<br />

Metropolitana de Belo Horizonte.<br />

105<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


Light<br />

A Light S.A. é a holding que controla integralmente,<br />

entre outras <strong>em</strong>presas, a concessionária de distribuição<br />

Light Serviços de Eletricidade S.A., com 3,9 milhões de<br />

consumidores <strong>em</strong> 31 municípios do estado do Rio de Janeiro,<br />

a geradora Light Energia S.A., que detém 855 MW<br />

de capacidade instalada <strong>em</strong> usinas hidrelétricas e a<br />

Light Esco, comercializadora de energia e prestadora de<br />

serviços <strong>em</strong> eficiência energética.<br />

O controle da Light é exercido pela Rio Minas Energia<br />

S.A. (RME), que detém 52,1% de seu capital social e é<br />

controlada, por sua vez, por quatro acionistas: <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>,<br />

AG Concessões, Luce Brasil FIP e Equatorial Energia,<br />

cada um com 25% de participação acionária. A gestão<br />

da Light pela RME, iniciada <strong>em</strong> agosto de 2006, formalizou<br />

seu compromisso com a sustentabilidade, por<br />

meio da impl<strong>em</strong>entação de ações voltadas aos interesses<br />

dos stakeholders.<br />

Em 2007, esse compromisso passou a integrar a sua<br />

Missão: “Ser uma grande Empresa brasileira comprometida<br />

com a sustentabilidade, respeitada e admirada pela<br />

excelência do serviço prestado a seus clientes e à co-<br />

106<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


munidade, pela criação de valor para seus acionistas e<br />

por se constituir <strong>em</strong> um ótimo lugar para se trabalhar.”<br />

Assim, contando com colaboradores alinhados aos valores<br />

da Companhia e à sua Missão, a Light t<strong>em</strong> suas ações planejadas<br />

de forma estruturada e vinculadas a compromissos<br />

de gestão pactuados entre o Conselho de Administração<br />

e os diretores, e destes com todo o quadro de gestores.<br />

Nos dois primeiros anos da nova gestão, a Light conseguiu<br />

inverter seu resultado, passando de prejuízo<br />

a lucro líquido, por meio de diversas ações de sucesso,<br />

como a redução do nível de inadimplência e a<br />

renegociação de débitos passados, um novo método<br />

de controle de despesas e a ampla reestruturação<br />

da estrutura de capital. Em <strong>2008</strong>, como continuação<br />

do seu processo de desenvolvimento, a Light iniciou<br />

seu Plano de Valorização, que possui quatro frentes<br />

de atuação: Resultados, Produto, Mercado e Sustentabilidade:<br />

Resultados – Proteger a <strong>em</strong>presa de riscos e dotá-la<br />

de inteligência estratégica; mitigar riscos regulatórios;<br />

manter o crescimento significativo do Ebitda;<br />

Produto – Melhorar e modernizar o sist<strong>em</strong>a elétrico;<br />

expandir a capacidade de geração; buscar melhorias<br />

sist<strong>em</strong>áticas de aumento de eficiência por meio de iniciativas<br />

de redução de custos, melhorias operacionais e<br />

revisão de processos;<br />

Mercado – Reduzir perdas por meio da implantação de<br />

novas tecnologias e melhoria de processos; contribuir<br />

para o desenvolvimento da área de concessão; viabilizar<br />

o uso do patrimônio imobiliário da Light como fonte<br />

de resultados; capacitar o Grupo Light a ser player nodal<br />

do setor elétrico brasileiro;<br />

Sustentabilidade – Implantar uma sólida cultura <strong>em</strong>presarial<br />

voltada para resultados e mérito, com foco no <strong>em</strong>pregado<br />

e <strong>em</strong> melhorias no ambiente de trabalho; consolidar<br />

imag<strong>em</strong> institucional de liderança inovadora do<br />

setor e de compromisso com a sociedade; promover as<br />

melhores práticas de governança e gestão corporativa.<br />

Para tornar sua Missão uma realidade, a Light baseia-se<br />

nas melhores práticas de Governança Corporativa, que<br />

agregam valor à Companhia e aos seus stakeholders e<br />

estabelec<strong>em</strong> padrões de transparência e comunicação<br />

com o mercado que contribu<strong>em</strong> para sua perenidade.<br />

O reconhecimento da busca por melhores práticas de<br />

governança e do compromisso com a sustentabilidade<br />

foi confirmado pela da inclusão da Light S.A. na carteira<br />

do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)<br />

da Bovespa <strong>em</strong> nov<strong>em</strong>bro de 2007, e por sua permanência<br />

na carteira vigente entre dez<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong> e<br />

nov<strong>em</strong>bro de 2009. Destaca-se também o recebimento<br />

do Top Social <strong>2008</strong> e do 7º Marketing Best de Responsabilidade<br />

Social <strong>2008</strong>.<br />

Na busca pela consolidação do comprometimento com a<br />

sustentabilidade, a atuação da Light faz convergir seus<br />

objetivos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido,<br />

possui políticas e procedimentos internos alinhados<br />

com os Princípios do Pacto Global, com as Convenções<br />

Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho<br />

(OIT) e com os Princípios de Proteção e de Defesa dos<br />

Direitos Humanos das Nações Unidas.<br />

A satisfação de seus clientes é obtida por meio de um<br />

serviço de qualidade, a preços adequados, com os clientes<br />

sendo respeitados, ouvidos e tratados com igualdade.<br />

107<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


108<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Para isso, a Light investe continuamente na modernização<br />

dos serviços oferecidos, mantém a equipe comercial<br />

<strong>em</strong> constante processo de aprendizag<strong>em</strong> e os canais de<br />

atendimento alinhados às mudanças do mercado e necessidades<br />

dos clientes. Dentre as ações voltadas para a<br />

satisfação e o conforto dos clientes, ressalta-se a reforma<br />

das agências comerciais, oferecendo maior conforto<br />

aos clientes e funcionários, apresentando padrões de<br />

ergonomia adequados e adaptação para o atendimento<br />

aos portadores de necessidades especiais, inclusive com<br />

o treinamento de atendentes comerciais na Linguag<strong>em</strong><br />

Brasileira de Sinais, com o objetivo de prestar atendimento<br />

diferenciado aos portadores de deficiência auditiva.<br />

Na busca pela satisfação e motivação de seus colaboradores,<br />

a Light adotou como um dos valores da sua<br />

gente a alegria no trabalho e ampliou a concessão de<br />

tratamento adequado <strong>em</strong> termos de treinamento, segurança<br />

no trabalho e r<strong>em</strong>uneração, esta última vinculada<br />

ao bom des<strong>em</strong>penho alcançado. Em <strong>2008</strong>, reforçando<br />

o seu comprometimento com a sustentabilidade e ratificando<br />

sua vocação histórica com as questões sociais, a<br />

Light impl<strong>em</strong>entou sua Política de Diversidade da Força<br />

de Trabalho, com o objetivo de promover a inclusão<br />

de pessoas portadoras de deficiência, capacitando-as<br />

e oferecendo-lhes um ambiente inclusivo <strong>em</strong> todos os<br />

aspectos, de forma a maximizar sua contribuição e proporcionar<br />

condições adequadas ao seu desenvolvimento<br />

profissional, além de promover a eqüidade de gênero.<br />

Ainda <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi formalizada a política de gestão<br />

de <strong>em</strong>presas contratadas para a prestação de serviços<br />

terceirizados, tendo como objetivo, mediante acompanhamento<br />

contínuo, estruturado e centralizado, contribuir<br />

para o desenvolvimento das melhores práticas<br />

de gestão e o respeito integral aos acordos coletivos<br />

e legislações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e<br />

ambientais a que essas <strong>em</strong>presas estejam vinculadas.<br />

A promoção das melhores práticas da cadeia de valor<br />

quanto ao atendimento dos tópicos referentes a direitos<br />

humanos, ética e meio ambiente, ocorre por meio de critérios<br />

de seleção, de cláusulas contratuais e de avaliação<br />

da qualidade do serviço ou material. Com o objetivo<br />

de estreitar ainda mais a relação com seus fornecedores,<br />

a Light realizou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o evento “Construindo<br />

Resultados – Encontro de Fornecedores Light”, onde foi<br />

realizada a primeira pr<strong>em</strong>iação de Qualidade no Fornecimento<br />

da Companhia e foram compartilhados os objetivos<br />

estratégicos e os processos de negócio da Light.<br />

No que tange à comunidade, a Empresa atua por meio<br />

do Instituto Light, do Centro Cultural Light e o desenvolvimento<br />

de projetos de Eficiência Energética.<br />

O Instituto Light t<strong>em</strong> como missão principal contribuir<br />

para o aprimoramento das condições econômicas e sociais<br />

da área de concessão da Light. Isso se concretiza<br />

por meio de programas que vinculam responsabilidade<br />

social com o interesse funcional e o domínio geográfico<br />

da Companhia, apoiando a promoção do b<strong>em</strong> público e,<br />

ao mesmo t<strong>em</strong>po, a sua sustentabilidade econômica.<br />

São desenvolvidos programas de acordo com os seguintes<br />

eixos estratégicos: Eixo Urbano (políticas urbanas,<br />

planejamento urbano, combate à informalidade); Eixo<br />

Social (incentivo à ciência, história e literatura); Eixo<br />

Ambiental (conservação do meio ambiente e uso racional<br />

da energia); Eixo Cultural (valorização do patrimô-


nio histórico, cursos e publicações); Eixo Institucional<br />

(aprimoramento do relacionamento institucional e acompanhamento<br />

do des<strong>em</strong>penho de instituições públicas).<br />

Já o Centro Cultural Light (CCL), construído no prédio<br />

histórico da sede da Companhia, tombado pelo Governo<br />

Federal <strong>em</strong> 1985, é o guardião de um rico acervo<br />

histórico sobre a Light, a cidade e o estado. O CCL t<strong>em</strong><br />

no apoio às artes, cultura, educação e no atendimento<br />

a pesquisadores suas principais vertentes. O principal<br />

projeto desenvolvido pelo CCL é o programa educacional<br />

“Centro Cultural Light para Estudantes”, com o<br />

objetivo de promover o conhecimento sobre a história<br />

da eletricidade e da Companhia. Iniciado <strong>em</strong> junho<br />

de 2002, esse projeto já beneficiou mais de 200 mil<br />

estudantes e professores.<br />

A eficiência energética, vista tradicionalmente como<br />

a conservação de recursos não-renováveis, representa<br />

hoje, na Light, um dos mais claros ex<strong>em</strong>plos de ação<br />

com foco na sustentabilidade. De fato, os projetos desenvolvidos<br />

englobam não só ações voltadas para o uso<br />

racional da energia elétrica, mas também a educação<br />

para promover o uso eficiente de energia, a geração<br />

de <strong>em</strong>prego e renda e a inclusão social. Por outro lado,<br />

os projetos de eficiência energética também representam<br />

um diferencial no negócio da Light, proporcionando<br />

oportunidades a seus clientes de gerir de forma eficiente<br />

a utilização dos recursos energéticos, além de atuar na<br />

redução de perdas e inadimplência <strong>em</strong> decorrência de<br />

um melhor relacionamento com os clientes, da adequação<br />

do consumo à capacidade de pagamento das contas<br />

de energia e da regularização técnica e comercial dos<br />

clientes de baixo poder aquisitivo.<br />

Ressalte-se aqui também o papel da Light Esco como<br />

<strong>em</strong>presa integradora de soluções energéticas e <strong>em</strong> parceria<br />

com o cliente para encontrar as melhores alternativas<br />

para aquisição e otimização do uso de energia.<br />

Sua atividade está subdividida <strong>em</strong> dois segmentos de<br />

atuação: comercialização de energia no mercado livre e<br />

de fontes energéticas alternativas/incentivadas e serviços<br />

de infra-estrutura e eficiência energética. Em <strong>2008</strong>,<br />

sua receita com serviços teve um aumento estimado de<br />

receita de 110% <strong>em</strong> relação a 2007.<br />

O compromisso com o meio ambiente está presente desde<br />

a construção das primeiras usinas hidrelétricas da<br />

Light. Atualmente, a Política Ambiental da Light, formalizada<br />

com a implantação do Sist<strong>em</strong>a de Gestão Ambiental<br />

(SGA), v<strong>em</strong> norteando suas práticas ambientais e<br />

garantindo a melhoria contínua do seu des<strong>em</strong>penho ambiental.<br />

O SGA obteve sua primeira certificação concedida<br />

pela NBR ISO 14001 <strong>em</strong> 2002, e hoje abrange 182<br />

unidades, incluindo subestações, linhas de transmissão,<br />

usinas hidrelétricas, agências comerciais e postos de<br />

auto atendimento. Nas usinas geradoras da Light Energia,<br />

o sist<strong>em</strong>a está integrado à área de segurança e saúde<br />

ocupacional, disciplinada pela norma OHSAS 18001 e<br />

com as já tradicionais normas que asseguram a melhoria<br />

contínua da qualidade dos processos, a série ISO 9001.<br />

A preocupação com a sustentabilidade norteia o esforço<br />

de expansão da Companhia, que pretende ampliar <strong>em</strong><br />

cerca de 40% a sua capacidade de geração de energia<br />

elétrica nos próximos anos, expresso no seu direcionamento<br />

estratégico que foca <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos de<br />

fontes renováveis e no extr<strong>em</strong>o cuidado com que trata as<br />

questões socioambientais associadas aos novos projetos.<br />

109<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


TBE<br />

A TBE é um conjunto de 8 concessionárias de transmissão<br />

de energia elétrica, atuando nos estados do Pará,<br />

Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do<br />

Sul, com instalações que totalizam 3.120 km de linhas<br />

de transmissão e 25 subestações nas tensões primárias<br />

de 230 e 500 kV. Em 31/12/<strong>2008</strong>, a TBE contava com<br />

116 <strong>em</strong>pregados. As <strong>em</strong>presas da TBE são as seguintes:<br />

Empresa Início de Operação Participação <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

EATE – Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A. Março/2003 17,16%<br />

ECTE – Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A. Março/2002 7,49%<br />

ETEP – Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A. Agosto/2002 19,26%<br />

ENTE – Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. Fevereiro/2005 18,35%<br />

ERTE – Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A. Set<strong>em</strong>bro/2004 18,35%<br />

STC – Sist<strong>em</strong>a de Transmissão Catarinense S.A. Dez<strong>em</strong>bro/2007 13,51%<br />

Lumitrans – Companhia Transmissora de Energia Elétrica Abril/2007 13,51%<br />

EBTE – Empresa Brasileira de Transmissão de Energia S.A. Previsto para Junho/2010 57,11%<br />

110<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

As concessões de transmissão das <strong>em</strong>presas acima têm<br />

prazo de 30 anos, com possibilidade de renovação, mediante<br />

contratos de concessão firmados com a Aneel.<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, com participação societária de 49%, e a Empresa<br />

Brasileira de Transmissão de Energia (EBTE), com<br />

51%, constituíram a Empresa Amazonense de Transmissão<br />

de Energia S.A. (EATE), e venceram o Lote D do leilão<br />

Aneel 004/<strong>2008</strong>, que envolve a construção, operação<br />

e manutenção das seguintes instalações de transmissão:<br />

LT MAGGI – JUBA, CD, 230 kV;<br />

LT PARECIS – MAGGI, CD, 230 kV;<br />

LT JUÍNA – MAGGI, CD, 230 kV;<br />

LT NOVA MUTUM – SORRISO, 230 kV;<br />

LT SORRISO – SINOP, 230 kV;<br />

SE PARECIS 230/138/13,8 kV – 300 MVA;<br />

SE JUÍNA 230/138/13,8 kV – 100 MVA.<br />

Essas linhas terão extensão de 775 km e serão construídas<br />

no Norte do Mato Grosso (Amazônia Legal), com<br />

início de operação previsto para junho de 2010.<br />

Conscientes de seu papel no desenvolvimento sustentável,<br />

as <strong>em</strong>presas da TBE direcionam aplicações, via<br />

incentivo fiscal, para diversos projetos de cidadania e<br />

cultura, com especial atenção às comunidades localizadas<br />

<strong>em</strong> regiões onde exist<strong>em</strong> ativos instalados ou onde<br />

as <strong>em</strong>presas estão presentes.<br />

A EATE investiu <strong>em</strong> 14 projetos <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, principalmente<br />

nos estados do Pará, Maranhão, Minas Gerais, Mato<br />

Grosso e São Paulo, com destaque para os projetos:<br />

Redescobrindo a Cidadania (CMDCA – Açailândia/MA)<br />

– Oficinas artesanais e profissionalizantes: biscuit,<br />

bordado, cerâmica, crochê, pintura <strong>em</strong> tecido, panificação,<br />

marcenaria, marcenaria de brinquedo, informática,<br />

serigrafia, dança, teatro, esporte, capoeira,<br />

cabeleireiro e reforço escolar;<br />

Projeto de Melhoria no Refeitório, Sala de TV, Padaria,<br />

Salas de Estudos e Reforma da Creche (CMDCA-


Jequitinhonha/MG) – Desenvolvido pelo Instituto<br />

Educacional Jequitinhonha – Educação de crianças<br />

e jovens carentes.<br />

Já a ECTE investiu <strong>em</strong> 6 projetos <strong>em</strong> Santa Catarina,<br />

São Paulo, Pará e Minas Gerais, com destaque para:<br />

Graac <strong>em</strong> São Paulo – Grupo de Apoio a Adolescentes e<br />

Crianças com Câncer;<br />

Música no Museu – Projeto de apresentação de Música<br />

Clássica <strong>em</strong> lugares populares, facilitando e incentivando<br />

a presença de crianças e jovens aos concertos.<br />

A ETEP apoiou 10 projetos sociais ou ambientais, destacando<br />

os seguintes:<br />

Inclusão Digital – Uma luz a mais na comunidade São<br />

João (CMDCA-Abaetetuba/PA) – Inclusão digital dos<br />

alunos e m<strong>em</strong>bros da comunidade do bairro São João,<br />

no município de Abaetetuba;<br />

Curso de Eletricistas (CMDCA-Betim/MG) – Desenvolvido<br />

pelo Missão Ramacrisna.<br />

111<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


112<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

A ENTE investiu <strong>em</strong> 10 projetos nos estados do Pará,<br />

Maranhão e Minas gerais. Destacam-se os seguintes<br />

projetos apoiados pela <strong>em</strong>presa:<br />

Arte na Comunidade – Arte e lazer por meio do teatro<br />

<strong>em</strong> comunidades do interior do Pará e Maranhão abordando<br />

t<strong>em</strong>as importantes para a região, tais como: diversidade<br />

humana e cultural, questão indígena, preservação<br />

ambiental e cultural, cultura da paz. Atividades<br />

relacionadas ao espetáculo realizadas posteriormente<br />

às apresentações ampliando o impacto e as reflexões;<br />

Expedição Vaga Lume – Promoção do acesso ao livro<br />

e à leitura <strong>em</strong> comunidades rurais da Amazônia Legal<br />

Brasileira.<br />

Indi – Instituto de Desenvolvimento<br />

Integrado de Minas Gerais<br />

É uma agência estadual de investimentos patrocinada<br />

majoritariamente pela Cia. Energética de Minas Gerais<br />

– <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> e visa à atração de inversões sustentáveis <strong>em</strong><br />

termos econômicos, sociais e ambientais.<br />

Em termos de sustentabilidade econômica, as <strong>em</strong>presas<br />

apoiadas pelo Indi dev<strong>em</strong> contribuir para incr<strong>em</strong>entar o Produto<br />

Interno Bruto (PIB) estadual, ampliar a arrecadação<br />

estadual, compl<strong>em</strong>entar elos faltantes e adensar as cadeias<br />

produtivas e agregar valor à matriz produtiva estadual.<br />

Em <strong>2008</strong>, como resultado de ações de natureza econômica,<br />

o Indi colaborou para que R$18,9 bilhões foss<strong>em</strong> investidos<br />

no estado de Minas Gerais, valores recordes na história<br />

do Instituto. As principais cadeias produtivas beneficiadas<br />

foram: agroindústria, bioenergia, siderurgia e metalurgia.<br />

Com relação à sustentabilidade social, o Indi focou a<br />

atração de investimentos intensivos na geração de <strong>em</strong>pregos<br />

diretos e indiretos.


Também, com vistas a diminuir as desigualdades regionais<br />

que ainda persist<strong>em</strong> entre as diversas regiões<br />

mineiras, o Governo do estado de Minas Gerais elegeu<br />

o Indi como executor do Projeto Estruturador “Promoção<br />

de Investimentos e Inserção Regional”, voltado especificamente<br />

para a atração e o apoio à expansão de <strong>em</strong>preendimentos<br />

produtivos situados nas regiões Norte de<br />

Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce, que contribuirá<br />

para consolidar Minas Gerais como o principal parque<br />

siderúrgico da América Latina, que também constituirá<br />

um dos maiores clientes da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Por último e igualmente importante é a sustentabilidade<br />

ambiental. A legislação ambiental mineira é considerada<br />

uma das mais avançadas do Brasil. O Indi s<strong>em</strong>pre pautou<br />

suas ações <strong>em</strong> consonância com esse conjunto de normas<br />

legais e também para preservar os abundantes recursos<br />

naturais de Minas Gerais, buscando conciliar esse valioso<br />

patrimônio natural com o crescimento econômico.<br />

Em <strong>2008</strong>, o Instituto deu continuidade às ações voltadas<br />

à bioenergia e à produção de outras energias renováveis,<br />

inclusive por meio do auxílio à implantação de<br />

Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e projetos de<br />

geração de energia fotovoltaica.<br />

Madeira Energia S.A.<br />

A Sociedade de Propósito Específico (SPE) denominada<br />

Madeira Energia S.A. (Mesa) foi constituída <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong> com a participação acionária de FURNAS (39%),<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> (10%), CNO (1%), Odebrecht Investimento <strong>em</strong><br />

Infra-estrutura (17,6%), Andrade Gutierrez (12,4%) e<br />

Fundo de Investimentos <strong>em</strong> Participações (20%) para<br />

impl<strong>em</strong>entar e operar a Usina Hidrelétrica de Santo<br />

Antônio, integrante do futuro complexo hidrelétrico do<br />

Rio Madeira.<br />

113<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


RECONHECIMENTOS


Em <strong>2008</strong> a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> destacou-se <strong>em</strong> diversos âmbitos,<br />

como pode ser percebido pelo grande número de pr<strong>em</strong>iações<br />

recebidas e classificações <strong>em</strong> índices de relevância<br />

para a sociedade e o mercado de capitais. A seguir,<br />

está a relação dos reconhecimentos mais significativos.<br />

Índice Dow Jones<br />

de Sustentabilidade<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi a única <strong>em</strong>presa do setor elétrico da América<br />

Latina selecionada, pelo nono ano consecutivo,<br />

para compor a carteira do Dow Jones Sustainability<br />

World Index – DJSI World, <strong>em</strong> sua edição <strong>2008</strong>/2009.<br />

Fazer parte do DJSI World reflete o compromisso da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong> com o desenvolvimento sustentável <strong>em</strong>presarial<br />

na condução de suas atividades, incluindo práticas de<br />

governança corporativa, respeito ao meio ambiente e ao<br />

b<strong>em</strong>-estar da sociedade com a efetiva criação de valor<br />

para os acionistas.<br />

A seleção das <strong>em</strong>presas leva <strong>em</strong> conta não apenas a<br />

performance financeira, mas principalmente a qualidade<br />

e a melhoria contínua da gestão da <strong>em</strong>presa, que deve<br />

integrar a atuação ambiental e social como forma de<br />

sustentabilidade no longo prazo. Desde sua criação, <strong>em</strong><br />

janeiro de 1999, o DJSI World tornou-se uma referência<br />

mundial para investidores e administradores de recursos<br />

estrangeiros, que se baseiam <strong>em</strong> sua performance para<br />

tomar suas decisões de investimentos.<br />

Global Dow<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é uma das três <strong>em</strong>presas brasileiras que integram<br />

o seleto grupo do Índice Global Dow, lançado <strong>em</strong><br />

nov<strong>em</strong>bro de <strong>2008</strong> nos Estados Unidos com o objetivo<br />

de servir de referência para os mercados mundiais. O<br />

Índice Global Dow inclui 150 <strong>em</strong>presas de 25 países,<br />

consideradas líderes mundiais.<br />

Índice de Sustentabilidade<br />

Empresarial – ISE<br />

Em <strong>2008</strong>, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi selecionada, pela quarta vez<br />

consecutiva, para compor a carteira do Índice de Sustentabilidade<br />

Empresarial – ISE da Bolsa de Valores de<br />

São Paulo – Bovespa. O ISE, criado <strong>em</strong> 2005, avalia,<br />

além das características das <strong>em</strong>presas, sua atuação nas<br />

dimensões econômica, ambiental e social, governança<br />

corporativa e a natureza de seus produtos.<br />

Troféu Transparência<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conquistou, pela quinta vez consecutiva, o<br />

Troféu Transparência (Prêmio Anefac-Fipecafi-Serasa)<br />

na categoria Empresas de Capital Aberto. A pr<strong>em</strong>iação<br />

representa o reconhecimento do esforço desenvolvido<br />

pela <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> de ser transparente <strong>em</strong> seus negócios, provendo<br />

a sociedade e, especialmente, seus investidores<br />

de informações de qualidade sobre as suas operações.<br />

Prêmio Mineiro<br />

de Gestão Ambiental<br />

A Usina Hidrelétrica de Nova Ponte recebeu o Prêmio<br />

Mineiro de Gestão Ambiental – PMGA, graças ao trabalho<br />

desenvolvido na área de meio ambiente e nas<br />

comunidades envolvidas <strong>em</strong> sua operação.<br />

Este é o terceiro ano consecutivo que a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> concorre<br />

com a gestão da Usina de Nova Ponte dos processos<br />

envolvendo a questão ambiental. No ano passado, a<br />

Companhia ficou entre as <strong>em</strong>presas finalistas e, esse<br />

ano, foi novamente finalista e recebeu a placa de destaque<br />

do PMGA.<br />

115<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


116<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Troféu O Equilibrista<br />

O Diretor de Finanças, Relações com Investidores e<br />

Controle de Participações da Companhia Energética de<br />

Minas Gerais – <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>, Luiz Fernando Rolla, foi homenageado<br />

com o troféu O Equilibrista, pelo Instituto Brasileiro<br />

de Executivos de Finanças de Minas Gerais – IBEF.<br />

Institutional Investor<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> foi destaque na pesquisa realizada pela Revista<br />

Institucional Investor, ocupando a vice-liderança<br />

do ranking das <strong>em</strong>presas Most Shareholder-Friendly<br />

Companies no segmento de energia e teve seu Diretor<br />

de Finanças, Relações com Investidores e Controle de<br />

Participações considerado como o melhor Diretor de<br />

Finanças entre as <strong>em</strong>presas de eletricidade e d<strong>em</strong>ais<br />

de serviço público.<br />

Iasc<br />

Pelo terceiro ano consecutivo, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> é uma das finalistas<br />

do Prêmio Índice Aneel de Satisfação do Cliente<br />

– Iasc. O resultado do Prêmio Iasc <strong>2008</strong> foi anunciado<br />

pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Este<br />

ano, foram realizadas entrevistas com 19.520 consumidores<br />

de 64 distribuidoras de energia elétrica no período<br />

de 21 de agosto a 4 de outubro.<br />

Na opinião dos consumidores entrevistados, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> ficou,<br />

mais uma vez, entre as três melhores concessionárias da


117<br />

região Sudeste, com mais de 400 mil consumidores, categoria<br />

que a Companhia já havia vencido <strong>em</strong> 2006. O índice<br />

da concessionária, definido após a realização de entrevistas<br />

com consumidores, foi de 69,68, acima da média<br />

obtida pelas <strong>em</strong>presas da mesma categoria, que foi de<br />

65,83, e pelas 64 concessionárias de todo o país, 62,62.<br />

Empresa Cidadã<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> conquistou, <strong>em</strong> fevereiro de <strong>2008</strong>, o Prêmio<br />

Belmiro Siqueira de Administração, Versão 2007, na<br />

categoria Empresa Cidadã, por indicação do Conselho<br />

Regional de Administração – CRA/MG. O Prêmio Belmiro<br />

Siqueira, concedido pelo Conselho Federal de Administração<br />

– CFA foi criado <strong>em</strong> 1988 e t<strong>em</strong> por objetivo<br />

reconhecer e homenagear profissionais e <strong>em</strong>presas privadas<br />

que contribu<strong>em</strong> para o crescimento da Administração,<br />

seja como ciência ou profissão. Para concorrer como<br />

Empresa Cidadã é necessário, de acordo com o edital do<br />

concurso, que as organizações privadas desenvolvam<br />

ações <strong>em</strong>presariais b<strong>em</strong>-sucedidas de Responsabilidade<br />

Social e Cidadania. Possuindo a maioria de suas ações <strong>em</strong><br />

mãos de investidores privados e atendendo as prerrogativas<br />

sociais necessárias, a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> alcançou a pr<strong>em</strong>iação.<br />

Fiat Qualitas Awards<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> recebeu o Prêmio Fiat Qualitas pela qualidade,<br />

disponibilidade, tecnologia e competitividade no fornecimento<br />

de energia elétrica.<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


BALANÇO SOCIAL CONSOLIDADO<br />

118<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

1) Base de Cálculo<br />

<strong>2008</strong> 2007<br />

Valor (R$ mil)<br />

Valor (R$ mil)<br />

Receita Líquida (RL) 10.890.319 10.245.914<br />

Resultado Operacional (RO) 3.290.987 2.938.709<br />

Folha de Pagamento Bruta (FPB) 1.042.601 995.456<br />

2) Indicadores Sociais Internos Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL<br />

Alimentação 71.662 6,87 0,66 69.116 6,94 0,67<br />

Encargos sociais compulsórios 255.475 24,50 2,35 250.884 25,20 2,45<br />

Previdência privada 264.219 25,34 2,43 123.007 12,36 1,20<br />

Saúde 33.012 3,17 0,30 30.683 3,08 0,30<br />

Segurança e medicina no trabalho 11.475 1,10 0,11 9.657 0,97 0,09<br />

Educação 1.448 0,14 0,01 1.158 0,12 0,01<br />

Cultura - - - 112 0,01 -<br />

Capacitação e desenvolvimento profissional 17.502 1,68 0,16 15.265 1,53 0,15<br />

Creches ou auxílio-creche 1.710 0,16 0,02 1.651 0,17 0,02<br />

Participação nos lucros ou resultados 370.350 35,52 3,40 454.885 45,70 4,44<br />

Outros 14.980 1,44 0,14 12.032 1,21 0,12<br />

Total – Indicadores sociais internos 1.041.833 99,93 9,57 968.450 97,29 9,45<br />

3) Indicadores Sociais Externos Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL<br />

Educação 2.369 0,07 0,02 2.427 0,08 0,02<br />

Cultura 30.974 0,94 0,28 27.277 0,93 0,27<br />

Outras doações/subvenções/projeto ASIN 12.118 0,37 0,11 15.295 0,52 0,15<br />

Total das contribuições para a sociedade 45.461 1,38 0,42 44.999 1,53 0,44<br />

Tributos (excluídos encargos sociais) 6.709.892 203,89 61,61 6.254.922 212,85 61,05<br />

Total – Indicadores sociais externos 6.755.353 205,27 62,03 6.299.921 214,38 61,49<br />

4) Indicadores Ambientais Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL<br />

Investimentos relacionados com produção/operação da Empresa 70.566 2,14 0,65 44.131 1,50 0,43<br />

Investimentos com programas e/ou projetos externos* - - - - - -<br />

Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar resíduos, ( x ) não possui metas<br />

o consumo <strong>em</strong> geral na produção/operação e aumentar a eficácia na ( ) cumpre de 0 a 50%<br />

utilização de recursos naturais, a Empresa:<br />

( ) cumpre de 51 a 75%<br />

( ) cumpre de 76 a 100%<br />

( x ) não possui metas<br />

( ) cumpre de 0 a 50%<br />

5) Indicadores do Corpo Funcional <strong>2008</strong> 2007<br />

Nº de <strong>em</strong>pregados(as) ao final do período 10.422 10.818<br />

Nº de admissões durante o período 6 252<br />

Nº de <strong>em</strong>pregados(as) terceirizados(as) ND ND<br />

Nº de estagiários(as) 408 140<br />

Nº de <strong>em</strong>pregados(as) acima de 45 anos 4.266 4.164<br />

Nº de mulheres que trabalham na Empresa 1.421 1.469<br />

% de cargos de chefia ocupados por mulheres 9,19 6,81<br />

Nº de negros(as) que trabalham na Empresa 3.243 3.363<br />

% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 9,13 9,09<br />

Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 52 53<br />

6) Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania <strong>em</strong>presarial <strong>2008</strong> Metas 2009<br />

Relação entre maior e a menor r<strong>em</strong>uneração na Empresa 18,65 ND<br />

Número total de acidentes de trabalho 143 ND<br />

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram<br />

definidos por:<br />

Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho<br />

foram definidos por:<br />

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à<br />

representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa:<br />

( ) Direção ( x ) Direção e<br />

Gerências<br />

( ) Direção e<br />

Gerências<br />

( x ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( ) Não se envolve ( x ) Segue as<br />

normas da OIT<br />

A previdência privada cont<strong>em</strong>pla: ( ) Ddireção ( ) Direção e<br />

Gerências<br />

A participação nos lucros ou resultados cont<strong>em</strong>pla: ( ) Direção ( ) Direção e<br />

Gerências<br />

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de<br />

responsabilidade social e ambiental adotados pela Empresa:<br />

Quanto à participação de <strong>em</strong>pregados(as) <strong>em</strong> programas de trabalho<br />

voluntário, a Empresa:<br />

( ) Não são<br />

considerados<br />

( ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( ) Todos(as)<br />

+ CIPA<br />

( ) Incentiva<br />

e segue a OIT<br />

( x ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( x ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( ) Direção ( x ) Direção e<br />

Gerências<br />

( ) Direção e<br />

Gerências<br />

( ) Não se<br />

envolverá<br />

( ) São sugeridos ( x ) São exigidos ( ) Não serão<br />

considerados<br />

( ) Não se envolve ( ) Apoia ( x ) Organiza e<br />

incentiva<br />

( x )Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( x ) Seguirá as<br />

normas da OIT<br />

( ) Direção ( ) Direção e<br />

Gerências<br />

( ) Direção ( ) Direção e<br />

Gerências<br />

( ) Não se<br />

envolverá<br />

( ) cumpre de 51 a 75%<br />

( ) cumpre de 76 a 100%<br />

( ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( ) Todos(as)<br />

+ CIPA<br />

( ) Incentivará e<br />

seguirá a OIT<br />

( x ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( x ) Todos(as)<br />

<strong>em</strong>pregados(as)<br />

( ) Serão sugeridos ( x ) Serão exigidos<br />

( ) Apoiará ( x ) Organizará e<br />

incentivará<br />

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_ na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_<br />

% de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa ___ND_% no Procon _ND_% na Justiça _ND_% na Empresa _ND__% no Procon _ND_% na Justiça _ND_%<br />

Valor adicionado total a distribuir (<strong>em</strong> R$ mil) Em <strong>2008</strong>: 11.703.916 Em 2007: 11.488.049<br />

Distribuição do valor adicionado (DVA)<br />

58,88% governo<br />

9,08% acionistas<br />

13,52% colaboradores(as)<br />

10,46% terceiros 8,06% retido<br />

57,71% governo<br />

8,55% acionistas<br />

12,04% colaboradores(as)<br />

14,08% terceiros 7,62% retido<br />

7) Outras Informações<br />

I. Do total dos investimentos <strong>em</strong> meio ambiente, no ano de <strong>2008</strong>, cerca de R$21,5 milhões refer<strong>em</strong>-se aos programas socioambientais impl<strong>em</strong>entados durante a construção de novas usinas hidrelétricas e Linhas<br />

de Transmissão. II. Os resíduos gerados são quantificados e controlados de acordo com procedimentos corporativos de manuseio, transporte, armazenag<strong>em</strong> e destinação final. Esses procedimentos tend<strong>em</strong> a<br />

evoluir para a determinação de metas anuais de redução de resíduos. Merece destaque a reciclag<strong>em</strong> de lâmpadas fluorescentes e de iluminação pública <strong>em</strong> toda a área de concessão da Companhia, totalizando<br />

no ano de <strong>2008</strong>, 299 mil lâmpadas. Além disso, foram regenerados e reutilizados, também <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, aproximadamente 130 mil litros de óleo mineral isolante retirados dos transformadores colocados fora<br />

de operação. III. A quantificação do consumo de energia elétrica e combustível é realizada anualmente e não possui metas de redução. IV. Foram alienados ou reciclados 6.845 toneladas de material e<br />

equipamentos, 32% a mais que <strong>em</strong> 2007. Dentre os materiais estão isoladores de porcelana, sucatas metálicas de medidores, reatores, cabos, fios e baterias. * Foram contabilizados na linha “Investimentos<br />

relacionados com a produção/operação da Empresa”.


SOBRE ESTE RELATÓRIO<br />

Este Relatório t<strong>em</strong> como principal objetivo apresentar<br />

para a sociedade a estratégia e as ações da Companhia<br />

<strong>em</strong> busca da Sustentabilidade, nas dimensões econômica,<br />

ambiental e social, e representa também um instrumento<br />

para o diálogo com os públicos interessados no<br />

des<strong>em</strong>penho da Companhia. Sua periodicidade é anual<br />

e ele se refere ao ano de <strong>2008</strong>.<br />

Foram adotadas, para a elaboração desse Relatório,<br />

as diretrizes da Global Reporting Initiative – GRI G3<br />

(terceira geração 35 ) para garantir a comparabilidade<br />

com outras <strong>em</strong>presas. Adicionalmente, foram incluídos<br />

os indicadores e comentários do Supl<strong>em</strong>ento Setorial<br />

do Setor Elétrico da GRI, lançado <strong>em</strong> abril de 2009,<br />

considerados materiais.<br />

Todos os dados contábeis divulgados neste Relatório foram<br />

previamente auditados nas D<strong>em</strong>onstrações Financeiras. Há<br />

também uma consulta às partes interessadas por meio de<br />

uma carta enviada a todos que receb<strong>em</strong> o Relatório de Sustentabilidade,<br />

<strong>em</strong> que são solicitadas sugestões ao Relatório.<br />

A referência utilizada para contextualizar as análises<br />

aqui contidas é a de sustentabilidade, considerando-se<br />

a realidade do estado de Minas Gerais, a do Brasil ou a<br />

internacional, conforme a variável considerada. O nível<br />

de aplicação das Diretrizes foi o “B”, conforme detalhado<br />

na tabela a seguir, transcrita do protocolo da GRI e detalhada<br />

na grade abaixo.<br />

Para esclarecimento de dúvidas sobre este relatório, gentileza<br />

encaminhar e-mail para: sustentabilidade@c<strong>em</strong>ig.com.br.<br />

Conteúdo<br />

Assunto/Nível<br />

de Aplicação<br />

Perfil 1.1<br />

2.1 – 2.10<br />

3.1 – 3.8, 3.10 –<br />

3.12<br />

4.1 – 4.4 , 4.14 –<br />

4.15<br />

Informações<br />

sobre a Forma<br />

de Gestão<br />

Indicadores de<br />

Des<strong>em</strong>penho<br />

Não é Requerido<br />

C C+ B B+ A A+<br />

No mínimo 10 indicadores<br />

de des<strong>em</strong>penho,<br />

incluindo no mínimo um<br />

de cada: Social, Econômico<br />

e Ambiental.<br />

Auditado por auditor externo<br />

Todos do nível C mais:<br />

1.2<br />

3.9, 3.13<br />

4.5 – 4.13, 4.16 – 4.17<br />

Informações sobre a Forma de<br />

Gestão de cada categoria de indicadores.<br />

No mínimo 20 indicadores de des<strong>em</strong>penho,<br />

incluindo no mínimo um<br />

de cada: Direitos Humanos, Trabalho,<br />

Sociedade, Responsabilidade do<br />

Produto, Econômico e Ambiental.<br />

Auditado por auditor externo<br />

O mesmo que no nível B<br />

Informações sobre a Forma de Gestão<br />

de cada categoria de indicadores.<br />

Cada indicador essencial da GRI e<br />

dos supl<strong>em</strong>entos setoriais respeitando<br />

o princípio da materialidade: a)<br />

informando o indicador ou b) explicando<br />

a razão de sua omissão.<br />

Auditado por auditor externo<br />

119<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

2002 “de acordo com” C C + B B + A A +<br />

Obrigatório<br />

Opcional<br />

Autodeclarado<br />

Examinado por Terceiros<br />

Examinado pela GRI<br />

Com Verificação Externa<br />

Com Verificação Externa<br />

Com Verificação Externa<br />

Fonte:http://www.globalreporting.org.<br />

35<br />

Publicadas <strong>em</strong> 2006. Favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org.


120<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Relatamos, a seguir, como foram aplicados os princípios<br />

da GRI no processo de elaboração do Relatório:<br />

Materialidade – Foram consideradas materiais aquelas<br />

informações que pudess<strong>em</strong> afetar significativamente as<br />

decisões das partes interessadas ou que tivess<strong>em</strong> impactos<br />

sociais, econômicos ou ambientais relevantes. Adicionalmente,<br />

foram consideradas as sugestões das partes<br />

interessadas enviadas por meio do questionário anexo;<br />

Inclusão das partes interessadas – Foram consideradas<br />

as seguintes:<br />

autoridades governamentais – Municipais, estaduais e federais;<br />

órgãos reguladores;<br />

acionistas e investidores – Acionistas, bancos e detentores<br />

de títulos;<br />

clientes e consumidores;<br />

comunidades <strong>em</strong> geral e particularmente as que têm<br />

envolvimento com os nossos serviços e projetos;<br />

trabalhadores;<br />

fornecedores;<br />

universidades e centros de pesquisa;<br />

abrangência – Buscou-se cobrir os t<strong>em</strong>as e indicadores<br />

relevantes e que refletiss<strong>em</strong> as dimensões econômica,<br />

ambiental e social permitindo, desta forma, a<br />

avaliação das estratégias e do des<strong>em</strong>penho da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong>.<br />

Os dados incluídos neste Relatório foram calculados<br />

conforme os protocolos da GRI 36 ou os princípios contábeis<br />

brasileiros (BRGAAP).<br />

ESTABELECIMENTO DOS LIMITES<br />

DO RELATÓRIO<br />

A <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> possui investimentos, principalmente, <strong>em</strong> geração,<br />

transmissão e distribuição de energia elétrica e distribuição<br />

de gás natural. Para definir os limites deste Relatório<br />

foram selecionadas as <strong>em</strong>presas cujos impactos de<br />

sustentabilidade foss<strong>em</strong> mais significativos e aquelas<br />

sobre as quais a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> exerce controle ou influência<br />

expressivos sobre suas políticas e práticas financeiras e<br />

operacionais. Os dados apresentados refer<strong>em</strong>-se à <strong>em</strong>presa<br />

controladora e às subsidiárias integrais: <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

– Companhia Energética de Minas Gerais S.A., <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

Distribuição S.A. e <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> Geração e Transmissão S.A.,<br />

exceto quando mencionado no texto. Os dados contábeis<br />

se refer<strong>em</strong> aos resultados de todas as <strong>em</strong>presas <strong>em</strong><br />

cujo capital a <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> t<strong>em</strong> participação, que foram consolidados<br />

proporcionalmente conforme os critérios estabelecidos<br />

na legislação brasileira (para mais detalhes veja<br />

a Nota Explicativa nº 3 das D<strong>em</strong>onstrações Financeiras<br />

Padronizadas 37 ). As informações não-contábeis relativas<br />

às d<strong>em</strong>ais <strong>em</strong>presas controladas/coligadas abrangidas<br />

por este Relatório estão dispostas no capítulo “Participações”<br />

ou <strong>em</strong> referências específicas ao longo do texto.<br />

PRINCIPAIS MUDANÇAS EM <strong>2008</strong><br />

O Relatório de Sustentabilidade da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong> – <strong>2008</strong> incorpora<br />

novas informações com relação ao de 2007, principalmente<br />

devido à evolução do Supl<strong>em</strong>ento Setorial da<br />

GRI, com o objetivo de conferir uma visão mais completa<br />

da Companhia. O Índice de Conteúdo da GRI (a seguir)<br />

apresenta um sumário de toda a informação disponível<br />

no Relatório organizada de forma sintética. O Relatório<br />

de 2007 foi elaborado a partir da versão preliminar do<br />

Supl<strong>em</strong>ento Setorial da GRI, já o de <strong>2008</strong> a partir da<br />

versão final, o que implicou a modificação de alguns<br />

indicadores e a inclusão/exclusão de outros. A maioria<br />

desses indicadores já constava do Relatório de 2007.<br />

Com relação às informações contábeis, houve pequenas<br />

alterações e os detalhes estão disponíveis na Nota Explicativa<br />

2 das D<strong>em</strong>onstrações Financeiras Padronizadas 38 .<br />

36<br />

Para mais detalhes, ver http://www.globalreporting.org/reportingframework/G3guidelines 37 Vide http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.<br />

38<br />

asp?arquivo=00245080.WFL&codcvm=002453&language=ptb Vide http://c<strong>em</strong>ig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.asp?arquivo=00245080.<br />

WFL&codcvm=002453&language=ptb.


ÍNDICE DE CONTEÚDO DA GRI<br />

INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />

1 Estratégia e Análise<br />

1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 3<br />

1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 12 - 13<br />

2 Perfil Organizacional<br />

2.1 Nome da organização. 9<br />

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 11<br />

2.3 Estrutura operacional da organização. 11<br />

2.4 Localização e sede da organização. 133<br />

2.5 Número de países <strong>em</strong> que a organização opera. 11<br />

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade. 17<br />

2.7 Mercados atendidos. 11<br />

2.8 Porte da Organização.<br />

Contra-capa, 3,<br />

10 - 12, 35, 118<br />

2.9 Principais mudanças ocorridas durante o período coberto. 120<br />

2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo Relatório. 115 - 117<br />

3 Parâmetros para o Relatório<br />

Perfil do Relatório<br />

3.1 Período coberto pelo Relatório. 119<br />

3.2 Data do Relatório anterior mais recente. 120<br />

3.3 Ciclo de <strong>em</strong>issão de relatórios. 119<br />

3.4 Dados para contato <strong>em</strong> caso de perguntas relativas ao Relatório. 119<br />

Escopo e Limite do Relatório<br />

3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório. 119-120<br />

3.6 Limite do Relatório. 120<br />

3.7<br />

Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou limite do<br />

Relatório.<br />

120<br />

3.8<br />

Base para elaboracão do Relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias,<br />

instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações.<br />

120<br />

3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos. 119 - 120<br />

3.10<br />

Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas <strong>em</strong><br />

relatórios anteriores.<br />

36, 120<br />

3.11<br />

Mudanças significativas <strong>em</strong> comparação a anos anteriores no que se refere a escopo,<br />

limite ou métodos de medição aplicados no Relatório.<br />

120<br />

Sumário de Conteúdo da GRI<br />

3.12 Tabela que identifica a localização das informações no Relatório. 121 - 125<br />

3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o Relatório. 119<br />

4 Governança, Compromissos e Engajamento<br />

Governança<br />

4.1 Estrutura de governança da Organização. 5, 15 - 16<br />

4.2<br />

4.3<br />

4.4<br />

4.5<br />

4.6<br />

Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor<br />

executivo.<br />

Para organizações com estrutura de administração unitária, declaração do número de<br />

conselheiros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança<br />

Mecanismos para que acionistas e <strong>em</strong>pregados façam recomendações ou dê<strong>em</strong><br />

orientações ao mais alto órgão de governança.<br />

Relação entre r<strong>em</strong>uneração para m<strong>em</strong>bros do mais alto órgão de governança, diretoria<br />

executiva e d<strong>em</strong>ais executivos e o des<strong>em</strong>penho da organização.<br />

Processos <strong>em</strong> vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de<br />

interesse sejam evitados.<br />

15<br />

16<br />

16<br />

16<br />

Não se aplica ao modelo de<br />

Governança da <strong>C<strong>em</strong>ig</strong><br />

121<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


122<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />

4 Governança, Compromissos e Engajamento<br />

Governança<br />

4.7<br />

4.8<br />

4.9<br />

Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos m<strong>em</strong>bros do mais<br />

alto órgão de governança para definir a estratégia relacionada a t<strong>em</strong>as econômicos,<br />

ambientais e sociais.<br />

Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios relevantes para o<br />

des<strong>em</strong>penho econômico, ambiental e social e estágio de impl<strong>em</strong>entação.<br />

Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a indicação e<br />

gestão do des<strong>em</strong>penho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades<br />

relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas<br />

internacionalmente, códigos de conduta e princípios.<br />

16<br />

12, 16 - 17<br />

15 - 16, 19, 23<br />

Compromissos com Iniciativas Externas<br />

4.11 Explicação de se e como a Organização aplica o princípio da precaução. 23<br />

4.12<br />

Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter<br />

econômico, ambiental e social subescritas ou endossadas pela Organização.<br />

9<br />

4.13<br />

Participação <strong>em</strong> associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais<br />

e internacionais de defesa.<br />

Engajamento de stakeholders<br />

4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 18, 84 - 87<br />

4.15 Base para identificação e seleção de stakeholders a ser<strong>em</strong> engajados. 18<br />

4.16<br />

Abordagens para o engajamento de stakeholders, incluindo a freqüência do engajamento<br />

por tipo e por grupos de stakeholders.<br />

18, 84 - 87<br />

4.17<br />

Principais t<strong>em</strong>as e preocupações levantados por meio do engajamento com os<br />

stakeholders e medidas adotadas para tratá-los.<br />

18<br />

5 Forma de Gestão e Indicadores de Des<strong>em</strong>penho<br />

Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />

Aspecto Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />

EC1 Valor Econômico gerado e distribuído. 36<br />

EC2<br />

Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da<br />

Organização devidos a mudanças climáticas.<br />

24, 63 - 64<br />

EC3<br />

Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a Organização<br />

oferece.<br />

77 - 78<br />

EC4 Ajuda financeira significativa recebida do Governo. 40<br />

Aspecto Impactos Econômicos Indiretos<br />

EC8<br />

Desenvolvimento e impacto de investimentos <strong>em</strong> infra-estrutura e serviços oferecidos,<br />

principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, <strong>em</strong> espécie 37 - 41, 92<br />

ou atividades pro bono.<br />

Des<strong>em</strong>penho Ambiental<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Ambiental<br />

Aspecto Materiais<br />

EN1 Materiais usados por peso ou volume. 51 - 53<br />

EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclag<strong>em</strong>. 52<br />

Aspecto Energia<br />

EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. 54<br />

EN5 Energia economizada devido a melhorias <strong>em</strong> conservação e eficiência. 49, 65 - 68<br />

Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia ou que<br />

EN6 us<strong>em</strong> energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia<br />

resultante dessas iniciativas.<br />

Aspecto Biodiversidade<br />

EN11<br />

Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas<br />

protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas<br />

protegidas.<br />

65 - 70<br />

57<br />

Não material


INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />

Aspecto Biodiversidade<br />

EN12<br />

Descrição de impactos significativos das atividades, produtos e serviços na<br />

biodiversidade de áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiversidade fora das 50, 58 - 59<br />

áreas protegidas.<br />

EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 58 - 59<br />

EN14<br />

Estratégias, medidas <strong>em</strong> vigor e planos futuros para a gestão de impactos na<br />

biodiversidade.<br />

57<br />

Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos<br />

EN16 Total de <strong>em</strong>issões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 63<br />

EN20 NOx, SOx e outras <strong>em</strong>issões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 63<br />

EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 53<br />

EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição. 52<br />

Aspecto Produtos e Serviços<br />

EN26<br />

Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da<br />

redução desses impactos.<br />

EN27<br />

Percentual de produtos e suas <strong>em</strong>balagens recuperados <strong>em</strong> relação ao total de produtos<br />

vendidos, por categoria de produto.<br />

Aspecto Transporte<br />

EN29<br />

Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais<br />

utilizados nas operações e transporte de trabalhadores.<br />

47 - 55, 64 - 70<br />

Aspecto Geral<br />

EN30 Total de investimentos e gastos <strong>em</strong> proteção ambiental, por tipo. 47<br />

Des<strong>em</strong>penho Social<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Referentes a Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente<br />

Aspecto Emprego<br />

LA1 Total de trabalhadores por tipo de <strong>em</strong>prego, contrato de trabalho e região. 75<br />

LA3<br />

Benefícios oferecidos a <strong>em</strong>pregados de t<strong>em</strong>po integral que não são oferecidos a<br />

<strong>em</strong>pregados t<strong>em</strong>porários ou <strong>em</strong> regime de meio período, discrimados pelas principais<br />

77 - 78<br />

operações.<br />

Aspecto Relações entre os Trabalhadores e a Governança<br />

LA4 Percentual de <strong>em</strong>pregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 76<br />

Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho<br />

LA7<br />

Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados<br />

ao trabalho, por região.<br />

Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco <strong>em</strong><br />

LA8 andamento para assistir a <strong>em</strong>pregados, familiares e comunidade <strong>em</strong> relação a doenças<br />

graves.<br />

Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho<br />

LA10<br />

Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria<br />

funcional.<br />

LA11<br />

Programas para gestão de competências e aprendizag<strong>em</strong> contínua que apoiam a<br />

<strong>em</strong>pregabilidade dos funcionários e o gerenciamento do fim da carreira.<br />

LA12<br />

Percentual de <strong>em</strong>pregados que receb<strong>em</strong> regularmente análises de des<strong>em</strong>penho e de<br />

desenvolvimento de carreira.<br />

Aspecto Diversidade e Igualdade de Oportunidades<br />

Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação<br />

LA13 de <strong>em</strong>pregados por categoria de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros<br />

indicadores de diversidade.<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Referentes a Direitos Humanos<br />

Aspecto Práticas de Investimento e de Processos de Compra<br />

HR2<br />

Percentual de <strong>em</strong>presas contratadas e fornecedores críticos submetidos a avaliações<br />

referentes a direitos humanos e medidas tomadas.<br />

62<br />

97<br />

97 - 100<br />

Contra-capa, 81<br />

74 - 75, 80 - 84<br />

80, 82 - 83<br />

74, 118<br />

100 -101<br />

Indicador não aplicável às<br />

atividades da Companhia.<br />

Refere-se somente à <strong>em</strong>issão<br />

oriunda da frota própria da<br />

<strong>C<strong>em</strong>ig</strong>. Não inclui frota de<br />

terceiros e de fornecedores.<br />

Corresponde à Taxa de<br />

Freqüência, que utiliza o fator<br />

de 200 mil horas.<br />

123<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


124<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />

Aspecto Trabalho Infantil<br />

Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e<br />

HR6<br />

medidas tomadas para contribuir para sua abolição.<br />

Aspecto Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo<br />

Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou<br />

HR7<br />

análogo ao escravo e medidas tomadas para contribuir para sua erradicação.<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Social Referentes à Sociedade<br />

Aspecto Comunidade<br />

Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os<br />

SO1<br />

impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída.<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Referentes à Responsabilidade pelo Produto<br />

Aspecto Saúde e Segurança do Cliente<br />

Fases do ciclo de vida de produtos e serviços <strong>em</strong> que os impactos na saúde e segurança<br />

PR1 são avaliados visando melhoria e percentual de produtos e serviços sujeitos a esses<br />

procedimentos.<br />

Aspecto Rotulag<strong>em</strong> de Produtos e Serviços<br />

100 - 101<br />

100 - 101<br />

12, 84 - 93<br />

95 - 97<br />

PR5<br />

Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que<br />

med<strong>em</strong> essa satisfação.<br />

88 - 89<br />

SUPLEMENTO SETOR ELÉTRICO (ver nota 2)<br />

2 Perfil Organizacional<br />

EU1 Capacidade Instalada conforme fonte primária de energia e regime regulatório. Contra-capa, 62<br />

EU2 Produção líquida de energia conforme fonte primária de energia e regime regulatório. 62<br />

EU3 Número de contas de consumidores residenciais, industriais, institucionais e comerciais. 30<br />

Extensão das linhas de transmissão e distribuição de superfície e subterrâneas por<br />

EU4<br />

regime regulatório.<br />

5 Forma de Gestão e Indicadores de Des<strong>em</strong>penho<br />

Des<strong>em</strong>penho Econômico<br />

Relatos Econômicos Específicos Referentes à Forma de Gestão<br />

EU6<br />

Abordag<strong>em</strong> da gestão para garantir a disponibilidade e a confiabilidade da energia no<br />

curto e longo prazo.<br />

EU7<br />

Programas de gerenciamento da d<strong>em</strong>anda abrangendo consumidores residenciais,<br />

comerciais, institucionais e industriais, entre outros.<br />

EU8<br />

Atividades de pesquisa e desenvolvimento e investimentos com o objetivo de prover<br />

energia confiável e promover o desenvolvimento sustentável.<br />

EU9 Providências para fechamento de plantas de energia nuclear.<br />

Indicadores de Des<strong>em</strong>penho Econômico Específicos<br />

Percentual de perdas (eficiência) <strong>em</strong> transmissão e distribuição <strong>em</strong> relação à energia<br />

EU12<br />

total.<br />

Des<strong>em</strong>penho Ambiental<br />

Indicadores Ambientais Específicos e Comentários<br />

Aspecto Biodiversidade<br />

Comentário sobre o indicador: relatar impactos de sites novos e existentes e respectivas<br />

EN14 medidas de mitigação referentes a áreas de floresta, perda de espécies nativas,<br />

paisag<strong>em</strong>, água doce e ecossist<strong>em</strong>as de áreas alagadas.<br />

Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos<br />

Contra-capa<br />

32, 34 - 35,<br />

37 - 43<br />

34 - 35, 65 - 67<br />

37 - 43<br />

31<br />

50 -51, 56 - 58<br />

Não se aplica. A Companhia não<br />

possui instalações nucleares.<br />

EN16<br />

Comentário sobre o indicador: relatar <strong>em</strong>issão de Co2/MWh por regime regulatório<br />

e conforme geração líquida derivada da capacidade instalada total, geração líquida<br />

63<br />

derivada de combustíveis fósseis e produção estimada para consumidores finais.<br />

EN20 Comentário sobre o indicador: relatar <strong>em</strong>issões por geração líquida <strong>em</strong> MWh. 63<br />

EN22 Comentário sobre o indicador: incluir resíduos contaminados com PCB e lixo nuclear.<br />

Refere-se a PCB, pois a<br />

52<br />

Companhia não gera lixo nuclear.


INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)<br />

Des<strong>em</strong>penho Social<br />

Relatos de Des<strong>em</strong>penho Específicos sobre a Forma de Gestão de Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente<br />

Aspecto Emprego<br />

EU14 Programas e processos para assegurar disponibilidade de mão-de-obra qualificada. 74 - 75, 80 - 84<br />

Políticas e requisitos referentes à saude e à segurança de <strong>em</strong>pregadoss, terceiros e<br />

EU16<br />

subcontratados.<br />

Indicadores Específicos Referentes a Práticas Trabalhistas e Comentários<br />

Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho<br />

Comentário sobre o indicador: relatar a performance <strong>em</strong> saúde e segurança dos<br />

LA7<br />

terceirizados e subcontratados que trabalh<strong>em</strong> nos sites ou para a Organização.<br />

Relatos Específicos sobre a Forma de Gestão Relativa à Sociedade<br />

Aspecto Comunidade<br />

Participação de stakeholders <strong>em</strong> processos decisórios referentes a planejamento<br />

EU19<br />

energético e desenvolvimento <strong>em</strong> infra-estrutura.<br />

Relatos Específicos Referentes à Gestão da Responsabilidade pelo Produto<br />

Aspecto Acesso<br />

Programas, incluindo parcerias com o Governo, para melhorar ou manter o acesso à<br />

EU23<br />

eletricidade e serviços de apoio ao consumidor.<br />

Aspecto Fornecimento de Informações<br />

Práticas para abordar barreiras relacionadas a idioma, cultura e baixa alfabetização para<br />

EU24<br />

obtenção e uso adequado dos serviços de eletricidade.<br />

Indicadores Específicos de Responsabilidade pelo Produto e Comentários<br />

Aspecto Saúde e Segurança do Cliente<br />

94 - 102<br />

100 -102<br />

12<br />

34 - 35, 40 - 41,<br />

84 - 87<br />

84 - 85, 87<br />

PR1<br />

Comentário sobre o indicador: relatar os processos de identificação de riscos à saúde da<br />

comunidade incluindo monitoramento, medidas de prevenção e estudos de longo prazo, 96 - 97<br />

caso aplicável.<br />

Aspecto Acesso<br />

EU28 Freqüência de interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32<br />

EU29 Duração média das interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32<br />

Nota 1: as observações postadas nesse campo compl<strong>em</strong>entam as informações fornecidas pelo Relatório.<br />

Nota 2: os indicadores desta tabela refer<strong>em</strong>-se aos indicadores e comentários do Supl<strong>em</strong>ento Setorial do Setor Elétrico aprovado e divulgado pela<br />

GRI <strong>em</strong> abril de 2009, que traz modificação de alguns indicadores e a inclusão ou exclusão de outros.<br />

ANEXO 1<br />

125<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro<br />

O setor elétrico nacional é formado pelos segmentos de<br />

geração, transmissão e distribuição, que são atividades de<br />

concessão pública, além dos segmentos de comercialização<br />

e mercado livre. Estes segmentos operam de maneira<br />

interligada, constituindo o Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional<br />

– SIN, que engloba as <strong>em</strong>presas das regiões Sudeste, Sul<br />

e Nordeste, e partes das regiões Centro-Oeste e Norte.<br />

As d<strong>em</strong>ais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte<br />

não interligadas ao SIN constitu<strong>em</strong> os sist<strong>em</strong>as isolados.<br />

As instituições que regulamentam e supervisionam o setor são:<br />

Conselho Nacional de Política Energética – CNPE<br />

Ministério de Minas e Energia – MME<br />

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE<br />

Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel<br />

Operador Nacional do Sist<strong>em</strong>a Elétrico – ONS<br />

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE<br />

Empresa de Pesquisa Energética – EPE


A Lei 10.848, de 25 de março de 2004, e o decreto<br />

5.163, de 30 de julho de 2004, formam a base da<br />

atual regulamentação do setor elétrico nacional, disciplinando<br />

a atuação dos agentes nos diversos segmentos<br />

desse setor, sendo esses agentes caracterizados como:<br />

Agentes de Geração;<br />

Agentes de Transmissão;<br />

Agentes de Distribuição;<br />

Agentes de Comercialização;<br />

Consumidores Livres.<br />

Foram também definidos dois ambientes de contratação<br />

de energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR,<br />

e Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o segmento<br />

do mercado no qual se realizam as operações de<br />

compra e venda de energia elétrica entre Agentes de Geração<br />

e Agentes de Distribuição, precedidas de licitação.<br />

O ACL é o segmento do mercado no qual se realizam<br />

operações de compra e venda de energia elétrica, objetos<br />

de contratos livr<strong>em</strong>ente negociados entre Agentes<br />

de Geração, Agentes de Comercialização e Consumidores<br />

Livres. Nos parágrafos a seguir serão explorados com<br />

mais detalhe as características e forma de atuação dos<br />

diversos agentes nos ambientes livre e regulado, que são<br />

apresentadas de forma simplificada no diagrama abaixo:<br />

MODELO GERAL DE CONTRATAÇÃO DE ENERGIA<br />

126<br />

Geração Transmissão Distribuição Consumo<br />

Ambiente de contratação regulada<br />

G1<br />

D1<br />

G2<br />

D2<br />

G3<br />

D3<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

G4<br />

G5<br />

Ambiente de<br />

contratação livre<br />

COM<br />

CL<br />

CL<br />

CL<br />

Os Agentes de Transmissão são aqueles que possu<strong>em</strong><br />

os ativos de transmissão de energia que formam a<br />

Rede Básica do SIN, e não pod<strong>em</strong> atuar nos Ambientes<br />

de Contratação Livre e Regulado na comercialização<br />

de energia. Os ativos desses agentes são r<strong>em</strong>unerados<br />

exclusivamente por meio das Tarifas de Uso dos<br />

Sist<strong>em</strong>as de Transmissão – TUSTs pagas pelos Agentes<br />

de Geração, Distribuição e Consumidores Livres conectados<br />

à Rede Básica. A expansão dos ativos da Rede<br />

Básica é feita por licitação pública, sendo estabeleci-


dos nesse processo os valores de r<strong>em</strong>uneração durante<br />

o prazo de concessão.<br />

Os Agentes de Geração são aqueles titulares de concessão,<br />

permissão ou autorização para gerar energia<br />

elétrica <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos hidrelétricos ou termelétricos.<br />

Esses agentes pod<strong>em</strong> comercializar a energia<br />

de seus ativos nos Ambientes de Contratação Livre ou<br />

Regulado. Para a comercialização de energia no ACR, os<br />

Agentes de Geração participam dos leilões de compra<br />

de energia promovidos pelo MME <strong>em</strong> nome dos Agentes<br />

de Distribuição. Para a comercialização de energia no<br />

ACL, os Agentes de Geração pod<strong>em</strong> negociar livr<strong>em</strong>ente<br />

com Consumidores Livres, Agentes de Comercialização,<br />

e d<strong>em</strong>ais Agentes de Geração, sendo que para os Agentes<br />

de Geração que sejam titulares de concessão, permissão<br />

ou autorização na modalidade serviço público,<br />

a comercialização de energia deve observar os critérios<br />

de transparência e livre acesso.<br />

Os Agentes de Distribuição são aqueles titulares de<br />

concessão, permissão ou autorização de serviços e instalações<br />

de distribuição para fornecer energia elétrica<br />

ao consumidor final exclusivamente de forma regulada.<br />

Os Agentes de Distribuição têm as suas tarifas de<br />

venda de energia elétrica definidas pelo poder concedente,<br />

e só pod<strong>em</strong> comprar energia para atender<br />

às suas necessidades por meio dos leilões de compra<br />

promovidos pelo MME no ACR ou de uma chamada pública<br />

para compra de geração distribuída, nesse caso<br />

até o limite de 10% de sua carga.<br />

Os Agentes de Comercialização são aqueles titulares de<br />

autorização para compra e venda de energia elétrica no<br />

ACL com Agentes de Geração e Consumidores Livres, e<br />

não pod<strong>em</strong> ter ativos nos segmentos de geração, transmissão<br />

ou distribuição.<br />

Os Consumidores Livres são aqueles que possu<strong>em</strong> carga<br />

de consumo a contratar acima de 3.000 kW, independent<strong>em</strong>ente<br />

do nível de tensão <strong>em</strong> que são atendidos.<br />

Os Consumidores Livres negociam as suas necessidades<br />

de compra de energia no ACL com Agentes de Geração e<br />

Agentes de Comercialização. Caso um consumidor cativo<br />

possua característica que o habilite a se tornar Consumidor<br />

Livre, observando o prazo do seu atual contrato<br />

de fornecimento cativo, este consumidor pode se tornar<br />

livre com a sua inclusão na CCEE e negociando a sua<br />

necessidade de energia elétrica no ACL. É permitido ao<br />

Consumidor Livre o seu retorno ao mercado cativo do<br />

Agente de Distribuição da área de conexão do consumidor<br />

à rede elétrica, desde que essa decisão seja comunicada<br />

ao Agente de Distribuição com um prazo de cinco<br />

anos, quando então um novo contrato de fornecimento<br />

cativo deve ser celebrado.<br />

Existe ainda uma outra classificação de Consumidor<br />

Livre, chamado de Consumidor Especial, que foi introduzida<br />

pela Lei 10.762, de 11 de nov<strong>em</strong>bro de 2003.<br />

Por esta classificação, consumidores de energia elétrica<br />

ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de<br />

interesse de fato ou de direito, cuja carga de consumo<br />

seja superior a 500 kW, poderiam comprar energia alternativamente<br />

ao suprimento da concessionária local,<br />

independent<strong>em</strong>ente da tensão <strong>em</strong> que são atendidos,<br />

das chamadas “fontes alternativas” de energia elétrica:<br />

usinas hidrelétricas com capacidade instalada de até<br />

30.000 kW, usinas de co-geração de energia elétrica<br />

127<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


a partir da biomassa (bagaço de cana de açúcar, casca<br />

de arroz, resíduos de madeira, entre outros), fontes<br />

solares e fontes eólicas.<br />

Em relação às atividades de coordenação e controle<br />

da operação da geração e da transmissão da energia<br />

elétrica integrantes do SIN, elas são executadas<br />

pelo ONS, pessoa jurídica de direito privado, s<strong>em</strong><br />

fins lucrativos, mediante autorização do Poder Concedente,<br />

fiscalizado e regulado pela Aneel, a ser<br />

integrado por titulares de concessão, permissão ou<br />

autorização, e consumidores livres que sejam ligados<br />

à Rede Básica.<br />

Finalmente, para o gerenciamento do ambiente comercial,<br />

foi criada a CCEE, pessoa jurídica de direito<br />

privado, s<strong>em</strong> fins lucrativos, sob autorização do Poder<br />

Concedente e regulação e fiscalização pela Aneel, com<br />

a finalidade de viabilizar a comercialização de energia<br />

elétrica no setor elétrico nacional, registrando contratos<br />

e apurando os valores medidos de consumo e geração<br />

para a realização da liquidação de curto prazo.<br />

128<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


GLOSSÁRIO<br />

Abradee – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia<br />

Elétrica. Iniciada com o antigo Comitê de Distribuição, a Abradee<br />

transformou-se <strong>em</strong> associação <strong>em</strong> 1995. As <strong>em</strong>presas<br />

associadas respond<strong>em</strong> por mais de 95% do mercado brasileiro<br />

de energia elétrica.<br />

ADR (American Depositary Receipts) – Recibo de ações de<br />

companhia não sediada nos Estados Unidos, <strong>em</strong>itido por um<br />

banco e custodiado <strong>em</strong> banco norte-americano.<br />

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – Autarquia<br />

vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) que regula<br />

e fiscaliza as atividades de geração, transmissão, distribuição<br />

e comercialização de energia. São também suas funções:<br />

mediar conflitos entre consumidores e agentes do mercado<br />

e entre os próprios agentes; conceder, permitir e autorizar<br />

instalações e serviços de energia; homologar reajustes tarifários;<br />

assegurar a universalização e a qualidade adequada dos<br />

serviços prestados, e estimular investimentos e a competição<br />

entre os agentes do setor.<br />

Alevino – Forma <strong>em</strong>brionária inicial dos peixes.<br />

Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre –<br />

O Mercado Livre cobre as vendas de energia negociadas livr<strong>em</strong>ente<br />

entre as concessionárias de geração, os Produtores<br />

Independentes de Energia Elétrica (PIE), Auto-geradoras,<br />

Comercializadores de energia, Importadores de energia e<br />

Consumidores Livres.<br />

Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou Mercado Regulado<br />

– No Mercado Regulado, as <strong>em</strong>presas de distribuição<br />

compram suas necessidades de energia previstas para seus<br />

consumidores cativos do ACR por meio de licitações.<br />

Ass<strong>em</strong>bléia Geral Extraordinária (AGE) – Reunião dos acionistas,<br />

convocada e instalada na forma da lei e do estatuto<br />

social da <strong>em</strong>presa, cujo objetivo é deliberar sobre qualquer<br />

matéria pertinente ao objeto social que não tratada pela AGO.<br />

Sua convocação é feita conforme as necessidades específicas<br />

da <strong>em</strong>presa, não sendo obrigatória como a AGO.<br />

Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária (AGO) – De caráter obrigatório<br />

<strong>em</strong> uma sociedade anônima, é convocada anualmente até<br />

quatro meses após o encerramento do exercício para: tomar<br />

as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras; deliberar sobre a destinação do<br />

lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; eleger<br />

os administradores e os m<strong>em</strong>bros do conselho fiscal e<br />

aprovar a correção da expressão monetária do capital social.<br />

Ass<strong>em</strong>bléia – Ass<strong>em</strong>bléia geral, convocada e instalada de<br />

acordo com a lei e o estatuto. T<strong>em</strong> poderes para decidir todos<br />

os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as<br />

resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.<br />

Balanced Score Card (BSC) – Metodologia específica, criada<br />

por professores da Harvard Business School, utilizada na gestão<br />

estratégica de negócios de uma organização.<br />

Biocombustível – Combustível de orig<strong>em</strong> biológica (utiliza<br />

fontes renováveis, não-fósseis).<br />

Biomassa – Do ponto de vista energético, é todo recurso<br />

renovável oriundo de matéria orgânica (de orig<strong>em</strong> animal ou<br />

vegetal) que pode ser utilizada na produção de energia.<br />

Biodiversidade – Também conhecida como diversidade biológica,<br />

é utilizada para descrever a riqueza e a variedade do<br />

mundo natural.<br />

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) –<br />

Pessoa jurídica de direito privado, s<strong>em</strong> fins lucrativos, que atua<br />

com o objetivo de viabilizar as operações de compra e venda<br />

de energia elétrica entre os Agentes da CCEE, restritas ao SIN.<br />

Célula Fotovoltaica – Dispositivo tipicamente constituído por<br />

silício monocristalino que converte a radiação solar fotovoltaica<br />

<strong>em</strong> energia elétrica.<br />

Certificados de Redução de Emissões (CREs) – Atestam as<br />

reduções de <strong>em</strong>issões de gases de efeito estufa resultantes<br />

de atividades de projetos elegíveis ao MDL. Os CREs são utilizados<br />

pelos países do Anexo I, que as utilizam como forma<br />

de cumprimento parcial de suas metas de redução de <strong>em</strong>issão<br />

de gases de efeito estufa.<br />

Chiller de Absorção – Equipamento que utiliza refrigerantes<br />

naturais para realizar a refrigeração a partir de combustíveis<br />

como vapor, água, biocombustíveis, entre outros.<br />

Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCE-<br />

AR) – Também denominado Contrato Bilateral, é o instrumento<br />

celebrado entre cada concessionária ou autorizada de<br />

129<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


130<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

geração e todas as concessionárias ou permissionárias do serviço<br />

público de distribuição, que define as regras e condições<br />

para a comercialização de energia elétrica proveniente de<br />

<strong>em</strong>preendimentos de geração.<br />

Conselho de Administração – Órgão de deliberação colegiada<br />

cuja missão é proteger e valorizar o patrimônio. O Conselho de<br />

Administração deve ter pleno conhecimento dos valores da <strong>em</strong>presa,<br />

dos propósitos e crenças dos sócios e zelar pelo seu aprimoramento.<br />

Também t<strong>em</strong> a responsabilidade de prevenir e administrar<br />

situações de conflitos de interesses ou divergência de<br />

opiniões de modo que o interesse da <strong>em</strong>presa s<strong>em</strong>pre prevaleça.<br />

Co-geração – Produção simultânea de energia elétrica ou<br />

mecânica e energia térmica (utilizável) <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>a de conversão<br />

simples de energia.<br />

Conselho Fiscal – Órgão não-obrigatório responsável por fiscalizar<br />

os atos da administração, <strong>em</strong>itir pareceres e prestar<br />

informações aos sócios.<br />

Co-processamento – É o aproveitamento de resíduos industriais<br />

combustíveis e/ou matéria-prima <strong>em</strong> fornos de<br />

alta t<strong>em</strong>peratura. É uma forma eficiente e segura destruição<br />

térmica sob o ponto de vista operacional e ambiental.<br />

Dividendo – Parcela dos lucros de uma <strong>em</strong>presa distribuída<br />

a seus acionistas.<br />

Documento de Concepção do Projeto (DCP) – Documento<br />

elaborado conforme metodologia específica a partir dos<br />

dados técnicos e contextuais pertinentes ao projeto. Deve<br />

ser validado pela Entidade Operacional Designada e aprovado<br />

pela Autoridade Nacional Designada no âmbito do MDL para<br />

que seja registrado e avaliado pela UNFCCC. Se aprovado pelo<br />

Conselho Executivo da UNFCCC, resulta na concessão de CREs.<br />

Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora<br />

(DEC) – Indicador que mede a duração média, <strong>em</strong><br />

um período observado, das interrupções na distribuição de<br />

energia elétrica <strong>em</strong> cada unidade consumidora de um conjunto<br />

considerado.<br />

Energia Eólica – Energia gerada a partir da força dos ventos.<br />

Energia Fotovoltaica – Energia elétrica obtida a partir da<br />

energia solar por meio de células fotovoltaicas que absorv<strong>em</strong><br />

a radiação solar e a transformam <strong>em</strong> energia elétrica.<br />

Energia Solar – Energia produzida por meio do aproveitamento<br />

da luz do sol. Exist<strong>em</strong> dois aproveitamentos: o térmico e o<br />

fotovoltaico. No aproveitamento térmico, a luz do sol é usada<br />

apenas como fonte de calor para sist<strong>em</strong>as de aquecimento. No<br />

fotovoltaico, a luz do sol se transforma <strong>em</strong> energia elétrica.<br />

Entidade Operacional Designada – Entidade certificada,<br />

prevista pelo Protocolo de Kyoto, que avalia e audita os<br />

Documentos de Concepção do Projeto de MDL. Deve ser credenciada<br />

pelo Conselho Executivo da UNFCCC e, no Brasil,<br />

pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima<br />

(Autoridade Nacional Designada para o Brasil), do Ministério<br />

de Ciência e Tecnologia.<br />

Freqüência Equivalente de Interrupção de Energia (FEC) –<br />

Indicador que reflete o número de interrupções na distribuição<br />

de energia elétrica ocorridas, <strong>em</strong> média, no período observado,<br />

<strong>em</strong> cada unidade consumidora de um determinado<br />

conjunto.<br />

Gases de Efeito Estufa (GEE) – Constituintes gasosos da atmosfera,<br />

naturais e antrópicos, que absorv<strong>em</strong> e <strong>em</strong>it<strong>em</strong> radiação<br />

infravermelha. A <strong>em</strong>issão desses gases foi regulamentada<br />

pelo Protocolo de Kyoto, tratado internacional compl<strong>em</strong>entar a<br />

Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.<br />

Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) – Protocolo de<br />

Gases de Efeito Estufa. Foi elaborado <strong>em</strong> 1998 com o objetivo<br />

de desenvolver um padrão de contabilização e divulgação<br />

de <strong>em</strong>issões de GEE que seja aceito internacionalmente e<br />

amplamente adotado.<br />

Hedge – Termo <strong>em</strong> inglês que significa salvaguarda. É um<br />

mecanismo financeiro usado por pessoas ou <strong>em</strong>presas que<br />

precisam se proteger da flutuação de preços que costuma<br />

ocorrer nos mercados de commodities ou câmbio.<br />

Holding – Empresa que possui como atividade principal a<br />

participação acionária <strong>em</strong> uma ou mais <strong>em</strong>presas (subsidiárias),<br />

mantendo o controle ou coordenação sobre as mesmas<br />

pela posse majoritária das ações.<br />

Ictiofauna – Conjunto das espécies de peixes de uma determinada<br />

região biogeográfica como um rio ou bacia hidrográfica.<br />

Incineração – É o processo de destruição térmica de resíduos,<br />

mediante a exposição dos mesmos a t<strong>em</strong>peraturas<br />

superiores a 1000º C, transformando-os <strong>em</strong> cinzas inertes.


Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – Painel<br />

Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.<br />

Lajida ou Ebitda – Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação<br />

e Amortização. É a Geração Operacional de Caixa.<br />

Expressa o quanto uma <strong>em</strong>presa gera de recursos a partir<br />

de suas operações ou negócio principal, já descontados seus<br />

custos e despesas operacionais e s<strong>em</strong> considerar ganhos ou<br />

perdas financeiros.<br />

Mainframe – Computador de grande porte, normalmente<br />

dedicado ao processamento de um volume grande de informações,<br />

cuja utilização v<strong>em</strong> perdendo espaço pela impl<strong>em</strong>entação<br />

dos servidores.<br />

Mecanismo de Desevolvimento Limpo (MDL) – Mecanismo<br />

de flexibilização previsto no artigo 12 do Protocolo de Kyoto<br />

cujo objetivo é ajudar os países desenvolvidos signatários do<br />

Protocolo (<strong>em</strong> seu Anexo I) a alcançar<strong>em</strong> suas metas de redução<br />

de <strong>em</strong>issões e promover o desenvolvimento sustentável<br />

nos países <strong>em</strong> desenvolvimento. O MDL permite aos países do<br />

Anexo I gerar ou comprar reduções certificadas de <strong>em</strong>issão de<br />

projetos desenvolvidos <strong>em</strong> países fora do Anexo I. Em contrapartida,<br />

estes países têm a possibilidade de acessar recursos<br />

financeiros específicos para utilização/desenvolvimento de<br />

tecnologias limpas.<br />

Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) – Processo<br />

comercial no qual os geradores de energia compartilham<br />

os riscos financeiros associados ao despacho centralizado<br />

do ONS. Pelo MRE, cada usina é responsável pela geração<br />

de uma determinada quantidade preestabelecida de energia<br />

(energia assegurada).<br />

Motor Stirling – Motor de combustão externa, também conhecido<br />

como motor de ar quente por utilizar os gases da<br />

atmosfera como fluido de trabalho.<br />

Nanotubo de Carbono – Tubo de carbono cuja aplicação proporciona<br />

ganhos de eficiência energética devido à aplicação<br />

da nanotecnologia <strong>em</strong> seu desenvolvimento.<br />

Oleaginosas – Vegetais que contêm óleos e gorduras passíveis<br />

de extração por meio de processos específicos.<br />

Operador Nacional do Sist<strong>em</strong>a Elétrico (ONS) – Agente<br />

de direito privado que coordena e controla a operação das<br />

instalações de geração e transmissão de energia elétrica nos<br />

sist<strong>em</strong>as interligados brasileiros. O ONS responde pelo acompanhamento<br />

do consumo de energia e do nível de água dos<br />

reservatórios das principais usinas do país.<br />

Pequena Central Hidrelétrica – É toda usina hidrelétrica de<br />

pequeno porte cuja capacidade instalada seja inferior a 30 MW.<br />

Protocolo de Kyoto – Protocolo de um tratado internacional<br />

com compromissos mais rígidos para a redução da <strong>em</strong>issão<br />

dos gases que provocam o efeito estufa, causadores do aquecimento<br />

global. Foi aberto para assinaturas <strong>em</strong> 11 de dez<strong>em</strong>bro<br />

de 1997 e ratificado <strong>em</strong> 15 de março de 1999. Entrou<br />

<strong>em</strong> vigor <strong>em</strong> 16 de fevereiro de 2005. Por ele se propõe<br />

um calendário pelo qual os países-m<strong>em</strong>bros (principalmente<br />

os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a <strong>em</strong>issão de<br />

gases do efeito estufa <strong>em</strong>, pelo menos, 5,2% <strong>em</strong> relação<br />

aos níveis de 1990 no período entre <strong>2008</strong> e 2012, também<br />

chamado de primeiro período de compromisso. Além disso, é<br />

seu objetivo garantir um modelo de desenvolvimento limpo<br />

para os países <strong>em</strong> desenvolvimento, por meio de pesquisas e<br />

transferência de tecnologia.<br />

Rating – Palavra <strong>em</strong> inglês que significa, no contexto deste<br />

Relatório, classificação de risco.<br />

Reajuste Tarifário – Atualização dos preços da energia elétrica<br />

prevista nos contratos de concessão, com objetivo de<br />

preservar o equilíbrio econômico e financeiro das <strong>em</strong>presas.<br />

Rede de Distribuição Protegida (RDP) – Também conhecida<br />

como rede compacta, t<strong>em</strong> seus fios cobertos por um revestimento<br />

especial que evita quedas de energia do sist<strong>em</strong>a e<br />

acidentes quando da queda de árvores ou da ocorrência de<br />

outras interferências.<br />

Royalties – Valores pagos ao detentor de uma marca, patente,<br />

processo de produção, produto ou obra original pelos<br />

direitos de sua exploração comercial.<br />

Securities and Exchange Comission (SEC) – Entidade reguladora<br />

do mercado de capitais norte-americano, correspondente<br />

à Comissão de Valores Mobiliários brasileira.<br />

Serviço Especializado <strong>em</strong> Segurança e Medicina do Trabalho<br />

(SESMT) – Serviço com a finalidade de promover a saúde<br />

e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.<br />

Sist<strong>em</strong>a Interligado Nacional (SIN) – Sist<strong>em</strong>a composto<br />

pela rede básica e d<strong>em</strong>ais instalações de transmissão que<br />

131<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong>


interliga as unidades de geração e distribuição nos sist<strong>em</strong>as<br />

Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.<br />

Sociedade de <strong>Economia</strong> Mista – Sociedade cuja propriedade<br />

é divida entre o Estado e Particulares, sendo que o Estado<br />

deve ter participação no capital votante superior a 50%.<br />

Stakeholders ou Partes Interessadas – Pessoa, grupo, organização<br />

ou sist<strong>em</strong>a que afeta e é afetado pelas ações e<br />

atividades de uma <strong>em</strong>presa, entre os quais pod<strong>em</strong>os citar<br />

acionistas, funcionários, comunidade, clientes, fornecedores,<br />

credores, governos e organizações não-governamentais.<br />

Subestação – Instalação elétrica de alta potência, contendo<br />

equipamentos para transmissão, distribuição, proteção e controle<br />

de energia elétrica. Funciona como ponto de controle e<br />

transferência <strong>em</strong> um sist<strong>em</strong>a de transmissão elétrica, direcionando<br />

e controlando o fluxo energético, transformando os<br />

níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para<br />

consumidores industriais.<br />

Foi oficialmente criada na “Conferência das Nações Unidas<br />

para o Ambiente e Desenvolvimento”, no Rio de Janeiro <strong>em</strong><br />

1992 (“Conferência do Rio” ou “Eco-92”), por meio de um<br />

acordo assinado por líderes governamentais do mundo inteiro.<br />

O objetivo da UNFCCC é buscar a estabilização dos níveis<br />

de gases de efeito estufa <strong>em</strong> patamares que não impliqu<strong>em</strong><br />

alterações climáticas perigosas. Também pretende limitar<br />

as <strong>em</strong>issões a níveis que permitam uma adaptação natural<br />

e progressiva dos ecossist<strong>em</strong>as às alterações climáticas.<br />

Usina Eólica – Central que utiliza a força dos ventos para<br />

movimentar sua turbina e gerar energia elétrica.<br />

Usina Hidrelétrica (UHE) – Central que utiliza a força da<br />

água (energia mecânica) para girar as turbinas e gerar energia<br />

elétrica.<br />

Usina Térmica (UTE) – Central que gera energia elétrica a<br />

partir da queima de um determinado combustível, como carvão,<br />

óleo diesel, gás, biomassa ou outros.<br />

132<br />

CEMIG<br />

<strong>2008</strong><br />

Subsidiária – Empresa cujas políticas financeiras e operacionais<br />

são dirigidas por uma entidade controladora, que se<br />

beneficia de suas atividades. Ressalta-se que a controladora<br />

não precisa necessariamente deter o controle acionário, ou<br />

seja, o conceito de controle sobre a subsidiária decorre pelo<br />

mando <strong>em</strong> relação à estratégia e operações da subsidiária.<br />

Tarifas de Uso dos Sist<strong>em</strong>as de Transmissão (TUSTs) – Tarifas<br />

devidas pelos usuários (geradoras e consumidores livres)<br />

às transmissoras pelo uso de sua rede de transmissão.<br />

Tensão – A energia gerada é levada por meio de cabos ou<br />

barras condutoras, dos terminais do gerador até o transformador<br />

elevador, onde t<strong>em</strong> sua tensão (voltag<strong>em</strong>) elevada para<br />

adequada condução, por linhas de transmissão, até os centros<br />

de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores,<br />

a energia t<strong>em</strong> sua tensão levada a níveis adequados para<br />

utilização pelos consumidores. Figura nas especificações de<br />

uma máquina ou de um aparelho.<br />

Valor de Mercado – Valor de uma <strong>em</strong>presa no mercado de<br />

capitais <strong>em</strong> uma determinada data, fruto da soma do valor<br />

das ações representativas de seu capital social, conforme<br />

cotação das ações <strong>em</strong> bolsa de valores na data <strong>em</strong> questão.<br />

Volt – É a unidade de medida da tensão <strong>em</strong> que é fornecida<br />

a energia elétrica.<br />

Watt (W) – É a unidade de medida da potência que cada aparelho<br />

requer para seu funcionamento. O kilowatt (kW) t<strong>em</strong> mil<br />

watts; o megawatt (MW), um milhão de watts, gigawatt (GW),<br />

um bilhão de watts e o terawatt (TW), um trilhão de watts.<br />

Watt-hora – Para cada forma de energia, foi estabelecida uma<br />

medida. No caso da energia elétrica, estabeleceu-se o watthora<br />

(Wh). Para descrever seus múltiplos, utilizam-se prefixos<br />

gregos: kWh: kilowatt-hora: mil; MWh: megawatt-hora: milhão;<br />

GWh: gigawatt-hora: bilhão; TWh: terawatt-hora: trilhão.<br />

United Nations Framework Convention on Climate Change<br />

(UNFCCC) – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre<br />

Mudanças Climáticas, conhecida como Convenção do Clima.

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