19.11.2014 Views

Subfamília Prionomerinae

Subfamília Prionomerinae

Subfamília Prionomerinae

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

COLEOPTERA 155<br />

KLIMA, A.<br />

1935 - Curculionidae: Ceratopinae.<br />

Col. Catal., 19(145) : 1-3.<br />

MONTE, O.<br />

1943 - Chelotonyx brasiliensis n.sp., um novo Curculionideo<br />

do Brasil.<br />

Rev. Bras. Biol., 3 : 37-38, 1 fig.<br />

Subfamília PRIONOMERINAE 1<br />

(Prionomérides Lacordaire, 1863; <strong>Prionomerinae</strong> Pascoe, 1870;<br />

Prionomerini Le Conte & Horn, 1876; 1883; <strong>Prionomerinae</strong> Kolbe, 1898;<br />

Prionomerina Champion, 1903; Prionomerini Leng, 1920; Prionomerina<br />

Hustache, 1930; <strong>Prionomerinae</strong> Schenkling & Marshall, 1936; Blackwelder,<br />

1947).<br />

73. Caracteres, etc. - Incluem-se nesta subfamília Curculionideos<br />

de alguns milímetros de comprimento, providos<br />

Figs. 122 e 123 - Prionomerus abdominalis Boheman, 1843 (<strong>Prionomerinae</strong>)<br />

(Lacerda fot.).<br />

de rostro robusto, aproximadamente do comprimento do protorax,<br />

ou mais curto, subcilíndrico ou achatado; antenas de<br />

inserção mediana; protorax sem lobos post-oculares; quadris<br />

anteriores contíguos; fêmures anteriores armados de enorme<br />

dente triangular, serrulado na margem interna ou anterior<br />

1 De (prion), serra; (meros), fémur.


156 INSETOS DO BRASIL<br />

(Prionomerini), de pequeno dente ou inermes (Piazorhinini);<br />

tíbias anteriores mais ou menos foltemente encurvadas (Prionomerini)<br />

ou retas (Piazorhinini); garras apendiculadas; suturas<br />

entre os esternitos projetando-se mais ou menos para<br />

trás nos ângulos laterais; pigídio mais 011 menos encoberto<br />

pelos élitros.<br />

A subfamília compreende cêrca de 130 espécies da Região<br />

Neotrópica, dos gêneros: Camptocheirus Lacordaire (= Camptochirus<br />

Gemminger & Harold), Prionomerus Schönherr (=<br />

Prionopus Voss; Meroprion Marshall, Plectrodontus VOSS e<br />

Scymnoplastophilus Voss), Themeropsis Pascoe e Ectyrsus<br />

Pascoe, todos da tribo Prionomerini; Piazorhinus Schönh. e<br />

Polyponus Kirsch, da tribo Piazorhinini.<br />

Relativamente a etologia dos Prionomerineos transcrevo<br />

de BONDAR (1938) o seguinte:<br />

"Os representantes dos 2 grupos, a julgar pelas espécies<br />

cuja biologia conhecemos, desenvolvem-se dentro das<br />

fôlhas das plantas phanerogamas; as larvas vivem geralmente<br />

em sociedade, elas são minadoras, abrindo galerias<br />

nas fôlhas entre as duas epidermes, roendo o tecido parenchymatoso,<br />

antes de passar a pupa, a larva tece um casulo<br />

dos excrementos depositados na galeria. Os adultos se<br />

alimentam externamente nas fôlhas novas, causando furos<br />

no limbo da fôlha. Algumas espécies (por exemplo de<br />

Prionomerus) fazem uma incisão no limbo das fôlhas depositando<br />

os ovos no limbo da fôlha e as larvas se desenvolvem<br />

nas fôlhas murchas, eu pendentes da nervura, ou<br />

cahidas no chão".<br />

Dou em seguida a relação das espécies observadas por<br />

BONDAR na Bahia com o nome das plantas cujas fôlhas são<br />

atacadas pelos insetos:<br />

Camptocheirus angulatus (Champion, 1903) louro d'água<br />

(Ocotea opifera) (Lauracea); Prionomerus abdominalis 1<br />

Bohem., 1843 (figs. 122 e 123) e P. lauraceae Bondar, 1947,<br />

Lauracea; Prionomerus flavicornis (Fabr., 1801) louro sabão<br />

1<br />

As larvas desta espécie, no Rio Grande do Sul, segundo J. BECKER, minam<br />

fôlhas novas de Nectandra rígida var. amplifolia (Lauracea), chamada canela<br />

amarela ou canela burra. Segundo EMRICH (1935 - Os nomes populares das<br />

plantas do Rio Grande do Sul), canela amarela ou canela burra é a Nectandra<br />

oppositifolia e Nectandra rígida é a canela selva ou seibo.


COLEOPTERA 157<br />

(Lauracea); P. aesopus (Fabr., 1801) (segundo BONDAH, idêntico<br />

a Prionomerus constricticolIis VOSS, 1934) - louro canela<br />

(Lauracea), adultos em fôlhas de abacateiro (Persea gratíssima).<br />

Em fôlhas desta mesma planta - P. perseae (Bondar,<br />

1937) (fig. 125), P. sexgibbosus Bondar, 1938 e P. gudimiri<br />

Bondar, 1938.<br />

Fig. 124 - Prionomerus nigrispinis Lacordaire, 1863 (comp. 6 mm.) (De Bondar,<br />

1938, fig. 9); fíg. 125 - P. perseae Bondar, 1937 (comp. 2,5 rum.) (De Bondar,<br />

1937, fig. 3).<br />

P. farinarius Bondar, 1938 - comboatan branco (?) Sapindacea);<br />

P. nigrispinis Lacordaire, 1863 (fig. 124); P. lacordairei<br />

(Voss. 1934); P. marshalli (Bondar, 1938) e P. guareae<br />

(Bondar, 1938) - todos obtidos de fõlhas de Guarea<br />

(Meliacea). A primeira, segundo observação de LUEDERWALDT,<br />

em São Paulo, cria-se em fôlhas de G. selIoana (v. artigo de<br />

VOSS (1934) sôbre a etologia da espécie).<br />

P. anonicola (Bondar, 1939), Anona squamosa e várias<br />

Anonaceas silvestres. Em meu "3.° Catálogo" lê-se: "Prionomerus<br />

flavitarsis Jekel - adultos em fôlhas e frutos de fruteira<br />

de conde (Anona squamosa). Bahia (EDGARD CALDEIRA),<br />

DARIO MENDES det.". Não sei da existência de qualquer espécie<br />

de Prionomerus descrita por JEKEL.


158 INSETOS DO BRASIL<br />

Quanto à P. bondari Marshatl, 1925, BONDAR, observando-o<br />

primeiramente em fôlhas de dendezeiro (Elaeis guineensis),<br />

mais tarde (1938) declarou que o inseto deve desenvolver-se<br />

numa espécie de Guarea.<br />

:Fig. 126 - Ectyrsus villosus Pascoe, 1873 (Prionom., Prionomerini)<br />

(comp. 3,5 mm.) (De Pascoe, 1873, est. 7, fig. 5).<br />

Da tribo Piazorhinini há a mencionar as seguintes espécies<br />

de Piazorhinus Schönherr (= Piazorrhinus Gemminger<br />

& Harold): P. (?) scutellaris (Say, 1827) e P. vossi (Bondar,<br />

1938), em Coccoloba ilheensis (Polygonacea) e P. horni Bondar,<br />

1938 - imbira de sapo (Leguminosa).<br />

74. Bibliografia.<br />

BONDAR, G.<br />

1937 - Notas biológicas sôbre o gênero Prionomerus (Col.<br />

Curcul. ).<br />

Rev. Ent., 7 : 89-92, 1 fig.<br />

1937 - Idem, ibid.: 480, figs. 3 e 4.<br />

1938 - <strong>Prionomerinae</strong> (Col. Curc.) minador de fôlhas. Not.<br />

Ent. in.<br />

Rev. Ent., 8 : 1-17, 17 figs.<br />

1939 - Meroprion anonicola, n.sp. In Not. Ent., IV.<br />

Rev. Ent., 10 : 10-12, figs. 3 e 4.<br />

1947 - Subfamília <strong>Prionomerinae</strong>. In Not. Ent. XIX.<br />

Rev. Ent., 18 : 273-284.


COLEOPTERA 159<br />

CHEVROLAT, L. A. A.<br />

1877 - Essai monographique du genre Piazorrhinus.<br />

Ann. Soc. Ent. Fr., (5)7:97-100.<br />

HUSTACHE, A.<br />

1936 - Sur le genre Prionomerus Schoenh. et sur les synonymes<br />

(Plectrodontus VOSS, Scymnoplastophilus<br />

VOSS).<br />

Misc. Ent., Castanet - Tolosan, 37 : 46-50.<br />

1939 - <strong>Prionomerinae</strong> sud-américains (Col. Curculionides).<br />

Bull. Soc. Linn. Lyon, 8 : 44-53.<br />

SCHENKLING, S. & G. A. K. MARSHALL<br />

1936 - Curculionidae: <strong>Prionomerinae</strong>.<br />

Col. Catal., 19(150) : 11 p.<br />

VOSS, E.<br />

1934 - Vorstudie zur tribus Prionomerini (Col. Curc.).<br />

Ent. Blät., 30 : 139-144; 172-177.<br />

1934 - Ueber einen blattminierenden tropischen Rüssler (Col.<br />

Curculionidae).<br />

Arb. Phys. Angew. Ent., 1 : 267-271, 5 figs.<br />

Subfamília TYCHIINAE 1<br />

(Tychiides Lacordaire, 1863; Sibynidae Marseul, 1863 (partim);<br />

Tychiini Stein, 1868 (part.); Tychiinae Pascoe, 1870; Tychiini Le Conte<br />

& Horn, 1876; Tychiina Champion, 1903; Tychiinae Heynes, Reitter<br />

& Weise, 1906; Klima, 1934; Blackwelder, 1947).<br />

73. Caracteres, etc. - As espécies desta subfamília, de<br />

alguns milímetros de comprimento, como as da subfamília<br />

anterior, caracterizam-se por terem a 2. a e 3. a suturas ventrais<br />

lateralmente angulosas. Os fêmures, porém, são múticos<br />

ou armados de pequenos dentes em baixo.<br />

O funículo antenal apresenta 7 (Tychius) ou 6 segmentos<br />

(Sibinia).<br />

De cêrca de 600 espécies descrítas, contam-se pouco mais<br />

de 50 da Região Neotrópica e as poucas que habitam o Brasil,<br />

cêrca de 12, pertencem aos gêneros: Thysanocnemis Le Conte,<br />

Lignyodes Schönherr e Sibinia Germar.<br />

O pigídio pode ser visível ou inteiramente coberto pelos<br />

élitros.<br />

1 De (Tychos), nome próprio

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!