3 . ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE CASCAIS - DNA Cascais
3 . ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE CASCAIS - DNA Cascais 3 . ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE CASCAIS - DNA Cascais
3 . ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DE CASCAIS Relatório Agenda 21 - CASCAIS 2007 31
- Page 2 and 3: 1 - LOCALIZAÇÃO, TOPONÍMIA E FRE
- Page 4 and 5: contrapartida, as freguesias de Alc
- Page 6 and 7: e Cascais são as que têm uma maio
3 . <strong>ENQUADRAMENTO</strong><br />
<strong>DO</strong> <strong>CONCELHO</strong><br />
<strong>DE</strong> <strong>CASCAIS</strong><br />
Relatório Agenda 21 - <strong>CASCAIS</strong> 2007<br />
31
1 - LOCALIZAÇÃO, TOPONÍMIA E FREGUESIAS<br />
Situado a ocidente do Estuário do Tejo, entre a Serra de Sintra e<br />
o Oceano Atlântico, o território ocupado pelo Concelho de<br />
<strong>Cascais</strong> é limitado a Norte pelo Concelho de Sintra, a Sul e a<br />
Ocidente pelo Oceano e a Oriente pelo Concelho de Oeiras.<br />
Na segunda metade do século XII <strong>Cascais</strong> foi uma pequena<br />
aldeia de pescadores e lavradores. O topónimo <strong>Cascais</strong> parece,<br />
mesmo, derivar do plural de cascal (monte de cascas), o que se<br />
deve relacionar com a abundância de moluscos marinhos aí<br />
existentes.<br />
Em 1370, forma-se o termo de <strong>Cascais</strong>, assistindo-se poucos<br />
anos depois ao crescimento de <strong>Cascais</strong> no exterior das muralhas<br />
do Castelo.<br />
O Concelho de <strong>Cascais</strong> insere-se na Área Metropolitana de<br />
Lisboa (AML). A sua localização geográca em conjunto com o<br />
facto da AML integrar a capital do país, Lisboa, torna-a num<br />
centro de recursos estratégicos para o desenvolvimento<br />
económico, social e cultural, conferindo-lhe condições privilegiadas<br />
para uma constante melhoria da qualidade de vida dos<br />
seus efectivos populacionais, o que a caracteriza como uma área<br />
territorial de grande atractividade.<br />
A área Metropolitana de Lisboa é onde se encontra a maior<br />
concentração populacional do país, em 2001 detinha cerca de<br />
¼ da população portuguesa.<br />
Enquadramento do Concelho de <strong>Cascais</strong><br />
no Território Nacional<br />
e na Área Metropolitana de Lisboa
O Concelho de <strong>Cascais</strong> tem uma área de 97,1km2, sendo<br />
constituído por 6 freguesias: Alcabideche, Carcavelos, <strong>Cascais</strong>,<br />
Estoril, Parede e São Domingos de Rana. A Freguesia de<br />
Alcabideche é a que possui maior território, seguindo-se <strong>Cascais</strong><br />
e S. Domingos de Rana com uma expressão territorial idêntica,<br />
e depois por ordem decrescente, Estoril, Carcavelos e Parede.<br />
2 - POPULAÇÃO<br />
1 - Evolução da População Residente<br />
Ao longo das últimas três décadas <strong>Cascais</strong>, apresentou um<br />
acréscimo populacional signicativo, como se pode vericar na<br />
gura seguinte.<br />
Freguesias<br />
Área (Km2)<br />
Alcabideche 40,0<br />
Carcavelos 4,5<br />
<strong>Cascais</strong> 20,1<br />
Estoril 8,8<br />
Parede 3,6<br />
S. Domingos de Rana 20,1<br />
Evolução da População Residente por Freguesia e no<br />
Concelho de 1970 a 2001<br />
(Fonte: INE, Recenseamento da População de 1970, 1981, 1991 e 2001)<br />
A freguesia do Estoril perdeu população nos últimos vinte anos,<br />
enquanto na freguesia da Parede, este fenómeno ocorreu<br />
apenas a partir de 1991, mas de forma bastante acentuada. Em<br />
Relatório Agenda 21 - <strong>CASCAIS</strong> 2007<br />
33
contrapartida, as freguesias de Alcabideche, Carcavelos e S.<br />
Domingos de Rana, acompanham a tendência geral do<br />
Concelho, assiste-se ao progressivo crescimento populacional.<br />
2 - População por Grupo Etário<br />
3 - Naturalidade da População Residente<br />
no Concelho de <strong>Cascais</strong><br />
Em 2001, 14 % da população residente em <strong>Cascais</strong> era<br />
estrangeira, destacando-se os estrangeiros com naturalidade<br />
africana, cerca de 58 %.<br />
O crescimento populacional que se assistiu no Concelho de<br />
<strong>Cascais</strong>, não foi igualmente proporcional para todos os escalões<br />
etários.<br />
A Pirâmide de Idades Comparada no período em estudo (1970-<br />
2001), apresenta claramente a alteração estrutural ocorrida na<br />
população do Concelho de <strong>Cascais</strong>, retrato de um progressivo<br />
envelhecimento, consequência de uma baixa natalidade e uma<br />
maior longevidade.<br />
Naturalidade da População Residente<br />
no Concelho de <strong>Cascais</strong> em 2001<br />
(Fonte: INE, Recenseamento da População de 1970, 1981, 1991 e 2001)<br />
Evolução das Pirâmides de Idades de 1970 a 2001<br />
(Fonte: INE, Recenseamento da População de 1970, 1981, 1991 e 2001)<br />
4 - Nível de Instrução da População em 2001<br />
Relativamente ao nível de instrução da população de <strong>Cascais</strong>,<br />
em 2001, salienta-se que cerca de 22% da população possui<br />
ensino médio - superior, e outros 22% ensino secundário,<br />
valores bem acima da média nacional que se situa nos 11,5% e<br />
14% respectivamente.<br />
Sem nível de ensino está quase 10% da população do Concelho,<br />
valor um pouco abaixo da média nacional, que é de 14%..
3 - INDICA<strong>DO</strong>RES ECONÓMICOS<br />
4 - OCUPAÇÃO <strong>DO</strong> TERRITÓRIO<br />
Nos últimos dez anos a distribuição da população activa por<br />
sector económico manteve-se praticamente idêntica<br />
registando-se contudo uma ligeira subida, 5%, no sector<br />
terciário, e consequente decréscimo no sector secundário. A<br />
população activa no sector primário manteve-se em 1%.<br />
2001<br />
1%<br />
20%<br />
Sector Promário<br />
Sector Secundário<br />
79%<br />
Sector Terciário<br />
(Fonte: INE, Recenseamento da População de 1970, 1981, 1991 e 2001)<br />
A situação do desemprego no Concelho de <strong>Cascais</strong> em 2007,<br />
era, segundo dados do INE, aproximadamente de 3,6%, bastante<br />
menor que a taxa de desemprego nacional que se situava nos<br />
8%. <strong>Cascais</strong> situa-se numa situação privilegiada em relação ao<br />
resto do Pais comparável com os Países da União Europeia, que<br />
em 2007, que possuíam as mais baixas taxas de desemprego,<br />
nomeadamente a Holanda (3,1 %), a Dinamarca (3,3 %), Chipre<br />
(3,7 %), Lituânia (4,1 %) e Áustria (4,2 %).<br />
Saliente-se que Portugal tinha em Setembro de 2007 a quinta<br />
taxa de desemprego mais elevada da União Europeia a 27, a<br />
seguir à Eslováquia (11,1 por cento), Polónia (8,8 por cento),<br />
França (8,6 por cento) e Grécia (8,4 por cento).<br />
O enquadramento geográco do Concelho confere-lhe uma<br />
diversidade biofísica muito importante. O Concelho encontra-se<br />
delimitado a Norte pela Serra de Sintra, uma vasta área de<br />
património ambiental, geomorfológico e paisagístico. A orla<br />
marítima do Concelho confere ainda um sistema biofísico<br />
costeiro muito diversicado que, em conjunto com a Serra<br />
resultam num enquadramento paisagístico único.<br />
Dada a importância de salvaguardar os espaços naturais, as<br />
paisagens e o património do Concelho, delimitou-se a área do<br />
Parque Natural Sintra <strong>Cascais</strong> (PNSC) a 11 de Março de 1994<br />
tendo, dez anos mais tarde, entrado em vigor o Plano de<br />
Ordenamento do PNSC que visava a salvaguarda do património<br />
paisagístico do crescimento urbano e das actividades humanas.<br />
O PNSC afecta cerca de um terço da área total do Concelho de<br />
<strong>Cascais</strong> correspondendo a 33 km2. Cerca de 23% do território<br />
do PNSC abrange as freguesias de Alcabideche e <strong>Cascais</strong>,<br />
signicando cerca de 60% e 43% respectivamente, da área total<br />
das freguesias.<br />
Também as ribeiras do Concelho têm uma importância<br />
acrescida na qualidade ambiental e na biodiversidade, com valor<br />
cénico e ecológico signicativo. Os Vales das Principais Ribeiras<br />
de <strong>Cascais</strong> constituem, assim, corredores verdes com<br />
importantes funções ecológicos, equilibrando o ciclo<br />
hidrológico. Contudo, nas zonas urbanas, verica-se que<br />
algumas das linhas de água são espaços residuais nas traseiras<br />
dos prédios, sem qualquer utilização ou interesse por parte dos<br />
moradores.<br />
A estrutura REN existente no Concelho tem uma vasta área<br />
inserida no PNSC. Estas correspondem a diversas áreas<br />
declivosas, às cabeceiras das linhas de água, áreas de inltração<br />
máxima, entre outros. Nos sistemas litorais, destacamos o<br />
sistema dunar Guincho – Oitavos, as falésias existentes por toda<br />
a costa do Concelho (com destaque para a costa Oeste, também<br />
integrada no PNSC). Deste modo, as freguesias de Alcabideche<br />
Relatório Agenda 21 - <strong>CASCAIS</strong> 2007<br />
35
e <strong>Cascais</strong> são as que têm uma maior área de interesse ambiental<br />
protegida, condicionando o desenvolvimento urbano nas áreas<br />
Noroeste do Concelho<br />
A RAN existente no Concelho de <strong>Cascais</strong> ocupa uma área de<br />
806,4 Hectares. Não existe uma estrutura linear ou ordenada de<br />
terrenos pertencentes a esta classe. É normal compreendendo<br />
as características biofísicas do Concelho. Temos, assim, grandes<br />
manchas de RAN na freguesia de Alcabideche, correspondendo<br />
a áreas adjacentes às ribeiras da Foz do Guincho, Vinhas,<br />
Manique e Bicesse.<br />
Edicado em <strong>Cascais</strong><br />
(Fonte: INE (1981, 1991, 2001) –<br />
Recenseamento Geral da População (CENSUS) )<br />
Relativamente ao desenvolvimento urbano, vericamos que o<br />
aumento populacional fez-se notar, também, ao nível dos<br />
edifícios habitacionais, com maior concentração nas Freguesias<br />
de Carcavelos, de <strong>Cascais</strong> e de S. D. de Rana, na década de 1980,<br />
e na freguesia de Alcabideche e de S. D. Rana, na década de<br />
1990. No que respeita ao nº de alojamentos construídos,<br />
vericou-se um grande investimento imobiliário nestes últimos<br />
20 anos, traduzido num aumento de 67.8% do n.º de<br />
alojamentos.<br />
Os mecanismos de regulamentação do território do Concelho<br />
nem sempre foram os mais adequados, pelo que os instrumentos<br />
de gestão territorial têm vindo a desenvolver uma<br />
preocupação no controle do aumento da construção e na<br />
correcta disposição de equipamentos e espaços verdes para a<br />
população.<br />
Deste modo, o planeamento do território é assegurado pelos<br />
planos municipais de ordenamento do território (PMOT’s), dos<br />
quais o PDM que vincula os usos do solo, estando enquadrado<br />
numa hierarquia que garanta o desenvolvimento territorial do<br />
Concelho tendo em conta o seu posicionamento regional e<br />
nacional.<br />
Nesta hierarquia, também entram os Planos de urbanização<br />
(PU’s) e Planos de Pormenor (PP’s) que visam a caracterização,<br />
diagnóstico e elaboração de cenários de desenvolvimento<br />
urbano para as referidas áreas de intervenção, assumindo-se<br />
essas áreas como espaços de integração urbana cujo processo<br />
de desenvolvimento sustentável requer a maximização das<br />
sinergias e potencialidades.<br />
Na actualidade, são cerca de 18 os PP’s em desenvolvimento,<br />
garantindo a curto prazo, uma melhoria substancial no<br />
ordenamento do Concelho minimizando os impactes do forte<br />
crescimento urbano vericado no passado e simultaneamente,<br />
dar origem a um processo de desenvolvimento urbano<br />
transparente e credível.
As áreas do Concelho mais densamente povoadas coincidem<br />
com os núcleos urbanos das principais localidades, sobretudo<br />
entre o litoral Sul e a Auto-Estrada.<br />
Salienta-se, contudo, a grande mancha urbana que abrange, S.<br />
João e S. Pedro do Estoril, toda a Freguesia da Parede, a freguesia<br />
de Carcavelos com excepção da Quinta dos Ingleses, Tires,<br />
Caparide, Zambujal, Rana.<br />
Relatório Agenda 21 - <strong>CASCAIS</strong> 2007<br />
37