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T - Grupo de Mecânica Aplicada

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ANÁLISE DA ACELERAÇÃO<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 1


Introdução<br />

O <strong>de</strong>sempenho máximo na aceleração<br />

longitudinal <strong>de</strong> um veículo é <strong>de</strong>terminada por<br />

um <strong>de</strong> dois limitantes: potencia do motor ou<br />

limite <strong>de</strong> tração nas rodas motrizes.<br />

Qual dos limites irá prevalecer <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<br />

velocida<strong>de</strong> do veículo.<br />

Em altas velocida<strong>de</strong>s a potência do motor<br />

po<strong>de</strong>rá ser o fator limitante.<br />

Em baixas velocida<strong>de</strong>s a tração do pneu po<strong>de</strong>rá<br />

ser o fator limitante.<br />

Aceleração limitada pela<br />

potência<br />

A análise da aceleração limitada pela potência<br />

envolve a avaliação das características do<br />

motor e sua interação com o sistema <strong>de</strong><br />

potência (power train).<br />

Na seqüência avalia-se os seguintes itens:<br />

• Motores<br />

• Sistemas <strong>de</strong> potência<br />

• Transmissões automáticas<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 2


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Motores<br />

Os motores são caracterizados pelas curvas <strong>de</strong><br />

torque e potência em função da velocida<strong>de</strong>.<br />

Motores a gasolina apresentam uma curva <strong>de</strong><br />

torque com valor máximo na media da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação. Motores a diesel<br />

apresentam uma curva <strong>de</strong> torque plana ou que<br />

aumenta ao diminuir a velocida<strong>de</strong>.<br />

Essa característica, controlada pelo programa<br />

do sistema <strong>de</strong> injeção, conduziu ao elevado<br />

torque dos motores em veículos comerciais.<br />

Outra diferença é o consumo <strong>de</strong> combustível.<br />

Na sua maior eficiência, motores a gasolina<br />

po<strong>de</strong>m conseguir um nível <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><br />

combustível específico na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,4<br />

lb/hp-hr, os a diesel perto <strong>de</strong> 0,2 para menos.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 3


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Motores (cont)<br />

Potencia e torque são relacionados pela<br />

velocida<strong>de</strong>.<br />

⎡ft<br />

- lb ⎤<br />

Potência ⎢ ⎥ = Torque<br />

⎣ seg ⎦<br />

Potência<br />

Potência<br />

[ HP] = Torque [ ft − lb]<br />

= Torque<br />

⎡rad<br />

⎤<br />

[ ft − lb] ⋅velocida<strong>de</strong><br />

⎥ ⎦<br />

[ ft − lb]<br />

[ kw] = 0,746 ⋅ Potência[ HP]<br />

⎢<br />

⎣seg<br />

⎡ rad<br />

velocida<strong>de</strong> ⎢<br />

seg<br />

⋅<br />

⎣<br />

550<br />

velocida<strong>de</strong><br />

⋅<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎦<br />

[ RPM]<br />

5252<br />

A relação da potência do motor com o peso do<br />

veículo é o <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m no<br />

<strong>de</strong>sempenho da aceleração.<br />

Em velocida<strong>de</strong>s baixas a mo<strong>de</strong>radas, um limite<br />

superior na aceleração po<strong>de</strong> ser obtido<br />

<strong>de</strong>sprezando as forças <strong>de</strong> resistência que agem<br />

sobre o veículo.<br />

De acordo com a Segunda Lei <strong>de</strong> Newton:<br />

F<br />

x<br />

= M a x<br />

M : massa do veículo (W/g)<br />

a x<br />

: aceleração na direção do movimento<br />

F x<br />

: força <strong>de</strong> tração nas rodas motrizes<br />

1 HP<br />

= 550<br />

ft − lb<br />

seg<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 4


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Motores (cont)<br />

A força po<strong>de</strong> ser substituída pela potência<br />

dividida pela velocida<strong>de</strong>,<br />

a<br />

x<br />

=<br />

1<br />

M<br />

= 550<br />

F<br />

x<br />

g<br />

V<br />

⎛<br />

⎜<br />

⎝<br />

HP<br />

W<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎡ ft<br />

⎢<br />

⎣seg<br />

2<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎦<br />

Como a velocida<strong>de</strong> está no <strong>de</strong>nominador, a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aceleração <strong>de</strong>ve diminuir com<br />

o aumento da velocida<strong>de</strong>.<br />

Os caminhões terão níveis <strong>de</strong> performance<br />

muito mais baixos do que os carros por causa<br />

da relação potência/peso menos favorável .<br />

g: aceleração da gravida<strong>de</strong> [32,2 ft/sec²]<br />

V: velocida<strong>de</strong> [ft/sec]<br />

HP: potencia do motor em HP<br />

W: peso do veículo [lb]<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 5


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

Estimativas mais exatas do <strong>de</strong>sempenho da<br />

aceleração requerem o mo<strong>de</strong>lamento do<br />

sistema mecânico, através do qual a potência<br />

do motor é transmitida ao solo.<br />

Começando com o motor, lembra-se que o<br />

torque motor é medido a velocida<strong>de</strong> constante<br />

com um dinamômetro.<br />

O torque real que é entregue ao sistema motriz<br />

é reduzido pela perda requerida para acelerar a<br />

inércia dos componentes em rotação.<br />

O torque entregue pela embreagem ao sistema<br />

<strong>de</strong> transmissão po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminado pela<br />

aplicação da equação:<br />

T<br />

c<br />

= Te<br />

- Ie<br />

α<br />

e<br />

T c<br />

: torque na embreagem (entrada na<br />

transmissão)<br />

T e<br />

: torque do motor a uma dada<br />

velocida<strong>de</strong> (dado do dinamômetro)<br />

I e<br />

: inércia rotacional do motor<br />

α e<br />

: aceleração angular do motor<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 6


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

O torque entregue na saída da transmissão é<br />

amplificado pela relação da engrenagem da<br />

transmissão, mas é diminuído por perdas<br />

inerciais das engrenagens e seus eixos.<br />

Se a inércia da transmissão é caracterizada por<br />

seu valor na entrada, o torque <strong>de</strong> saída po<strong>de</strong> ser<br />

aproximado pela expressão,<br />

T = ( T − I α ) N<br />

d<br />

c<br />

T d<br />

: torque entregue ao cardam<br />

N t<br />

: relação numérica da caixa <strong>de</strong> transmissão<br />

I t<br />

: inércia rotacional da transmissão (vista do<br />

lado motor)<br />

O torque entregue aos eixos para acelerar as<br />

rodas e provi<strong>de</strong>nciar a força <strong>de</strong> tração no solo é<br />

amplificado pela relação motriz final, com<br />

redução da inércia dos componentes após a<br />

caixa <strong>de</strong> transmissão.<br />

t<br />

e<br />

t<br />

T<br />

a<br />

= ( T – I α ) N = F r +<br />

d<br />

d<br />

T a<br />

: torque nos eixos<br />

F x<br />

: Força <strong>de</strong> tração no solo<br />

r : raio das rodas<br />

I w<br />

: inércia rotacional das rodas e eixos<br />

α w<br />

: aceleração angular das rodas<br />

I d<br />

: inércia rotacional do cardan<br />

α d<br />

: aceleração angular do cardan<br />

N f<br />

: relação numérica do parte motriz final<br />

d<br />

f<br />

x<br />

I<br />

w<br />

α<br />

w<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 7


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

α w<br />

As acelerações angulares do motor, transmissão<br />

e eixo motriz são relacionadas aos das rodas<br />

pelas relações <strong>de</strong> engrenagens.<br />

α d<br />

N f<br />

α<br />

e<br />

=<br />

α<br />

N<br />

d<br />

t<br />

=<br />

α<br />

d<br />

N<br />

=<br />

f<br />

α<br />

N<br />

t<br />

w<br />

N<br />

f<br />

α<br />

w<br />

α e<br />

N t<br />

As equações do sistema <strong>de</strong> potência po<strong>de</strong>m ser<br />

combinadas para obter a força <strong>de</strong> tração<br />

disponível no solo.<br />

Como a aceleração do veículo, a x<br />

, é a<br />

aceleração angular da roda, α w<br />

, vezes o raio do<br />

pneu, tem-se:<br />

F<br />

T . N<br />

e tf<br />

2<br />

2<br />

x<br />

= −{(<br />

I<br />

e<br />

+ It<br />

) Ntf<br />

+ I<br />

d<br />

N<br />

f<br />

+<br />

r<br />

N tf<br />

: relação combinada da transmissão e<br />

tração final<br />

I<br />

w<br />

a<br />

}<br />

r<br />

x<br />

2<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 8


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

As perdas mecânicas e viscosas dos<br />

componentes <strong>de</strong> propulsão (transmissão, eixo<br />

motriz, diferencial e eixos das rodas) não<br />

foram levadas em conta. Elas reduzem o<br />

torque motor em proporção ao produto das<br />

eficiências individuais.<br />

As eficiências variam com o torque por causa<br />

das perdas viscosas que ocorrem mesmo<br />

quando o torque é zero.<br />

Em geral, eficiências ao redor <strong>de</strong> 80% a 90%<br />

são usadas tipicamente para caracterizar a<br />

propulsão. Os efeitos das perdas mecânicas<br />

são aproximados adicionando um valor <strong>de</strong><br />

eficiência ao primeiro termo.<br />

F<br />

T . N<br />

e tf tf<br />

2 2<br />

x = −{(<br />

Ie<br />

+ It<br />

) Ntf<br />

+ Id<br />

N f +<br />

r<br />

η<br />

I<br />

w<br />

a<br />

}<br />

r<br />

η tf<br />

: eficiência combinada da transmissão e<br />

tração final<br />

x<br />

2<br />

O primeiro termo à direita é o torque do<br />

motor multiplicado pela relação total da<br />

engrenagem e a eficiência do sistema<br />

motriz, e dividido pelo raio do pneu.<br />

Representa o estado estacionário da força <strong>de</strong><br />

tração disponível no solo para superar as<br />

forças da estrada relativas à resistência<br />

aerodinâmicas e <strong>de</strong> rolagem, a aceleração ou<br />

<strong>de</strong> qualquer subida.<br />

O segundo termo à direita representa a<br />

“perda” da força <strong>de</strong> tração <strong>de</strong>vido a inércia<br />

do motor e dos componentes motrizes. O<br />

termo entre chaves indica que a inércia<br />

equivalente <strong>de</strong> cada componente é<br />

“amplificada” pelo quadrado da relação<br />

numérica <strong>de</strong> engrenagem entre o<br />

componente e as rodas.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 9


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

Conhecendo a força <strong>de</strong> tração, é possível<br />

prever o <strong>de</strong>sempenho da aceleração do veículo,<br />

A expressão para a aceleração <strong>de</strong>ve levar em<br />

conta todas as forças envolvidas.<br />

M<br />

a<br />

x<br />

=<br />

W<br />

g<br />

a<br />

x<br />

=<br />

F<br />

x<br />

− R<br />

x<br />

− D<br />

A<br />

− R<br />

M : massa do veículo (W/g)<br />

a x<br />

: aceleração longitudinal<br />

F x<br />

: força <strong>de</strong> tração no solo<br />

R x<br />

: forças da resistência <strong>de</strong> rolagem<br />

D a<br />

: força <strong>de</strong> arrasto aerodinâmico<br />

R hx<br />

: forças <strong>de</strong> engate (reboque)<br />

hx<br />

−W senθ<br />

F x<br />

engloba o torque do motor e os termos <strong>de</strong><br />

inércia rotacional. Por conveniência, as inércias<br />

rotacionais são englobadas com a massa do<br />

veículo para obter uma equação simplificada,<br />

W + W<br />

( M + M ) a = r<br />

r x ax<br />

g<br />

Te<br />

Ntf<br />

ηtf<br />

=<br />

r<br />

Eq.(2<br />

−11)<br />

− Rx<br />

− DA<br />

− Rhx<br />

−W senθ<br />

M r<br />

: massa equivalente dos componentes<br />

rotacionais<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 10


Aceleração limitada pela potência (cont)<br />

Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

A combinação das duas massas é uma “massa<br />

efetiva”, e a relação (M + M r<br />

)/M é o “fator <strong>de</strong><br />

massa”.<br />

O fator <strong>de</strong> massa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das engrenagens:<br />

Fator <strong>de</strong> Massa<br />

Veículo Engrenagens Alta Segunda Primeira Baixa<br />

Carro pequeno 1,11 1,20 1,50 2,40<br />

Carro gran<strong>de</strong> 1,09 1,14 1,30 -<br />

Caminhão 1,09 1,20 1,60 2,50<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 11


Sistema <strong>de</strong><br />

potência (cont)<br />

A força <strong>de</strong> tração<br />

gerada pelo motor/sistema<br />

<strong>de</strong> tração (o primeiro<br />

termo do lado direito da<br />

Eq. (2-11)) é o esforço<br />

disponível para superar as<br />

forças da estrada e a<br />

aceleração do veículo. Isto<br />

é mostrado para uma<br />

veículo com quatro<br />

marchas na Figura 2.4.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 12


Sistema <strong>de</strong> potência (cont)<br />

Para um <strong>de</strong>sempenho máximo da aceleração<br />

basta fazer alteração do ponto entre as<br />

engrenagens on<strong>de</strong> esses pontos estão na linha <strong>de</strong><br />

cruzamento. A área ao redor <strong>de</strong>stas linhas entre<br />

engrenagens e a curva da potência constante é<br />

indicado para a falta <strong>de</strong> um bom <strong>de</strong>sempenho da<br />

máxima aceleração.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 13


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

A transmissão automática provém <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>sempenho relativamente diferente, pela<br />

conversão do torque que é consumido. A<br />

conversão do torque é uma ligação <strong>de</strong> fluidos que<br />

utiliza hidrodinâmica principalmente para<br />

amplitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> torques que são consumidos na<br />

transmissão da velocida<strong>de</strong> gasta. Veja na figura<br />

2.5 a razão dos torques e as características da<br />

eficiência <strong>de</strong> uma típica conversão e a função da<br />

razão <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> (produção/consumo <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong>).<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 14


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 15


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

São mostradas também nesta figura as forças<br />

da carga da estrada que elevam-se da resistência<br />

do rolamento, do arrasto aerodinamico, e da classe<br />

da estrada (0.5.10.15 e 20%).<br />

Em uma velocida<strong>de</strong> dada a diferença entre a<br />

curva <strong>de</strong> tração, do esforço e a curva apropriada da<br />

carga da estrada é a força <strong>de</strong> tração disponível<br />

acelerando o veículo (e seus componentes<br />

giratórios).<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 16


A interseção entre as<br />

curvas da carga da<br />

estrada e as curvas <strong>de</strong><br />

tração do esforço está<br />

a uma velocida<strong>de</strong><br />

máxima que possa ser<br />

sustentada nessa<br />

engrenagem.<br />

TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 17


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

As melhores relações da<br />

engrenagem chegam geralmente<br />

perto <strong>de</strong> uma progressão<br />

geométrica, em que as relações<br />

mudam por uma porcentagem<br />

constante da engrenagem. A figura<br />

2.7 ilustra o relacionamento da<br />

velocida<strong>de</strong> do motor à velocida<strong>de</strong><br />

da estrada obtida com progressão<br />

geométrica. A figura 2.8 mostra o<br />

relacionamento da velocida<strong>de</strong> da<br />

motor-estrada para um carro real da<br />

produção.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 18


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

Fig 2.8 Gear ratios on a typical passenger car.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 19


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

Nestas épocas as escolhas feitas na seleção <strong>de</strong><br />

relações da engrenagem da transmissão <strong>de</strong>vem<br />

também refletir as realida<strong>de</strong>s das pressões para a<br />

economia e as emissões <strong>de</strong> combustível.<br />

A performance do motor quantificada em<br />

ambos traçando suas características. Um exemplo<br />

<strong>de</strong> um mapa do consumo <strong>de</strong> combustível para um<br />

motor V-8 é mostrado na figura 2.9.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 20


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 21


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

A figura mostra linhas do consumo <strong>de</strong><br />

combustível constante (libras por freio-cavalo-forçahora)<br />

em função da freio-mean-eficaz-pressão<br />

(indicando torque) e da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> motor. Perto<br />

dos limites o consumo <strong>de</strong> combustível específico é o<br />

mais elevado. No meio está um console pequeno do<br />

consumo <strong>de</strong> combustível mínimo na taxa <strong>de</strong> 0.46<br />

lb/bhp-hr.<br />

Para maximizar a economia <strong>de</strong> combustível da<br />

estrada o veículo e a linha propulsora <strong>de</strong>vem ser<br />

projetados para operarem nesta região.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 22


TRANSMISSÃO<br />

AUTOMÁTICA<br />

Para a melhor economia a transmissão <strong>de</strong>ve ser<br />

projetada para operar ao longo da linha bold que<br />

permanece <strong>de</strong>ntro dos limites do consumo <strong>de</strong> combustível<br />

mínimo sobre a escala a mais larga <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

motor.<br />

Para finalida<strong>de</strong>s das emissões, os mapas similares do<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> motor po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidos para<br />

caracterizar as proprieda<strong>de</strong>s das emissões, e uma lógica<br />

similar seria usada para i<strong>de</strong>ntificar as características da<br />

transmissão que minimizariam emissões.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 23


Aceleração limitada pela tração<br />

Existindo potência suficiente do motor, a<br />

aceleração po<strong>de</strong> estar limitada pelo coeficiente<br />

<strong>de</strong> atrito pneu/estrada.<br />

A força <strong>de</strong> tração no solo F x<br />

é limitada por<br />

F x<br />

= µW<br />

Mudança <strong>de</strong> peso transversal por<br />

causa do torque motriz<br />

A mudança <strong>de</strong> peso transversal ocorre em<br />

todos os eixos motrizes sólidos<br />

As reações básicas num eixo motriz traseiro<br />

são mostradas. O cardam impõe através do<br />

diferencial um torque T d<br />

no eixo.<br />

µ: coeficiente máximo <strong>de</strong> atrito<br />

W: peso nas rodas motrizes<br />

O peso na roda motriz <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da carga<br />

estática mais a carga dinâmica <strong>de</strong>vida à<br />

aceleração, e ainda mais qualquer mudança<br />

transversal <strong>de</strong> carga por causa do torque motriz.<br />

O chassis po<strong>de</strong> rolar comprimindo e<br />

esten<strong>de</strong>ndo as molas em lados opostos do<br />

veículo, tal que um torque <strong>de</strong>vido à rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

rolamento da suspensão, T s<br />

, é produzido.<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 24


Aceleração limitada pela tração (cont)<br />

Mudança <strong>de</strong> peso transversal por causa do torque motriz (cont)<br />

Toda diferença entre os torques T d<br />

e T s<br />

<strong>de</strong>ve<br />

ser absorvida como uma diferença no peso<br />

nas duas rodas (W y<br />

).<br />

Se o eixo for do tipo sem-travamento, o<br />

torque entregue às rodas é restrito pelo limite<br />

<strong>de</strong> tração na roda mais levemente carregada.<br />

Escrevendo a 2da Lei <strong>de</strong> Newton para rotação<br />

do eixo em torno do ponto central, quando o<br />

eixo está em equilíbrio.<br />

∑<br />

T<br />

⎛W<br />

⎜<br />

⎝ 2<br />

r<br />

O<br />

=<br />

0<br />

+ W<br />

y<br />

W<br />

−<br />

2<br />

W<br />

y<br />

r<br />

+ W<br />

=<br />

T<br />

⎞ t<br />

⎟ + Ts<br />

⎠ 2<br />

− T<br />

T d<br />

se relaciona às forças motrizes através <strong>de</strong>,<br />

d<br />

y<br />

− T<br />

t<br />

s<br />

d<br />

=<br />

0<br />

T =<br />

d<br />

Fx<br />

r<br />

N<br />

f<br />

F x<br />

: força motriz total das duas rodas traseiras<br />

r: raio do pneu<br />

N f<br />

: relação motriz final<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 25


Aceleração limitada pela tração (cont)<br />

Mudança <strong>de</strong> peso transversal por causa do torque motriz (cont)<br />

Ao <strong>de</strong>terminar o torque <strong>de</strong> rolagem produzido<br />

pela suspensão consi<strong>de</strong>ra-se o veículo inteiro, e<br />

a reação do torque motriz no chassis rola o<br />

chassis nas suspensões dianteiras e traseiras.<br />

Avalia-se o caso <strong>de</strong> rodas traseiras motrizes.<br />

É suposto que o torque <strong>de</strong> rolagem produzido<br />

por uma suspensão é proporcional ao ângulo<br />

<strong>de</strong> rolagem (lei <strong>de</strong> Hooke) do chassi.<br />

T<br />

T<br />

s f<br />

K<br />

sr<br />

φ<br />

=<br />

=<br />

=<br />

K<br />

K<br />

K<br />

φ f<br />

φ r<br />

φ f<br />

φ<br />

φ<br />

+ K<br />

φ r<br />

T sf<br />

: torque <strong>de</strong> rolagem na suspensão dianteira<br />

T sr<br />

: torque <strong>de</strong> rolagem na suspensão traseira<br />

K φf<br />

: rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> rolagem da suspensão dianteira<br />

K φr<br />

: rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> rolagem da suspensão traseira<br />

K φ : rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> rolagem total<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 26


Aceleração limitada pela tração (cont)<br />

Mudança <strong>de</strong> peso transversal por causa do torque motriz (cont)<br />

T sr<br />

po<strong>de</strong> ser relacionado ao ângulo <strong>de</strong> rolagem,<br />

e o ângulo <strong>de</strong> rolagem po<strong>de</strong> ser relacionado ao<br />

torque motriz.<br />

O ângulo <strong>de</strong> rolagem é o torque motriz<br />

dividido pela rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> rolagem total.<br />

Assim<br />

W<br />

y<br />

1<br />

=<br />

t<br />

T<br />

=<br />

t<br />

φ =<br />

T<br />

sr<br />

( T − T )<br />

d<br />

d<br />

s<br />

⎛<br />

⎜1−<br />

⎝ K<br />

T<br />

K<br />

=<br />

d<br />

φ<br />

K<br />

=<br />

φ r<br />

1⎛<br />

= ⎜T<br />

t<br />

⎝<br />

φ r<br />

K<br />

φ r<br />

+ K<br />

d<br />

φ f<br />

K<br />

K<br />

φ f<br />

φ f<br />

−<br />

⎞<br />

⎟ =<br />

⎠<br />

Td<br />

+ K<br />

Td<br />

+<br />

K<br />

K<br />

φ r<br />

K<br />

φ r<br />

φ r<br />

φ r<br />

T<br />

d<br />

+ K<br />

φ f<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

F ⎛<br />

xr<br />

⎜1−<br />

N<br />

f<br />

t ⎝ K<br />

φ r<br />

K<br />

φ r<br />

+ K<br />

φ f<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

W<br />

y =<br />

Fxr<br />

N t<br />

f<br />

K<br />

φ f<br />

Essa equação dá o valor <strong>de</strong> transferência<br />

lateral da carga em função da força <strong>de</strong> tração,<br />

a relação motriz final, largura do eixo, o raio<br />

do pneu, e a rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> rolagem da suspensão.<br />

A carga neta no eixo traseiro na aceleração<br />

será a estática mais o componente dinâmico.<br />

Para um eixo traseiro,<br />

W<br />

r<br />

K<br />

φ<br />

⎛<br />

= W⎜<br />

⎝<br />

b<br />

L<br />

+<br />

ax<br />

g<br />

Desconsi<strong>de</strong>rando a resistência <strong>de</strong> rolagem e as<br />

forças aerodinâmicas, a aceleração é a força<br />

trativa dividida pela massa do veículo.<br />

W<br />

r<br />

⎛<br />

= W<br />

⎜<br />

⎝<br />

b<br />

L<br />

+<br />

Fx<br />

M g<br />

h<br />

L<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

h<br />

L<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 27


Aceleração limitada pela tração (cont)<br />

Mudança <strong>de</strong> peso transversal por<br />

causa do torque motriz (cont)<br />

O peso na roda traseira direita W rr<br />

será,<br />

logo,<br />

F<br />

W<br />

x<br />

rr<br />

=<br />

W<br />

r<br />

⎛<br />

= W<br />

⎜<br />

⎝<br />

b<br />

L<br />

+<br />

Fx<br />

M g<br />

Wr<br />

= −Wy<br />

2<br />

W b Fx<br />

h<br />

= + −<br />

2L<br />

2L<br />

2µ<br />

W<br />

rr<br />

⎛<br />

⎜<br />

W b<br />

= 2µ<br />

+<br />

⎝ 2L<br />

Fxh<br />

2L<br />

h<br />

L<br />

F<br />

N<br />

−<br />

x<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

r<br />

t<br />

f<br />

Fxr<br />

N t<br />

f<br />

K<br />

φ f<br />

K<br />

φ<br />

K<br />

φ f<br />

K<br />

φ<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

Limites <strong>de</strong> tração<br />

Ao resolver-se para F x<br />

, obtém-se a força <strong>de</strong><br />

tração máxima para eixo traseiro motriz sólido<br />

com diferencial sem travamento.<br />

F<br />

x<br />

=<br />

1−<br />

Wb<br />

µ<br />

L<br />

h 2µ<br />

r<br />

µ +<br />

L N t<br />

f<br />

K<br />

φ f<br />

K<br />

φ<br />

[1]<br />

Força <strong>de</strong> tração máxima para eixo traseiro<br />

motriz sólido com diferencial com travamento,<br />

ou com suspensão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte traseira<br />

(cancela-se um termo do <strong>de</strong>nominador).<br />

F x<br />

Wb<br />

µ<br />

= L<br />

h<br />

1 − µ<br />

L<br />

[2]<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 28


Aceleração limitada pela tração (cont)<br />

Limites <strong>de</strong> tração<br />

Por analogia. a força <strong>de</strong> tração máxima<br />

para eixo dianteiro motriz sólido com<br />

diferencial sem travamento.<br />

Força <strong>de</strong> tração máxima para eixo<br />

dianteiro motriz sólido com diferencial<br />

com travamento, ou para eixo motriz<br />

dianteiro com suspensão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte..<br />

F<br />

x<br />

=<br />

Wc<br />

µ<br />

L<br />

h 2µ<br />

r<br />

1 − µ +<br />

L N t<br />

f<br />

K<br />

K<br />

φ r<br />

φ<br />

F x<br />

=<br />

Wc<br />

µ<br />

L<br />

h<br />

1−<br />

µ<br />

L<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 29


TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA (cont.)<br />

Exemplo<br />

Encontre o limite <strong>de</strong> tracao da aceleracao para a<br />

traseira , com e sem diferencial <strong>de</strong> travamento,<br />

para um mo<strong>de</strong>radao atrito. Essas informacoes<br />

serao necessarias.<br />

Peso<br />

Frente-<br />

2100lb<br />

Traseira-<br />

1850lb<br />

CG peso 21.0in 108in-<br />

Wheelbase<br />

Coeficiente<br />

<strong>de</strong> atrito<br />

Direcao<br />

final<br />

Roll stifness<br />

0.62 59.0in-<br />

Tread<br />

2.90 13.0in-<br />

Tire size<br />

1150ftlb/<strong>de</strong>g<br />

280ftlb/<strong>de</strong>g<br />

Total-<br />

3950lb<br />

Solucao<br />

Usando a equcao[1] e substituindo os<br />

valores, sem travamento,<br />

F x =<br />

1−<br />

= 1201lb<br />

ax =<br />

=<br />

21<br />

108<br />

Fx max<br />

Mg<br />

1201lb<br />

3950lb<br />

(0.62)1850lb<br />

2(0.62)13in<br />

0.62 +<br />

(2.9)59in<br />

= 0.3041g`s<br />

=<br />

9.79<br />

1150<br />

1430<br />

ft<br />

sec^2<br />

Eq:(2-24)<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 30


Diferencial com travamento, usando<br />

a equacao 2<br />

(0.62)1850 lb 1147lb<br />

F x =<br />

= = 1305lb<br />

21<br />

1−<br />

0.62<br />

1−0.121<br />

108<br />

Fx 1305lb<br />

ft<br />

ax = = = 0.330g`s<br />

= 10.64<br />

Mg 3950lb<br />

sec^2<br />

ANÁLISE DA ACELERAÇÃO Dinâmica <strong>de</strong> Veículos 31

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