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2012 formulário de referência - Relações com Investidores - Banco ...

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ITEM 10 - COMENTÁRIOS DOS DIRETORES<br />

10.1. Os diretores <strong>de</strong>vem <strong>com</strong>entar sobre:<br />

<strong>2012</strong><br />

a) Condições financeiras e patrimoniais gerais<br />

O ano <strong>de</strong> <strong>2012</strong> foi marcado pelo baixo crescimento global, <strong>com</strong> elevada volatilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong><br />

temores <strong>de</strong> crise no cenário internacional. Não houve ruptura na Zona do Euro. O <strong>Banco</strong> Central Europeu<br />

(BCE) anunciou que está pronto para usar o novo plano <strong>de</strong> <strong>com</strong>pra <strong>de</strong> títulos. Os países europeus <strong>com</strong>eçaram<br />

a implementar os ajustes necessários, mas ainda há um longo caminho a se trilhar. Os principais <strong>de</strong>safios são<br />

a consolidação fiscal e o avanço na união monetária. Nos EUA, o Congresso aprovou nova legislação e evitou<br />

o chamado “abismo fiscal”, mas há pendências a serem resolvidas em 2013, <strong>com</strong>o a <strong>de</strong>cisão à respeito do<br />

“teto da dívida”. Não houve parada brusca do crescimento na China. A perspectiva para 2013 é um pouco<br />

melhor, <strong>com</strong> crescimento mais estável e riscos menores.<br />

No cenário doméstico, o crescimento ficou menor que a expectativa. O crescimento do Produto Interno<br />

Bruto encerrou <strong>2012</strong> em 0,9%. Em particular, houve queda da produção industrial e do investimento, que<br />

<strong>de</strong>clinou ao longo da maior parte do ano, inibido pela incerteza elevada quanto à evolução do cenário<br />

doméstico e externo. Devido aos estímulos monetários e fiscais em vigor e à estabilização do quadro externo, o<br />

Brasil <strong>de</strong>ve apresentar crescimento mais elevado em 2013, em torno <strong>de</strong> 3,0%.<br />

A inflação ao consumidor (IPCA) encerrou o ano <strong>de</strong> <strong>2012</strong> em 5,8%. Apesar do crescimento baixo da<br />

economia, o mercado <strong>de</strong> trabalho segue aquecido. O <strong>de</strong>semprego próximo aos mínimos históricos tem mantido<br />

a inflação <strong>de</strong> serviços em patamares elevados (8,7% em <strong>de</strong>zembro). A inflação dos produtos industrializados<br />

acelerou <strong>com</strong> o câmbio mais <strong>de</strong>preciado. Além disso, choques <strong>de</strong> oferta <strong>com</strong>o a quebra <strong>de</strong> safra nos Estados<br />

Unidos pressionaram a inflação <strong>de</strong> alimentos ao longo do ano. Projetamos que o IPCA siga em alta <strong>de</strong>vido às<br />

condições do mercado <strong>de</strong> trabalho, à inércia inflacionária e à manutenção das expectativas em níveis elevados,<br />

terminando 2013 em 5,7%.<br />

O <strong>Banco</strong> Central interrompeu, em outubro, o ciclo <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> juros iniciado em agosto <strong>de</strong> 2011. A<br />

taxa Selic atingiu 7,25% no mês e encerrou <strong>2012</strong> neste patamar. O real per<strong>de</strong>u valor frente ao dólar,<br />

<strong>de</strong>preciando-se, e a taxa <strong>de</strong> câmbio terminou o ano em R$ 2,05/US$.<br />

As concessões <strong>de</strong> crédito, baseadas em dados do <strong>Banco</strong> Central, em termos reais (<strong>de</strong>flacionado pelo<br />

IPCA) para pessoa física em <strong>2012</strong> apresentaram alta <strong>de</strong> apenas 2,1% em relação a 2011. De forma análoga,<br />

crescimento para pessoa jurídica foi <strong>de</strong> 1,6%. O estoque <strong>de</strong> crédito <strong>com</strong>o proporção do PIB aumentou <strong>de</strong><br />

49,0% em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011 para 53,5% em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. A taxa <strong>de</strong> inadimplência (atraso acima <strong>de</strong> 90<br />

dias) <strong>de</strong> pessoas jurídicas permaneceu relativamente estável em patamar alto durante todo o ano, ao passo<br />

que a <strong>de</strong> pessoas físicas se elevou durante o primeiro semestre e ficou estável no <strong>de</strong>correr do segundo<br />

semestre.<br />

Seguindo a redução da Selic, os juros e spreads bancários apresentaram trajetória <strong>de</strong> queda durante<br />

todo o ano <strong>de</strong> <strong>2012</strong> atingindo, à exceção dos spreads à pessoa física, os menores valores da série histórica.<br />

O lucro líquido consolidado do exercício foi <strong>de</strong> R$13.594 milhões, <strong>com</strong> retorno anualizado sobre o<br />

patrimônio médio <strong>de</strong> 18,4%, em <strong>com</strong>paração a 22,3% em 2011. Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, o ativo<br />

consolidado totalizou R$1.014.425 milhões e o patrimônio líquido consolidado foi <strong>de</strong> R$74.220 milhões, em<br />

<strong>com</strong>paração a R$851.332 milhões e R$71.347 milhões em 2011. Na mesma data, nosso índice <strong>de</strong> solvência<br />

era <strong>de</strong> 16,7%.<br />

O saldo <strong>de</strong> crédito, incluindo avais e fianças, era <strong>de</strong> R$426.595 milhões em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>,<br />

um aumento <strong>de</strong> 7,5% em <strong>com</strong>paração a 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011. O saldo <strong>de</strong> crédito cresceu em um ritmo<br />

mais lento em <strong>2012</strong> quando <strong>com</strong>parado a 2011. Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, os créditos para pessoas físicas<br />

aumentaram 0,7%, enquanto os créditos para pessoas jurídicas registraram aumento <strong>de</strong> 8,8%, em <strong>com</strong>paração<br />

a 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011. Com relação aos créditos a pessoas físicas, os <strong>de</strong>staques foram o crédito<br />

imobiliário e os empréstimos consignados, <strong>com</strong> aumentos <strong>de</strong> 34,2% e 29,4%, respectivamente, principalmente<br />

<strong>de</strong>vido ao ambiente brasileiro favorável ao crédito imobiliário no Brasil e aos empréstimos consignados<br />

adquiridos do <strong>Banco</strong> BMG S.A., já que priorizamos cada vez mais a carteiras <strong>com</strong> risco menor. Com relação a<br />

créditos para pessoas jurídicas, a carteira <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas cresceu 15,5% em <strong>2012</strong>, em <strong>com</strong>paração a 31<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011, e esse crescimento foi parcialmente <strong>com</strong>pensado por uma redução <strong>de</strong> 1,6% na carteira<br />

<strong>de</strong> micro, pequenas e médias empresas. Em <strong>2012</strong>, a carteira <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> operações no Chile, Uruguai,

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