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L+D 51

Edição 51: Novembro/Dezembro - 2014

Edição 51: Novembro/Dezembro - 2014

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R$19,20<br />

l+d<br />

luz + design + arquitetura<br />

ISSN: 1808-8996<br />

Agência Grey Brasil, São Paulo<br />

LLC Universidade de Economia de Viena, áustria<br />

Museu Casa de Portinari, Brodowski<br />

Semana da Luz – 5º LEDforum e Lighting Detectives Brasil


R$19,20<br />

l+d #<strong>51</strong><br />

37<br />

38<br />

ISSN: 1808-8996<br />

l+d<br />

LUZ + DESIGN + ARQUITETURA<br />

Agência Grey Brasil<br />

São Paulo, SP<br />

Iluminação: Lit Arquitetura<br />

de Iluminação – Claudia<br />

Borges, Leticia Mariotto<br />

Foto: Nelson Kon<br />

50<br />

AGÊNCIA GREY BRASIL, SÃO PAULO<br />

LLC UNIVERSIDADE DE ECONOMIA DE VIENA, ÁUSTRIA<br />

MUSEU CASA DE PORTINARI, BRODOWSKI<br />

SEMANA DA LUZ – 5º LEDFORUM E LIGHTING DETECTIVES BRASIL<br />

54<br />

14<br />

40<br />

72<br />

76<br />

¿QuÉ Pasa?<br />

PROJETOS<br />

40. LLC Universidade de Economia de Viena, Áustria<br />

48. Igreja de Santa Maria e São Bartolomeu, Alemanha<br />

52. Agência Grey Brasil, São Paulo<br />

58. Museu Casa de Portinari, Brodowski<br />

64. Laboratório Fleury, São Paulo<br />

ESPECIAL – SEMANA DA LUZ<br />

72. Workshop Lighting Detectives<br />

74. 5º LEDforum<br />

pRODUTOS<br />

<strong>L+D</strong><br />

8<br />

60


EDITORIAL<br />

Romulo Fialdini<br />

PUBLICADA POR<br />

<strong>L+D</strong><br />

10<br />

EDITORES<br />

Orlando Marques<br />

André Becker<br />

Thiago Gaya<br />

A <strong>L+D</strong> de novembro/dezembro convida os seus leitores a apreciarem<br />

momentos de reflexão a partir das soluções inspiradoras obtidas nos projetos de iluminação<br />

da Igreja de Santa Maria e São Bartolomeu, em Harsfeld, norte da Alemanha, e também<br />

no projeto do Centro de Aprendizagem e Biblioteca da Universidade de Negócios de<br />

Viena, do escritório multidisciplinar Arup.<br />

Em terras brasileiras, apresentamos o projeto de Gilberto Franco para o imóvel onde<br />

viveu Cândido Portinari e, hoje, abriga o Museu Casa de Portinari. Com prazo limitado e<br />

restrições orçamentárias, o lighting designer solucionou, com delicadeza e simplicidade,<br />

a equação da convivência entre uma luz doméstica existente, a luz natural e o suporte<br />

para uma luz nova (com tecnologia LED).<br />

Os outros dois projetos nacionais apresentam uma característica interessante em<br />

comum: são frutos de uma relação contínua entre clientes, arquitetos e lighting designers,<br />

o que permite uma sintonia bastante aprofundada quanto à linguagem, programa<br />

de necessidades e orçamentos, entre tantos itens. No projeto da nova unidade dos<br />

Laboratórios Fleury, Esther Stiller e a ACR Arquitetura e Planejamento buscaram metas<br />

agressivas de certificação LEED, e conseguiram um resultado de consumo, ambientação<br />

e integração invejáveis. Na agência Grey Brasil, a SCAA – Sérgio Camargo Arquitetos<br />

Associados - cultivou mais um episódio de sua parceria com o grupo Newcomm, sendo<br />

a segunda parceria com a Lit-Arquitetura de Iluminação em uma agência do grupo. A<br />

originalidade e a diversidade de espaços e soluções não podia ser mais adequada ao<br />

uso criativo daquele espaço pelos seus frequentadores.<br />

Apresentamos ainda uma cobertura especial do 5º LEDForum, que, pelo segundo<br />

ano consecutivo, teve as suas “fronteiras ultrapassadas” com a ocorrência de eventos<br />

paralelos na semana de sua realização. A revista <strong>L+D</strong>, em parceria com a AsBAI,<br />

aproveitou, novamente, a presença de lighting designers e profissionais da iluminação<br />

de todo o Brasil e de outros países no LEDforum para a realização de mais um workshop<br />

internacional: o Lighting Detectives, que incluiu nas suas atividades uma intervenção de<br />

luz em escala real no Edifício Copan (São Paulo).<br />

Uma semana na qual mais de 500 profissionais puderam lançar um olhar panorâmico<br />

do que está acontecendo no Brasil e no mundo na prática do desenho da luz artificial<br />

e natural em projetos de iluminação. Uma semana de trocas de informações e<br />

conhecimento. Uma semana de intenso networking. Uma semana de celebração e<br />

encontros. A Semana da Luz.<br />

Para finalizar, nossos sinceros agradecimentos a todos os leitores, parceiros, anunciantes<br />

e colaboradores da <strong>L+D</strong>, por mais um ano de prestígio e trabalho dedicado para o<br />

sucesso da nossa publicação.<br />

Editora Lumière Ltda.<br />

Rua Catalunha, 350<br />

05329-030 São Paulo SP<br />

t: 11 2827.0660<br />

ld@editoralumiere.com.br<br />

www.editoralumiere.com.br<br />

Editores<br />

>André Becker<br />

>Orlando Marques<br />

>Thiago Gaya<br />

DIRETOR DE ARTE<br />

>Pedro Saito<br />

REPORTAGENS DESTA EDIÇÃO<br />

>André Becker<br />

>Carlos Fortes<br />

>Fernanda Carvalho<br />

>Gilberto Franco<br />

>Orlando Marques<br />

REVISÃO<br />

>Deborah Peleias<br />

ADMINISTRAÇÃO<br />

>Richard Schiavo<br />

PUBLICIDADE<br />

>Lucimara Ricardi (diretora comercial)<br />

>Paula Ribeiro<br />

>Suely Mascaretti<br />

>Avany Ferreira<br />

Marketing e Circulação<br />

>Márcio Silva (coordenador)<br />

PUBLICIDADE<br />

comercial@editoralumiere.com.br<br />

t: 11 2827.0660<br />

ASSINATURAS<br />

assinaturas@editoralumiere.com.br<br />

t: 11 2827.0690<br />

IMPRESSA POR<br />

tiragem e circulação<br />

auditadas por<br />

Boa leitura e até 2015!


¿QuÉ Pasa?<br />

© Brice Robert<br />

Fête des Lumière de Lyon<br />

2014<br />

<strong>L+D</strong><br />

14<br />

Durante os dias 5 e 8 de dezembro acontece a Fête des Lumières<br />

de Lyon, o maior evento público de iluminação do mundo, que reúne<br />

aproximadamente cinco milhões de pessoas de todas as partes para<br />

celebrar a luz.<br />

Por quatro noites, artistas com todos os tipos de inspiração irão iluminar<br />

edifícios, ruas, parques e espaços em mais de 70 instalações de luz<br />

espalhadas pelo centro histórico e subúrbio lionês, criando na cidade<br />

uma atmosfera mágica.<br />

Um verdadeiro espetáculo composto por manifestações das mais<br />

diversas formas: da performance à multimídia; do intimista à gigantesca<br />

encenação histórica com som e luz. Tudo isso, contemplado pela multidão<br />

que se confraterniza nas ruas e vielas da cidade francesa, com um copo<br />

de vin chaud na mão e aos gritos de “brrrravô”.<br />

Onde: Lyon, França<br />

Quando: 5 a 8 de dezembro<br />

Info: www.fetedeslumieres.lyon.fr


¿QuÉ Pasa?<br />

© New American Public Art<br />

blue Hour, Nova Jérsei<br />

<strong>L+D</strong><br />

16<br />

“Blue Hour” é uma instalação de iluminação interativa criada em<br />

processo colaborativo entre os coletivos de artistas e designers do<br />

Group Melvin Design, Sikora Wells Appel e o New American Public<br />

Art. O trabalho é composto por dez torres de luz que respondem ao<br />

movimento das pessoas ao seu redor, mudando de cor. O trabalho<br />

instalado no Roosevelt Plaza Park, em Camden, Nova Jérsei, nos Estados<br />

Unidos foi inspirado no fenômeno das cores na hora do crepúsculo,<br />

também conhecida como blue hour.<br />

Cada torre é composta por três cubos gigantes que mudam de cor de<br />

acordo com a movimentação dos visitantes, assumindo independente e<br />

aleatoriamente as tonalidades azuis, violeta e laranja. Para realizar esse<br />

trabalho, os artistas utilizaram um sistema de fitas de LEDs RGB montados<br />

em contêineres industriais translúcidos com excelentes propriedades<br />

difusoras e sensores de presença.<br />

Segundo comunicado, a praça que antes parecia árida e pouco usada,<br />

depois da instalação, passou a receber um fluxo maior de pessoas.


¿QuÉ Pasa?<br />

BALIZADORES LED<br />

para uso externo<br />

Luzes de Fronteira<br />

Para celebrar o 25° aniversário da queda do muro de Berlin, a<br />

Prefeitura da cidade criou a instalação temporária “Lightgrenze”<br />

(Luzes de Fronteira) ao longo do percurso original do muro que um<br />

dia dividira a cidade em Berlim Oriental e Ocidental.<br />

Um trecho de 15,3 quilômetros do muro foram reimaginados pelos<br />

designers alemães Christopher Bauder e Marc Bauder, do estúdio<br />

multiciplinar WHITEvoid, por meio de milhares de balões iluminados,<br />

instalados enfileirados. Cada balão é sustentado por uma haste delgada,<br />

cuja altura de montagem equivale à do antigo muro.<br />

A nova linha de balizadores externos a LED possui difusor em vidro acetinado e é produzida com<br />

corpo em alumínio injetado com pintura microtexturizada na cor branca. Completa, possui LED com<br />

temperatura de cor 3000K e driver bivolt incorporados, consome apenas 6W. Charmosa, a linha é<br />

ideal para instalação em fachadas e muros.<br />

Produtos desenvolvidos e produzidos no Brasil com garantia de 5 anos.<br />

Assista o vídeo da instalação no site www.whitevoid.com<br />

<strong>L+D</strong><br />

18<br />

BZ44-E5LED3K e BZ45-E5LED3K BZ46-E5LED3K e BZ47-E5LED3K BZ48-E5LED3K e BZ49-E5LED3K<br />

Grupo Lumicenter Lighting<br />

© WHITEvoid


¿QuÉ Pasa?<br />

© Patrik Gunnar Helin<br />

Lights em Alingsås 2014<br />

<strong>L+D</strong><br />

20<br />

Tudo começou em 1999 quando alguns alunos das universidades<br />

HDK, Jönköping University e Gothenburg University se reuniram na<br />

pequena cidade Alingsås, localizada no sul da Suécia, para testar<br />

seus projetos de iluminação em edifícios públicos. Hoje o evento de<br />

workshop de iluminação, que culmina na instalação temporária por<br />

aproximadamente cinco semanas, incluiu em seu programa – e pela a<br />

primeira vez na história do festival – a música como tema e também<br />

parte integrante das intervenções.<br />

O evento deste ano teve a participação de sete lighting designers<br />

internacionais, que se encarregaram de comandar aproximadamente<br />

100 pessoas – na sua maioria estudantes – na criação e montagem<br />

de instalações espalhadas pela cidade, inspirados pela música do<br />

compositor norueguês Edvard Grieg.<br />

Um dos líderes de grupo deste ano, o lighting designer alemão Paul<br />

Ehlert, divide com a <strong>L+D</strong> o resultado da intervenção do seu grupo,<br />

que escolheu o movimento de abertura do IV Ato da composição “Peer<br />

Grynt”, de Grieg, para a peça teatral de Henrik Ibsen, de mesmo nome.<br />

De acordo com o designer, o conceito do velho carvalho – elemento<br />

principal do projeto, localizado em uma clareira em um dos bosques<br />

da cidade – “se baseia em uma jornada que começa de maneira calma<br />

e serena até atingir seu clímax final”. O processo de seleção das cores,<br />

segundo ele, foi extremamente cuidadoso, de maneira a tornar a<br />

experiência do visitante surreal e intensa.


¿QuÉ Pasa?<br />

Light Show, Auckland<br />

Depois do sucesso da temporada do ano passado na Hayward<br />

Gallery, em Londres, a exposição “Light Show” é agora apresentada<br />

na Aukland Art Gallery Toi o Tāmaki, Nova Zelândia.<br />

A exposição reúne alguns dos mais importantes trabalhos, até<br />

então criados, utilizando a luz como meio principal de manipulação.<br />

Segundo o curador da exposição em Londres, Dr Cliff Lauson “Os<br />

visitantes terão a oportunidade de percorrer cinco décadas de trabalhos<br />

de arte que exploram a luz como meio escultórico, transformando<br />

como enxergamos o mundo ao nosso redor”.<br />

Os artistas apresentados incluem David Batchelor, Jim Campell,<br />

Carlos Cruz-Diez, Olafur Eliasson, Dan Flavin, Ceal Floyer, Jenny<br />

Holzer, Ann Veronica Janssens, Brigitte Kowanz, Anthony McCall,<br />

François Morellet, Iván Navarro, Katie Paterson, Conrad Shawcross,<br />

James Turrell, Cerith Wyn Evans, Leo Villareal e Bill Culbert. Até 8 de<br />

fevereiro de 2015.<br />

1<br />

© Luciano Romano – Galeria Alfonso Artiaco<br />

2<br />

© Carlos Cruz-Diez / Adagp, Paris, 2014<br />

3<br />

© Blaise Adilon<br />

<strong>L+D</strong><br />

22<br />

1. “Rose”, 2007 – Ann Veronica Janssens 2014<br />

2. “Chromosaturation” na exposição, Dynamo. Un siècle de<br />

lumière et de mouvement dans l’art. 1913-2013, Galeries<br />

Nationales du Grand Palais, Paris, França, 2013<br />

3. “You and I Horizontal”, 2005 – Anthony McCall. Vista da<br />

instalação. Institut d’Art Contemporain, Villeurbanne, 2006


¿QuÉ Pasa?<br />

© Daici Ano<br />

Louis Vuitton Matsuya<br />

Ginza, Tóquio<br />

<strong>L+D</strong><br />

24<br />

Projetada pelo arquiteto japonês Jun Aoki, a nova fachada da loja Louis<br />

Vuitton no bairro de Ginza, em Tóquio, teve como principal inspiração a<br />

própria história do bairro. Ginza, outrora uma das portas de entrada do<br />

Japão, é organizada urbanisticamente em malha reticulada ortogonal,<br />

abrigando exemplos do movimento ocidental art déco, incluindo entre<br />

outros exemplos de arquitetura, interiores e motivos decorativos. A<br />

fama de atmosfera “moderna” de vanguarda de Ginza pode também<br />

se originar da relação entre o sistema de padrão geométrico art déco<br />

e o edo-komon, sistema de padrão geométrico altamente abstrato e<br />

estilizado em repetição, originário dos arredores de Tóquio, cujos exemplos<br />

podem ser encontrados em estampas dos quimonos tradicionais usados<br />

pelas gueixas japonesas.<br />

Para o desenho da fachada da loja, além das referências históricas do<br />

bairro, o arquiteto se baseou no desenho do damier da marca – também<br />

um sistema de repetição geométrico – e propôs sua própria interpretação<br />

geométrica com linhas suaves e delicadas e até mesmo orgânicas.<br />

A composição de recortes, curvas e saliências são percebidas de maneiras<br />

diferentes a partir da sutileza de variação do movimento da luz do dia<br />

e também durante a noite, quando o sistema de LED instalado ilumina<br />

a fachada de maneira a mostrar uma nova expressão remanescente do<br />

desenho do monograma da Louis Vuitton.


¿QuÉ Pasa?<br />

© Diogo Moreira<br />

1 2<br />

© Diogo Moreira<br />

3<br />

Mariposas<br />

A Candela Iluminação, em parceria com a Galeria Contemporarte,<br />

apresenta a mostra coletiva “Mariposas”, com a curadoria de Wilson Neto.<br />

Com o princípio de que arte e mariposas são atraídas pela luz, a<br />

exposição traz trabalhos de vários artistas convidados a apresentar<br />

os seus diálogos pessoais com a luz e a sombra, por meio das mais<br />

variadas técnicas de interferência.<br />

Os trabalhos apresentados usaram como substrato luminárias de autoria<br />

de designers consagrados como Ingo Maurer, Patricia Urquiola, Philippe<br />

Starck, entre outros, as quais foram modificadas parta a exposição.<br />

<strong>L+D</strong><br />

26<br />

A mostra Mariposas acontece entre 21 outubro e 21 de<br />

dezembro na Galeria Contemporarte, em Fortaleza.<br />

1. “Blow Light” (intervenção), por Rita Kriege<br />

2. “Boris Insight”, por Ronaldo Mafra<br />

3. “Foscarini” (intervenção), por Sisters Gulassa<br />

© Marcelo Brasileiro


¿QuÉ Pasa?<br />

© Andika Pradana<br />

Light Symposium<br />

Paper Competition<br />

<strong>L+D</strong><br />

28<br />

A KTH Lighting Laboratory, de Estocolmo, acaba de anunciar o LSPC<br />

– Light Symposium Paper Competition, competição para a apresentação<br />

de ideias, trabalhos e pesquisas aberta a estudantes, designers e jovens<br />

profissionais na área de arquitetura de iluminação. Quatro trabalhos<br />

escolhidos serão apresentados no Light Symposium 2015, em Estocolmo,<br />

Suécia, e um trabalho vencedor será apresentado no 6º LEDforum no<br />

ano que vem, em São Paulo.<br />

O Light Symposium é um evento bianual organizado pelo Lighting<br />

Laboratory e sediado alternadamente entre a Universidade de Wismar,<br />

Alemanha (2008 e 2012), e a Universidade KTH – Real Instituto de<br />

Tecnologia de Estocolmo (2010). Temas que fizeram parte das edições<br />

anteriores incluem “The Future of Light and Lighting” (2008), “Natural<br />

Light – Daylight and artificial lighting for mankind” (2010) e “Future of<br />

Light and Lighting in Architecture” (2012).<br />

Desta vez, a quarta edição do Light Symposium será realizada durante<br />

o IYL2015 – Ano Internacional da Luz 2015 e tem como tema “Lighting<br />

for future healthy architecture”. Para participar da competição, os<br />

candidatos deverão ser alunos de graduação de iluminação, arquitetura<br />

ou disciplinas relacionadas; estudantes de pós-graduação, mestrado ou<br />

doutorado; jovens lighting designers com até cinco anos de experiência<br />

ou jovens educadores na área da arquitetura de iluminação, arquitetura,<br />

design ou disciplinas relacionadas. Todos os trabalhos e roteiros de<br />

apresentação deverão ser submetidos em língua inglesa.<br />

Os temas dos trabalhos submetidos deverão estar relacionados com pelo<br />

menos uma das quatro linhas conceituais do tema do Light Symposium<br />

e, ainda, contribuir com ideias e abordagens inovadoras no campo da<br />

arquitetura de iluminação; expressar motivação em atingir seus objetivos<br />

em design, pesquisa ou investigação científica e também ser capaz de<br />

comunicar suas ideias de maneira coerente e profissional.<br />

Os quatro trabalhos selecionados serão apresentados no Light Symposium<br />

2015 e receberão uma ajuda de custo de viagem e acomodação no valor<br />

de SEK 6.500,00 (aproximadamente R$ 2.200,00), inscrição durante<br />

os dias do simpósio e convite para o jantar de encerramento. Como<br />

apoiadora do evento, a revista <strong>L+D</strong> oferecerá ao trabalho vencedor a<br />

oportunidade de participar como palestrante no 6º LEDforum no ano<br />

que vem, em São Paulo, e ainda terá todas as despesas de viagem,<br />

acomodação e subsistência como parte integral do prêmio.<br />

Todas as propostas deverão ser enviadas para isabeld@kth.se e recebidas<br />

às 18h CET de 2 de janeiro de 2015. Os vencedores serão anunciados em<br />

20 de janeiro de 2015. Para informações completas sobre a competição,<br />

acesse o site http:// lightsymposium.se.<br />

Boa sorte!


¿QuÉ Pasa?<br />

Soma das partes<br />

O Memorial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais fica em Belo<br />

Horizonte, no edifício-sede da mesma.<br />

A proposta é bastante interessante, dentro da busca de maior inserção<br />

e educação política que o país demonstrou desde as manifestações de<br />

junho de 2013: estabelecer uma conexão entre o passado, o presente<br />

e as próprias funções da Casa, muitas vezes excessivamente abstratas<br />

e distantes da população.<br />

O projeto é fruto de mais uma parceria entre a iluminação de Fernanda<br />

Carvalho e a expografia, comunicação visual e sinalização da BUMMUB<br />

(assim como no projeto que foi capa da <strong>L+D</strong> 49, o Museu da Imigração<br />

de São Paulo).<br />

Aqui, o conceito do projeto veio de jogos de armar, onde a composição<br />

de cubos de madeira empilhados funcionam como base para painéis<br />

diversos, e é uma metáfora para a importância de cada cidadão na<br />

construção das leis do seu estado.<br />

A iluminação trabalhou, principalmente, com a volumetria dos cubos,<br />

buscando a projeção de sombras resultantes do empilhamento. A<br />

convivência entre painéis de texto e conteúdos multimídia exigiu uma<br />

iluminação controlada para evitar interferências de sobras de luz sobre<br />

projeções e monitores. A sincronia entre luz e projeção foi um recurso<br />

usado no painel em que a imagem de políticos mineiros que tiveram<br />

projeção nacional era projetada sobre um acrílico recortado com os<br />

nomes de deputados que passaram pela Casa.<br />

<strong>L+D</strong><br />

30


¿QuÉ Pasa?<br />

5<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

6<br />

7<br />

LUMINÁRIAS ASSINADAS<br />

<strong>L+D</strong><br />

32<br />

A Tok&Stok convidou os designers Bruno Faucz, Carolina Armellini<br />

e Paulo Biacchi (Fetiche Design), Mariana Betting Ferrarezi e Roberto<br />

Hercowitz (Em2 Design) e o estúdio Nódesign, além dos lighting<br />

designers Carlos Fortes, Maneco Quinderé e Ricardo Heder, para<br />

aplicarem suas experiências e visões na concepção de luminárias<br />

voltadas para o uso residencial.<br />

O resultado é a coleção Luminárias Assinadas 2015, com produtos<br />

criativos, design elegante e soluções contemporâneas.<br />

www.tokstok.com.br<br />

1. Luminária #Prontofalei, Nódesign<br />

2. Luminária Fidalga, Ricardo Heder<br />

3. Luminária Carry on, Em2 Design<br />

4. Linha Cipó, Bruno Faucz<br />

5. Linha Muxarabi, Carlos Fortes<br />

6. Linha Grampho, Maneco Quinderé<br />

7. Luminárias Farol, Fetiche Design


¿QuÉ Pasa?<br />

© Felipe Varanda<br />

1 2<br />

3<br />

© Alessio Matteucci<br />

Inéditos: Design-Arte<br />

© Victor Hugo Cecatto<br />

1. Luminária Batida, de Giorgio Bonaguro<br />

2. Verde-sacro, intervenção de Mayer<br />

sobre luminária de Sergio Rodrigues<br />

3. Luminária Língua, de Maneco Quinderé<br />

<strong>L+D</strong><br />

34<br />

Aconteceu entre 10 e 14 de setembro, durante a última feira Art<br />

Rio, no Rio de janeiro, a exposição “Inéditos: design-arte”. A iniciativa<br />

dos curadores Alberto Vicente e Marcelo Vasconcellos, da Mercado<br />

Moderno (Memo), dá continuidade à parceria iniciada na mostra<br />

Modernos/Contemporâneos, que reuniu cerca de 50 peças de expoentes<br />

do design brasileiro no primeiro semestre de 2014, na Galeria Bolsa<br />

de Arte, em São Paulo.<br />

A exposição apresentou 28 peças de tiragem limitada, produzidas<br />

especialmente por nomes fortes do design autoral brasileiro, como<br />

Zanini de Zanine, Paulo Alves, Jacqueline Terpins e Carlos Mota, além<br />

do italiano Giorgio Bonaguro. Assim como na mostra anterior, a<br />

proposta era provocar designers que já têm uma expressão própria a<br />

se relacionar mais diretamente com o ambiente das artes e oferecer<br />

ao público uma amostra dessa proposição artística na produção<br />

de móveis e objetos. Dentre os móveis e objetos apresentados,<br />

selecionamos três luminárias.<br />

A Luminária Língua, de Maneco Quinderé, é produzida em madeira,<br />

cobre e aço galvanizado e tem sua estrutura geométrica, complementada<br />

com elementos que marcam a peça pelo contraste.<br />

A Luminária Batida, do italiano Giorgio Bonaguro, é formada por um<br />

cone de vidro Pyrex soprado à mão, repleto de pequenos pedaços de vidro<br />

em seu interior que, além da sustentação cultural – a peça é inspirada<br />

em drinques tropicais repletos de gelo –, ajudam na difusão da luz.<br />

Selecionamos ainda a intervenção de Mayer com tecido serigráfico<br />

sobre a luminária de Sergio Rodrigues. A ilustração, intitulada Verde-<br />

-sacro, consiste na fusão de imagens do osso sacro e de um vegetal,<br />

e sugere o desdobramento da luz em sutis significações: luz-objeto,<br />

luz-vegetal, luz-tecido.<br />

As peças têm edição limitada e podem ser adquiridas no Mercado<br />

Moderno.<br />

www.mercadomodernobrasil.com.br


¿QuÉ Pasa?<br />

FRESTAS DE SOL<br />

O artista Carlos Vergara fez uma intervenção em aço corten, de 20<br />

metros por 11 metros de altura, pesando 30 toneladas, na fachada frontal<br />

do edifício Link Office, Mall & Stay, na Avenida Ayrton Senna, na Barra<br />

da Tijuca, no Rio de Janeiro. A convite das empresas Dominus e Helbor,<br />

a obra resgata o sonho modernista de unir arte à arquitetura, que ganha<br />

especial relevância no bairro projetado por Lucio Costa (1902-1998).<br />

No trabalho feito para a fachada do edifício, Vergara trabalhou o<br />

aço corten com recortes e dobraduras como “folha de papel”. São<br />

ao todo 15 placas, que cobrem a frente do prédio, vazadas sobre um<br />

fundo amarelo ocre, cuja iluminação, concebida pelas lighting designers<br />

Monica Rio Branco e Giani Faccini, da RBF Arquitetura de Iluminação,<br />

dá uma nova visão ao trabalho à noite.<br />

Foram utilizadas 40 barras monocromáticas de LED da Traxon/Osram,<br />

sendo 20 na base e 20 no topo, com temperatura de cor de 3.000K.<br />

“Em nosso primeiro encontro no ateliê do artista, discutimos o efeito de<br />

iluminação que ele desejava para a sua escultura e a imagem que ficou<br />

em minha cabeça, a partir de sua explicação, foi a de um pôr do sol<br />

atrás da escultura. A combinação da temperatura de cor dos LEDs com o<br />

tom da parede ao fundo resultou exatamente na cor que desejávamos”,<br />

afirma Monica Rio Branco.<br />

O trabalho de Carlos Vergara, combinado à iluminação, surpreende:<br />

as peças de 30 toneladas ostentam leveza e maleabilidade com seus<br />

recortes e frestas por onde a luz se revela.<br />

<strong>L+D</strong><br />

38<br />

<strong>L+D</strong><br />

39<br />

© Rogério von Krüger


projetos<br />

<strong>L+D</strong><br />

40<br />

Fachadas sul e leste: o bloco chanfrado<br />

A luz que<br />

fala<br />

Situado entre dois importantes pontos de referência da<br />

cidade, o novo campus da Universidade de Economia e Administração<br />

de Viena, inaugurado em 2013, compreende um conjunto de diversos<br />

edifícios destinado a 25.000 estudantes. Diferentes e renomados<br />

escritórios de arquitetura participaram do projeto dos seis edifícios<br />

Em lugar de acomodar as diferentes funções em um bloco de<br />

percepção única, ou mesmo separá-las em blocos distintos, o que a<br />

arquitetura propõe é amalgamar os edifícios, como se fossem dois<br />

“U” entrelaçados tridimensionalmente sem se tocar, e deixando entre<br />

si frestas de interligação – “Fuge”, como ficaram conhecidas.<br />

<strong>L+D</strong><br />

41<br />

da Biblioteca se projeta sobre a praça,<br />

que compuseram o plano diretor deste campus.<br />

E se pudéssemos definir um mote para as formas arquitetônicas<br />

ao mesmo tempo que funciona como<br />

No coração dos edifícios, situa-se a Biblioteca e Centro de Aprendizado,<br />

que se sobressaem do estranho terreno poligonal do edifício, seria a<br />

gigantesca marquise. Note o contraste<br />

com 28.000 m², destinada a abrigar, além das funções descritas, também<br />

expressividade. Todo recurso construtivo e de desenho é empregado<br />

entre a luz que emana da Biblioteca<br />

a unidade administrativa do campus, e com projeto arquitetônico<br />

de modo a enfatizar as funções e inter-relações que se sucedem no<br />

(3.000K) e a da fresta (4.000K)<br />

de Zaha Hadid.<br />

interior. E é com precisão que as diferentes formas arquitetônicas, ora


Acima, uma fresta permeia a separação entre bloco<br />

Na Biblioteca, pendentes contínuos correm<br />

Biblioteca e bloco Administrativo, serpenteando<br />

perpendicularmente às estantes de livros para<br />

por todo o edifício. Linhas de LED difusos na parte<br />

dar mais flexibilidade ao layout. Ocasionalmente<br />

inferior das lâminas reforçam o ritmo da arquitetura<br />

algumas linhas se desgarram e tomam outro rumo;<br />

em toda a sua extensão e direções. Abaixo, linhas de<br />

pontiagudas, ora fluidas, se desenvolvem e se entrelaçam, como que<br />

funcionando no período noturno como um irradiador da luz desde<br />

esta solução foi feita com lâmpadas T5, inclusive<br />

luz na caixilharia garantem boa visualização noturna<br />

celebrando a alegria e a pulsação do conhecimento, exatamente como<br />

seu interior. Essa pulsação da luz, que ora entra, ora sai do espaço,<br />

nas curvas. Nas páginas seguintes, Saguão Central,<br />

do teto, em complemento à iluminação funcional<br />

pretenderam os arquitetos<br />

foi entendida pela equipe da Arup como uma alegoria ao próprio<br />

área onde a fresta se agiganta e dá lugar a uma<br />

No mesmo diapasão, encontra-se o projeto de iluminação, este a cargo<br />

conhecimento, que ora se o absorve, ora se o emana, o que demonstra<br />

área de múltiplo uso, conhecida como AULA. Nichos<br />

do escritório alemão Arup, que muito bem soube interpretar os desígnios<br />

a capacidade interpretativa dos lighting designers sobre os conceitos<br />

com aletas pretas escondem projetores de vapor<br />

da arquitetura para além da mera funcionalidade, enriquecendo-o com<br />

do próprio edifício e sua arquitetura.<br />

metálico – a temperatura aqui é de 4.000K para<br />

sua camada interpretativa em todos os ambientes.<br />

Uma sequência de luminárias paralelas entre si, descolada do teto,<br />

demarcar uma linha de separação entre blocos da<br />

O edifício pode, então, ser lido como um organismo composto<br />

com iluminação direta e indireta, percorre todo o espaço da Biblioteca<br />

Biblioteca (esquerda) e Administrativo (direita)<br />

de três elementos essenciais: a Biblioteca – um corpo pontiagudo<br />

perpendicularmente à fachada chanfrada. Essas luminárias foram<br />

que se projeta sobre a área externa do campus, além de um bloco<br />

customizadas de forma a se conseguir a melhor homogeneidade<br />

administrativo – entrelaçado naquele outro. O terceiro elemento é<br />

possível no teto e também o melhor aproveitamento da energia.<br />

justamente o vazio, o interstício entre eles – composto ora por uma<br />

Todo o trabalho óptico da luz (basicamente lâmpadas T5) se faz<br />

fresta que permeia os blocos adjacentes sem os tocar, ora se abrindo<br />

através de refratores microprismáticos, que além de redirecionar<br />

<strong>L+D</strong><br />

42<br />

em um grande saguão, coberto, cuja função primordial é distribuir<br />

os transeuntes para os demais blocos, embora também funcione,<br />

frequentemente, como local de eventos.<br />

a luz evitam qualquer ofuscamento; nas áreas onde o forro é mais<br />

baixo, essas mesmas linhas tornam-se embutidas contando apenas<br />

com o componente direto. Em alguns trechos, algumas linhas se<br />

<strong>L+D</strong><br />

43<br />

desgrudam do paralelismo das demais e descrevem curvas, tomando<br />

Bloco da Biblioteca<br />

outras direções – interessante é que mesmo nessas partes curvas as<br />

Entendida no projeto como um depositário, um “thesaurus” de<br />

fontes de luz continuam sendo lâmpadas T5.<br />

conhecimentos, a bibioteca encontrou na arquitetura de Hadid a<br />

Como complemento a esse sistema, e para reforçar o aspecto<br />

expressão desse conceito por meio de sua forma e materiais. Uma<br />

“emanativo” da luz, outras linhas de luz direcionadas para o teto<br />

grande abertura envidraçada em chanfro projeta-se para o lado sul,<br />

foram colocadas, na caixilharia da fachada e nos guarda-corpos<br />

que é também o lado de importante rua interna do campus, deixando<br />

do mezanino da Biblioteca, visando criar no teto uma iluminação<br />

entrar a luz natural de forma controlada e generosa durante o dia, e<br />

perfeitamente homogênea.


<strong>L+D</strong><br />

44<br />

<strong>L+D</strong><br />

45


Junto ao core central, sancas luminosas interrompem o forro,<br />

iluminando suavemente as paredes de concreto aparente, funcionando<br />

como referência orientativa, o que é completada por wallwashers e<br />

downlights. A temperatura de cor da Biblioteca é de 3.000K, própria<br />

para a introspecção e também para o período noturno de estudos.<br />

Área Administrativa<br />

O critério básico desta área foi a eficiência e o controle antiofuscamento,<br />

obtidos por meio de luminárias com refrator microprismático embutidas.<br />

Entretanto, como este bloco abriga diferentes atividades e necessidades<br />

de luz, foi necessário um cuidadoso balanceamento luminoso em<br />

todos os ambientes que estivessem próximos às fachadas, de modo<br />

a homogeneizar a luz que emana para o exterior durante a noite.<br />

Durante o dia, entretanto, muitas das áreas são banhadas com luz<br />

natural em abundância, podendo permanecer com as luzes desligadas<br />

ou dimerizadas. A temperatura de cor dessas áreas é de 3.000K.<br />

Saguão Central e Interligações<br />

As interligações – ou frestas (a “Fuge”) – representam, na linguagem<br />

metafórica da arquitetura de Hadid, a interconexão e a fluidez do<br />

conhecimento por todas as partes do edifício. Consiste em uma circulação<br />

que permeia e perfura o edifício, caracterizando a sua divisão em<br />

blocos, além de inundar os ambientes com luz natural, proveniente<br />

de uma sinuosa claraboia que acompanha o fluxo da circulação.<br />

Lâminas verticais, igualmente sinuosas, acompanham esse trajeto até<br />

se depararem com a fachada, quando, então, mudam de direção,<br />

percorrendo e retalhando todo o edifício. No topo das lâminas, linhas<br />

de LED reproduzem esse movimento com luz, reforçando de modo<br />

único e irrevogável a personalidade do edifício.<br />

Na parte central, a “Fuge” se amplifica, formando e ladeando um<br />

saguão central aberto, de onde os usuários podem se distribuir para as<br />

diferentes atividades. Este espaço, que também funciona para eventos,<br />

recebeu iluminação intensa e brilhante, proveniente de projetores de vapor<br />

metálico embutidos em canaletas pretas com lâminas antiofuscantes,<br />

que formam um padrão ritmado no teto. Em alguns trechos da “Fuge”,<br />

criam-se também inusitados cânions entre paredes inclinadas, cuja<br />

iluminação foi resolvida por projetores de vapor metálico embutidos<br />

nas mesmas. A temperatura de cor das áreas de interstícios é sempre<br />

de 4.000K, o que cria na fachada uma sutil diferença com as demais<br />

áreas, e ajudando, juntamente com os demais elementos, a “falar” o<br />

que se passa com a arquitetura. (Por Gilberto Franco)<br />

Abaixo, luminárias orientáveis embutidas nas canaletas<br />

escuras iluminam a circulação de maneira direta,<br />

equanto sancas com iluminação difusa soltam o forro<br />

dos elementos estrututrais. Abaixo, à direita, junto aos<br />

núcleos, uma sanca luminosa funciona como separação<br />

entre forro e parede. Downlights na canaleta escura<br />

e iluminação embutida no guarda-corpo completam<br />

a luz da circulação. Na próxima página, circulação<br />

vertical com sancas curvas luminosas e downlights<br />

organizados na caneleta escura<br />

<strong>L+D</strong><br />

46<br />

<strong>L+D</strong><br />

47<br />

Biblioteca e Centro de Aprendizagem da<br />

Universidade de Economia e Negócios<br />

Viena, Áustria<br />

Projeto de Iluminação: Arup Alemanha, Berlim<br />

Projeto de Arquitetura: Zaha Hadid Architects, Hamburgo<br />

Fornecedor: Zumtobel<br />

Fotos: Arup, PL – Paula Longato e Arup, UR – Ulrich Rossmann


projetos<br />

Igreja<br />

de Santa<br />

Maria e São<br />

Bartolomeu<br />

<strong>L+D</strong><br />

48<br />

A igreja de Santa Maria e São Bartolomeu, situada<br />

em Harsefeld, na Alemanha, é um edifício neogótico com todos os<br />

elementos típicos deste estilo arquitetônico, cujas origens datam do<br />

primeiro milênio. A igreja passou por uma reforma geral na década de<br />

1960 – e agora (o projeto foi concluído em abril de 2014) os interiores<br />

foram restaurados e modernizados. O processo de renovação teve como<br />

uma de suas principais premissas, além dos aspectos formais e estéticos,<br />

o provimento de sistemas energéticos eficientes, em alinhamento com<br />

as tendências atuais de sustentabilidade.<br />

Neste contexto, optou-se por trabalhar com luminárias 100% para<br />

LEDs, e a iluminação da Nave, com sua abóboda em cruz, revelou-<br />

-se o principal desafio. As soluções deveriam ser sutis, com detalhes<br />

integrados à arquitetura e com um mínimo de interferência na estrutura<br />

existente. E por tratar-se de um edifício religioso, a iluminação deveria,<br />

além de proporcionar excelente conforto visual, atender à demanda<br />

de se proporcionar uma atmosfera contemplativa.<br />

Vista inferior da abóbada, iluminada<br />

a partir dos anéis localizados nos<br />

pilares a 8 m de altura<br />

<strong>L+D</strong><br />

49


Além da iluminação indireta, a luz difusa<br />

dos candelabros contribui para iluminação<br />

da estrutura. Na página seguinte, acima,<br />

vista do órgão, que recebe iluminação<br />

direcionada<br />

<strong>L+D</strong><br />

50<br />

A solução desenvolvida pelo escritório Lucente Lichtplanung, responsável<br />

pelo projeto de iluminação, buscou uma sinergia harmoniosa entre os<br />

elementos contemporâneos incorporados ao edifício e sua estrutura<br />

histórica, enfatizando sempre o desenho da luz e não as luminárias.<br />

Foram desenhados sistemas especiais, que consistem em anéis de<br />

iluminação incorporados aos pilares da nave, como capitéis, a uma<br />

altura de aproximadamente 8 m. Esses anéis incorporam sistemas de<br />

iluminação direta, para iluminação ambiental, e de iluminação indireta,<br />

para iluminação da abóbada. Recebe, ainda, projetores para iluminação<br />

e valorização de elementos especiais da arquitetura – como por exemplo<br />

o órgão, importante elemento decorativo localizado no coro.<br />

As luminárias embutidas no anel (ERCO Quintessence LED) apresentam<br />

rigoroso controle antiofuscamento. Os projetores fixados sobre os anéis<br />

(ERCO Optec LED) garantem a versatilidade necessária para valorização<br />

da arquitetura e de seus elementos de destaque. Os grandes candelabros<br />

decorativos e arandelas foram adaptados às novas tecnologias e complementam<br />

a iluminação da Nave com iluminação difusa. O sistema DALI implantado<br />

permite o controle da iluminação por meio de um sistema sem fios, em<br />

que as cenas e todos os demais requisitos de iluminação podem ser<br />

controlados a partir de um tablet. (Por Carlos Fortes)<br />

<strong>L+D</strong><br />

<strong>51</strong><br />

Vista na Nave principal – o equilíbrio entre<br />

iluminação direta, indireta e difusa define<br />

a estrutura e proporciona iluminação<br />

ambiente. Na página seguinte, abaixo, vista<br />

da Nave com iluminação natural<br />

Igreja de Santa Maria e São Bartolomeu<br />

Harsefeld, Alemanha<br />

Projeto de Iluminação: Lucente Lichtplanung, Sittensen<br />

Fornecedores: ERCO, Optec<br />

Fotos: Frieder Blickle


projetos<br />

Vigas, infraestrutura de ar-<br />

-condicionado, sprinklers e pendentes<br />

convivem harmoniosamente no<br />

ambiente de trabalho<br />

Estruturas<br />

Aparentes<br />

<strong>L+D</strong><br />

52<br />

Nelson Kon<br />

A agência de publicidade Grey, fundada em Nova York<br />

em 1917, teve sua operação brasileira reestruturada em 2013 pela<br />

fusão da Grey 141 com a New Energy, originando a Grey Brasil – que<br />

na operação se tornou parte do Grupo Newcomm.<br />

Uma linhagem de tantos pesos pesados permitiu à agência ter no<br />

portfólio uma carteira de clientes invejável, atendidos por uma equipe<br />

de mais de 150 colaboradores. E também desenvolver um novo espaço<br />

de trabalho com um perfil bem arrojado.<br />

A arquitetura é da SCAA – Sérgio Camargo Arquitetos Associados. E a<br />

iluminação é da Lit Arquitetura de Iluminação, das sócias Letícia Mariotto<br />

e Cláudia Borges. A SCAA já tem uma parceria bem estabelecida com<br />

o Grupo Newcomm, com diversos projetos executados para diferentes<br />

agências – como a Wunderman, quando ocorreu a primeira parceria<br />

com a Lit neste campo, e foram desenvolvidas algumas soluções que<br />

remetem à arquitetura e iluminação presentes na Grey. Isso permitiu<br />

um trabalho bastante maduro, mesmo com soluções inusitadas.<br />

Sérgio Camargo participou da própria escolha do espaço a ser<br />

alugado e reformado, visitando diversos conjuntos com os clientes<br />

e escolhendo o 8º andar de um edifício no Brooklin, devida a duas<br />

qualidades interessantes: um terraço amplo com jardim, e um dos<br />

principais clientes da agência estar localizado no mesmo prédio, que<br />

dispõe de um elevador privativo.<br />

<strong>L+D</strong><br />

53


Nelson Kon<br />

Na parte voltada à produção da<br />

agência, ambientes mais intimistas são<br />

caracterizados pelo contrastes no piso<br />

e no forro, assim como pela iluminação:<br />

sancas geométricas definem ambientes<br />

menores, embutidos no gesso marcam<br />

as circulaçãoes e periferias, e pendentes<br />

dançam na laje exposta<br />

<strong>L+D</strong><br />

Nelson Kon Nelson Kon Nelson Kon<br />

54<br />

As três fotos à esquerda mostram o uso das<br />

tábuas de bambu definindo alguns dos poucos<br />

sólidos presentes no projeto: a recepção, o hall<br />

dos elevadores em cunha e as salas de reuniões.<br />

Nestes espaços, o forro é de gesso, com sancas,<br />

luminárias embutidas e apenas um pendente<br />

acima do balcão<br />

O formato da planta da unidade (com 1.500 m 2 ) acarretava alguns<br />

desafios, que foram cuidadosamente equacionados no desenho: seus<br />

recortes e curvaturas exigiram uma boa dose de criatividade para chegar<br />

a soluções adequadas de layout. Como a agência trabalha com clientes<br />

que demandam confidencialidade nas campanhas em desenvolvimento,<br />

a agência tem um controle rígido de fluxo e segurança. A planta tem<br />

um core de elevadores, sanitários e áreas técnicas bastante largo, o que<br />

define duas faixas com maior largura e profundidade de ocupação em<br />

cada lado deste core no sentido longitudinal, e duas faixas menores<br />

nas laterais que funcionam quase como corredores, com filtros de<br />

segurança e espaço para algumas salas mais reservadas.<br />

O programa se dividiu, então, em uma faixa mais social, onde fica a<br />

recepção, um salão aberto multiuso, salas para reuniões envidraçadas,<br />

salas para reuniões reservadas, cafeteria e terraço, e uma faixa oposta e<br />

com acesso restrito, onde fica o grande espaço integrado da produção<br />

e várias salas transparentes para a diretoria, financeiro e outros núcleos<br />

da empresa.<br />

Logo na entrada, a planta original do prédio permite que o acesso<br />

seja direcionado a qualquer lateral do hall de elevadores; na Grey, o lado<br />

da produção tem acesso apenas para funcionários cadastrados, enquanto<br />

o lado social tem a recepção de clientes e demais frequentadores.<br />

Ao mesmo tempo em que fica claro a quem chega que de um lado<br />

temos um fechamento opaco com vidro alto e duas portas laterais<br />

fechadas, e de outro temos um hall e balcão de recepção, a iluminação<br />

e arquitetura se utilizam de toques sutis, quase subliminares, para<br />

reforçar as mensagens e qualificar o espaço: as paredes do hall têm uma<br />

inclinação suave, formando uma “cunha” que se abre no sentido da<br />

recepção, e as placas de forro ganham uma inclinação que também se<br />

abre no sentido da recepção, onde sancas com fluorescentes T5 (25W,<br />

3.000K) soltam as placas e reforçam o movimento do teto, enquanto fitas<br />

de LED (14W/m, 3.000K) marcam os nichos das portas dos elevadores.<br />

Estas paredes em cunha e o piso do hall e da recepção são em tábuas<br />

de bambu, enquanto as placas do forro são em gesso.<br />

O projeto trabalha com poucos materiais, mas todos com funções e<br />

significações bem determinadas: o bambu é utilizado em pisos, tetos e<br />

paredes em volumes definidos para criar ambientes e nichos intimistas;<br />

o piso recebe, além da madeira, desenhos gráficos em placas de carpete<br />

ou piso sintético; o teto recebe madeira, placas de gesso, ou o principal<br />

elemento definidor do projeto: lajes e vigas originais expostas, com<br />

toda infraestrutura de ar-condicionado e dados aparentes. As paredes<br />

são apenas pintadas ou com divisórias de vidro com a fita laranja da<br />

Grey ajudando a dar leitura aos desatentos, e criando um espaço de<br />

sobreposição de camadas.<br />

As plantas de teto e as de piso/layout quase que se espelham, mudando<br />

das vigas aparentes para o gesso ou madeira no teto do mesmo modo<br />

que o piso muda da madeira para o carpete ou o sintético, ajudando<br />

a demarcar espaços em um ambiente com bastante transparência.<br />

A proposta da iluminação responde de modos distintos, mas com<br />

uma clara unidade projetual, às diferentes situações do projeto. Os<br />

espaços com vigamentos e infraestrutura exposta no teto recebem,<br />

como não podia deixar de ser, pendentes ou plafons aplicados. Um<br />

destes espaços fica logo depois da recepção, sendo um misto de<br />

recepção ampliada, estar, cafeteria, espaço de reuniões informais e<br />

apresentações internas e para clientes. A face oposta do painel que<br />

delimita a recepção, no ponto focal deste ambiente, abriga um telão.<br />

Logo na frente do painel, um misto de banco e arquibancada de<br />

bambu dá o tom do espaço, que tem ainda peças de mobiliário dos<br />

melhores designers brasileiros.<br />

Aqui, o piso é vinílico e um pouco rebaixado, circundado por uma<br />

fita de LED destacando o degrau. Neste ambiente, quase um cartão<br />

de visitas da agência, a iluminação é cenográfica e aconchegante,<br />

com pendentes diferentes, mas de aspecto industrial, pontuando o<br />

ambiente cru (com lampadas distintas, mas todos com temperatura de<br />

cor 2.700K); uma linha de luminárias cilíndricas para LED de sobrepor<br />

(29W, 3.000K) é aplicada em algumas laterais da laje, trabalhando em<br />

<strong>L+D</strong><br />

55


Nelson Kon<br />

Acima, uma sala de reuniões: sanca central<br />

com fluorescentes, luminárias para LED<br />

embutidas no gesso, e sanca lateral<br />

iluminando a “lousa” de vidro branco. À<br />

esquerda, o ambiente da produção, com a<br />

desordem organizada dos pendentes para<br />

iluminação direta e indireta<br />

Marcelo Kahn<br />

Nelson Kon<br />

Marcelo Kahn<br />

conjunto com uma faixa de gesso em toda a lateral perto dos caixilhos<br />

que contém luminárias embutidas para LED (10,8W, 3.000K).<br />

O outro espaço com estruturas expostas fica na parte oposta da<br />

planta, a área da produção. Um padrão singelo de pendentes lineares<br />

A riqueza de texturas, fluxos e geometrias da SCAA encontra uma<br />

aliada vital na iluminação desenvolvida pela Lit para cada situação. Algo<br />

muito interessante é a diversidade de fornecedores utilizados no projeto:<br />

Lumini, Omega, Reka, Lemca, Itaim, em uma mostra clara de esforço<br />

Marcelo Kahn<br />

com iluminação direta e indireta para lâmpadas fluorescentes tubulares<br />

em buscar a melhor solução para cada caso. (Por André Becker)<br />

T5 energy saver (25W, 3.000K) obedece a uma modulação clara e<br />

lógica em planta; mas sua disposição em diferentes ângulos e alturas<br />

Ambientes vivos, com<br />

<strong>L+D</strong><br />

56<br />

cria um efeito muito dinâmico no espaço. Nas laterais, embutidos<br />

no forro de gesso, luminárias para LED com difusor recuado (23W,<br />

2.700K) iluminam a circulação de um lado, e luminárias embutidas<br />

iluminação pensada caso a<br />

caso, criam a diversidade<br />

e atmosfera desejada para<br />

<strong>L+D</strong><br />

57<br />

para LED (10,8W, 3.000K) iluminam as bancadas lineares que ficam<br />

Grey Brasil<br />

clientes e funcionários: acima,<br />

abaixo das janelas do outro lado.<br />

São Paulo, SP<br />

nicho com mesas pretas,<br />

As salas de reunião têm, na sua maioria, teto de gesso com sanca<br />

Projeto de Iluminação: Lit Arquitetura de Iluminação<br />

para uso livre; no meio e ao<br />

central retangulares, circulares ou trapezoidais, e eventualmente uma<br />

– Claudia Borges, Leticia Mariotto<br />

lado, o hall/salão ampliado,<br />

sanca lateral iluminando uma parede em vidro branco, que serve como<br />

Projeto Arquitetônico: SCAA – Sérgio Camargo<br />

com mobiliário de design<br />

lousa informal, todas com fluorescentes tubulares T5 energy saver<br />

Arquitetura Associados<br />

nacional de ponta, pendentes<br />

(25W, 3.000K), complementadas com luminárias embutidas para LED<br />

Fornecedores: Lumini, Omega, Reka, Lemca, Itaim<br />

industriais e o divertido<br />

com difusor recuado (23W, 2.700K).<br />

Fotos: Nelson Kon e Marcelo Kahn<br />

banco/arquibancada


projetos<br />

Situado defronte a uma praça, o Museu<br />

Casa de Portinari recebeu iluminação<br />

tênue, compatível com a escala da<br />

pequena cidade em que se situa. Foram<br />

utilizados projetores de facho aberto<br />

com vapor metálico de 35W<br />

Equilíbrio<br />

delicado<br />

Nascido em um cafezal no interior de São Paulo, o pintor<br />

Cândido Portinari (1903-1962) passou a sua infância e parte da juventude<br />

na cidade de Brodowski. O imóvel onde viveu foi tombado pelos<br />

órgãos de patrimônio histórico em 1968 e o Museu Casa de Portinari<br />

foi aberto ao público pela primeira vez em 1970. Em 2012, passou<br />

por restauro e, em 2014, foi reaberto ao público com a exposição<br />

abriga várias paredes com afrescos – técnica de pintura sobre o gesso<br />

ainda úmido recém-aplicado. Um tipo de pintura delicada, que exige<br />

cuidados para não se deteriorar, principalmente no que diz respeito à<br />

iluminação. Os afrescos são datados do período em que, morando no<br />

Rio de Janeiro, o artista voltava à casa da família para passar longas<br />

temporadas.<br />

Conceitualmente o projeto partiu da convivência entre uma luz<br />

doméstica existente, a luz natural e o suporte para uma luz nova, com<br />

tecnologia LED. Com prazo limitado e restrições orçamentárias, Franco<br />

partiu para uma solução que resolvesse a equação com poucas variáveis<br />

e escolheu elementos essenciais que servissem a diversas situações.<br />

Os globos originais da casa foram mantidos nos ambientes expositivos,<br />

<strong>L+D</strong><br />

58<br />

de longa duração “Narrativas de um vida: um pintor, um tempo, um<br />

lugar….”, cuja proposta curatorial considera a casa, suas pinturas e<br />

objetos como elementos indissociáveis da vida e da obra do artista.<br />

A construção, singela, abriga muito da história artística e pessoal de<br />

Portinari. Além dos trabalhos expostos, a casa, sua história e seu tempo<br />

estão presentes ali. Os móveis e objetos de uso pessoal estão dispostos<br />

porém apagados para não interferir no resto da iluminação. Mas<br />

em locais como banheiros, eles ficam acesos para que o visitante<br />

possa perceber a atmosfera original da casa. Por conter alto índice de<br />

<strong>L+D</strong><br />

59<br />

No Museu Casa de Portinari, os visitantes são convidados a uma<br />

nos cômodos preservados em seus ambientes originais, fazendo do<br />

irradiação ultravioleta, danosa aos afrescos, a luz natural foi bloqueada<br />

imersão em detalhes da vida doméstica do artista. Além dos objetos<br />

Museu um local único de referência sobre a vida e obra do artista.<br />

em algumas salas. Em outros ambientes, como a cozinha, a luz do dia<br />

presentes na infância, podem ser apreciadas obras pintadas diretamente<br />

é um elemento fundamental da cena doméstica.<br />

nas paredes da casa da família. O percurso expositivo procura mostrar a<br />

CONCEITO E SOLUÇÃO<br />

O suporte criado para a luz expositiva é um sistema em trilhos<br />

ligação profunda que Portinari teve com a sua terra natal e os vínculos<br />

Mas como manter a atmosfera doméstica original da vida cotidiana em<br />

eletrificados com três circuitos para permitir a dimerização das luminárias<br />

definitivos que se perpetuaram em sua obra.<br />

harmonia com a obra de grande valor artístico encrustrada nas frágeis<br />

em grupos, dando flexibilidade na regulagem das intensidades. O<br />

Por fora, a casa não chama atenção: é um exemplo de arquitetura<br />

paredes da casa? Esse foi um dos desafios para o lighting designer<br />

lighting designer adotou apenas duas variações de projetores: um<br />

vernacular do século XX, como tantos outros pelo interior. Por dentro,<br />

Gilberto Franco, que desenvolveu o projeto de iluminação do Museu.<br />

de maior intensidade e facho aberto dimerizável (20W, 35º), e outro


O Museu mostra o ambiente doméstico da casa da família<br />

Acima, à direita, nas situações que exigiam<br />

Portinari em harmonia com os afrescos pintados pelo artista.<br />

uma luz no topo das paredes foram<br />

Na lateral direita, os afrescos menores são iluminados por<br />

usadas barras de LED linear, evitando<br />

fachos fechados de apenas 6,6W de consumo. O mesmo vale<br />

manchas. O recurso foi adotado como<br />

para a mesa central e ao mobiliário. Um trilho eletrificado<br />

complemento em outras situações onde<br />

acompanha as paredes da sala<br />

era necessário luz lavada nas paredes.<br />

Abaixo, intencionalmente alguns ambientes<br />

foram mantidos com a iluminação original<br />

menos potente e mais fechado sem dimerização (6W, 10º). Aos spots,<br />

originais da casa, em outros, desenhos do artista, situação que exige<br />

da casa para que o visitante experimente<br />

Giberto Franco acrescentou barras assimétricas para LED linear com<br />

iluminância máxima de 50 lux. A luz contida nas vitrines é sempre<br />

uma sensação de luz similar à existente,<br />

a intenção de obter superfícies com luz lavada em alguns casos.<br />

balanceada com a luz exterior, evitando uma excessiva dramaticidade.<br />

caso do banheiro ao fundo. A luminária<br />

Com a utilização de um sistema de automação, foi possível equalizar<br />

Todos os equipamentos possuem índice de reprodução de cor acima<br />

é o mesmo globo que se vê apagado no<br />

as luminâncias das paredes, permitindo um equilíbrio entre as superfícies<br />

de 80% e temperatura de cor de 3.000K.<br />

primeiro plano<br />

<strong>L+D</strong><br />

60<br />

acesas. Outro ajuste fino adotado por Gilberto Franco foi em relação<br />

à luz natural, a partir da qual, criou três cenas diferentes ao longo<br />

do dia. Durante o dia, o excesso de luz natural pede uma luz artificial<br />

Um dos cômodos que recria a ambiência original da casa é o ateliêr<br />

de Portinari. A intensidade de cada facho difuso, aberto e fechado, é<br />

cuidadosamente equilibrada para iluminar os afrescos e objetos. Um<br />

<strong>L+D</strong><br />

61<br />

mais intensa. À noite, as intensidades são mais baixas.<br />

elemento arquitetônico especial nesse ambiente é a claraboia original,<br />

Combinando a pequena gama de fontes de luz com o sistema<br />

hoje reconstruída com iluminação artificial difusa.<br />

de dimerização foi possível equilibrar a luz para as diversas pinturas<br />

em harmonia com o mobiliário e demais suportes expositivos, como<br />

CAPELA E FACHADA<br />

vitrines, painéis informativos e displays. Acessível por alçapões no forro,<br />

O conjunto arquitetônico é formado, ainda, por uma capela situada<br />

o equipamento de dimerização é controlado por tablets.<br />

entre as duas casas onde moravam os pais e a avó do artista. Em um<br />

A luz expositiva é complementada por LEDs embutidos em vitrines,<br />

gesto extremamente amoroso, Portinari, ateu, erigiu uma pequena<br />

que estão espalhadas pelo Museu. Em alguns casos, guardam objetos<br />

capela que a avó pudesse frequentar mesmo com seus problemas de


Em alguns ambientes, como este<br />

quarto de dormir, a iluminação<br />

cenográfica é completada<br />

por vitrines iluminadas por<br />

barras assimétricas de LED<br />

cuidadosamente escondidas,<br />

de modo a evitar o brilho da<br />

superfície de acrílico superior.<br />

O balanceamento com a luz<br />

externa evita dramaticidade<br />

excessiva<br />

locomoção. Por dentro, a capela é inteiramente forrada por imagens<br />

de santos, pintados pelo artista com as feições dos seus familiares.<br />

Franco criou uma estrutura de trilhos em “U” de modo que conseguisse<br />

lavar as duas paredes muito próximas uma da outra. Foi criada uma<br />

cena de luz especial para o momento de reza, com a luz muito baixa<br />

favorecendo a imersão espiritual.<br />

A fachada simples da casa da família de imigrantes italianos se<br />

mantém preservada e recebe uma luz tênue. Sua simplicidade aparente<br />

nos surpreende com a riqueza do acervo existente no imóvel. A casa<br />

nos faz lembrar a vida comum que faz parte do processo de criação do<br />

artista, e, nesse sentido, é uma importante referência afetiva e histórica<br />

sobre a vida e a obra de Cândido Portinari. (Por Fernanda Carvalho)<br />

Museu Casa de Portinari<br />

Brodowski, Brasil<br />

Projeto de Iluminação: Franco Associados<br />

Projeto Museográfico: Zol Design<br />

Fornecedores: Lumini (luminárias) e Lutron (automação)<br />

Fotos: Andrés Otero<br />

Vista do ateliêr do artista. O afresco alongado à frente<br />

necessitou de três fachos de luz diferentes para se<br />

conseguir homogeneidade em sua iluminância, o que<br />

veio a ser a única exceção à regra de se ter apenas<br />

dois tipos de projetores. Isso foi necessário devido<br />

à sua peculiar forma alongada.<br />

<strong>L+D</strong><br />

62<br />

Na pequena capela construída<br />

para a avó de Portinari,<br />

afrescos são iluminados<br />

combinando projetores de<br />

facho aberto e barras de LED<br />

linear posicionados rente ao<br />

trilho eletrificado. O recurso<br />

das barras foi adotado<br />

nas situações em que o<br />

preenchimento no topo das<br />

paredes era necessário<br />

<strong>L+D</strong><br />

63


projetos<br />

Nelson Kon<br />

SUPERANDO<br />

DESAFIOS<br />

<strong>L+D</strong><br />

64<br />

A inserção de unidades novas em uma rede, com um<br />

certo padrão já configurado, uma linguagem caracterizada e uma<br />

equipe de trabalho que já conhece as peculiaridades, necessidades e<br />

características desta rede, pode ser uma mera repetição mecânica de<br />

soluções clichês; ou pode ser um caso interessante e complexo de revisão<br />

crítica, pesquisa de novos caminhos, busca de metas mais radicais.<br />

O projeto para a nova unidade do Fleury Medicina e Saúde no bairro<br />

do Brooklin, em São Paulo, com mais de 3.000 m² de área construída,<br />

é, sem dúvida, parte do segundo cenário. Esther Stiller e sua equipe<br />

foram responsáveis pelo projeto de Iluminação, a ACR Arquitetura e<br />

Planejamento, dos sócios Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo, foi<br />

a autora do projeto de arquitetura e foi incorporado ao espaço todo<br />

o novo branding desenvolvido pela Gad Design para a marca nos<br />

últimos meses.<br />

Tanto Esther Stiller como a ACR Arquitetura e Planejamento têm um<br />

longo histórico de colaboração com o Fleury, e bastante experiência<br />

na arquitetura clínica e hospitalar em geral. Mesmo assim, a proposta<br />

da unidade Fleury Ponte Estaiada/Centro Integrado Cardiológico e<br />

Neurovascular, no edifício Towers Bridge Corporate, foi um desafio para<br />

ambos. O programa de necessidades ia muito além do já complexo padrão<br />

da medicina diagnóstica. Ao mesmo tempo, é mantida e ampliada a<br />

Corredor de acesso ao Centro Integrado<br />

Cardiológico e Neurovascular, na chegada<br />

ao primeiro piso: arquitetura, branding e<br />

iluminação intrinsicamente ligados, criando<br />

ambientes e conexões sofisticadas<br />

<strong>L+D</strong><br />

65


Nelson Kon<br />

Vitor Barão<br />

proposta do Fleury, de aliar a excelência técnica a uma ambientação e<br />

No hall de acesso do térreo, o pé-direito triplo<br />

um atendimento humanizados, com espaços e experiências integradas<br />

também trabalha com os painéis recortados<br />

agradáveis, com recepções e halls que remetem a praças e salas de<br />

e iluminados com réguas de LED. A faixa do<br />

estar, cafés que não devem em nada a outros cafés da cidade e salas<br />

branding percorre o ambiente verticalmente<br />

de estar localizadas estrategicamente, em diferentes locais e escalas:<br />

aqui, e o mobiliário define ilhas de ocupação<br />

algumas bem intimistas, outras mais amplas.<br />

À complexidade do projeto, somam-se metas ambiciosas de certificação<br />

LEED, que lançaram desafios intensos aos projetistas, como a busca<br />

A planta do prédio é peculiar: um triângulo com cantos arredondados,<br />

de economia de 30% no consumo médio de energia elétrica sobre a<br />

e um núcleo de escadas/elevadores central bastante grande, determinando<br />

norma ASHRAE.<br />

uma ocupação periférica da planta, onde longos corredores criam duas<br />

“Quando a meta LEED para este novo projeto foi definida, ficou<br />

linhas de salas: uma, voltada para o exterior, com possibilidade de luz<br />

claro que ela só seria alcançada a partir de LEDs de altíssima eficácia.<br />

natural e vistas generosas; outra, com salas mais fechadas, apenas<br />

Em geral, o investimento inicial é onerado em até 80% em relação<br />

com iluminação artificial.<br />

<strong>L+D</strong><br />

66<br />

às soluções convencionais, porém o custo final pode ter redução de<br />

mais de 50% ao longo dos dez ou 15 anos de vida da instalação”. diz<br />

Esther. No final do projeto, foi atingida uma economia excepcional,<br />

Uma característica que percorre toda a unidade é a integração do<br />

branding, arquitetura e iluminação. A arquitetura cria, por meio de<br />

reentrâncias em painéis de paredes e tetos, contrastes de texturas nas<br />

<strong>L+D</strong><br />

67<br />

da ordem de 26,9%.<br />

paredes e forros, alguns elementos tridimensionais arquitetônicos<br />

O projeto ocupa uma área de 900 m² no pavimento térreo e todo o<br />

em diálogo com o branding, uma série de suportes lapidados para a<br />

primeiro pavimento 2.100 m² do edifício Tower Bridge Corporate. No<br />

iluminação aconchegante e cenográfica, nunca tediosa.<br />

térreo, fica a Unidade Ponte Estaida, com os atendimentos tradicionais<br />

No hall do pavimento térreo, primeira parada do usuário, tanto quem<br />

das unidades Fleury e um espaço específico dedicado ao público<br />

vem do estacionamento como do térreo é brindado com um espaço<br />

No café do térreo, o ambiente é definido<br />

feminino, com mamografia, ultrassonografia, densitometria óssea<br />

etc. No primeiro pavimento, fica o Centro Integrado Cardiológico<br />

e Neurovascular.<br />

generoso, com uma recepção e espera amplos e com pé-direito triplo.<br />

Vários dos temas que se desenvolvem no projeto são encontrados aqui.<br />

O grande destaque são os painéis de parede com um desenho dinâmico,<br />

pelas ripas de madeira e pela grande<br />

luminária que ajuda a dar uma escala mais<br />

humana ao pé-direito generoso<br />

Vitor Barão


com faixas horizontais rebaixadas e cantos boleados, iluminados por<br />

réguas de LEDs da Lumini (11,2W/ml, 2.700K). Uma placa vermelha<br />

vertical se sobrepõe ao painel em toda a altura e destaca o logo do<br />

Fleury, imprimindo a marca do branding e sua inserção na arquitetura.<br />

A recepção e o lounge de espera são trabalhados como “ilhas”<br />

dentro de um espaço amplo – outro tema recorrente do projeto – a<br />

partir do desenho de piso, mobiliário e forro, e iluminadas através de<br />

luminárias embutidas para módulo de LEDs (21W, 3.000K) no forro,<br />

uma luz suave e difusa.<br />

E, contíguo a esses ambientes, fica um café demarcado por ripados<br />

com textura de madeira no balcão, nas paredes e no forro, onde grandes<br />

pendentes decorativos ajudam a trabalhar o pé-direito de um modo<br />

mais intimista, criando um ambiente muito agradável. No térreo, por<br />

haver uma área menor de projeto, as salas de coletas, exames e demais<br />

serviços são acessadas via corredores menos extensos, com iluminação<br />

central em luminárias embutidas DownLED wide SM R da Lumini para<br />

módulos e-LEDs (10,5W 3.000K) e uma sanca lateral com fluorescentes<br />

T5 (28W, 3.000K). Mas é no piso superior, com dezenas de metros de<br />

corredores, longos e potencialmente tediosos e desagradáveis, que este<br />

espaço normalmente funcional acaba por mostrar como um problema<br />

pode ser uma oportunidade.<br />

Nos corredores, diferentes soluções<br />

foram aplicadas. Nesta foto, painel com<br />

o logo do laboratório em baixo-relevo<br />

funciona como suporte para réguas de<br />

LEDs finamente calibradas<br />

O núcleo bastante grande do edifício gera, logo no acesso ao primeiro<br />

pavimento, um corredor de acesso que deixa claro este princípio do<br />

projeto: o usuário entra em um ambiente vivo, onde o eixo direcional<br />

recebe, no teto, uma nova placa vermelha alongada, que, ao encontrar<br />

com uma parede no final deste corredor, vira em direção ao piso e recebe<br />

o branding vertical. Esta língua vermelha é uma grande sanca central,<br />

com iluminação indireta fluorescente T5 (28W, 4.000K) reforçando o<br />

eixo direcional. Nas paredes laterais, painéis brancos no mesmo padrão<br />

dos painéis da recepção no térreo, com reentrâncias para as réguas de<br />

LEDs, enriquecem o ambiente e evidenciam a coesão entre os diferentes<br />

pavimentos. Na parede ao fundo, temos em toda superfície um painel com<br />

um novo padrão de baixo-relevo com o logo do laboratório, iluminado<br />

com sancas para fluorescentes T5 (28W, 4.000K).<br />

Vitor Barão<br />

<strong>L+D</strong><br />

68<br />

Nelson Kon<br />

No café do pavimento superior, o mesmo<br />

tratamento com madeira do mobiliário e do<br />

teto destacam e definem o ambiente. Aqui,<br />

pendentes em uma escala proporcional ao<br />

café ficam no balcão<br />

Os demais corredores do pavimento, que conectam a recepção, as<br />

salas de exames, os diversos lounges, escritórios e o café do pavimento<br />

superior recebem soluções e geometrias distintas e dinâmicas. Em<br />

alguns casos, temos painéis destacados na parede com o logo do<br />

Fleury em baixo-relevo, com réguas de LEDs atrás dos mesmos (11,2W/<br />

ml, 2.700K), dando ritmo e uma iluminação agradável. Em outros<br />

casos, a geometria do forro trabalha com recortes e jogos entre<br />

texturas brancas e de madeira, criando um dinamismo e inserindo<br />

a iluminação também em réguas de LEDs (11,2W/ml, 2.700K), nos<br />

espaços projetados para tal.<br />

“O uso das réguas de LED nos permitiu atender a expectativa de<br />

baixo consumo ao disponibilizar a iluminação exata para a demanda,<br />

em cada caso, nem mais nem menos: assim, em um trabalho muito<br />

próximo ao fornecedor, calculamos as demandas exatas de cada peça e<br />

evitamos drivers e dimers, que encarecem a instalação”, afirma Esther.<br />

“Essa é uma grande vantagem do LED: podemos dosar a iluminação<br />

conforme nossa necessidade.”<br />

Nas áreas “sociais” do piso superior, a meticulosidade de cada<br />

ambiente se destaca: a recepção e o lounge deste andar, apesar do<br />

<strong>L+D</strong><br />

69


Nelson Kon<br />

Na área clínica da unidade, mais precisamente nas salas de exames,<br />

temos inúmeras variações de tamanho, função, disposição e complexidade.<br />

Esther buscou um resultado de iluminação mais intenso para exames e<br />

leituras onde a acuidade visual é imprescindível (através de luminárias<br />

embutidas para LEDs DownLED wide MD R (21W, 4.000K), mas ofereceu<br />

opções de variação da intensidade luminosa nas áreas de exames<br />

específicos, como U-S e análise de chapas, com sistema de réguas<br />

de LEDs dimerizáveis (25W, 3.000K) e pleno controle pelos médicos<br />

e enfermeiras, reservando uma iluminação mais intimista e agradável<br />

para locais de encontro entre técnicos, médicos e pacientes, permitindo<br />

conversas mais serenas ou análise claríssima de imagens e exames.<br />

Uma arquitetura e iluminação lapidadas, dinâmicas e de consumo<br />

energético extremamente reduzido. (Por André Becker)<br />

Fleury Ponte Estaiada / Centro Integrado<br />

Cardiológico e Neurovascular<br />

São Paulo, Brasil<br />

Projeto de Iluminação: Esther Stiller Arquitetura e Iluminação<br />

Projeto Arquitetônico: ACR Arquitetura e Planejamento – arq.<br />

Antonio Carlos Rodrigues e arq. Rafael Tozo<br />

Branding: GAD Design<br />

Construção: Athié Wonrath<br />

Gerenciamento e Fiscalização: Engenharia do Grupo Fleury<br />

Colaboradores: Masstin, Harmonia Acustica, Térmica Brasil,<br />

JKMF, GERB, Sustentech, KB Engenharia.<br />

Fornecedor: Lumini<br />

Fotos: Nelson Kon e Vitor Barão<br />

<strong>L+D</strong><br />

70<br />

A clínica, com 3.000 m 2 de área, tem inúmeras salas,<br />

para diferentes necessidades e exames. Em quase<br />

todas as salas, a iluminação permite diferentes<br />

cenários, proporcionando o conforto dos médicos,<br />

dos técnicos e dos pacientes: situações com mais<br />

luz, para aplicação de injeções, leitura de exames<br />

etc.; ou menos luz, para conversas delicadas, exames<br />

longos ou desgastantes<br />

pé-direito simples, são agradáveis e generosos, com o mesmo conceito<br />

de ilhas intimistas, marcadas pelo trabalho de forros, mobiliário e<br />

iluminação. Um misto de banco e praça na chegada, com teto em PVC<br />

translúcido iluminado por fluorescentes tubulares T5 (28W, 3.000K),<br />

descontrai o ambiente; as mesas de abertura de fichas têm um forro<br />

recortado, com sancas periféricas que recebem fluorescentes tubulares<br />

T5 (28W, 4.000K) e criam a delimitação do núcleo, sem concorrer com<br />

o pendente decorativo que completa esta ilha. No lounge, o forro de<br />

madeira delimita o ambiente, recebendo nove luminárias embutidas<br />

para LEDs (DownLED optic MD R, 25W, 25º, 3.000K).<br />

A madeira aparece no forro dos diversos ambientes de estar que<br />

pontuam o andar, sempre com as luminárias embutidas DownLED<br />

SM R (10,5W, 3.000K). Ela também configura o ambiente do café<br />

deste andar, novamente rico em ripados, do teto ao balcão e paredes.<br />

Nelson Kon<br />

<strong>L+D</strong><br />

71


eventos<br />

© Ding Musa<br />

patrocínio, suporte técnico e empréstimo de equipamentos de iluminação<br />

Entre as soluções mais comuns, encontram-se a iluminação para as<br />

de última geração para a realização das atividades, e que que contou<br />

árvores situadas na entrada do edifício; o destaque – por meio da luz,<br />

também com o apoio da Administração do Edifício Copan, essencial<br />

silhueta ou sombra – dos elementos arquitetônicos do Copan e seu<br />

para o sucesso da intervenção.<br />

entorno – como a escada que conecta os pavimentos dos mezaninos,<br />

O evento foi planejado especialmente para os trabalhos no Brasil<br />

os pilotis, a marquise do segundo pavimento, a parede curva do edifício<br />

em conjunto com os membros do Lighting Detectives, da qual Kaoru<br />

vizinho e a rua de pedestres.<br />

Mende é um dos fundadores. Uma das mais conhecidas ações do grupo<br />

As propostas mais votadas – cada participante teve direito a um voto e<br />

é o modulo Light Up Ninja – evento temporário de intervenção pública<br />

Kaoru Mende, três – resultaram em uma intervenção nunca antes vista no<br />

com luz, em geral de uma noite, organizado a partir de um plano<br />

edifício projetado por Oscar Niemeyer. Suas curvas de concreto puderam<br />

previamente elaborado.<br />

flutuar com a iluminação para a marquise do mezanino superior; sombras<br />

O workshop teve duração de três dias com atividades divididas basicamente<br />

em movimento foram capturadas pela projeção do sobe-desce da escada<br />

Pelo segundo ano consecutivo, a revista <strong>L+D</strong>, em parceria com a<br />

em três etapas: análise, proposição e intervenção. Nesta ordem, na<br />

do edifício, cuja estrutura também foi destacada; o jacarandá paulista da<br />

AsBAI – Associação Brasileira dos Arquitetos de Iluminação aproveitaram<br />

primeira etapa, os inscritos participaram do que já ficou conhecido<br />

entrada – lá desde sua inauguração – recebeu iluminação para sua copa<br />

a presença de lighting designers e profissionais da iluminação de todo<br />

como “Night Walk” – percurso noturno com a intenção de ajustar o<br />

e tronco, e os pilotis – elemento tão presente na arquitetura moderna<br />

<strong>L+D</strong><br />

72<br />

SEMANA<br />

DA LUZ<br />

o Brasil e de outros países no LEDforum para a realização de mais um<br />

Workshop de Iluminação.<br />

Dando sequência ao sucesso do workshop realizado durante a semana<br />

do LEDforum 2013, ministrado pelo professor Jan Ejhed (KTH Estocolmo),<br />

a revista <strong>L+D</strong> e AsBAI trouxeram ao Brasil o workshop itinerante Light<br />

Up Ninja da organização internacional Lighting Detectives. O evento,<br />

que aconteceu entre 18 e 20 de agosto último no Edifício Copan no<br />

olhar aos elementos iluminadores e iluminados na paisagem urbana e,<br />

assim, encontrar bons e maus exemplos de iluminação, denominados<br />

pelos Lighting Detectives como “heróis” ou “vilões”.<br />

Equipamentos de iluminação com controle antiofuscamento adequados,<br />

fontes luminosas com temperaturas de cor mais baixas e reprodução<br />

de cor mais altas, níveis lumínicos adequados à sensação de segurança<br />

em ambientes públicos e luminárias em edifícios de propriedade privada<br />

brasileira – foram delicadamente revelados em silhueta.<br />

A seguir o depoimento do arquiteto e lighting designer e também<br />

colaborador da <strong>L+D</strong> Gilberto Franco sobre a sua experiência em participar<br />

no workshop: “o aspecto que mais me empolgou no Light Up Ninja São<br />

Paulo foi a oportunidade de poder desvestir a camisa profissional e vestir<br />

uma outra desconhecida. Colocar-me em um grupo que não escolhi,<br />

onde não há hierarquia ou caracterização profissional. Não há liderança<br />

<strong>L+D</strong><br />

73<br />

centro de São Paulo, incluiu nas suas atividades uma intervenção de luz<br />

como elemento de iluminação pública foram alguns dos “heróis” do<br />

predeterminada, todos opinam e todos têm a encrenca na mão: resolver<br />

em escala real – a primeira deste tipo no país.<br />

percurso. Já muitos dos “vilões” surgiram do inverso dessas soluções<br />

em pouquíssimo tempo o desafio dado. Mais empolgante: trata-se de<br />

LEDforum, Workshop Lighting Detectives<br />

Comandado pelo internacionalmente premiado lighting designer japonês<br />

e, ainda, a poluição luminosa oriunda de letreiros e vitrines de lojas e o<br />

um ícone querido da cidade e a oportunidade de transformá-lo é única.<br />

e instalação Light Up Ninja movimentam<br />

Kaoru Mende, o evento contou a com a participação de profissionais e<br />

uso descuidado de luz colorida no ambiente construído.<br />

E esse é um raro contexto onde a ideia, o conceito, impera sobre todas as<br />

profissionais e indústria de iluminação em<br />

estudantes vindos de diversas partes do Brasil. Vários setores da indústria<br />

Com o segundo dia de atividades destinado basicamente à reflexão e<br />

outras questões. Faria novamente, e novamente.” E novamente é o que vai<br />

uma semana inteiramente dedicada à luz.<br />

de iluminação brasileira e internacional foram mobilizados por meio de<br />

proposição, os grupos finalmente apresentaram suas ideias de intervenção.<br />

continuar acontecendo no ano que vem. Até lá! (Por Orlando Marques)


eventos<br />

© André Hänni<br />

5º<br />

LEDforum<br />

do LED e seus componentes, uma vez que muitos dos parâmetros atuais são<br />

emprestados de equipamentos de iluminação tradicionais. Representando<br />

o Arup – escritório global multidisciplinar –, a brasileira, radicada entre<br />

Berlin e Londres, Paula Longato e o seu colega do escritório da empresa<br />

em São Paulo, o arquiteto Marcelo Nudel, mostraram aos participantes<br />

Aconteceu em 21 e 22 de agosto de 2014 no Tivoli<br />

Mofarrej Conference Hotel, em São Paulo (SP), a 5ª edição do LEDforum,<br />

um processo quase que inédito no Brasil: a prática colaborativa entre<br />

as disciplinas de iluminação artificial e natural, projeto de envoltórias<br />

com inscrições esgotadas e recorde de público. Com curadoria do<br />

e isolamento com a finalidade de expandir a base do conhecimento<br />

publisher Thiago Gaya em parceria com o lighting designer e editor da<br />

específico e, assim, propor soluções realmente inovadoras.<br />

revista <strong>L+D</strong> Orlando Marques, o evento é uma realização da Editora<br />

Na vertente de sustentabilidade, o engenheiro Eduardo Venturi,<br />

Lumière e da revista <strong>L+D</strong>, com o apoio técnico da AsBAI (Associação<br />

da Commscope, demonstrou que já não basta somente adotar o LED<br />

Brasileira dos Arquitetos de Iluminação) e IALD (International Association<br />

para ser sustentável, é preciso especificar como eles são controlados.<br />

of Lighting Designers).<br />

A lighting designer Paula Carnelós, do escritório paulistano Acenda,<br />

Já consolidado no calendário brasileiro, o LEDforum 2014 reuniu<br />

após apresentar um panorama sobre a evolução da manipulação da<br />

420 profissionais, entre fornecedores, designers, especificadores e<br />

iluminação através dos tempos, propôs uma reflexão sobre o seu futuro,<br />

clientes, reafirmando-se como o mais importante evento de iluminação<br />

tendo como pano de fundo um vasto repertório emprestado de cenas<br />

arquitetural do país. Os curadores propuseram para esta edição um<br />

marcantes de produções da sétima arte.<br />

olhar panorâmico do que está acontecendo de mais atual no Brasil e no<br />

Com palestra comovente e poética, a italiana Elettra Bordonaro, da<br />

mundo na prática profissional do desenho da luz artificial – com ênfase<br />

organização SLM – Social Lighting Movement, apresentou intervenções<br />

especial no LED – em projetos de iluminação. A seguir, um apanhado<br />

de luz temporárias em diversas cidades do mundo, nas quais a principal<br />

geral do que aconteceu neste ano.<br />

abordagem é a inclusão da sociedade na discussão sobre o poder que<br />

A palestra de abertura da norte-americana Derry Berrigan apresentou<br />

LEDforum 2014: um olhar panorâmico<br />

a luz exerce no ambiente público e a sua vocação em transformar<br />

sua pesquisa sobre o que chama de Antropologia da Iluminação (Lighting<br />

do que está acontecendo no Brasil e<br />

espaços degradados.<br />

Antropology). Sua apresentação procurou estimular o público a refletir<br />

no mundo na prática profissional do<br />

Na palestra de encerramento, o mestre japonês da iluminação, Sr. Kaoru<br />

como as pessoas percebem o ambiente iluminado e incentivar a interação<br />

desenho da luz artificial em projetos<br />

Mende, do escritório LPA – Lighting Planners Associates, apresentou a<br />

prática entre projetistas, usuários e ambiente construído.<br />

de iluminação<br />

palestra “Sombra e Escuridão: A Essência do Lighting Design”, detalhando<br />

Guinter Parschalk, um dos expoentes do lighting design nacional,<br />

seu sistema conceitual em lighting design, divididos em 13 partes:<br />

apresentou uma coleção de projetos expressivos, realizados ao longo<br />

Gradação, Contraste, Super Ambiente, Camadas, Blue Hour, Função, Cor,<br />

de sua carreira, onde o uso da cor, além de conferir impacto, é aplicado<br />

americano da Acuity Brands, Mark Hand, em palestras bastante didáticas<br />

Cintilação, Utsoroi, Sequência, Ícone, Planejamento Urbano e Ecologia a<br />

de maneira intuitiva mas nunca gratuita.<br />

e de certa forma complementares entre si, apresentaram os desafios<br />

partir do conjunto impressionante de seus principais trabalhos.<br />

<strong>L+D</strong><br />

74<br />

Em uma palestra inspiradora, os lighting designers holandeses Sjoerd<br />

van Beers e Juliette Nielsen, da Beersnielsen, apresentaram detalhes<br />

dos bastidores de como foi o processo de elaboração do projeto de<br />

atuais da indústria de componentes e acessórios de LED, em muitos dos<br />

casos apontando os caminhos para as soluções. Os palestrantes, por<br />

exemplo, apresentaram novos métodos de construção do componente<br />

A 5ª edição do LEDforum contou com o patrocínio Gold das empresas:<br />

Alper, Avant, Brilia, Celena/Golden, Conexled, Intral | Aledis, Itaim<br />

Iluminação, Lemca Iluminação, LG, LightDesign + Exporlux, Lumicenter<br />

<strong>L+D</strong><br />

75<br />

iluminação do Rijkmuseum – o primeiro museu integramente iluminado<br />

do LED, que visam melhorar a relação custo/lúmens fornecidos, como o<br />

Lighting, Luminárias Projeto, Lumini, Lutron, Nichia, Omega Light,<br />

com LED, apresentado na edição 46 da <strong>L+D</strong> – seus desafios e soluções<br />

COB (Chip On Board) e também o LED Brushed Green – emissor único<br />

Osram, Philips, Sends Iluminação, Sylvania e Trust Iluminação. E também<br />

encontrados na manipulação da tecnologia e também dos 3.800 projetores<br />

das cores azul e verde, antes separadas, na tríade conhecida como RGB.<br />

com o patrocínio Silver das empresas: Audax Electronics, Eaton Cooper<br />

encontrados no projeto.<br />

Os palestrantes também ressaltaram os perigos como o drop – perda<br />

Lighting, e:light, Luxion, Osvaldo/Matos, Stellatech, Telas DPS Brasil,<br />

A italiana Eugenia Marcolli, do escritório Metis Lighting, de Milão,<br />

de eficiência do fluxo luminoso devido ao aquecimento do componente,<br />

Trace LED Solutions e Trancil.<br />

apresentou soluções de aplicação de tecnologia LED em projetos de<br />

o flicker efeito estroboscópico em função da variação da tensão, a<br />

O LEDforum 2015 já tem data marcada para acontecer: 20 e 21 de<br />

altíssimo padrão e comparou a tecnologia às fontes luminosas tradicionais.<br />

problemática da reposição de componentes do LED. Defenderam a<br />

agosto, no Hotel Tivoli Mofarrej Conference Hotel, na cidade de São<br />

O brasileiro radicado nos Estados Unidos Paulo Willig, da Nichia, e o norte-<br />

necessidade de parâmetros específicos para a análise das particularidades<br />

Paulo. (Por Rafaela Romitelli)


Produtos | Especial LEDforum<br />

E:light<br />

Conheça os lançamentos apresentados<br />

O Keplero Zoom da Targetti é o novo projetor LED de 32W, embutido<br />

pelos patrocinadores do LEDforum 2014<br />

de piso que permite jogar com quatro fachos diferentes, apenas movendo<br />

a câmara óptica no interior. A solução cumpre as exigências de proteção<br />

IP66, IP67 e IP68 e possui driver eletrônico bivolt. Versão DALI, pode<br />

Avant<br />

ser fornecida sob pedido. A luminária possui anel em aço Inox A316,<br />

caixa para embutimento de PVC, filtros cromáticos e antiofuscamento.<br />

Os spots LED COB são recomendados para projetos luminotécnicos<br />

www.goelight.com.br<br />

de galerias e museus. Estão disponíveis com emissão de luz branca<br />

(6.500K), nas versões de 5W e 9W, e luz amarela (3.000K). Têm tensão<br />

bivolt automática (100 a 220 VAC); IRC>80 e facho de 18 e 38º.<br />

Podem ser encontrados em dois modelos: plano ou orbital, ambos<br />

Eaton Cooper Lighting<br />

com ajuste de ângulo.<br />

A luminária Encounter redefine a iluminação ambiente incorporando<br />

www.avantled.com.br<br />

seu estilo moderno à tecnologia WaveStream. O sistema LED com<br />

design óptico oferece uniformidade e conforto visual. A solução é livre<br />

de ofuscamento, pois dispõe da tecnologia edge-lit LED WaveStream.<br />

Alper<br />

Apresenta eficácia de até 103lm/W, vida útil de 60 mil horas com L85,<br />

dimerizável de 0-10Vcc ou DALI. Disponível em diversas opções de<br />

dimensões e potências.<br />

A linha de luminárias LED Orion, tipo spot, tem foco orientável para<br />

fixação em trilho eletrificado. Possui estrutura em alumínio injetado<br />

www.cooperlighting.com<br />

com pintura eletrostática, difusor em vidro temperado transparente e<br />

refletor em alumínio anodizado. O trilho possui estrutura em alumínio<br />

com pintura na cor branca.<br />

Brilia<br />

Intral | Aledis<br />

www.alper.com.br<br />

A lâmpada LED AR111, indicada para substituir as halógenas refletoras<br />

A luminária Ágata foi desenvolvida com tecnologia LED e projetada<br />

em luminárias de embutir, proporciona iluminação de destaque em<br />

para atender ambientes com elevada altura de montagem. Com alta<br />

ambientes comerciais e residenciais que possuam o pé-direito alto.<br />

eficiência energética, tem expectativa de vida de 70 mil horas, sem<br />

Driver dimerizável incluso, potência de 10W, fluxo luminoso de 500lm,<br />

exigência de manutenção dos componentes elétricos.<br />

vida útil de 40 mil horas, temperatura de cor de 2.700K e IRC >85.<br />

www.intral.com.br<br />

www.brilia.com<br />

Audax Electronics<br />

O módulo com LEDs para balizadores e arandelas tem fonte incorporada<br />

e tensão de 110VAC ou 220VAC. Apresenta IRC>80, temperatura de<br />

cor de 2.700K a 6.500K, fluxo luminoso de 400lm e potência de 5W.<br />

www.audax.ind.br<br />

<strong>L+D</strong><br />

76<br />

Conexled<br />

itaim Iluminação<br />

Lâmpadas Golden<br />

<strong>L+D</strong><br />

77<br />

A linha LED CLU se destaca pelo sistema modular que proporciona<br />

A luminária circular Sunset, tipo arandela para iluminação direta e<br />

A Lâmpadas Golden destacou soluções a LED para diferentes projetos<br />

facilidade na manutenção. Com sistema especial de regulagem de<br />

indireta, possui foco orientável por meio de haste articulável que permite<br />

luminotécnicos e demonstrou o funcionamento do aparelho de telegestão,<br />

ângulo de instalação, utiliza LED Lighting Class CREE®, apropriado para<br />

o multidirecionamento da luz. Com corpo em alumínio injetado com<br />

desenvolvido pela empresa Celena, com as luminárias da linha Extreme<br />

iluminação profissional e de acordo com diretrizes da norma IES LM-<br />

acabamento em pintura na cor branca, é indicada para aplicações em<br />

LED. Apresentou soluções para indústrias, hospitais, vias públicas etc. Já<br />

-80. Pode ser fornecida com base para relê ou antena de comunicação<br />

recepções, escritórios, cinemas, auditórios.<br />

para o uso residencial e comercial, o destaque foi para a linha Extreme<br />

e controle padrão NEMA, ou com o sistema de telegestão.<br />

LED Painel, Extreme LED Downlight e Ultra LED Spots para embutir.<br />

www.itaimiluminacao.com.br<br />

www.conexled.com.br<br />

www.lampadasgolden.com.br


Lutron<br />

Lemca Iluminação<br />

O sistema Lemca Neon Flex é um linear flexível de LED de alta qualidade<br />

e baixo consumo, com 300 lúmens por metro, IP 65, disponível nas<br />

cores branca quente, branca fria, vermelha, azul, âmbar e verde. A<br />

solução é indicada para iluminação arquitetural decorativa, delimitação<br />

de fachadas, iluminação de destaque, entre outros.<br />

O driver de LED A-Series Hi-lume propicia dimerização contínua do<br />

nível de iluminação de 100% a 1%. Disponível em dois formatos para<br />

adequar-se em diferentes luminárias de LED, suporta uma ampla gama<br />

de níveis de corrente e de tensão (até 40W). Permite que o usuário<br />

escolha entre redução de corrente constante (CCR) ou dimerização<br />

com modulação de amplitude de pulso (PWM) para os drivers de<br />

tensão constante.<br />

www.lemca.com.br<br />

www.lutron.com<br />

LG<br />

Lumini<br />

O abajur LG OLED Table Lamp é constituído com um painel curvo<br />

com tecnologia OLED. Produzidos exclusivamente pela LG Chem, os<br />

painéis utilizados são finos e flexíveis. A luminária pode ser controlada<br />

remotamente por meio de um aplicativo de controle de iluminação<br />

baixado em um smartphone ou tablet compatível.<br />

www.lge.com/br<br />

A luminária Neo LED possui corpo em alumínio que atua como<br />

dissipador de calor e hood com sistema óptico em polímero que amacia<br />

o facho. É indicada para lojas e museus, pois destaca os objetos sem<br />

emitir calor e raios UV.<br />

lumini.com.br<br />

Light Design+Exporlux<br />

Luxion<br />

Composta em alumínio e difusor de acrílico leitoso, a luminária GX<br />

Box possui versões com moldura curvada ou reta, compondo o design<br />

do produto à estrutura do gesso. Com cinco opções de tamanhos, na<br />

versão quadrada, e um modelo retangular, a linha possui LED integrado<br />

e atende a diversas situações de um projeto luminotécnico.<br />

www.lightdesign.com.br<br />

A Argo, luminária de embutir com LED Cree e eficiência luminosa<br />

de 110lm/W, está disponível nas potências de 7, 14, 20 e 40W, com<br />

refletor assimétrico ou simétrico de 35° e 70°. Aro em alumínio injetado,<br />

dissipador e demais componentes em alumínio. Indicada para áreas<br />

comerciais, residências, hospitais etc. Vida útil aproximada de 50 mil<br />

horas e possibilidade de troca do LED sem o descarte da luminária.<br />

www.luxion.com.br<br />

Nichia<br />

A Nichia produz avançados LEDs brancos de alta intensidade e eficácia,<br />

disponíveis em diversas configurações para atender as especificidades<br />

de diferentes projetos. Todos os LEDs são manufaturados no Japão com<br />

alta confiabilidade. A Nichia está presente no Brasil e oferece apoio<br />

direto aos fabricantes nacionais.<br />

www.nichia.com<br />

Lumicenter Lighting<br />

Luminárias Projeto<br />

Omega Light<br />

A linha Lumidec de spots LED para instalação em trilho eletrificado<br />

possui variações com facho luminoso concentrado (11°), médio (23°)<br />

ou aberto (46°). São indicados para iluminação de destaque em lojas,<br />

museus, entre outros. Com spots de três, sete ou 13 LEDs, a linha tem<br />

fluxos luminosos de 400lm, 1.000lm e 2.000lm, temperatura de cor<br />

de 3.000K e 4.000K e IRC>85.<br />

A luminária RTLED propicia iluminação volumétrica, o que cria<br />

uma mistura otimizada da luz para paredes, divisórias e superfícies<br />

de trabalho. Oferece um ambiente luminoso equilibrado, eliminando<br />

sombras e o efeito caverna. O refletor facetado suaviza a luz no espaço,<br />

minimizando o contraste luminoso entre a luminária e o teto. Possui vida<br />

útil de 50 mil horas (L80) e driver full-range dimerizável como padrão.<br />

A Omega Light lançou o módulo COB Bright White 42W, 3.800lm<br />

no projetor FocoLED, podendo ser utilizado também em toda a família<br />

de embutidos com foco orbital. Com IRC de 90%, se diferencia na<br />

valorização das cores, mas, principalmente, no destaque e intensidade<br />

do branco, com brilho da luz igual a uma solução de vapor metálico. Por<br />

esses atributos, o Bright White é indicado para a iluminação do varejo.<br />

www.lumicenter.com<br />

www.lustresprojeto.com.br<br />

www.omegalight.com.br


Osram<br />

Sylvania<br />

A Osram apresentou os dispositivos das famílias LED linha Duris,<br />

Oslon e Soleriq. A Oslon é indicada para iluminação interior e exterior,<br />

arquitetura e iluminação pública, sendo composta por LEDs compactos.<br />

A linha Soleriq foi desenvolvida especialmente para as aplicações de spot.<br />

Já a família de tecnologias Duris é utilizada para diversas aplicações, e<br />

os produtos podem ser usados em fontes de luz direcionadas.<br />

A luminária LED Crypton é indicada para ambientes externos, como<br />

praças, ciclovias, estacionamentos e outros ambientes abertos. A<br />

solução está disponível nas potências de 27W e 54W, com vida útil<br />

aproximada de 35 mil horas e IRC 70. É fabricada em alumínio injetado,<br />

difusor em policarbonato de alto impacto, grau de proteção IP66 e<br />

driver incorporado ao produto.<br />

www.osram.com.br<br />

www.sylvania.com.br<br />

Osvaldo Matos Brasil<br />

Telas DPS Brasil<br />

A luminária de mesa Simple dispõe de corpo em alumínio extrudado<br />

e curvo. Sob a forma de uma linha de luz, é definida por um fino perfil<br />

linear, conjugando simplicidade e tecnologia. Além de seu design<br />

singular, a luminária incorpora o LED e um Touch Button (on-off) que<br />

permite a regulação da intensidade da luz.<br />

A tela tensionada DPS Brasil é uma solução que possibilita diversos<br />

formatos e pode ser usada em qualquer ambiente, tais como lojas,<br />

shopping centers, residências, corporativos etc. A característica da<br />

memória molecular das telas tensionadas elimina qualquer barreira e<br />

cria caminhos criativos para projetos de arquitetura, design e iluminação.<br />

www.osvaldomatos.com.br<br />

www.telasdps.com.br<br />

Philips<br />

A StyliD 2, luminária totalmente modular, possibilita a troca de peças<br />

específicas tanto do ponto de vista óptico como estético. A StyliD 2 foi<br />

usada na iluminação do Museu de Amsterdã (Holanda) e no Museu da<br />

Imigração (Brasil). Possui corpo em aço e alumínio, difusor em acrílico<br />

e sistema óptico em plástico revestido de alumínio. Vida útil de 50 mil<br />

horas, IRC >80 e fonte de luz DLED micro.<br />

www.philips.com.br<br />

Trust Iluminação<br />

A Trust destacou sua linha LED exclusiva para lojas de vestuário e<br />

alimentos. O Luga Shop Pearl White é indicado para fashion lighting,<br />

pois realça os tons de branco e deixa as cores vivas. Apresenta eficiência<br />

luminosa >143lm/W, IRC >90 e vida útil de <strong>51</strong> mil horas. Outro destaque<br />

foi a luminária Luga Shop Food para iluminação de alimentos, com<br />

eficiência luminosa de 81lm/W e IRC de 85.<br />

Sends<br />

www.trustiluminacao.com.br<br />

A luminária Colmeia tem design arrojado e cria iluminação difusa<br />

com amplo ângulo de abertura. Pode ser aplicada em em residências,<br />

lojas, hotéis, hospitais, entre outros ambientes. Está disponível nos<br />

formatos quadrado e redondo, na potência de 30W, temperatura de<br />

cor de 3.000K, 4.500K ou 5.000K, voltagem 100 e 240V e ângulo<br />

de abertura 80°.<br />

www.sendsiluminacao.com.br<br />

<strong>L+D</strong><br />

80<br />

Stellatech<br />

Trace<br />

Trancil<br />

<strong>L+D</strong><br />

81<br />

A AR111 LED Evolution 2, STH4420/27 – bivolt, dimerizável possui<br />

A placa de LED modelo TQ025025-1A-A00-A possui tensão 6Vdc,<br />

O dimmer digital para lâmpadas fluorescentes tubulares, modelo<br />

base GU10, luminosidade 750lm, ângulo de abertura 24°, IRC >80 e<br />

corrente de 150mA, fluxo luminoso de até 122lm e dimensões 25 x<br />

Dim F800, que viabiliza o controle da intensidade luminosa em sancas<br />

temperatura de cor de 2.700K – branco quente. A eficiência luminosa<br />

25mm. O produto é desenvolvido para ser utilizado em balizadores,<br />

e grandes ambientes residenciais e comerciais. Por meio do sistema<br />

é de 57,69lm/W, voltagem AC 100-240V, intensidade luminosa de<br />

entre outras aplicações. Possui IRC 83 e temperatura de cor 2.700K<br />

universal 1-10, comanda os reatores dimerizáveis ligados às lâmpadas<br />

3.000cd e durabilidade 30.000h e dimerização 10 a 100%. Incluso<br />

~ 5.000K.<br />

fluorescentes tubulares e pode ser acionado por até três pulsadores<br />

soquete GU10.<br />

interligados, como three way ou four way.<br />

www.traceled.com.br<br />

www.stellatech.com.br<br />

www.trancil.com.br


PARA SABER MAIS<br />

ACR Arquitetura e<br />

Jun Aoki & Associates<br />

Lucente Lichtplanung<br />

SCAA – Sérgio Camargo<br />

Planejamento<br />

www.aokijun.com<br />

T:+49 (0) 42 82 / 59 59 6-0<br />

Arquitetos Associados<br />

T: 11 5572 9924<br />

www.lucente-lichtplanung.de<br />

T: 11 2893 3387<br />

www.acr.arq.br<br />

www.scaa.com.br<br />

Arup Lighting<br />

Lighting Detectives<br />

New American Public Art<br />

WHITEvoid<br />

T:+49 (0) 30 885 9100<br />

http://shomei-tanteidan.org<br />

www.newamericanpublicart.com<br />

www.whitevoid.com<br />

www.arup.com<br />

Esther Stiller Arquitetura e<br />

Lit Arquitetura de Iluminação<br />

RBF Arquitetura de<br />

Iluminação<br />

T: 11 2476 4626<br />

Iluminação<br />

T: 11 5522 1422<br />

www.lit.arq.br<br />

T: 21 2527 2423<br />

www.estherstiller.com.br<br />

www.rbf.arq.br<br />

PATROCINADORES<br />

Aureon<br />

Lumicenter<br />

Mantra<br />

Steluti<br />

T: (11) 3966 6211<br />

T: (41) 2103 2750<br />

T: (41) 3026 8081<br />

T: (11) 3079 7339<br />

www.aureon.com,br<br />

www.lumicenter.com.br<br />

www.mantraco.com.br<br />

www.steluti.com.br<br />

página 33<br />

página 19<br />

páginas 12 e 13<br />

página 37<br />

Euroled<br />

Luminárias Projeto<br />

New Line Iluminação<br />

Sylvania<br />

T: (11) 3045 8670<br />

T: (11) 2946-8200<br />

T: (11) 4746-1352<br />

T: (11) 3133 2400<br />

www.euroledbrasil.com.br<br />

www.luminariasprojeto.com.br<br />

www.newline.ind.br<br />

www.sylvania.com.br<br />

página 31<br />

página 35<br />

página 25<br />

página 15<br />

Itaim Iluminação<br />

Lumini<br />

Nichia<br />

Trancil<br />

T: (11) 4785 1010<br />

T: (11) 3437 5555<br />

T: +1 678 259 9258<br />

T: 0800 979 9030<br />

www.itaimiluminacao.com.br<br />

www.lumini.com.br<br />

www.nichia.com<br />

www.trancil.com.br<br />

<strong>L+D</strong><br />

3ª capa<br />

4ª capa<br />

página 11<br />

página 21<br />

82<br />

Lemca Iluminação<br />

Lutron<br />

Omega Light<br />

Ventana<br />

T: (11) 2827 0600<br />

www.lutron.com/latinamerica<br />

T: (11) 5034 1233<br />

T:4596 1100<br />

www.lemca.com.br<br />

página 9<br />

www.omegalight.com.br<br />

www.ventanabr.com<br />

página 27<br />

páginas 4 e 5<br />

página 29<br />

Light Design + Exporlux<br />

Luxion<br />

Osvaldo Matos<br />

Wall Lamps<br />

T: (81) 3339 1654<br />

www.luxion.com.br<br />

T: (11) 3045 3095<br />

T: (11): 3386 4700<br />

www.lightdesign.com.br<br />

T: (54) 3021 0007<br />

www.osvaldomatos.com.br<br />

www.wallamps.com.br<br />

páginas 6 e 7<br />

Página 23<br />

página 17<br />

2ª capa

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