Teoria dos Jogos - IAG - A Escola de Negócios da PUC-Rio
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A Tragédia <strong>dos</strong> Comuns<br />
Esse clássico <strong>da</strong> sociologia (Hume, 1739) é um caso<br />
particular do dilema <strong>dos</strong> prisioneiros. Mostra o seguinte:<br />
Se o “bolo” é comum, as pessoas (a maioria) são incentiva<strong>da</strong>s a<br />
contribuirem o mínimo possível e a tirarem o máximo proveito.<br />
Caso clássico: a colônia <strong>de</strong> Plymouth (EUA, 1621) assinou um<br />
contrato coletivo em que to<strong>da</strong> a produção era comum e entregue<br />
para armazenamento comunitário, sendo que ca<strong>da</strong> indivíduo<br />
receberia uma fração igual, não importando a sua contribuição.<br />
O resultado foi que a produção era insuficiente até para consumo<br />
próprio: faltava comi<strong>da</strong>, mas sobrava ócio e acomo<strong>da</strong>ção. Os<br />
homens lamentavam ter <strong>de</strong> “trabalhar para a esposa e filho <strong>dos</strong><br />
outros”, sem ter recompensa. A experiência foi um fracasso.<br />
Dois anos <strong>de</strong>pois foi <strong>de</strong>sfeito o contrato, ca<strong>da</strong> família obteve a sua<br />
própria terra e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> teve estímulo e progrediu.<br />
Como já dizia Aristóteles: “Aquilo que é comum ao maior<br />
número <strong>de</strong>spertará sobre si os menores cui<strong>da</strong><strong>dos</strong>”.<br />
Ver artigo “A Tragédia <strong>dos</strong> Comuns” <strong>de</strong> João Mauad (O Globo,<br />
julho <strong>de</strong> 2009) na pasta 72, para <strong>de</strong>talhes.<br />
Competição com Projetos <strong>de</strong> P&D<br />
Mesmo com apenas duas firmas no mercado<br />
(duopólio), a competição po<strong>de</strong> ser muito intensa.<br />
Em indústrias maduras, é freqüente a competição em<br />
preços através <strong>de</strong> inovações <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custo.<br />
O gasto em P&D para reduzir custos po<strong>de</strong> não ser Pareto<br />
ótimo para as firmas, mas freqüentemente é a estratégia<br />
dominante para ambas as firmas (dilema <strong>dos</strong> prisioneiros):<br />
Firma 1<br />
P&D<br />
Não-P&D<br />
P&D<br />
20 ; 10 40 ; −10<br />
−10 ; 30<br />
Firma 2<br />
Não-P&D<br />
30 ; 20<br />
A estratégia <strong>de</strong> P&D nesse<br />
contexto cria barreiras <strong>de</strong><br />
entra<strong>da</strong> para novas firmas<br />
interessa<strong>da</strong>s nesse mercado.<br />
Ocorre mais se a <strong>de</strong>man<strong>da</strong><br />
é mais elástica com o preço.<br />
Uma alternativa ao P&D<br />
(não analisa<strong>da</strong>) é reduzir<br />
custos com ganhos <strong>de</strong> escala.<br />
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