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OCULTOS E EXCLUÍDOS - Claudio Di Mauro

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Dois outros estabelecimentos criados nessa fase devem ainda ser<br />

citados: o da Sociedade Culto à Ciência (1874), também de Campinas, e o<br />

colégio de Rangel Pestana (1876), na Capital, de cujo prospecto constava ter<br />

sido organizado “segundo as regras dos métodos de ensino seguidos<br />

geralmente na Suíça, Alemanha e Estados Unidos”. (71)<br />

Da influência dessas escolas sobre o ensino oficial paulista, conclui<br />

Beaulieu: “Das inovações trazidas por elas é que surgiram, em grande parte, as<br />

reformas do ensino primário e secundário do Município da Corte e do superior<br />

de todo o Império, levada a cabo por Leôncio de Carvalho, em 1879 – a mais<br />

revolucionária da era imperial, quer a reforma do ensino oficial, normal e<br />

primário, do Estado de São Paulo, empreendida por Cesário Mota e Caetano de<br />

Campos, com auxílio das professoras Guilhermina Loureiro de Andrade e Márcia<br />

Brown, entre 1892 e 1895, ponto de partida de todo o progresso que esses dois<br />

cursos alcançaram em São Paulo, estimulando reformas de inspiração<br />

semelhante em outros Estados”. (72)<br />

Temudo Lessa faz referência ao fato do colégio americano de Mary<br />

Chamberlain, iniciado com Dascomb, haver sido modelo para a reforma do<br />

ensino público em São Paulo: “Com o advento da República, o Estado de São<br />

Paulo tomou em grande consideração os métodos americanos na pedagogia. A<br />

professora Márcia P. Brown e quatro moças por ela preparadas e pelo doutor<br />

Lane passaram a servir o Estado, tendo havido uma lei especial concedendo<br />

regalias às referidas moças. O próprio doutor Lane passou a ser consultado<br />

sobre assuntos educativos”. (73)<br />

Quanto a Rio Claro, cabe destacar a citada reforma da instrução<br />

pública em São Paulo, com Cesário Mota, em 1893, que marcou a instalação de<br />

grupos escolares e escolas isoladas. Assim, criou em 1900, no município, o<br />

Primeiro Grupo Escolar, logo denominado “Coronel Joaquim Salles”, dado o<br />

culto coronelístico da época, no interior paulista. A seguir, com a mesma tônica,<br />

vieram o segundo (1911) e o terceiro (1925) grupos escolares, respectivamente<br />

Coronel “Marcello Schmidt” e “Irineu Penteado”, no caso sustentando o título<br />

honorífico de capitão.<br />

O Grupo Escolar “Barão de Piracicaba” é de 1908. Sua idealização<br />

precedeu a República por iniciativa do patrono, que já àquela época fez doação<br />

do local a fim de que o município ali instalasse uma escola para carentes. O<br />

referido prédio, onde hoje se encontra o Círculo Operário, ficou sendo utilizado,<br />

simultaneamente às atividades de ensino, para outras finalidades, entre elas<br />

pela Câmara Municipal. No final de 1950 o município providenciou outro local às<br />

classes de aula. O novo prédio, no entanto, acabou sendo utilizado para<br />

instalação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, hoje Unesp, no bairro<br />

Santana. Através de permuta, a escola passou a ocupar um novo prédio à Rua<br />

Oito com a Avenida 32. Para conhecer os detalhes dessas instalações, ler do<br />

autor “A História da Educação em Rio Claro no Século XIX”, à disposição na

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