Conflito - HIV/AIDS Twinning Center

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13.11.2014 Views

Quando são 2:30 da tarde e o oferecimento de serviços e cuidados está no auge, a comunicação é crucial, mas este não é o momento para praticar a melhoria das nossas habilidades de comunicação. Quando a comunicação é levada a sério e as suas habilidades são praticadas em momentos não decisivos, os funcionários agem muito diferentemente uns com os outros em momentos de crise. Uma prática de comunicação significativa, uma "cultura de conversação", cria um senso generalizado de coesão; assim quando a comunicação precisa ser curta e rápida, as pessoas se conhecem bem para preencher as lacunas, para trabalhar sem ficar ofendidas, para assumir a boa intenção uns dos outros mesmo em intervenções no cuidado dos pacientes, sabendo que eles terão uma oportunidade para conversar sobre o ocorrido mais tarde. Enfermeiras encarregadas sabem que elas irão receber um relatório completo, uma descrição clara dos seus turnos, e enfermeiras chefe sabem que a nitidez será passada adiante para que elas possam se comunicar claramente com funcionários administrativos, médicos ou enfermeiras. E enfermeiras diretoras conhecem o suficiente sobre o ambiente prático das unidades para que elas possam representar os interesses da enfermagem e defendê-los eficazmente frente à enfermeira executiva, que por sua vez representará frente ao alto executivo. Definindo uma Cultura de Conversação Todos nós falamos. Todos nós pensamos que estamos nos comunicando. Então o que é uma “cultura de conversação”? Uma cultura de conversação é uma prática estruturada de falar, escutar e questionar que é considerada uma competência fundamental dentro de uma organização e é praticada por cada membro de dita organização. Uma cultura de conversação se origina da percepção de, que sem comunicação nítida, tudo o mais que uma organização está tentando realizar é colocado em perigo ou dificultado. Em ambientes de assistência médica, onde cada ação no final de tudo influencia o cuidado com o paciente, um componente essencial são as práticas de comunicação que constroem um sistema de apoio sólido para todos os provedores de cuidados e receptores desses cuidados. Quando práticas respeitosas de conversação, diálogo, consulta, inquirição e relatos pessoais são integradas ao ambiente de trabalho, as pessoas se tornam mais capacitadas. Elas se tornam participantes ativas em assegurar a qualidade das suas vidas de trabalho e passam a controlar as suas competências para realizar os seus trabalhos. Uma cultura de conversação difunde comunicação crítica dentro de uma organização. Ela permite a passagem eficaz e autêntica de informações e relatos para que o sistema organizacional permaneça se informando – e se informando corretamente. Líderes com boas habilidades de comunicação são apoiados, e para os líderes que necessitam de desenvolvimento nesta área, são oferecidos treinamentos constantes. Já existe uma cultura de comunicação dentro de cada organização. A questão é se, É uma cultura que sustenta melhores práticas, ou ela desgasta o apoio através de silos de informação e dependência das personalidades das pessoas que estão em cargos chave? Na assistência médica, assim como na sociedade, a velocidade das mudanças, o ritmo e intensidade da carga de trabalho e o deslocamento tecnológico da interação pessoal podem levar à deterioração da comunicação. Este representa um dos principais desafios enfrentados pela liderança da enfermagem hoje:

São 2:45, a enfermeira do B-2 retorna à unidade após a reunião de coordenação de hospitalização. Há dois pacientes esperando ser transferidos do departamento de emergências, o paciente que recebeu alta do quarto 210 ainda não saiu. A enfermeira gerente não tem leitos disponíveis. A secretária informa a ela que uma enfermeira das 3-11:00 ligou avisando que estava doente. O médico do paciente que caiu chamou a enfermeira do paciente e está exigindo uma explicação, "O que aconteceu"? A enfermeira administrativa não intervém na conversa porque ela não tem tempo. Ela precisa resolver o problema imediato de onde acomodar os novos pacientes. Ela não interfere porque ela tem que encontrar uma substituta para a enfermeira que está doente. Ela não interfere porque o médico sempre grita com ela quando ela se manifesta em favor das suas funcionárias. Ela não interfere porque ela pensa que apenas ela mesma pode resolver este problema de alocação de funcionários. Mudando a Perspectiva e a Conversação que a Acompanha Às 3:00 horas, a enfermeira executiva está saindo da reunião de orçamento. Ela não foi capaz de convencer os seus colegas de que ela precisa aumentar o número de funcionários do andar B-2. Os seus números orçamentários não contaram o relato de como os funcionários se sentem no ambiente de trabalho. O CMO a está repreendendo devido à qualidade inconsistente do cuidado da enfermagem oferecido no B-2. O CFO está adicionando que o reembolso insatisfatório desta unidade está fazendo com que ela seja não-lucrativa para operação. O CEO se envolve para levantar a questão de apenas fechar toda a unidade. A enfermeira executiva não interfere na discussão porque pensa que o CMO começará a criticar todas as suas unidades se ela questionar a afirmação dele. Ela não intervém quando o CFO fala porque sabe que ele não entende o que é necessário para oferecer bom cuidado. Ela não intervém porque o CEO é novo e ele não parece respeitar a sua opinião. Ela não intervém porque ela não sabe como se posicionar nesta conversa e ela se sente como se estivesse cruzando um campo minado. Imagine um triângulo. A enfermeira chefe neste sistema está no topo do triângulo. Ela trabalhou duro para chegar ali, ela é uma pessoa para ser respeitada, ela é que tem a responsabilidade final, ela é a pessoa que tem um escritório e uma perspectiva. Ela está no topo da sua carreira. A equipe de enfermeiras está na base do triângulo, e as interações entre enfermeiras e pacientes acontecem ao longo da própria linha da base deste triângulo. Todos os cargos de apoio – enfermeiras encarregadas, enfermeiras executivas e diretores preenchem o triângulo de liderança entre o escritório executivo e a unidade de tratamento de pacientes. Esta é a hierarquia tradicional de liderança no serviço de cuidados de saúde. Não é por acaso que é tão pesado ser um paciente. Diagrama A Enfermeira executiva Gerentes de enfermagem Equipe de enfermeiras Paciente Agora vire o triângulo de cabeça para baixo. O triângulo investido posiciona a liderança na base, segurando uma estrutura que culmina no cuidado ao paciente. Imagine que o triângulo é um cone tridimensional com profundidade e volume. Todo o sistema é então

São 2:45, a enfermeira do B-2 retorna à unidade após a reunião de<br />

coordenação de hospitalização. Há dois pacientes esperando ser transferidos do<br />

departamento de emergências, o paciente que recebeu alta do quarto 210 ainda não<br />

saiu. A enfermeira gerente não tem leitos disponíveis. A secretária informa a ela que<br />

uma enfermeira das 3-11:00 ligou avisando que estava doente. O médico do paciente<br />

que caiu chamou a enfermeira do paciente e está exigindo uma explicação, "O que<br />

aconteceu"? A enfermeira administrativa não intervém na conversa porque ela não tem<br />

tempo. Ela precisa resolver o problema imediato de onde acomodar os novos pacientes.<br />

Ela não interfere porque ela tem que encontrar uma substituta para a enfermeira que<br />

está doente. Ela não interfere porque o médico sempre grita com ela quando ela se<br />

manifesta em favor das suas funcionárias. Ela não interfere porque ela pensa que<br />

apenas ela mesma pode resolver este problema de alocação de funcionários.<br />

Mudando a Perspectiva e a Conversação que a Acompanha<br />

Às 3:00 horas, a enfermeira executiva está saindo da reunião de orçamento. Ela<br />

não foi capaz de convencer os seus colegas de que ela precisa aumentar o número de<br />

funcionários do andar B-2. Os seus números orçamentários não contaram o relato de<br />

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devido à qualidade inconsistente do cuidado da enfermagem oferecido no B-2. O CFO<br />

está adicionando que o reembolso insatisfatório desta unidade está fazendo com que<br />

ela seja não-lucrativa para operação. O CEO se envolve para levantar a questão de<br />

apenas fechar toda a unidade. A enfermeira executiva não interfere na discussão<br />

porque pensa que o CMO começará a criticar todas as suas unidades se ela questionar<br />

a afirmação dele. Ela não intervém quando o CFO fala porque sabe que ele não<br />

entende o que é necessário para oferecer bom cuidado. Ela não intervém porque o CEO<br />

é novo e ele não parece respeitar a sua opinião. Ela não intervém porque ela não sabe<br />

como se posicionar nesta conversa e ela se sente como se estivesse cruzando um campo<br />

minado.<br />

Imagine um triângulo. A enfermeira chefe neste sistema<br />

está no topo do triângulo. Ela trabalhou duro para chegar<br />

ali, ela é uma pessoa para ser respeitada, ela é que tem a<br />

responsabilidade final, ela é a pessoa que tem um<br />

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triângulo, e as interações entre enfermeiras e pacientes<br />

acontecem ao longo da própria linha da base deste<br />

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encarregadas, enfermeiras executivas e diretores<br />

preenchem o triângulo de liderança entre o escritório<br />

executivo e a unidade de tratamento de pacientes. Esta é a<br />

hierarquia tradicional de liderança no serviço de cuidados<br />

de saúde. Não é por acaso que é tão pesado ser um paciente.<br />

Diagrama A<br />

Enfermeira executiva<br />

Gerentes de enfermagem<br />

Equipe de enfermeiras<br />

Paciente<br />

Agora vire o triângulo de cabeça para baixo. O triângulo investido posiciona a liderança<br />

na base, segurando uma estrutura que culmina no cuidado ao paciente. Imagine que o<br />

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