Fixação Zigomáticas na Reabilitação de Maxilas Atróficas- Estágio ...
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Fixação Zigomáticas <strong>na</strong> Reabilitação <strong>de</strong> <strong>Maxilas</strong> Atróficas- Estágio Cientifico atual e Pespectivas<br />
Futuras<br />
*Luis Rogério da Silva Duarte<br />
*Luis Guilhermo Peredo<br />
** Gabriela Farias <strong>de</strong> Melo<br />
Resumo<br />
A atrofia óssea maxilar representa um dos principais <strong>de</strong>safios da Odontologia atual. Os pacientes que possuem total <strong>de</strong>struição<br />
da pré-maxila e pneumatização exacerbada para anterior do seio maxilar ou que sofreram ressecções tumorais, dificultam a instalação <strong>de</strong><br />
implantes convencio<strong>na</strong>is. O tratamento proposto a estes pacientes seria baseado em gran<strong>de</strong>s reconstruções ósseas, com áreas doadoras<br />
extra-orais o que acarretaria um alto grau <strong>de</strong> morbida<strong>de</strong>, baixa previsibilida<strong>de</strong> e alto custo para o tratamento. As fixações zigomáticas<br />
surgiram como alter<strong>na</strong>tiva cirúrgica para estes pacientes e tem sido utilizada com uma margem <strong>de</strong> sucesso similar aos implantes<br />
convencio<strong>na</strong>is.<br />
Unitermos: Fixação zigomática, carga imediata, planejamento reverso<br />
Abstract<br />
Bone atrophy of the maxilla currently constitutes one of the principal challenges in Dentistry. . It is difficult to install conventio<strong>na</strong>l<br />
implants in orally disabled patients who have a totally <strong>de</strong>stroyed pre-maxilla and exacerbated pneumatisation to the anterior of the maxillary<br />
sinus or who have tumoral resection. The treatment proposed to these patients is characterised by large bone reconstruction with extra-oral<br />
donor areas which always involves a certain <strong>de</strong>gree of morbidity and a variety of biological risks beyond the control of the professio<strong>na</strong>l,<br />
which may lead to failure. Zygomatic fixtures arose as a surgical alter<strong>na</strong>tive for these patients and have been used with a similar <strong>de</strong>gree of<br />
success to conventio<strong>na</strong>l implants.<br />
Key words: Zigomatic Fixture; Immediate Loading,; Reverse Planning<br />
* Mestre em Odontologia pela Universida<strong>de</strong> do Sagrado Coração- Bauru<br />
* Mestre em Odontologia pela Universida<strong>de</strong> do Sagrado Coração- Bauru<br />
** Alu<strong>na</strong> da graduação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia<br />
Introdução<br />
Os avanços tecnológicos e científicos tem proporcio<strong>na</strong>do aos pacientes gran<strong>de</strong> beneficio <strong>na</strong> reabilitação da maxila. Há pouco<br />
tempo, pacientes edêntulos totais com atrofia severa do osso maxilar ou maxilectomizado possuíam ape<strong>na</strong>s a alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> reconstrução<br />
através <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s enxertos ósseos autógenos utilizando áreas doadoras extra orais, procedimento esse invasivo e com baixa<br />
previsibilida<strong>de</strong>.<br />
Objetivando simplificar o tratamento <strong>de</strong>stes pacientes, aumentando a previsibilida<strong>de</strong> dos resultados e diminuindo os custos e a<br />
morbida<strong>de</strong>, em 1989 Branemark e sua equipe passou a aplicar em alguns centros <strong>de</strong> pesquisas a técnica da ancoragem, conhecida como<br />
Fixação Zigomática.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento da fixação zigomática representou uma excelente alter<strong>na</strong>tiva para essas situações. Inicialmente tal recurso foi<br />
i<strong>de</strong>alizado para o tratamento <strong>de</strong> pacientes vítimas <strong>de</strong> traumas ou cirurgias ressectivas tumorais, on<strong>de</strong> existe gran<strong>de</strong> perda das estruturas<br />
maxilares. Muitos dos pacientes maxilectomizados apresentam áreas <strong>de</strong> ancoragem ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong> região do corpo do zigoma, ou mesmo no<br />
processo frontal do osso zigomático (Jensen et al., 1992; Weischer et al, 1997).<br />
Desta forma, os implantes convencio<strong>na</strong>is tiveram seu <strong>de</strong>senho modificado quanto ao comprimento, diâmetro e angulação para<br />
viabilizar sua intalação e reabilitação protética.<br />
Duarte, 2005 <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ainda, a utilização das fixações zigomática em sistema <strong>de</strong> carga imediata, pois a esplintagem rígida dos<br />
implkantes incli<strong>na</strong>dos distribui as cargas axias e laterais, fazendo que haja estabilida<strong>de</strong> do sistema reabilitador.<br />
Revisão <strong>de</strong> literatura<br />
Atrofia<br />
Brånemark propôs duas classificações dos estágios <strong>de</strong> reabsorção da maxila. A primeira <strong>na</strong> direção antero-posterior <strong>de</strong> I a V<br />
(fig.2.1). Isso estreitamento da maxila, que parece estar em uma posição posterior a mandíbula. A segunda classificação <strong>de</strong> A a E referese<br />
à configuração do seio maxilar, e a evolução da pneumatização proporcio<strong>na</strong>l ao grau <strong>de</strong> atrofia. (Brånemark, Gröndahl, Worthington,<br />
2001)
Segundo Sutton et al(2004), uma reabilitação cirúrgica e protética <strong>de</strong> pacientes edêntulos objetiva a restauração da função oral e<br />
da forma facial. O planejamento do tratamento requer um entendimento dos efeitos da atrofia progressiva dos maxilares e concomitante<br />
efeito sobre os tecidos moles da face.<br />
Padrão <strong>de</strong> atrofia<br />
Fixações zigomaticas<br />
Durante alguns anos, a técnica <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> seio foi a opção mais recomendada para aumento <strong>de</strong> altura óssea da maxila<br />
posterior. Porém, com a recomendação <strong>de</strong> respeitar a altura mínima <strong>de</strong> oito milímetros para colocação simultânea <strong>de</strong> implantes, a FZ se<br />
tornou uma alter<strong>na</strong>tiva para a reabilitação em menor tempo. Os autores relatam sua experiência com 16 pacientes reabilitados com 25 FZ<br />
e 55 implantes convencio<strong>na</strong>is, obtendo taxas <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> 96% e 100%, respectivamente. Ainda, segundo estes autores, a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> reabilitar o paciente sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> enxertos ósseos, e <strong>de</strong> inter<strong>na</strong>ção hospitalar (pois po<strong>de</strong> ser realizado no<br />
próprio consultório), além <strong>de</strong> um pós-operatório menos traumático, constituem as principais vantagens da FZ. .( Ferrara e Stella ,2004)<br />
Em 1997, Weischeer et al. relataram um caso clínico <strong>de</strong> um paciente com cinqüenta anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> que sofreu ressecção parcial<br />
da maxila esquerda <strong>de</strong>vido a um sarcoma. O paciente recusou um enxerto ósseo e a alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> tratamento, então, foi a instalação <strong>de</strong><br />
FZs do lado da ressecção, três implantes convencio<strong>na</strong>is <strong>na</strong> região anterior da maxila e outro FZ <strong>na</strong> maxila íntegra. A prótese manteve-se<br />
em função normal por um período <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> 12 meses.<br />
Em 1999, Brånemark et al relaram o acompanhamento, durante <strong>de</strong>z anos, <strong>de</strong> 81 pacientes, sendo 24 maxilectomizados e três<br />
fissurados, dando um total <strong>de</strong> 164 implantes convencio<strong>na</strong>is colocados em conjunto com cento e quarenta FZs. O índice <strong>de</strong> sucesso<br />
alcançado nesse estudo foi <strong>de</strong> 97%.<br />
Parel et al (2001) relataram a importância da FZ <strong>na</strong> utilização <strong>de</strong> sítios ósseos mais distantes para a ancoragem implantar. Em<br />
pacientes que possuem gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>feitos maxilares e por isso um extenso cantilever protético, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocação <strong>de</strong> implantes<br />
em áreas distantes (como no osso zigomático) minimizaria as forças inci<strong>de</strong>ntes, possibilitando uma reabilitação mais eficiente.<br />
Van Stenberghe et al (2003) <strong>de</strong>screvem um caso <strong>de</strong> reabilitação <strong>de</strong> um paciente maxilectomizado bilateral, através da Fixação<br />
Zigomática. O paciente foi beneficiado pelo restabelecimento da fonética e das funções mastigatórias, , por um período <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 15 anos.<br />
A FZ também foi consi<strong>de</strong>rada como uma alter<strong>na</strong>tiva <strong>de</strong> reabilitação para pacientes com displasia ectodérmica hipohídrica, num<br />
caso realizado por Peñarrocha-Diago et al (2004).<br />
O mais importante é notar que os estudos estão <strong>de</strong>monstrando uma excelente taxa <strong>de</strong> sucesso, o que reitera afirmar que as FZs<br />
são uma excelente modalida<strong>de</strong> terapêutica, quando obe<strong>de</strong>cidas as premissas básicas do seu conceito filosófico, observadas suas<br />
indicações e respeitada a curva <strong>de</strong> aprendizagem do cirurgião, protesistas e implantodontistas que <strong>de</strong>sejam lançar mão <strong>de</strong>ssa alter<strong>na</strong>tiva<br />
<strong>de</strong> tratamento. As perspectivas futuras <strong>de</strong> melhoria no <strong>de</strong>senho das FZs, bem como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong>sse protocolo em<br />
sistema <strong>de</strong> carga imediata, <strong>de</strong>monstram a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se esten<strong>de</strong>r esse benefício para muitos pacientes inválidos orais (Duarte et al<br />
,2004).<br />
A FZ é um implante <strong>de</strong> titânio endosteal, que tem <strong>de</strong> 30 a 52,5 mm <strong>de</strong> comprimento. Os dois terços apicais têm 4 milímetros <strong>de</strong><br />
diâmetro e o terço alveolar 4,5 milímetros ( Bedrossian et al, 2002; Malavez et al, 2003; Balshi & Wolfinger, 2003).<br />
A cabeça da FZ foi <strong>de</strong>senhada <strong>de</strong> maneira a formar um ângulo <strong>de</strong> 45° com o eixo longitudi<strong>na</strong>l do seu corpo, minimizando as<br />
complicações das diversas angulações e permitindo uma melhor adaptação da prótese (Hirsch et al. 2004; Ferrara & Stella, 2004).
Desenho dos implantes zigomáticos<br />
Rigolizzo et al (2002) a<strong>na</strong>lisou as variações e padrões a<strong>na</strong>tômicos do osso zigomático, para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r os melhores pontos para<br />
ancoragem dos implantes no referido local. O autor concluiu que é possível a instalação <strong>de</strong> duas FZs pois a área disponível para<br />
ancoragem é suficiente para este fim.<br />
A<strong>na</strong>tomia do zigoma<br />
Nkenke et al (2003) exami<strong>na</strong>ram 30 espécimes <strong>de</strong> osso zigomático humano quantitativamente pela tomografia computadorizada<br />
(TC) e histomorfometricamente. O estudo revelou que o osso zigomático consiste em um osso trabecular com parâmetros que não são<br />
favoráveis à colocação <strong>de</strong> implantes. Entretanto, o sucesso dos implantes fixados nesse osso é assegurado pelo emprego <strong>de</strong> pelo menos<br />
quatro porções corticais.<br />
O protocolo cirúrgico básico proposto por Brånemark (1998), se mostrou uma técnica confiável e previsível, porém, em busca <strong>de</strong><br />
um melhor acesso cirúrgico ou para solucio<strong>na</strong>r os casos <strong>de</strong> pacientes que não po<strong>de</strong>m receber os implantes pré-maxilares, surgiram<br />
variações da técnica básica.<br />
Stella e Warner’s (2000) simplificaram a técnica inicial com a utilização <strong>de</strong> uma “fenda sinusal”. Alguns estudos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a sua<br />
utilização pelos fatores proporcio<strong>na</strong>dos, como uma orientação mais vertical da fixação, por sua emergência <strong>na</strong> crista alveolar e por elimi<strong>na</strong>r<br />
a janela feita <strong>na</strong> pare<strong>de</strong> sinusal (Ferrara & Stella, 2004). Contudo, Boyes-Varley et al (2003), contestam esta técnica, afirmando que ela não<br />
permite uma visualização direta do ponto <strong>de</strong> acesso do implante no corpo do zigoma, po<strong>de</strong>ndo, ainda, ocorrer alguma perfuração <strong>na</strong> pare<strong>de</strong><br />
posterior do seio pela visibilida<strong>de</strong> limitada.<br />
Bothur e colaboradores, em 2003, apresentaram uma modificação da técnica padrão <strong>de</strong> FZ, que utiliza três implantes zigomáticos<br />
em cada lado da maxila para suportar a prótese <strong>de</strong>ntal.<br />
Planejamento<br />
Na implantodontia, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prever resultados diante <strong>de</strong> situações críticas tem se tor<strong>na</strong>do uma roti<strong>na</strong> <strong>de</strong>safiadora.<br />
Especialmente, quando a condição clinica e radiográfica do paciente conduz ao diagnóstico <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ntulismo total seguido <strong>de</strong> atrofia severa<br />
da maxila. É essencial a minimização das variáveis cirúrgico-protéticas, por meio <strong>de</strong> um planejamento reverso fi<strong>de</strong>digno.<br />
A prototipagem rápida tem se constituído em um recurso <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para o planejamento cirúrgico-protético <strong>de</strong><br />
situações <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>, como às vivenciadas <strong>na</strong> impantodontia contemporânea. O estudo diagnóstico com o uso dos biomo<strong>de</strong>los<br />
po<strong>de</strong> ser recomendado, Pois, reduz o custo global do tratamento, elimi<strong>na</strong> erros clinicos potenciais e conduz a melhores resultados (Choi et<br />
al, 2000, Salles et al, 2002).
A fim <strong>de</strong> avaliar a precisão <strong>de</strong> guias cirúrgicas para o planejamento, Van Steenberghe et al (2003) utilizaram-<strong>na</strong>s para instalar 6<br />
FZs com comprimento <strong>de</strong> 45mm em 3 cadáveres humanos. Foi observado que o erro <strong>de</strong> transferência aceitável para os <strong>de</strong>svios angulares<br />
era <strong>de</strong> no máximo 3,5 o e <strong>de</strong> 3 mm para os <strong>de</strong>svios lineares. Em quatro dos seis casos, o ângulo entre o implante planejado e o realmente<br />
colocado foi menor que três graus. O maior <strong>de</strong>svio encontrado no ponto <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> 1 dos 6 implantes colocados foi <strong>de</strong> 2,7mm. Desta<br />
forma, o presente estudo mostrou que o uso <strong>de</strong> guias cirúrgicos <strong>de</strong>ve ser encorajado para a colocação <strong>de</strong> FZs, funcio<strong>na</strong>ndo como uma<br />
ferramenta precisa para a obtenção <strong>de</strong> resultados positivos.<br />
Simulação da cirurgia no protótipo<br />
Guia Multifuncio<strong>na</strong>l<br />
Fixação e o seio maxilar<br />
Outra questão consi<strong>de</strong>rada importante seria que tipo <strong>de</strong> reação à presença da FZ, no interior do seio maxilar po<strong>de</strong>ria causar.<br />
Respon<strong>de</strong>ndo a este questio<strong>na</strong>mento, o estudo <strong>de</strong> Nakai et al (2003) relata que tomografias computadorizadas, realizadas seis meses após<br />
a instalação <strong>de</strong> 15 FZs, em nove pacientes, não mostrou nenhum si<strong>na</strong>l <strong>de</strong> sinusite. O mesmo resultado foi encontrado por Petruson et al<br />
(2004) ao exami<strong>na</strong>r através <strong>de</strong> sinoscopia vários pacientes por mais <strong>de</strong> um ano, não encontrando qualquer alteração significativa <strong>na</strong><br />
membra<strong>na</strong> dos seios maxilares<br />
Carga imediata<br />
A literatura aponta para a micromovimentação, durante o período cicatricial dos implantes, como a causa principal da perda dos<br />
implantes. (Salama et al, 1995; Jaffin, Kumar e Berman ,2004).<br />
De acordo com Duarte et al. (2004), a fabricação imediata ou o mais rápido possível <strong>de</strong> uma barra passiva para conectar os<br />
implantes, assim que eles são expostos <strong>na</strong> segunda fase cirúrgica, é fundamental para mantê-los imobilizados até que se conclua a prótese<br />
<strong>de</strong>finitiva, a qual po<strong>de</strong> ser confeccio<strong>na</strong>da <strong>de</strong> duas formas: prótese fixa ou over<strong>de</strong>nture. Tanto uma quanto a outra <strong>de</strong>verão ter os implantes<br />
conectados rigidamente com barras ou infra-estrutura metálicas bem planejadas, estruturadas e reforçadas.<br />
O objetivo principal da cirurgia para carga imediata é a ancoragem e estabilização primária das fixações para que a<br />
osseointegração, que ocorrerá no período normal <strong>de</strong> cicatrização e remo<strong>de</strong>lação óssea, possa acontecer protegida pela infra-estrutura<br />
metálica, a qual fornecerá a estabilida<strong>de</strong> secundária, importantíssima para o equilíbrio do sistema (Jimenez-López 2004, Duarte et al. 2004,<br />
Brånemark et al. 2004). No caso dos pacientes portadores <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ntulismo total superior que possuem maxila atrófica, além da dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> reabilitação com implantes osseointegrados <strong>de</strong>vemos consi<strong>de</strong>rar o fato do convívio social reduzido nos tratamentos convencio<strong>na</strong>is<br />
tardios (com seis meses <strong>de</strong> espera) pela impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar uma prótese total provisória, principalmente no caso <strong>de</strong> reconstruções<br />
com gran<strong>de</strong>s enxertos ósseos autógenos. ( Duarte, 2005).
Duarte (2005) estabeleceu um novo protocolo para reabilitação <strong>de</strong> maxilas atroficas, em que foi utilizado 4 fixações zigomaticas<br />
em carga imediata. A taxa <strong>de</strong> sobrevida média dos implantes no período <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> 6 meses foi <strong>de</strong> 97, 91%, taxa semelhante<br />
à <strong>de</strong> implantes convencio<strong>na</strong>is.<br />
Implantes instalados segundo aposição diom<br />
Retalho prototipo da maxila aberto em cirurgia<br />
Retalho da maxila aberto em cirurgia<br />
Prótese fi<strong>na</strong>lizada vista oclusal<br />
Prótese fi<strong>na</strong>lizada vista frontal<br />
Conclusão<br />
As Fixações Zigomáticas tem apresentado altas taxas <strong>de</strong> sucesso, e tem representado uma excelente alter<strong>na</strong>tiva aos enxertos<br />
ósseos para pacientes com severa atrofia da maxila, diminuindo a morbida<strong>de</strong>, o tempo e o custo do tratamento. O emprego <strong>de</strong> quatro<br />
fixações em sistema <strong>de</strong> carga imediata, apesar <strong>de</strong> recente tem <strong>de</strong>montado resultados animadores <strong>na</strong> reabilitação <strong>de</strong> inválidos orais.<br />
En<strong>de</strong>reço para correspondência:<br />
Luis Rogério Duarte<br />
Av. ACM, 454, Ed. Office Center, salas401/402-Itaigara<br />
41825000- Salvador/ BA<br />
Tel.: (71)33584874/33538330<br />
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