12.11.2014 Views

Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

e as fotos mencionadas), mas <strong>de</strong> expor <strong>de</strong>terminadas imagens à visualida<strong>de</strong>. No primeiro caso, cremos ver algo que não vemos<br />

efetivamente; no segundo caso, estamos certamente vendo alguma coisa.<br />

17 BARBOSA, Pedro. Criação literária e computador. Lisboa: Argos, 1999.<br />

18 HOFFMANN, op. cit., 1994, p. 55, nota 47.<br />

19 HOFFMANN, op. cit., 1994, p. 56, nota 47.<br />

20 No sentido da assim chamada “ciência do caos”. Para mais esclarecimentos, reportar-se a GLEICK, James. Caos: a criação <strong>de</strong> uma nova<br />

ciência. Tradução Waltensir Dutra. São Paulo: Campus, 1989.<br />

21 Isso nos faz lembrar um comentário <strong>de</strong> Merleau-Ponty sobre a atenção: “Le miracle <strong>de</strong> la conscience est <strong>de</strong> faire apparaître par<br />

l’attention <strong>de</strong>s phénomènes qui rétablissent l’unité <strong>de</strong> l’objet dans une dimension nouvelle au moment où ils brisent. Ainsi, l’attention<br />

n’est ni une association d’images, ni le retour à soi d’une pensée déjà maîtresse <strong>de</strong> ses objets, mais la constitution active d’un objet<br />

nouveau qui explicite et thématise ce qui n’était offert jusque là qu’à titre d’horizon indéterminé. En même temps qu’il met en marche<br />

l’attention, l’objet est à chaque instant ressaisi et posé à nouveau sous sa dépendance.” MERLEAU-PONTY, Maurice. Phénoménologie <strong>de</strong><br />

la perception. Paris: Gallimard, 1989. p. 37. [“O milagre da consciência é fazer aparecer, pela atenção, fenômenos que restabeleçam a<br />

unida<strong>de</strong> do objeto em uma dimensão nova, no momento em que eles irrompam. Assim, a atenção não é nem uma associação <strong>de</strong> imagens,<br />

nem o retorno a si <strong>de</strong> um pensamento já senhor <strong>de</strong> seus objetos, mas a constituição ativa <strong>de</strong> um objeto novo que explicita e tematiza o<br />

que, até aí, era dado apenas como horizonte in<strong>de</strong>terminado. Ao mesmo tempo que coloca em marcha a atenção, o objeto é, a cada<br />

instante, retomado e, novamente, colocado sob sua <strong>de</strong>pendência”.] tradução do autor.<br />

22 SADIN, Eric. Pratiques poétiques complexes et nouvelles technologies: la création d’une agence_d’écritures®. éc/art S, Paris, n. 2, p. 24,<br />

2000. [“A exigência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento das competências po<strong>de</strong> servir – mas não necessariamente – para encorajar uma <strong>de</strong>saparição da<br />

figura do autor, em proveito da constituição <strong>de</strong> dispositivos, não anônimos, mas nos quais a assinatura tem menos relevância que a<br />

natureza dos jogos relacionais, compreendidos como uma primeira categoria <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> escrita...”] tradução do autor.<br />

23 Não tem <strong>de</strong> ser sempre assim. Po<strong>de</strong>m-se invocar exemplos em que os intertextos se colocam em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, como, por exemplo,<br />

os sonetos rimbaudianos gerados em computador por alguns dos membros do Oulipo – reunidos no subgrupo Alamo (Atelier <strong>de</strong><br />

Littérature Aidée par les Mathématiques et les Ordinateurs).<br />

24 GENETTE, Gérard. Palimpsestes: la littérature au second <strong>de</strong>gré. Paris: Editions du Seuil, 1982. p. 451. [“A hipertextualida<strong>de</strong>, a sua<br />

maneira, <strong>de</strong>riva da bricolagem. (...) a arte <strong>de</strong> ‘fazer o novo a partir do velho’ tem a vantagem <strong>de</strong> produzir objetos mais complexos e mais<br />

saborosos que os produtos feitos ‘sob encomenda’: uma função nova se superpõe e se confun<strong>de</strong> com uma estrutura antiga, e a dissonância<br />

entre esses dois elementos co-presentes favorece o conjunto”.] tradução do autor.<br />

25 BOOTZ, Philippe. Stances à Hélène. Autopsie d’un scandale. Alire, n. 11 (em ce<strong>de</strong>rrom). ...não se trata <strong>de</strong> um produto unicamente<br />

‘voltado ao leitor’, <strong>de</strong> alguma coisa ‘dada à leitura’, mas <strong>de</strong> um projeto igualmente ‘voltado ao autor’, no qual o ato (<strong>de</strong> leitura) do leitor,<br />

que age por um ardil, participa da representação e faz, do ponto <strong>de</strong> vista do autor, parte da obra”.<br />

26 Aquelas cômodas ficções clássicas que fingiam ser atitu<strong>de</strong>s exercidas em espaços e instantes distintos, incomunicáveis entre si,<br />

estabelecendo uma hierarquia rigorosa entre uma e outra.<br />

27 Como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> DOCTOROVICH, op. cit., 1999, p. 148, nota 37.<br />

28 Pensemos aí na complicação do narrador, como em D. Quixote e em Machado <strong>de</strong> Assis; na multiplicação <strong>de</strong> percursos <strong>de</strong> leitura, como<br />

nos labirintos poéticos dos séculos XVI e XVII etc.<br />

29 MERLEAU-PONTY, Maurice. Le visible et l’invisible. Paris: Gallimard, 1988. p. 172. (Tel Quel).<br />

30 MERLEAU-PONTY, op. cit., 1988, p. 172, nota 72. [“a partir do momento em que vejo, é preciso (como indica tão bem o duplo sentido<br />

da palavra) que a visão se <strong>de</strong>sdobre em uma visão complementar ou <strong>de</strong> uma outra visão: eu mesmo visto <strong>de</strong> fora, como um outro me veria,<br />

instalado no meio do visível, consi<strong>de</strong>rando-o a partir <strong>de</strong> um certo lugar”.] tradução do autor.<br />

90

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!