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Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

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eletrônico será plural e aberta, ou não será. E tal abertura <strong>de</strong>verá incorporar necessariamente os processos<br />

e procedimentos que traduzam a reversibilida<strong>de</strong> verbal-visual em conjunções entre palavras e imagens, em<br />

ferramentas e percursos possíveis que saibam <strong>de</strong>spertar em um dos espaços perceptivos as topologias e as<br />

disposições do outro, sem que um imponha modos e gestos ao outro. Somente assim po<strong>de</strong>remos sonhar com<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sair <strong>de</strong>sse simplismo em que a poesia dita eletrônica se encontra atualmente, <strong>de</strong> imagens<br />

às vezes com alguma explicação verbal, ou <strong>de</strong> frases com meras ilustrações imagéticas.<br />

Notas<br />

1 REYNOLDS, David. Revising the american canon: the question of literariness. Canadian Review of Comparative Literature, v. 13, n. 28, p. 232, 1986.<br />

2 REYNOLDS, op. cit., 1986, p. 231, nota 44.<br />

3 REYNOLDS, op. cit., 1986, p. 231, p. 233, nota 44. [“...uma compacta explosivida<strong>de</strong> do signo que ocorre <strong>de</strong>vido a uma inaudita e ampla<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> idiomas e vozes culturais, fundidas para criar extrema <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e polivocalida<strong>de</strong> semiótica”.] tradução do autor.<br />

4 HOFFMANN, Dierk. Edition-rhizome: a propos d’une édition historico-critique fondée sur le concept d’hypertexte et d’hyoermédia. Genesis,<br />

n. 5, p. 53, 1994. [“não como entida<strong>de</strong>s autônomas, ‘totalida<strong>de</strong>s orgânicas’, mas como construções intertextuais: seqüências que têm sentido<br />

em relação a outros textos que elas retomam, citam, parodiam, refutam ou, <strong>de</strong> modo mais geral, transformam...”] tradução do autor.<br />

5 Talvez à imagem do logos heraclitiano.<br />

6 Mesmo sem preten<strong>de</strong>r entrar em polêmicas anti ou pró-<strong>de</strong>rridianas, seria interessante aprofundar essas diferenças entre produção <strong>de</strong><br />

significações e mapeamento <strong>de</strong> sentidos.<br />

7 DOCTOROVICH, op. cit., 1999, p. 146, nota 37. [“...velhas técnicas <strong>de</strong>ixadas <strong>de</strong> lado pelos poetas, tais como o teatro, o canto e o<br />

artesanato, estão sendo reelaboradas a partir das experiências dadaístas e futuristas do princípio do século”.] tradução do autor.<br />

8 [“em alguns casos, as técnicas antigas se mesclam a novas tecnologias, gerando suportes mistos que po<strong>de</strong>ríamos chamar <strong>de</strong> pósmo<strong>de</strong>rnos”.]<br />

tradução do autor.<br />

9 CLEMENT, Jean. Hypertextes et mon<strong>de</strong>s fictionnels (ou l’avenir <strong>de</strong> la narration dans le cyberespace). éc/art S, Paris, n. 2, p. 73, 2000.<br />

[“...uma corrente literária bem antiga (...) que se opõe à concepção clássica fundada na certeza <strong>de</strong> que o texto é a justa tradução do<br />

pensamento, ou àquela, romântica, <strong>de</strong> uma <strong>literatura</strong> consi<strong>de</strong>rada reflexo da sensibilida<strong>de</strong>. Essa corrente, que se po<strong>de</strong> mapear dos Gran<strong>de</strong>s<br />

Retóricos até Paul Valéry, é menos afeta aos textos que a seus processos <strong>de</strong> engendramento...”] tradução do autor.<br />

10 Devo a Gilbertto Prado a clareza <strong>de</strong> ter entendido melhor essa questão.<br />

11 Basta consultar os sítios que disponibilizam os Cent Milles Milliards <strong>de</strong> Poèmes e permitem, apenas eles, trabalhar com esse dispositivo<br />

poético que não tem realmente como ser lido na forma impressa.<br />

12 PESSOA, Fernando. Obra poética. 6. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Aguilar, 1976. p. 197.<br />

13 DOCTOROVICH, op. cit., 1999, p. 157, nota 37. [“a palavra é provavelmente o gerador <strong>de</strong> significados mais a<strong>de</strong>quado quando se trata<br />

<strong>de</strong> página impressa (ainda que não levando muito em conta a poesia visual”.] tradução do autor.<br />

14 [“Todavia, isso po<strong>de</strong>ria não ser assim no domínio virtual da web”.] tradução do autor.<br />

15 Como até hoje ainda se po<strong>de</strong> ver em algumas salas <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> três dimensões. No caso, as duas diferentes perspectivas das fotos são<br />

acrescidas <strong>de</strong> um jogo com cores.<br />

16 No sentido <strong>de</strong> que não se trata mais, aqui, <strong>de</strong> produzir uma ilusão, jogando com a visibilida<strong>de</strong> (como fazem os aparelhos <strong>de</strong> espelhos<br />

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