12.11.2014 Views

Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

Leituras de nós – ciberespaço e literatura. Alckmar - Itaú Cultural

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Notas<br />

1 [A nossa é, essencialmente, uma época trágica, e nos recusamos, então, a apreendê-la tragicamente. O cataclismo ocorreu, estamos entre<br />

ruínas, começamos a construir novas pequenas moradias, a ter novas pequenas esperanças. É, na verda<strong>de</strong>, um trabalho duro: não há<br />

caminhos fáceis para o futuro, mas nós contornamos ou pulamos os obstáculos. Temos que viver, não importa quantos céus tenham caído.]<br />

tradução do autor.<br />

2 Reunindo uma série <strong>de</strong> técnicas que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o estabelecimento <strong>de</strong> alguns tamanhos padrão (in-fólio, in-oitavo, in-quarto), passando pelas<br />

capas e contracapas, pela numeração <strong>de</strong> páginas, pela divisão e subdivisão em partes, pela construção dos diferentes tipos <strong>de</strong> índice etc.<br />

3 Como propõe ABRIOUX, Yves. Géométrisation et dynamique textuelle: Thomas <strong>de</strong> Quincey, the english mail-coach. La Licorne, n. 28, p.<br />

163-4, 1994.<br />

4 Po<strong>de</strong>mos citar obras que vão do Dicionário Kazar, <strong>de</strong> Pávitch, a O Jogo da Amarelinha, <strong>de</strong> Cortázar, passando por Se um Viajante, numa<br />

Noite <strong>de</strong> Inverno..., <strong>de</strong> Calvino, entre outros.<br />

5 CHARTIER, Roger. Du co<strong>de</strong>x à l’écran: les trajectoires <strong>de</strong> l’écrit. éc/art S, Paris, n. 2, p. 42, 2000.<br />

6 BOUTOT, Alain. La philosophie du chaos. Revue Philosophique <strong>de</strong> la France et <strong>de</strong> l’Etranger, Paris, n. 2, p. 173, avril/juin 1991.<br />

7 BARTHES, Roland. S/Z. Paris: Seuil, 1970. p. 11.<br />

8 Uma versão preliminar <strong>de</strong>ste capítulo foi publicada em 2002, na revista Logos, da Escola <strong>de</strong> Comunicação da UFRJ.<br />

9 É importante ressaltar que, se essa reversibilida<strong>de</strong> é essencial à linguagem ou à experiência do estar-no-mundo do sujeito, jamais po<strong>de</strong>ria<br />

caracterizar uma essência do ciberespaço, pois este aponta para uma instância <strong>de</strong>rivada justamente daquelas duas experiências primeiras<br />

e primordiais. Se po<strong>de</strong> ser associada alguma forma <strong>de</strong> reversibilida<strong>de</strong> ao ciberespaço, ela é como que outorgada pela linguagem e pelo<br />

estar-no-mundo com que o sujeito reveste o ciberesepaço (e não o contrário).<br />

10 KANT, Immanuel. Oeuvres philosophiques. Paris: Gallimard, 1980. v. 2, p. 521-545. (Bibliothèque <strong>de</strong> la Pléia<strong>de</strong>). [“Orientar-se significa,<br />

no sentido próprio da palavra: a partir <strong>de</strong> uma dada direção do céu (divi<strong>de</strong>-se o espaço, <strong>de</strong>ssa maneira, em quatro direções), encontrar as<br />

outras, sobretudo o nascer do Sol. (...) Enfim, é possível, para mim, alargar ainda mais esse conceito, a partir do momento em que ele<br />

consistisse no po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> orientar-se não apenas no espaço, quer dizer, matematicamente, mas no pensamento, quer dizer, logicamente”.]<br />

tradução do autor.<br />

11 Ver, sobretudo, LÉVY, Pierre. Les technologies <strong>de</strong> l’intelligence: l’avenir <strong>de</strong> la pensée à l’ère informatique. Paris: Editions du Seuil, 1993. [Points].<br />

12 Como no trecho em que se conta o início da peregrinação do poeta na Divina Comédia (e que se pren<strong>de</strong> ainda às metafísicas ontológicas<br />

<strong>de</strong> que falamos):<br />

Nel mezzo <strong>de</strong>l cammin di nostra vita<br />

mi ritrovai per una selva oscura<br />

ché la diritta via era smarrita.<br />

Dante Alighiere (Inf., I, 1).<br />

13 LANDOW, George P. Hypertext: the convergence of contemporary critical theory and technology. Baltimore: The Johns Hopkins<br />

University Press, 1992. p. 13. [“Eu não disse que não havia centro, que po<strong>de</strong>ríamos avançar sem centro. Eu creio que o centro é uma função,<br />

não um ser – uma realida<strong>de</strong>, mas uma função. E essa função é absolutamente indispensável”.] tradução do autor.<br />

14 Como acontece freqüentemente, na internete, nesse sítios <strong>de</strong> exibicionismo mais ou menos explícito, em que indivíduos ou famílias se<br />

expõem ao olhar do outro, olhar que é, no mais das vezes, um foco vazio por on<strong>de</strong> transita a própria vacuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem crê se exibir <strong>de</strong><br />

maneira transgressiva.<br />

15 Que não são exclusivos do ciberespaço, mas atingem qualquer espaço <strong>de</strong> saberes institucionalizado, como as aca<strong>de</strong>mias universitárias.<br />

De resto, essa situação configura o mesmo tipo <strong>de</strong> exibicionismo vazio já comentado na nota anterior.<br />

53

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!