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dra livia maria mart.. - Departamento de Psiquiatria

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Pontes LMM. Treinamento <strong>de</strong> atenção e memória em pacientes com<br />

esquizofrenia estáveis: um estudo randomizado, controlado, duplo-cego<br />

[dissertação]. São Paulo: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo; 2011. 269p.<br />

INTRODUÇÃO: Portadores <strong>de</strong> esquizofrenia po<strong>de</strong>m apresentar déficits<br />

cognitivos proeminentes, especialmente nos campos da atenção, memória e<br />

funções executivas. Este trabalho teve a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propor e investigar um<br />

programa <strong>de</strong> treino cognitivo da atenção e memória <strong>de</strong> baixo custo, realizado<br />

em grupos, para pacientes brasileiros com esquizofrenia. MÉTODOS:<br />

Cinqüenta e sete pacientes ambulatoriais <strong>de</strong> duas instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

mental, <strong>de</strong> ambos os sexos, com ida<strong>de</strong>s entre 18 e 50 anos, que<br />

preencheram os critérios do DSM-IV-R para esquizofrenia foram convidados<br />

a participar do estudo. Os pacientes foram triados quanto ao tipo <strong>de</strong><br />

medicação utilizada, histórico <strong>de</strong> doenças neurológicas, abuso ou<br />

<strong>de</strong>pendência atual <strong>de</strong> substâncias psicoativas, ter participado <strong>de</strong> programa<br />

<strong>de</strong> treino cognitivo nos últimos 6 meses, e avaliados quanto aos sintomas,<br />

quoeficiente <strong>de</strong> inteligência (Q.I.), atenção, memória e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Dezessete pacientes compuseram a amostra final e foram aleatorizados em<br />

dois grupos, treino cognitivo ou treino placebo. As intervenções tiveram<br />

duração total <strong>de</strong> 20 sessões, ao longo <strong>de</strong> cinco meses. Os profissionais<br />

responsáveis pelas avaliações foram cegos a qual condição os pacientes<br />

foram alocados, bem como os pacientes, que não sabiam a qual grupo<br />

pertenciam. Para as análises estatísticas, na comparação dos grupos na<br />

linha <strong>de</strong> base foram utilizados o teste Mann-Whitney para as variáveis<br />

contínuas e o teste qui-qua<strong>dra</strong>do para as variáveis categóricas. Para as<br />

comparações entre os grupos em diferentes momentos (antes e após as<br />

intervenções) foi utilizada ANOVA não paramétrica <strong>de</strong> dados ordinais com<br />

medidas repetidas. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos<br />

com respeito à instituição à qual os pacientes pertenciam, sexo, ida<strong>de</strong>,<br />

estado civil, escolarida<strong>de</strong>, tipo <strong>de</strong> medicação utilizada, tempo <strong>de</strong> doença,<br />

número <strong>de</strong> internações e quoeficiente <strong>de</strong> inteligência (Q.I.) Os grupos<br />

também foram comparáveis na linha <strong>de</strong> base quanto à sintomatologia,<br />

medidas atencionais e medidas <strong>de</strong> memória, com exceção da memória<br />

visual <strong>de</strong> longo prazo, sendo que o grupo experimental apresentou<br />

<strong>de</strong>sempenho superior. Algumas diferenças também foram encontradas na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na linha <strong>de</strong> base, sendo que o grupo experimental<br />

apresentou visão da saú<strong>de</strong> em geral e da saú<strong>de</strong> psicológica mais positiva do<br />

que o experimental. As analises finais indicaram melhora do grupo<br />

experimental em relação ao placebo em controle inibitório e melhora do<br />

grupo experimental em atenção alternada ao longo do tempo. Ambos os<br />

grupos apresentaram melhoras em processamento <strong>de</strong> informação, atenção<br />

seletiva, funções executivas e memória visual <strong>de</strong> longo prazo. O grupo<br />

placebo apresentou melhoras em comparação ao controle em velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

processamento, concentração e memória verbal <strong>de</strong> longo prazo. Não foram<br />

encontradas diferenças em funcionalida<strong>de</strong> da memória ou qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Quanto à sintomatologia, ambos os grupos apresentaram melhoras nas subescalas<br />

sintomas positivos e psicopatologia geral da Escala das Síndromes<br />

Positivas e Negativas em Esquizofrenia PANSS ao longo do tempo.<br />

CONCLUSÕES: O treino cognitivo <strong>de</strong> baixo custo aqui proposto po<strong>de</strong><br />

proporcionar algumas melhoras cognitivas, especialmente sobre o subdomínio<br />

atencional <strong>de</strong> controle inibitório e se mostra valido para o tratamento<br />

<strong>de</strong> pacientes com esquizofrenia.<br />

Descritores: 1. cognição, 2. reabilitação, 3. esquizofrenia, 4. neuropsicologia,<br />

5. saú<strong>de</strong> mental

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