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Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

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2. Consi<strong>de</strong>ram-se leis todas as disposições genéricas provindas dos órgãos<br />

estaduais competentes; são normas corporativas as regras ditadas pelos<br />

organismos representativos das diferentes categorias morais, culturais, económicas<br />

ou profissionais, no domínio das suas atribuições, bem como os respectivos<br />

estatutos e regulamentos internos.<br />

3. As normas corporativas não po<strong>de</strong>m contrariar as disposições legais <strong>de</strong> carácter<br />

imperativo.<br />

ARTIGO 2.º<br />

(Assentos)<br />

Nos casos <strong>de</strong>clarados na lei, po<strong>de</strong>m os tribunais fixar, por meio <strong>de</strong> assentos,<br />

doutrina com força obrigatória geral.<br />

ARTIGO 3.º<br />

(Valor jurídico dos usos)<br />

1. Os usos que não forem contrários aos princípios da boa fé são jurìdicamente<br />

atendíveis quando a lei o <strong>de</strong>termine.<br />

2. As normas corporativas prevalecem sobre os usos.<br />

ARTIGO 4.º<br />

(Valor da equida<strong>de</strong>)<br />

Os tribunais só po<strong>de</strong>m resolver segundo a equida<strong>de</strong>:<br />

a) Quando haja disposição legal que o permita;<br />

b) Quando haja acordo das partes e a relação jurídica não seja indisponível;<br />

c) Quando as partes tenham prèviamente convencionado o recurso à equida<strong>de</strong>, nos<br />

termos aplicáveis à cláusula compromissória.<br />

CAPÍTULO II<br />

Vigência, interpretação e aplicação das leis<br />

ARTIGO 5.º<br />

(Começo da vigência da lei)<br />

1. A lei só se torna obrigatória <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> publicada no jornal oficial.<br />

2. Entre a publicação e a vigência da lei <strong>de</strong>correrá o tempo que a própria lei fixar ou,<br />

na falta <strong>de</strong> fixação, o que for <strong>de</strong>terminado em legislação especial.<br />

ARTIGO 6.º<br />

(Ignorância ou má interpretação da lei)<br />

A ignorância ou má interpretação da lei não justifica a falta do seu cumprimento nem<br />

isenta as pessoas das sanções nela estabelecidas.<br />

ARTIGO 7.º<br />

(Cessação da vigência da lei)<br />

1. Quando se não <strong>de</strong>stine a ter vigência temporária, a lei só <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> vigorar se for<br />

revogada por outra lei.<br />

2. A revogação po<strong>de</strong> resultar <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração expressa, da incompatibilida<strong>de</strong> entre as<br />

novas disposições e as regras prece<strong>de</strong>ntes ou da circunstância <strong>de</strong> a nova lei regular<br />

toda a matéria da lei anterior.<br />

3. A lei geral não revoga a lei especial, excepto se outra for a intenção inequívoca<br />

do legislador.<br />

4. A revogação da lei revogatória não importa o renascimento da lei que esta<br />

revogara.<br />

ARTIGO 8.º<br />

(Obrigação <strong>de</strong> julgar e <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> obediência à lei)<br />

1. O tribunal não po<strong>de</strong> abster-se <strong>de</strong> julgar, invocando a falta ou obscurida<strong>de</strong> da lei<br />

ou alegando dúvida insanável acerca dos factos em litígio.<br />

2. O <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> obediência à lei não po<strong>de</strong> ser afastado sob pretexto <strong>de</strong> ser injusto ou<br />

imoral o conteúdo do preceito legislativo.<br />

3. Nas <strong>de</strong>cisões que proferir, o julgador terá em consi<strong>de</strong>ração todos os casos que<br />

mereçam tratamento análogo, a fim <strong>de</strong> obter uma interpretação e aplicação<br />

uniformes do direito.

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