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Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

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3. Se, porém, a mulher preten<strong>de</strong>r, por causa do seu trato, praticar acto que exija o<br />

consentimento do marido, <strong>de</strong>ve este ser dado, ou judicialmente suprido, nos termos<br />

do artigo 1684.º<br />

ARTIGO 1687.º<br />

(Sanções)<br />

1. Os actos praticados contra o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 1682.º e n.º 2 do<br />

artigo 1683.º são anuláveis a requerimento do cônjuge que não <strong>de</strong>u o<br />

consentimento, ou dos seus her<strong>de</strong>iros.<br />

2. O direito <strong>de</strong> anulação caduca <strong>de</strong>corridos dois anos sobre a data da celebração do<br />

acto.<br />

3. À alienação <strong>de</strong> bens móveis ou imóveis próprios do outro cônjuge, feita sem<br />

legitimida<strong>de</strong>, são aplicáveis as regras relativas à alienação <strong>de</strong> coisa alheia.<br />

ARTIGO 1688.º<br />

(Cessação <strong>de</strong> relações pessoais e patrimoniais entre os cônjuges)<br />

As relações pessoais e patrimoniais entre os cônjuges cessam pela dissolução,<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> ou anulação do casamento, sem prejuízo das disposições<br />

<strong>de</strong>ste código relativas a alimentos e a bens dotais; havendo separação judicial <strong>de</strong><br />

pessoas e bens, é aplicável o disposto no artigo 1774.º<br />

ARTIGO 1689.º<br />

(Partilha do casal. Pagamento <strong>de</strong> dívidas)<br />

1. Cessando as relações patrimoniais entre os cônjuges, estes ou os seus her<strong>de</strong>iros<br />

recebem os seus bens próprios e a sua meação no património comum, conferindo<br />

cada um <strong>de</strong>les o que <strong>de</strong>ver a este património.<br />

2. Havendo passivo a liquidar, são pagas em primeiro lugar as dívidas comunicáveis<br />

até ao valor do património comum, e só <strong>de</strong>pois as restantes.<br />

3. Os créditos <strong>de</strong> cada um dos cônjuges sobre o outro são pagos pela meação do<br />

cônjuge <strong>de</strong>vedor no património comum; mas, não existindo bens comuns, ou sendo<br />

estes insuficientes, respon<strong>de</strong>m os bens próprios do cônjuge <strong>de</strong>vedor.<br />

SECÇÃO II<br />

Dívidas dos cônjuges<br />

ARTIGO 1690.º<br />

(Legitimida<strong>de</strong> para contrair dívidas)<br />

1. Tanto o marido como a mulher têm legitimida<strong>de</strong> para contrair dívidas sem o<br />

consentimento do outro cônjuge.<br />

2. Para a <strong>de</strong>terminação da responsabilida<strong>de</strong> dos cônjuges, as dívidas por eles<br />

contraídas têm a data do facto que lhes <strong>de</strong>u origem.<br />

ARTIGO 1691.º<br />

(Dívidas que responsabilizam ambos os cônjuges)<br />

1. São da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambos os cônjuges:<br />

a) As dívidas contraídas, antes ou <strong>de</strong>pois da celebração do casamento, pelos dois<br />

cônjuges, ou por um <strong>de</strong>les com o consentimento do outro;<br />

b) As dívidas contraídas por qualquer dos cônjuges, antes ou <strong>de</strong>pois da celebração<br />

do casamento, para ocorrer aos encargos normais da vida familiar;<br />

c) As dívidas contraídas na constância do matrimónio pelo cônjuge administrador,<br />

em proveito comum do casal e nos limites dos seus po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> administração;<br />

d) As dívidas contraídas por qualquer dos cônjuges no exercício do comércio, salvo<br />

se vigorar entre eles o regime da separação <strong>de</strong> bens;<br />

e) As dívidas consi<strong>de</strong>radas comunicáveis nos termos do n.º 2 do artigo 1693.º<br />

2. No regime da comunhão geral <strong>de</strong> bens, são ainda comunicáveis as dívidas<br />

contraídas antes do casamento por qualquer dos cônjuges, em proveito comum do<br />

casal.<br />

3. O proveito comum do casal não se presume, excepto nos casos em que a lei o<br />

<strong>de</strong>clarar.

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