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Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

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(Efeito retroactivo do registo)<br />

1. Efectuado o registo, e ainda que venha a per<strong>de</strong>r-se, os efeitos civis do casamento<br />

retrotraem-se à data da sua celebração.<br />

2. Ficam, porém, ressalvados os direitos <strong>de</strong> terceiro que sejam compatíveis com os<br />

direitos e <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> natureza pessoal dos cônjuges e dos filhos, a não ser que,<br />

tratando-se <strong>de</strong> casamento católico celebrado em Portugal, a sua transcrição tenha<br />

sido feita <strong>de</strong>ntro dos sete dias subsequentes à celebração.<br />

CAPÍTULO IX<br />

Efeitos do casamento quanto às pessoas e aos bens dos cônjuges<br />

SECÇÃO I<br />

Disposições gerais<br />

ARTIGO 1671.º<br />

(Deveres recíprocos dos cônjuges)<br />

Os cônjuges estão recìprocamente vinculados pelos <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>,<br />

coabitação e assistência.<br />

ARTIGO 1672.º<br />

(Residência da mulher)<br />

1. A mulher <strong>de</strong>ve adoptar a residência do marido, excepto:<br />

a) Se tiver justificada repugnância pela vida em comum, por virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> maus tratos<br />

infligidos por ele ou do comportamento indigno ou imoral que ele tenha;<br />

b) Se tiver <strong>de</strong> adoptar residência própria, em consequência do exercício <strong>de</strong> funções<br />

públicas ou <strong>de</strong> outras razões pon<strong>de</strong>rosas;<br />

c) Se estiver pen<strong>de</strong>nte acção <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> ou anulação do casamento,<br />

<strong>de</strong> separação judicial <strong>de</strong> pessoas e bens ou <strong>de</strong> divórcio;<br />

2. É lícito à mulher exigir judicialmente que o marido a receba na sua residência,<br />

salvo nos casos previstos na alínea c) do n.º 1.<br />

ARTIGO 1673.º<br />

(Dever <strong>de</strong> assistência)<br />

1. O <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> assistência importa para os cônjuges não só a obrigação <strong>de</strong> socorro e<br />

auxílio mútuos, mas também a <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> alimentos e a contribuição para as<br />

<strong>de</strong>spesas domésticas.<br />

2. Estando os cônjuges separados <strong>de</strong> facto, só aquele a quem não for imputável a<br />

separação po<strong>de</strong> exigir o cumprimento do <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> assistência.<br />

3. Mantém-se, todavia, em relação a ambos este <strong>de</strong>ver, se a separação resultou <strong>de</strong><br />

acordo e não teve como causa facto imputável a um <strong>de</strong>les.<br />

ARTIGO 1674.º<br />

(Po<strong>de</strong>r marital)<br />

O marido é o chefe da família, competindo-lhe nessa qualida<strong>de</strong> representá-la e<br />

<strong>de</strong>cidir em todos os actos da vida conjugal comum, sem prejuízo do disposto nos<br />

artigos subsequentes.<br />

ARTIGO 1675.º<br />

(Direito ao nome)<br />

1. A mulher tem o direito <strong>de</strong> usar os apelidos do marido até ser proferido divórcio ou,<br />

em caso <strong>de</strong> viuvez, até passar a segundas núpcias.<br />

2. Falecido o marido ou <strong>de</strong>cretada a separação judicial <strong>de</strong> pessoas e bens, po<strong>de</strong> a<br />

mulher ser privada pelo tribunal do direito ao nome do marido, quando pelo seu<br />

comportamento se mostre indigna <strong>de</strong>le.<br />

3. Têm legitimida<strong>de</strong> para o pedido o próprio marido no caso <strong>de</strong> separação, e os<br />

parentes <strong>de</strong>ste até ao quarto grau no caso <strong>de</strong> viuvez.<br />

ARTIGO 1676.º<br />

(Outros direitos da mulher)<br />

1. A mulher não necessita do consentimento do marido para exercer profissões<br />

liberais ou funções públicas, nem para publicar ou fazer representar as suas obras<br />

ou dispor da proprieda<strong>de</strong> intelectual.

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