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Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

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ARTIGO 950.º<br />

(Capacida<strong>de</strong> passiva)<br />

1. Po<strong>de</strong>m receber doações todos os que não estão especialmente inibidos <strong>de</strong> as<br />

aceitar por disposição da lei.<br />

2. A capacida<strong>de</strong> do donatário é fixada no momento da aceitação.<br />

ARTIGO 951.º<br />

(Aceitação por parte <strong>de</strong> incapazes)<br />

1. As pessoas que não têm capacida<strong>de</strong> para contratar não po<strong>de</strong>m aceitar doações<br />

com encargos senão por intermédio dos seus representantes legais.<br />

2. Porém, as doações puras feitas a tais pessoas produzem efeitos<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> aceitação em tudo o que aproveite aos donatários.<br />

ARTIGO 952.º<br />

(Doações a nascituros)<br />

1. Os nascituros concebidos ou não concebidos po<strong>de</strong>m adquirir por doação, sendo<br />

filhos <strong>de</strong> pessoa <strong>de</strong>terminada, viva ao tempo da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> do doador.<br />

2. Na doação feita a nascituro presume-se que o doador reserva para si o usufruto<br />

dos bens doados até ao nascimento do donatário.<br />

ARTIGO 953.º<br />

(Casos <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> relativa)<br />

É aplicável às doações, <strong>de</strong>vidamente adaptado, o disposto nos artigos 2192.º a<br />

2198.º<br />

SECÇÃO III<br />

Efeitos das doações<br />

ARTIGO 954.º<br />

(Efeitos essenciais)<br />

A doação tem como efeitos essenciais:<br />

a) A transmissão da proprieda<strong>de</strong> da coisa ou da titularida<strong>de</strong> do direito;<br />

b) A obrigação <strong>de</strong> entregar a coisa;<br />

c) A assunção da obrigação, quando for esse o objecto do contrato.<br />

ARTIGO 955.º<br />

(Entrega da coisa)<br />

1. A coisa <strong>de</strong>ve ser entregue no estado em que se encontrava ao tempo da<br />

aceitação.<br />

2. A obrigação <strong>de</strong> entrega abrange, na falta <strong>de</strong> estipulação em contrário, as partes<br />

integrantes, os frutos pen<strong>de</strong>ntes e os documentos relativos à coisa ou direito.<br />

ARTIGO 956.º<br />

(Doação <strong>de</strong> bens alheios)<br />

1. É nula a doação <strong>de</strong> bens alheios; mas o doador não po<strong>de</strong> opor a nulida<strong>de</strong> ao<br />

donatário <strong>de</strong> boa fé.<br />

2. O doador só respon<strong>de</strong> pelo prejuízo causado ao donatário quando este esteja <strong>de</strong><br />

boa fé e se verifique algum dos seguintes factos:<br />

a) Ter o doador assumido expressamente a obrigação <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnizar o prejuízo;<br />

b) Ter o doador agido com dolo;<br />

c) Ter a doação carácter remuneratório;<br />

d) Ser a doação onerosa ou modal, ficando a responsabilida<strong>de</strong> do doador limitada,<br />

neste caso, ao valor dos encargos.<br />

3. É imputável no prejuízo do donatário o valor da coisa ou do direito doado, mas<br />

não os benefícios que ele <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> obter em consequência da nulida<strong>de</strong>.<br />

4. Não havendo lugar a in<strong>de</strong>mnização, o donatário fica sub-rogado nos direitos que<br />

possam competir ao doador relativamente à coisa ou direito doado.<br />

ARTIGO 957.º<br />

(Ónus ou vícios do direito ou da coisa doada)

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